sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Bakhtin e Paulo Freire por Diogo Garcia e por Danitza Diandera Silva


A TESE DE DOUTORAMENTO DE SILVA (2012) INVESTIGA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E DE UMA SOCIEDADE SOB A ÓTICA DA LIBERDADE A PARTIR DE UMA REFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM, O DIÁLOGO E A RELAÇÃO EU-OUTRO ENQUANTO FERRAMENTAS HISTÓRICO-CULTURAIS PARA A LIBERTAÇÃO.

 

É UM EQUÍVOCO TOMAR TEORIAS NÃO COMO FERRAMENTAS DE REFLEXÃO MAS REDUZIR A UM CARÁTER TÉCNICO.

 

“[...] atitude crítica sobre o conhecimento e sobre o ensino deste [...]” (p. 12).

 

“[...] o sujeito constrói e reconstrói seu conhecimento e a si mesmo na especificidade das interlocuções [...]” (p. 12).

 

FORMAÇÃO CONTINUADA E EXPERIÊNCIA PARA EMPONDERAR A PRÁTICA HUMANA.

 

“[...] construção do fazer e saber pedagógico do trabalho docente [...]” (p. 17).

 

“[...] oportunidade de diversidade e domínio do sujeito a respeito da linguagem [...]” (p. 21).

 

CONTEMPLAR AS NECESSIDADES DO OUTRO FAVORECE SUA APRENDIZAGEM (p. 21).

 

Apropriação da língua no tocante à aprendizagem e ao ensino (p. 22).

 

“O ato só pode ser considerado uma ação quando esta é constituída de uma responsabilidade, de uma ação moral, que deve estar em comunhão com sua responsividade de conteúdo” (p. 25). DO CONTRÁRIO, “se torna uma possibilidade vazia” (p. 28).

 

“O eu pode ser considerado como um indivíduo, quando este é um sujeito ético, um sujeito que assume sua responsabilidade nos diferentes domínios (decisão, avaliação, liberdade, ruptura, opção)” (p. 26).

 

O EU E SEU ATO SÃO POSSIBILIDADES HISTÓRICAS DO “SER-EVENTO” CONCRETO MATERIALIZADAS NA E PELA CONSIDERAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO OUTRO (p. 26).

 

A HUMANIZAÇÃO E A LIBERDADE SÃO POSSIBILIDADES A SEREM CONQUISTADAS CONCRETAMENTE.

 

MULTICULTURALIDADE, DIVERSIDADE E OUTREDADE (p. 31).

 

“Dessa forma, contemplar esteticamente é colocar o objeto do outro em valoração” (p. 32).

DEMOCRACIA, POLITICIDADE, CRITICIDADE, CONSCIÊNCIA DA INCONCLUSIBILIDADE, RESPEITO AO OUTRO.

 

“Os valores éticos e cognitivos não são elementos do acabamento, pois esses são transgredientes (vão além, excedem, ultrapassam)” (p. 36).

 

 DISTANCIAMENTO E COMPLEMENTAÇÃO PELO EXCEDENTE DE VISÃO, COMPENETRAR PARA ABSTRAIR, ALGO DIVERSO DE AGIR (p. 34, 35).

 

DESAFIAR E DESPERTAR A CURIOSIDADE (p. 36, 37)

 

VONTADE E SENTIMENTO (p. 36).

 

“[...] a atividade estética é sempre uma valoração com acabamento – porém que ainda permite o inacabamento por parte da ação ética realizada pelo outro” (p. 36)

 

IDEOLOGIAS DA DISCRIMINAÇÃO OU DA RESISTÊNCIA (p. 40).

 

EDUCAÇÃO É INTERVENÇÃO IDEOLÓGICA NO MUNDO (p. 40).

 

“[...] importância de uma educação que não invista na ideologia dominante” (p. 41).

 

CONSCIÊNCIA É MATERIALIZAÇÃO SÍGNICA (p. 42).

 

VIVÊNCIA INTERIOR – PSICOLOGIA SUBJETIVA; BEHAVIORISMO/RELAÇÃO CAUSA-EFEITO – PSICOLOGIA OBJETIVA (p. 43).

 

“[...] vontade (desejos, aspirações), sentimento (emoções, afeto) e conhecimento (sensações, representações, pensamentos) [...]” (p. 49).

