segunda-feira, 20 de maio de 2024

Escola Egídia - Semana Vaqueira 2024 - Projeto

 PERÍODO: 27-05-2024 (segunda-feira) até 29-05-2024 (quarta-feira)

LOCAL: EEM Egídia Cavalcante Chagas

TEMA: Entre currais e memórias: a cultura vaqueira e o exercício do protagonismo feminino a galope

APRESENTAÇÃO: O Ceará é um estado marcado pela ação e pela história de diversos tipos humanos. É a terra do jangadeiro dentre os quais merece destaque o famoso Dragão do Mar, líder da luta contra a escravidão. É lar de poetas populares como Patativa do Assaré e de escritoras que conquistaram espaço na literatura nacional de forma arrojada e vanguardista como Raquel de Queiroz. É um mundo formado pela contribuição do vaqueiro. “O cavaleiro do sertão se estabelece nesse âmbito como um agente tomado pela identidade cultural de cearense […]” (NUNES, 2018, p. 28) e, portanto, é uma parte considerável de transformações seculares que ainda hoje estão em curso em meio ao “processo histórico e cultural de colonização da região que hoje constitui o estado do Ceará” (idem, ibidem) e, por conseguinte, de Morada Nova, também denominada como terra do vaqueiro, sujeito mestiço cujas rotinas laborais alimentaram o surgimento de poemas, cordelistas, pintores e toda uma série de artistas e profissionais envolvidos com o mundo do curral. A cultura vaqueira viu a transformação da “pega de boi no mato” e das festas de apartação em um esporte, a vaquejada, com amparo legal. Também permitiu a luta pela subsistência e o exercício cultural das mais diversas manifestações artísticas e econômicas. Especificamente, no caso de Morada Nova, Ceará, a cultura vaqueira permitiu o exercício do protagonismo feminino. A mulher não ficou reduzida ao papel de filha ou mulher do vaqueiro, ou ao de cozinheira da fazenda. Ao contrário, as histórias da terra do vaqueiro testemunham que a mulher vaqueira vem assumindo uma condição de pé de igualdade seja na luta do curral seja na pista de vaquejada, com força e beleza. No galope do cavalo, Morada Nova vem fazendo sua história e se consolidando como uma terra culturalmente singular na medida em que valoriza o tradicional e que discute situações e oportunidades para o futuro.

JUSTIFICATIVA: O vaqueiro é um mestiço que ocupou vastas áreas do sertão e que tem abastecido várias produções científicas e artístico-literárias. O Monólogo do vaqueiro (Gil Vicente), Grande Sertão Veredas (Guimarães Rosa), Vidas Secas (Graciliano Ramos) e O Quinze (Raquel de Queiroz) são obras ficcionais em que o vaqueiro e seu mundo são abordados. Brandão (2008) reflete sobre a representação geográfica e social do vaqueiro em seu sertão. Cascudo (2005) e Vieira (2007) analisam o vaqueiro a partir de cantadores e cantigas. Peixoto (2007), Silva (2011) e Nunes (2018) se debruçam sobre questões linguísticas a partir do vaqueiro e de seu mundo donde derivou a vaquejada. Pordeus Júnior (2003) se debruçou sobre a origem multiétnica do vaqueiro. A figura do vaqueiro e o ofício da vaquejada podem estar em constante transformação ao longo do tempo, mas o frescor de sua existência e a animação de seus fazeres continuam os mesmos em relação aos desafios e perigos que marcaram o passado e que afetam o presente e a possibilidade de futuro. Ora, independente de as histórias e aventuras de cavaleiro medievais encontrarem algum tipo de paralelo nas vivências do vaqueiro nordestino, o trabalhador dos sertões brasileiros conseguiu superar as adversidades do curral e dos sertões para alcançar novos espaços de interação na sociedade. Por conseguinte, o mundo da vaquejada e a cultura vaqueira estão passando por movimentos de renovação com os quais a sociedade vem adquirindo novos sentimentos e posicionamentos acerca do que os currais e suas memórias significam para as diversas realidades e segmentos do mundo contemporâneo, especialmente para o exercício do protagonismo feminino.

OBJETIVO: Problematizar o contexto de atuação dos vaqueiros e as diversas manifestações de caráter memorialístico que ressignificam os processos histórico-culturais e artísticos com os quais a sociedade lida.

METODOLOGIA: Realização de atividades informativas, formativas e pedagógicas em sala de aula e de palestras e/ou ações artístico-culturais dentro e/ou fora dos espaços escolares.

INFORMAÇÕES: Escola Egídia Cavalcante Chagas. Telefone: (88) 3422-2810.

REFERÊNCIAS:

BRANDÃO, Tanya Maria Pires. O Vaqueiro: símbolo da liberdade e mantenedor da ordem no sertão. In: MONTENEGRO, Antonio Torres et al. (Orgs.). História: cultura e sentimento. Recife: Ed. UFPE; Cuiabá: Ed.UFMT, 2008. p. 119-134.

CASCUDO, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. São Paulo: Global, 2005

NUNES, Ticiane R. Língua(gem) e cultura: um estudo etnográfico dos campos lexicais de vaqueiros do Ceará. Tese UECE. 2018.

PEIXOTO, Lílian Marilac Cornélio de Freitas. A fala do vaqueiro do sertão baiano: análise semântico-lexical. 2007. 181 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007.

