16-Abr-2012
Aumento na produção de energia eólica brasileira foi destaque do relatório Um relatório divulgado na quarta-feira, 11, pelo instituto americano Pew indica que o Brasil é o décimo país que mais investe em energia limpa, tendo direcionado US$ 8 bilhões para o desenvolvimento da produção alternativa - um aumento de 15% em relação a 2010. O documento ainda aponta que o País registrou a terceira maior taxa de crescimento no setor nos últimos cinco anos entre os países do G20. O documento, intitulado Who is Winning the Clean Energy Race (Quem Está Ganhando a Corrida da Energia Limpa, em tradução livre), destacou os investimentos do Brasil em energia eólica, superando a produção de 1 gigawatt em 2011, suficiente para abastecer 750 mil casas. O setor ainda deve se desenvolver nos próximos anos, segundo o Pew. Em âmbito global, o ano passado registrou recorde no investimento em energias limpas. Foram US$ 263 bilhões, um aumento de 6,5% comparado a 2010. A fonte de produção que mais cresceu foi a solar - 44%, atraindo US$ 128 bilhões em investimentos e respondendo por mais da metade da energia limpa produzida pelo G20. A queda dos preços nos últimos doze meses foi a maior responsável pelo crescimento. No total, a capacidade de produção de energia limpa foi ampliada em 83,5 gigawatts em todo o mundo no ano passado, sendo 30 gigawatts de energia solar e 43 gigawatts de energia eólica. O mundo consegue produzir agora 565 gigawatts de energia limpa. Nas Américas, o Brasil está apenas atrás dos Estados Unidos, que retomaram o primeiro lugar do ranking da China, líder no último biênio. Os americanos investiram US$ 48 bilhões em energias limpas no ano passado, um aumento de 44% comparado a 2010. O Canadá, outro país americano listado, é o 11º. 'O investimento em energias limpas, sem contar pesquisa e desenvolvimento, cresceu 600% desde 2004, com base nas políticas nacionais que criaram estabilidade no mercado', disse Phyllis Cuttino, diretor do programa de energia limpa do Pew. 'Esse aumento é significante porque significa inovação, comercialização e instalação de tecnologias que criam oportunidades para todos os setores do mercado', completa. Completam o ranking China (US$ 45.5 bilhões), Alemanha (US$ 30.6 bilhões), Itália (US$ 28 bilhões), os outros países da zona do euro (US$ 11,1 bilhões), Índia (US$ 10.2 bilhões), Grã-Bretanha (US$ 9.4 bilhões), Japão (US$ 8,6 bilhões) e Espanha (US$ 8,6 bilhões). Fonte: Jornal O Estado de São Paulo – 14/04/2012
http://energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=711&Itemid=310
25/05/2012, 10:52
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Monsenhor José Peixoto Alves
Servo de Deus, um homem com suas limitações e imperfeições a serviço da evangelização durante a comemoração de 25 anos a frente da paróquia do Divino Espírito Santo de Morada Nova, Ceará e durante a primeira eucaristia na comunidade de Dourado, zona rual de Morada Nova.
Monsenhor João Olímpio, pároco do distrito deFlores, localizado entre Russas e Limoeiro do Norte, Ceará, Brasil, ao seu lado durante a missa celebrativa por seu quarto de século a frente da igreja da paróquia do divino Espírito Santo.
Encontro de casais com Cristo da paróquia de Morada Nova - Ce IV
Encontro de casais com Cristo da paróquia de Morada Nova - Ce II
Encontro de casais com Cristo de Morada Nova - Ce
terça-feira, 22 de maio de 2012
Economia Verde: Green economy
Green Economy: Does it include YOU?
The 2012 theme for World Environment Day is Green Economy: Does it include you? Evidently, there are two parts to this theme and the first tackles the subject of the Green Economy. This is where some people shut off their minds because they find the concept of the Green Economy a little too complex to understand.
On the contrary, the Green Economy is really something that is applicable all around you and it is easy to imagine how you fit in it. Visit the ‘What is the Green Economy?’ page to read a layman’s narrative of this concept.
The UN Environment Programme defines the Green Economy as one that results in improved human well-being and social equity, while significantly reducing environmental risks and ecological scarcities. In its simplest expression, a green economy can be thought of as one which is low carbon, resource efficient and socially inclusive.
Practically speaking, a Green Economy is one whose growth in income and employment is driven by public and private investments that reduce carbon emissions and pollution, enhance energy and resource efficiency, and prevent the loss of biodiversity and ecosystem services. These investments need to be catalyzed and supported by targeted public expenditure, policy reforms and regulation changes.