 

A PALAVRA COMO DISPOSITIVO MATERIAL E CONCRETO DA LUTA IDEOLÓGICA.

 

A NOÇÃO DE TRÂNSITO E A DE RADICALIZAÇÃO (p. 60).

 

NÃO IMERGIR, MAS INSERIR (p. 64).

 

NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA (p. 79).

 

CONSCIENTIZAÇÃO É APROFUNDAMENTO DA TOMADA DE CONSCIÊNCIA (p. 69).

 

CRITICIDADE E INTERAÇÃO (p. 73).

 

“[...] assim como o ciclo gnosiológico não finaliza quando se apreende um conhecimento, a conscientização não cessa quando ocorre o desvelamento da realidade objetiva” (p. 75).

DIÁLOGO COM OUTRAS CONSCIÊNCIAS NO ESPAÇO-TEMPO DA HISTÓRIA E DA CLUTURA (p. 76).

 

PULSÕES = FORMAÇÕES PATOLÓGICAS E FORMAÇÕES NORMAIS (p. 77).

 

IDEOLOGIA E CONSCIÊNCIA DE DETERMINADA CLASSE E DA LUTA DE CLASSES (p. 78).

 

PALAVRA É REFRAÇÃO SÍGNICA – PORQUE SOCIAL, HISTÓRICA E CULTURAL - QUE INTERRELACIONA INFRAESTRUTURA (REALIDADE) E SUPERESTRUTURA E PERMITE A CONSCIÊNCIA (p. 81).

 

PROBLEMATIZAÇÃO É REFLEXÃO DIALÉTICA PARA AFETAR A REALIDADE (p. 82).

 

LINGUAGEM: FENÕMENO LINGUÍSTICO, TRANSLINGUÍSTICO E DO PENSAMENTO (p. 84).

 

“A significação é uma relação do signo (como realidade isolada), com uma outra realidade (por ela substituível, representável, realizável)” (p. 85).

 

Um dado MOMENTO, INTERLOCUTOR E ATO IEDEOLÓGICO-COMPREENSIVO (p. 86).

 

ENUNCIAÇÃO É INTERCÂMBIO SÍGNICO E “estilo individual da enunciação é, assim, o reflexo do contexto da interação social que se constrói numa determinada enunciação” (p. 86).

 

POSSIBILIDADES HORIZÔNTICAS E INACABADAS SEMPRE POR VIR (p. 91).

 

O ENUNCIADO CONCRETO COMO UMA FRAÇÃO DO JOGO DA ENUNCIAÇÃO.

O TEMA É O ENUNCIADO REALIZADO. O SIGNIFICADO É UM POTENCIAL REITERÁVEL.

O ACENTO APRECIATIVO E REFRATIVO QUE RENOVA O JÁ DITO.

O RISO PARA ENFRENTAR O FUTURO NA TEORIA BAKHTINIANA.

 

A CONDIÇÃO HUMANA DO SER E DO ATO DE DIALOGAR

 

PENSAR O PENSAR.

 

“Toda prática educativa possui um conteúdo, porém deve-se cuidar para não ser apenas conteudística [...]” (p. 116).

 

AS IMPLICAÇÕES POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS E IDEOLÓGICAS DO CONTEÚDO TRABALHADO POR QUEM ENSINA E POR QUEM APRENDE.

 

OPERAR A PARTIR DAS ESPECIFICIDADES DA CULTURA LETRADA E DA CULTURA POPULAR.

 

DIZER A CONTRAPALAVRA É APRECIAR, É SER CRÍTICO, É DIALOGAR COM O OUTRO.

 

“Na palavra, temos um tema, sua significação e o acento apreciativo (entoação expressiva, orientação apreciativa, apreciação social – infra-estrutura)” (p. 122).

 

A LINGUAGEM SIGNIFICA O MUNDO, POSSIBILITA O DIÁLOGO E ORGANIZA O PENSAMENTO.

 

SUBJETIVIDADE, IDENTIDADE E LIBERDADE.

 

LIBERDADE É DIREITO E LIBERTAÇÃO É UMA POSSIBILIDADE A SER CONQUISTADA.

 

ENCARAR A ADVERSIDADE E DIVERSIDADE DE MANEIRA CRÍTICA PARA A CONSTITUIÇÃO DO BEM COMUM.