PORDEUS JÚNIOR, Ismael de Andrade. Cearensidade. In: CARVALHO, Gilmar de. Bonito pra chover: ensaios sobre a cultura cearense. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2003. p. 11-20.

SILVA, Eliane Santos Leite da. O campo lexical do trabalho em cartas de vaqueiros e negociantes ao Barão de Jeremoabo. 2011. 133f. Dissertação. Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2011.

VIEIRA, Natã Silva. Cultura de vaqueiro: o sertão e a músicas dos vaqueiros nordestinos. In: Anais do III Encontro de estudos multidisciplinares em cultura. Salvador: UFBA, 2007


Escola Egídia Cavalcante Chagas - Semana Vaqueira 2024










 

domingo, 17 de dezembro de 2023

Motorromaria de Morada Nova a Canindé (domingo - 28-01-2024) - fé sobre rodas - trechos e itinerário

                          MOTORROMEIROS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO – MORADA NOVA, CE

13ª Motorromaria de Morada Nova a Canindé – 28-01-2024 (domingo)

Lema: Fé sobre rodas

Tema: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (João 2, 5)

        ITINERÁRIO PREVISTO

HORA

LOCAL

AÇÃO

04h00

Praça Dedé Nó cego na “avenida das pizzarias”, em Morada Nova

Concentração, café da manhã e benção

06h30

Proximidades da rotatória entre Quixeramobim-Quixadá-Fortaleza

Parada tática de cerca de 30 minutos

09h30

Estátua de São Francisco (bairro Palestina) em Canindé

Chegada pela BR-020 (sentido sertão-capital).

10h00

Entorno da Igreja de Nossa Senhora das Dores

Estacionamento dos motorromeiros

11h00

Basílica de São Francisco

Missa

12h00

Entorno da Basílica de São Francisco

Almoço, atos de fé, zoológico, fotos, etc.

13h00

Entorno da Igreja de Nossa Senhora das Dores

Concentração de retorno: reajustes e bençãos

16h00

Proximidades da rotatória entre Quixeramobim-Quixadá-Fortaleza

Parada tática de 30 minutos

17h30

Proximidades do posto de combustíveis Morada Nova II

Concentração e desfile de entrada em Morada Nova

18h00

Praça Dedé Nó cego na “avenida das pizzarias”, em Morada Nova

Concentração, sorteio de brindes e benção final

                                             TRECHOS DO PERCURSO MOTORROMEIRO


TRECHO

DISTÂNCIA

TEMPO

VIA

Praça Dedé Nó Cego (centro de Morada Nova) até Ibicuitinga

40 km

40 min.

CE 265

Ibicuitinga a Quixadá       

45 km

45 min.

CE 265

Parada tática - rotatória Quixeramobim-Quixadá-Fortaleza

xxxxxxxxxx

30 min.

xxxxxxxxxxx

Centro urbano de Quixadá a Choró

30 km

30 min.

CE 060 e CE 456

Centro urbano de Choró até a localidade Campos     

45 km

45 min.

CE 456 e BR 020

Localidade “Campos” até a estátua de São Francisco

30 km

30 min.

BR 020






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Motorromaria de Morada Nova a Canindé (domingo - 28-01-2024) - identificação

Motorromaria de Morada Nova a Canindé

Lema: “Fé sobre rodas”

Tema: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (João 2,5).

Data: 28-01-2024 (domingo)

Concentração a partir de 4h da manhã na Av. das Pizzarias.

Café do São Francisco servido pelas Madrinhas do Vaqueiro.

Alvorada festiva com a Banda de Música Expedito Raulino e Maestro Tindó

Show de prêmios após o triunfal desfile de retorno

 

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A 13ª Motorromaria de Morada Nova a Canindé se aproxima para mais uma experiência livre e consciente de fé sobre rodas cujo ponto alto é a participação no banquete eucarístico instituído por Jesus Cristo – ontem, com 12 discípulos; hoje, com os Motorromeiros do Divino Espírito Santo.

Em sintonia com as orientações católica, apostólica e romana, a Motorromaria é mais uma obra do Divino Espírito Santo que incentiva a valorização da dignidade humana e a promoção de uma cultura fraterna de paz e de justiça social. Desde 2010, o evento cultiva um caráter espiritual, turístico e cultural que enaltece a marcha do povo de Deus pelo deserto em seu êxodo para a terra prometida contrária às atitudes egoístas e mesquinhas.

Vivenciado de forma espontânea e esclarecida por amigos e familiares, o apostolado motorromeiro oxigena o setor comercial, os meios de comunicação e informação e o segmento de prestação de serviços, entre outros. Sua realização não tem fins lucrativos, mas há despesas custeadas por quem acredita no gesto solidário da partilha e da simplicidade como exemplos da caridade em ação.

Fortalecidos pelo testemunho de São Francisco, o grupo de motorromeiros do Divino Espírito Santo agradece, divulga e abençoa a solidariedade, as orações e o apoio de quem atende ao tema da edição 2024 da Motorromaria: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (João 2,5).

Cristo nos chama!




Motorromaria de Morada Nova a Canindé (domingo, 28-01-2024) - Fé sobre rodas! - escudo do evento e do grupo motorromeiro













 

Benedito Paródia Campanha 13 12 2023