But what does all this mean for you? Well, this essentially what the second part of the theme is all about. If the Green Economy is about social equity and inclusiveness then technically it is all about you! The question therefore asks you to find out more about the Green Economy and assess whether, in your country, you are being included in it.
http://www.unep.org/wed/theme/
23/04/2012, 06:50
The 2012 theme for World Environment Day is Green Economy: Does it include you? Evidently, there are two parts to this theme and the first tackles the subject of the Green Economy. This is where some people shut off their minds because they find the concept of the Green Economy a little too complex to understand.
On the contrary, the Green Economy is really something that is applicable all around you and it is easy to imagine how you fit in it. Visit the ‘What is the Green Economy?’ page to read a layman’s narrative of this concept.
The UN Environment Programme defines the Green Economy as one that results in improved human well-being and social equity, while significantly reducing environmental risks and ecological scarcities. In its simplest expression, a green economy can be thought of as one which is low carbon, resource efficient and socially inclusive.
Practically speaking, a Green Economy is one whose growth in income and employment is driven by public and private investments that reduce carbon emissions and pollution, enhance energy and resource efficiency, and prevent the loss of biodiversity and ecosystem services. These investments need to be catalyzed and supported by targeted public expenditure, policy reforms and regulation changes.
But what does all this mean for you? Well, this essentially what the second part of the theme is all about. If the Green Economy is about social equity and inclusiveness then technically it is all about you! The question therefore asks you to find out more about the Green Economy and assess whether, in your country, you are being included in it.
http://www.unep.org/wed/theme/
23/04/2012, 06:50
Escola Egídia - Monitoria Ambiental: Paródia sobre Raul Seixas
Veja Outra Vez
(Paródia sobre a música “Tente Outra Vez” de Raul Seixas.)
Autora: Narcélia dos Santos - Aluna do 1D, Turno tarde, da escola Egídia C. Chagas
Veja
A natureza está destruída
Muito bicho morreu
Tomara que sobreviva
Veja outra vez
Veja
Pois a água viva nãoe está na fonte
está sendo usada
De modo ignorante
Tudo acabou
Não, não, não
Desmate
As árvores ajudam
Você a respirar
Não pense que o planeta
Aguenta se você as cortar
Há uma voz que clama
Há uma voz que chama
uma voz que grita
Vamos morrer sem ar
Queira
Basta ter coragem e desejar profundo
Você será o rapaz que melhorou o mundo
Vai, veja outra vez
Veja
“Guerreie pela paz, ela não está perdida
Não é de morte que se vive a vida
Veja outra vez
Morada Nova, 18 de maio de 2012
(Paródia sobre a música “Tente Outra Vez” de Raul Seixas.)
Autora: Narcélia dos Santos - Aluna do 1D, Turno tarde, da escola Egídia C. Chagas
Veja
A natureza está destruída
Muito bicho morreu
Tomara que sobreviva
Veja outra vez
Veja
Pois a água viva nãoe está na fonte
está sendo usada
De modo ignorante
Tudo acabou
Não, não, não
Desmate
As árvores ajudam
Você a respirar
Não pense que o planeta
Aguenta se você as cortar
Há uma voz que clama
Há uma voz que chama
uma voz que grita
Vamos morrer sem ar
Queira
Basta ter coragem e desejar profundo
Você será o rapaz que melhorou o mundo
Vai, veja outra vez
Veja
“Guerreie pela paz, ela não está perdida
Não é de morte que se vive a vida
Veja outra vez
Morada Nova, 18 de maio de 2012
Escola Egídia - Monitoria Ambiental: Entrevista sobre o lixão de Morada Nova
Monitoria Ambiental_LIXÃO 21 05 2012
Escola Egídia Cavalcante Chagas.
Visita ao lixão de Morada Nova realizada realizada por Glaudineto e Igor, alunos do 1º ano, turno manhã, turma B.
Entrevista com Igor Oliveira concedida ao professor Benedito
Na segunda-feira, 21 de maio de 2012, às 16:00, os alunos Glaudineto e Igor se dirigiram ao lixão de Morada nova, Ceará, localizado às margens da rodovia estadual que interliga os municípios de Morada Nova e Limoeiro do Norte.
Igor foi a pé, em ritmo de corrida e Glaudineto, foi de bicicleta. Tal ação é ecologicamente correta e adequada às normas da legislação brasileira de trânsito, já que eles não são habilitados para conduzir veículo automotor.