 

CARANVALIZAR PARA TOMAR CORAGEM POR UMA POSTURA DEMOCRÁTICA E CRÍTICA

 

IDENTIDADE POLÍTICA, CULTURAL E IDEOLÓGICA.

 

COTIDIANO ESCOLAR.

 

“A disciplina deve ser sadia e de base ética. Não há disciplina em nome da liberdade autoritária e nem em razão do imobilismo da liberdade” (p. 128).

 

LIMITES ENTRE AUTORIDADE E LIBERDADE A PARTIR DA PERCEPÇÃO DO EU E DO OUTRO COMO SER MORAL.

 

SILVA, Danitza Diandera. Bakhtin e Paulo Freire: a relação do eu e do outro e as relações dialógicas para a prática da liberdade. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar sob orientação da professora Doutora Cláudia Raimundo Reyes. São Paulo 2012. 142 pág.

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LEITURA AUTORAL DEMANDA UM POSICIONAMENTO CRÍTICO.

 

ESTUDO DE CASO DE UMA TURMA DO 7º ANO DE TABOÃO DA SERRA ATRAVÉS DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.

 

DESLOCAMENTO DO SUJEITO E DESCENTRAMENTO DE SEU MUNDO EM BUSCA DA AUTONOMIA E DA LIBERTAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO.

 

SENTIDO E LINGUAGEM SÃO FENÔMENOS INTERACIONAIS NÃO PERTENCENTES NEM AO EU NEM AO OUTRO, DAÍ PORQUE DIALÓGICOS.

 

DIALOGISMO É UM ELO DE LIGAÇÃO ENTRE OS DISCURSOS NA CADEIA ORGANIZADA DA ENUNCIAÇÃO.

 

O CONCEITO DE HETEROGENEIDADE A PARTIR DA ANÁLISE DE DISCURSO (AD) FRANCESA DEFENDE QUE AS PALVRAS E OS DISCURSOS ESTÃO REPLETOS DE PALAVRAS DO OUTRO NUM PROCESSO DE DIALOGIZAÇÃO INTERNA.

 

NA TEORIA BAKHTININA, A “polifonia é um conjunto de vozes e de consciências plenas de valor que não se misturam e são independentes” (p. 27).

 

A EXOTOPIA É BASE PARA O ACONTECIMENTO ESTÉTICO E PRESSUPÕE O EXCEDENTE COMPLEMENTAR DE VISÃO.

 

A EXOTOPIA “diz respeito aos diferentes modos de relação (e distanciamento) de uma consciência para outra.

 

“A orientação dialógica, assim, garante a isonomia entre as consciências, condição para a emergência da polifonia” (p. 29).

 

“Logo, as relações dialógicas mantêm afastadas as consciências e esse distanciamento convida ao embate entre vozes” (p. 29).

 

“[...] a exotopia está para a relação entre consciências assim como o dialogismo está para a relação entre discursos” (p. 29).

 

“[...] o plurilinguismo e a estratificação são agentes das forças centrífugas” (p. 31).

 

A LÍNGUA VIVA E CONCRETA, ESTRATIFICADA E PLURILÍNGUE É ACENTUADA.

 

A POLIFONIA OCORRE QUANDO “vozes e consciências independentes, plenivalentes e equipolentes se combinam numa unidade de acontecimento, mantendo sua imiscibilidade” (p. 32).

 

O SUJEITO DIALÓGICO POSSUI UMA REFLEXÃO CRÍTICA E UM SENSO DE AUTOAVALIAÇÃO.

 

DESCENTRAÇÃO E DISTANCIAMENTO.

 

PECULIARIDADES ONTOLÓGICAS SÓCIO-POLÍTICAS E HISTÓRICO-CULTURAIS DA GESTÃO E DA TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO.

 

ORALIDADE SECUNDÁRIA NAS SOCIEDADES BASEADAS NA ESCRITA (p. 36).

 

O RITMO DO PENSAMENTO E A NECESSIDADE DA COMUNICAÇÃO PARA O PENSAMENTO (p. 37).

 

ORALIDADE PRIMÁRIA E ATIVIDADE CORPORAL (ATO DE CORPO - NOVA PRAGMÁTICA) (p. 38).

 

“O universo da roda [...] para compreensão das culturas humanas [...]” (p. 39).

 

O MUNDO DA ESCRITA PERMITIU O DISTANCIAMENTO ENTRE O HOMEM E OS OBJETOS, OUTRA PERCEPÇÃO DO ESPAÇO-TEMPO E OUTRA FORMA DE ESTOCAR CONHECIMENTO, MAIOR NÍVEL DE ABSTRAÇÃO E PREDOMÍNIO DO ASPECTO VISUAL – NOVA SEMIOSE.

 

OS TIPOS MÓVEIS DE GUTEMBERG: UNIFORMIDADE, REPETIBILIDADE, SEQUENCIALIDADE, FRAGMENTAÇÃO, CONTINUIDADE, ESPECIALIZAÇÃO (p. 40).

 

IMPRENSA E POPULARIZAÇÃO DOS ESCRITOS: DIMINUIÇÃO DA CISÃO ENTRE ALFABETIZADOS E ILETRADOS.

 

CULTURA ESCRITA: A FORÇA DE LEI E ELITISMO.

 

MUNDO ELETRÔNICO DA TELA: CAPITALISMO OCIDENTAL E ACIRRAMENTO DAS TRANSFORMAÇÕES.

 

“Enquanto as imagens tradicionais são mediações entre o homem e o mundo, ou seja, foram criadas para explicar o mundo, as imagens técnicas são mediações entre o homem e os textos escritos, portanto foram criadas para explicar tais textos” (p. 42).

 

ORGANIZAÇÃO EM REDE: INTERATIVIDADE E INTERCONECTIVIDADE.

 

HIBRIDIZAÇÃO, HIPERMÍDIA NAVEGAÇÃO PAUPÁVEL PELO MOUSE.

 

O CASO BRASILEIRO: EXPLORAÇÃO PORTUGUESA, PRIMEIRA TIPOGRAFIA (1808).

 

EXPANSÃO DA ESCRITA COMO DERIVADO DA URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO.

 

FENÔMENO LATINO: INGRESSO NA MODERNIDADE PELO CINEMA, RÁDIO E TV ANTES QUE PELO ESCRITO DO PAPEL.

 

CHOQUE CONTEMPORÂNEO ENTRE TECNOIMAGENS, HIPERMÍDIA E TELEMÁTICA E O ENSINO BASEADO NO VERBAL RESULTA EM PROBLEMAS DE INDISCPLINA E DESINTERESSE EM “negação do texto” (p.47).

 

A RELAÇÃO ENTRE A ESCRITA E OUTRAS LINGUAGENS.

 

CULTURA ESCRITA, ORAL E AUDIO-VISUAL ELETRÔNICA.

 

“[...] novas tecnologias de informação e comunicação estão alterando a configuração social, econômica, política, cultural, cognitiva e, portanto, educacional do mundo vivido” (p. 48).

 

HISTORICIDADE DE PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO.

 

INTENSIFICAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DA LEITURA.

 

LEITURA EM VOZ ALTA PELA AUSÊNCIA DE SINAIS DE PONTUAÇÃO E PARA AJUDAR NO ATO DE COMPREENDER.

 

A FORMA DE MANUSEAR O LIVRO, A PÁGINA COMO UNIDADE, A PASSAGEM DO ROLO PARA O CÓDICE.

 

EVOLUÇÃO DA LEITURA: ORAL, SUSSURRANTE E SILENCIOSA.

 

LEITURA PARA PRÁTICA ESCOLAR E PARA PRÁTICA RELIGIOSA.

 

LEITURA PARA CONTESTAÇÃO E CRÍTICA.

 

LEITURA SILENCIOSA E PRIVADA.

 

DIVERSIFICAÇÃO DE FORMATOS E FUNÇÕES DO LIVRO ESCRITO.

 

DIFUSÃO DO CRISTIANISMO PELO MEIO ESCRITO A PARTIR DA REFORMA E DA CONTRA-REFORMA.

 

MASSIFICAÇÃO E POPULARIZAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: MERCADO CONSUMIDOR PARA OBRAS ACESSÍVEIS.

 

TRANSVERSALIDADE, USABILIDADE E MALEABILIDADE DE NOVOS E DVERSOS MECANISMOS DE LEITURA.

 

NOVIDADE: A ESCRITA COLETIVA DE UM TEXTO CUJA ORDEM VARIA.

 

“O hipertexto, portanto, é uma espécie de texto multidimensional, de formato digital configurado a partir de associações possíveis entre outros textos ou signos diversos” (p. 63).