Os alunos estavam realizando uma pesquisa a pedido da professora Paula Andréa para a disciplina de matemática. A pesquisa tinha caráter interdisciplinar e mescla conhecimentos de estatística e conceitos de cidadania e ecologia, situação característica das atividades pedagógicas incentivadas pela Escola Egídia Cavalcante Chagas.
Benedito – Por que foi escolhido o lixão como tema de pesquisa?
Igor – Para saber como era o lixão municipal.
B – O que mais chamou sua atenção?
I – A ausência de material de proteção individual para todos os que catam lixo nas imediações do lixão, a presença de animais no lixão, a fumaça e o mau cheiro que exalam do lixo acumulado pelo município e a presença de carros que despejam fezes advindas das fossas localizadas na área urbana de Morada Nova.
B – O que as pessoas que se encontravam no lixão relataram?
I – Das pessoas observadas – a maioria idosa, salvo um adolescente aparentando e afirmando ter 15 anos de idade – todas relataram ter pouco um nenhum conhecimento escolar e dois chegaram a afirmar que eram analfabetos. Quando chegamos ao lixão, uma carroça estava de partida sendo conduzida por um rapaz de 22 anos, um menino de 12 anos e um rapaz de 17 anos.
B – Havia muitas pessoas no lixão?
I – Por já ser tarde, quase fim de tarde a escuridão impede que haja muitos catadores. Um outro fator é porque suas residências se localizam distantes. Isso os leva a almoçar no próprio lixão para otimizar sua tarefa de recolher e selecionar produtos recicláveis que vão lhes assegurar seu sustento.
B – Há fontes de água próximas ao lixão?
I – Há uma espécie de pequeno lago na parte baixa da área em que se localiza o lixão e bem próximo, um buraco em que os caminhões com os dejetos das fossas, fezes e urina são despejados de maneira contínua e sem fiscalização.
B – O carro do lixo procede de que maneira?
I – Simplesmente o carro manobra e despeja o lixo municipal para logo em seguida retornar para a cidade.
B – Quais os lixos mais comuns encontrados no lixão?
I – Sacolas plásticas e papelão. Quando o caminhão do lixo chegou havia bastante garrafas PET e latas de alumínio, logo recolhidas e acondicionadas em sacos.
B – Na sua opinião qual é o perfil de quem sobrevive do lixão?
I – Quem está no lixão é aquela pessoa sem estudo, sem oportunidade para tentar uma outra forma de ganhar sua vida.
B – Qual a sua mensagem final sobre sua visita ao lixão?
I – Espero que as pessoas que estão lá, possam sair de lá e ter uma vida melhor.
B – E quanto ao lixão em si?
I – Espero que o lixão acabe um dia, que exista menos lixo.
B – E como podemos produzir menos lixo?
I – Utilizar menos sacolas plásticas. A sacola acumulada é um problema. Outro ponto é procurar um destino adequado para o resto de comida que contribui para a fedentina.
Escola Egídia Cavalcante Chagas.
Visita ao lixão de Morada Nova realizada realizada por Glaudineto e Igor, alunos do 1º ano, turno manhã, turma B.
Entrevista com Igor Oliveira concedida ao professor Benedito
Na segunda-feira, 21 de maio de 2012, às 16:00, os alunos Glaudineto e Igor se dirigiram ao lixão de Morada nova, Ceará, localizado às margens da rodovia estadual que interliga os municípios de Morada Nova e Limoeiro do Norte.
Igor foi a pé, em ritmo de corrida e Glaudineto, foi de bicicleta. Tal ação é ecologicamente correta e adequada às normas da legislação brasileira de trânsito, já que eles não são habilitados para conduzir veículo automotor.
Os alunos estavam realizando uma pesquisa a pedido da professora Paula Andréa para a disciplina de matemática. A pesquisa tinha caráter interdisciplinar e mescla conhecimentos de estatística e conceitos de cidadania e ecologia, situação característica das atividades pedagógicas incentivadas pela Escola Egídia Cavalcante Chagas.
Benedito – Por que foi escolhido o lixão como tema de pesquisa?
Igor – Para saber como era o lixão municipal.
B – O que mais chamou sua atenção?
I – A ausência de material de proteção individual para todos os que catam lixo nas imediações do lixão, a presença de animais no lixão, a fumaça e o mau cheiro que exalam do lixo acumulado pelo município e a presença de carros que despejam fezes advindas das fossas localizadas na área urbana de Morada Nova.
B – O que as pessoas que se encontravam no lixão relataram?