 

“[...] interpretar é associa, é construir hipertextos” (p. 63).

 

NA HIPERMÍDIA, LINGUAGEM DO CIBERESPAÇO, “hipertextualidade é agregada à multimodalidade. [...] O texto multimodal, portanto, é aquele que se realiza por mais de um código semiótico” (p. 64).

 

HIPERMÍDIA É HIBRIDISMO.

 

LETRAMENTOS MÚLTIPLOS.

 

DIMENSÕES INTERACIONAIS, COGNITIVAS, SOCIAIS, CULTURAIS, HISTÓRICAS, POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS DO SUJEITO NA CONTEMPORANEIDADE INFORMACIONAL E COMUNICACIONAL.

 

IMAGEM: MAGIA, RITUALIZAÇÃO, MEDIAÇÃO REALIDADE-PENSAMENTO, HOMEM-MUNDO.

 

AS IMAGENS TÉCNICAS SÃO PRODUZIDAS POR APARELHOS E TÊM SUAS ESPECIFICIDADES ONTOLÓGICAS E HISTÓRICAS.

 

A IMAGEM É UMA REPRESENTAÇÃO DO MUNDO.

 

O ESTAR DO HOMEM EM RELAÇÃO A UMA REPRESENTAÇÃO DO MUNDO.

 

PROGRAMAS ORGANIZADOS EM FUNÇÃO DE METAPROGRAMAS.

 

FLUSSER: IDEOLOGIA COMO APEGO A UM PONTO DE VISTA, O MUNDO SOB O IMPERIO DOS APARELHOS E DA TECNOLOGIA.

 

DUFOUR: SEMPRE HÁ UM GRANDE SUJEITO REI, DEUS, PROLETARIADO ABSTRATO. NA MODERNIDADE: MUNDIALIZAÇÃO DAS TROCAS, DIVERSIFICAÇÃO DOS GRANDES SUJEITOS, O SUJEITO AUTO-REFERENCIADO PRESA PARA O MERCADO QUE TENTA PREENCHER SUAS LACUNAS ATRAVÉS DE SUAS IMAGENS. A TELEVISÃO ROUBA O PAPEL DOS PAIS, MODIFICA O CONTATO INTERGERACIONAL, AFETA A FUNÇÃO SIMBÓLICA. DESSIMBOLIZAÇÃO OPERADA MELA LÓGICA NEOLIBERAL DE MERCADO COMO PASSO PARA UMA REFORMULAÇÃO. O SUJEITO INACABADO.

 

O PROBLEMA DE SUJEITOS A-CRÍTICOS, PSICOTIZANTES, NEURÓTICOS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA.

 

CAOS POLIFÔNICO.

 

O SUJEITO DIALÓGICO NÃO É NEM SOBERANO NEM SUBMISSO PORQUE HÁ ESPAÇO DE NEGOCIAÇÃO, DE DIALOGICIDADE.

 

Garcia (2012) realizou um estudo de caso (p. 88).

 

INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO E DA CULTURA DO CONSUMO.

 

“Se o trabalhador vende sua força de trabalho por um salário, o aluno vende sua força intelectual por uma nota” (p. 103).

 

MODOS DE VIDA SEM HIERARQUIZAÇÕES EXPLICATIVAS.

 

“[...] meios de difusão de cultura” (p. 105).

 

AUTORIDADE NA PALAVRA E NÃO NOS SUJEITOS (p. 109).

 

“Logo, a formação da cidadania está condicionada tanto ao conteúdo e à forma do que se ensina, como às práticas do cotidiano escolar, principalmente no que diz respeito às relações entre sujeitos dentro da sala de aula” (p. 110).

 

“Ainda que haja uma gradação de dialogismo entre as competências, ainda que elas possam variar de menos dialógica para mais dialógica, a passagem de uma competência para outra não se dá de forma linear ou sequencial, podendo haver saltos de uma para outra” (p. 111).

 

“[...] o recurso a tipologias não era uma prática usual de Bakhtin, preferindo este orientar-se em um universo quantitativo” (p. 111).

 

COMPETÊNCIAS NÃO COMO LIMITES RÍGIDOS, MAS COMO PARÂMETRO.

 

De acordo com Garcia (2012, gêneros são acontecimentos marcados por competências com níveis diferentes de dialogismo: monológica (baixo), enunciadora (média), autoral (alta) (p. 112, 113). Para o autor, há uma perspectiva indicial nas respostas enunciadas e uma biblioteca de vozes e memórias que surgem quando uma enunciação é realizada e revelam traços histórico-culturais e político-ideológicos de cada sujeito enunciador.

 

O ORAL EM SUA RELAÇÃO COM A CIRCUNSTÂNCIA MAIS DIRETA DA ENUNCIAÇÃO E DA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO.

 

ASSUJEITAMENTO E MONOGLOGISMO NA RELAÇÃO COM PARÁFRASES

 

GRADUAÇÃO DO DIALOGISMO, DISTANCIAMENTO, POSICIONAMENTO CRÍTICO.

 

“[...] capacidade de constituir sentido a partir do contexto de situação” (p. 133).

 

O VALOR DA SEQUENCIA DIDÁTICA PARA DESENVOLVER UM MAIOR GRAU DE DIALOGISMO E EXOTOPIA.

 

ACONTECIMENTO ESTÉTICO.

 

COMPETÊNCIA EXOTÓPICA TEM A REALIDADE COMO OBJETO DE ANÁLISE.

 

QUATRO COMPETÊNCIAS DISCURSIVAS PARA O GÊNERO NARRAÇÃO ESCOLAR (p. 136).

 

“[...] práticas do suporte digital levadas para o papel [...] com as novas tecnologias de comunicação e com as práticas de leitura e escrita que elas ensejam” (p. 137).

 

GRAU DE FICCIONALIZAÇÃO É SEMELHANTE AO PODER DA IMAGINAÇÃO.

 

A “propriedade coletiva” e A “transmissão geracional do conhecimento” (p. 140).

 

“[...] atitude responsiva politizada [...]” (p. 147).

 

PROJETO MODERNIZADOR OCIDENTAL QUE DESMERECE A CULTURA DO DIFERENTE.

 

“Boa capacidade de ficcionalizar, uso de metáforas e relativa postura crítica podem ser considerados indícios da competência autoral” (p. 150).

 

PARÁFRASE E METÁFORAS PARA CONSTITUIÇÃO DOS SENTIDOS

 

AUTORIDADE DO TEXTO ESCRITO EM RELAÇÃO AO ORAL

 

OS SUJEITOS PODEM SE TORNAR SUBMISSOS POR PREESÕES DIVERSAS OU POR ESTRATÉGIA.

 

QUESTÕES DA ORDEM DO DISCURSO E DA ORDEM DO SUJEITO CONSTITUEM UMA DETERMINADA COMPETÊNCIA.

 

ANÁLISE DO GÊNERO NARRAÇÃO ESCOLAR NÃO NA TOTALIDADE DO CORPUS MAS EM SEU ASPECTO QUALITATIVO.

 

EXOTOPIA DESCENTRAÇÃO, DIALOGISMO CONSTITUTIVO, HETEROGENEIDADE E ORQUESTRAÇÃO DE VOZES, FORÇAS CENTRÍFUGAS E DESESTABILIZADORAS

 

 

 

“[...] imagens técnicas explicam textos, que por sua vez explicam imagens, que por fim explicam o mundo” (p. 156).

 

SOCIEDADE PROGRAMADA NUMA CONTEMPORANEIDADE SEM REFERÊNCIAS

 

“[...] dessimbolizados, os sujeitos se tornam facilmente aliendados pelas imagens técnicas, uma vez que deixam de reconhecer seu caráter fictício.

 

MEDIAÇÃO ENTRE AS IMAGENS E OS MUNDOS NELA DISCURSIVIZADOS.

 

“[...] a leitura é a associação de textos, é construção de um hipertexto [...]” (p. 158).

 

DIFERENTES GRUPOS CULTURAIS E DIFERENÇAS DENTRO DOS GRUPOS CULTURAIS.

 

“[...] o embate entre autonomia e conformação, emancipação e ideologização, persiste e não dá sinais de esgotamento. Trata-se de um limiar por onde caminha o professor” (p. 159).

 

 

GARCIA, Diogo B. Por uma pedagogia da autonomia: Bakhtin, Paulo Freire e a formação de leitores autorais. Dissertação apresentada a Faculdade de Educação de São Paulo sob orientação do professor doutor Émerson de Pietri. São Paulo. 2012. 206 páginas.

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