I – Das pessoas observadas – a maioria idosa, salvo um adolescente aparentando e afirmando ter 15 anos de idade – todas relataram ter pouco um nenhum conhecimento escolar e dois chegaram a afirmar que eram analfabetos. Quando chegamos ao lixão, uma carroça estava de partida sendo conduzida por um rapaz de 22 anos, um menino de 12 anos e um rapaz de 17 anos.
B – Havia muitas pessoas no lixão?
I – Por já ser tarde, quase fim de tarde a escuridão impede que haja muitos catadores. Um outro fator é porque suas residências se localizam distantes. Isso os leva a almoçar no próprio lixão para otimizar sua tarefa de recolher e selecionar produtos recicláveis que vão lhes assegurar seu sustento.
B – Há fontes de água próximas ao lixão?
I – Há uma espécie de pequeno lago na parte baixa da área em que se localiza o lixão e bem próximo, um buraco em que os caminhões com os dejetos das fossas, fezes e urina são despejados de maneira contínua e sem fiscalização.
B – O carro do lixo procede de que maneira?
I – Simplesmente o carro manobra e despeja o lixo municipal para logo em seguida retornar para a cidade.
B – Quais os lixos mais comuns encontrados no lixão?
I – Sacolas plásticas e papelão. Quando o caminhão do lixo chegou havia bastante garrafas PET e latas de alumínio, logo recolhidas e acondicionadas em sacos.
B – Na sua opinião qual é o perfil de quem sobrevive do lixão?
I – Quem está no lixão é aquela pessoa sem estudo, sem oportunidade para tentar uma outra forma de ganhar sua vida.
B – Qual a sua mensagem final sobre sua visita ao lixão?
I – Espero que as pessoas que estão lá, possam sair de lá e ter uma vida melhor.
B – E quanto ao lixão em si?
I – Espero que o lixão acabe um dia, que exista menos lixo.
B – E como podemos produzir menos lixo?
I – Utilizar menos sacolas plásticas. A sacola acumulada é um problema. Outro ponto é procurar um destino adequado para o resto de comida que contribui para a fedentina.
Escola Egídia - Monitoria Ambiental: Opinião dos alunos do 3B
No dia 10/05/2012, os alunos do 3º B concluíram que, “Na relação entre o homem e o meio ambiente é possível...”
“Evitar destruições.” (Wesley)
“Acreditar no futuro maravilhoso e próspero com muito verde no mundo todo” (Thomas)
“Sim, porque se o homem quiser é possível” (Edson)
“Viver em harmonia, basta acreditar.” (Witalu)
“Que o homem preserve bem para que seja um ambiente bonito e legal.” (Josimário)
“Viver em grande harmonia, mas muitos ficam desmatando as florestas e poluindo os rios, acabando o meio ambiente.” (Wanderson)
“Se o homem não maltratar o meio ambiente ele seria mais bonito e belo.” (Jerliane)
“Se o homem não desmatar a natureza como está desmatando, se o homem tivesse cconsciência do que é a natrureza de verdade ele cuidaria e não destruiria.” (Claudiana)
“Manter a paz se todos colaborararem.” (Élica)
“Dizer que o homem está destruindo o meio ambiente e causando destruição no mundo. O meio ambiente deve ser bem cuidado pelo homem... (Deviane)
“Mas é muito difícil, pois o humano agride o meio ambiente e o meio ambiente lhe devolve com mais força essa agressão.” (Irla)
“Afirmar que se não mudar, o mundo vai se tornar muito pior.” (Josimar)
“Afirmar que o homem está agredindo o meio ambiente na maioria dos casos.” (F. Marcos)
“Existir equilíbrio, viver em harmonia um com o outro.” (Alexandra)
“É possível conviver com o meio ambiente.” (Dennis Miller)
“O homem ajudar o meio ambiente a ser mais bonito.” (Maria Darliane)
“O homem pode ajudar a preservar o meio ambiente para que ele fique limpo.” (Francisca Jakeline)
“O homem e o meio ambiente deveriam existir de uma forma saudável, pois um depende do outro para que consigam sobreviver.” (Emylly Ravelly)
“Modificações e destruições.” (Paulo Sávio)
“Modificações e destruições (Francisco de Assis)
“Evitar destruições.” (Wesley)
“Acreditar no futuro maravilhoso e próspero com muito verde no mundo todo” (Thomas)
“Sim, porque se o homem quiser é possível” (Edson)
“Viver em harmonia, basta acreditar.” (Witalu)
“Que o homem preserve bem para que seja um ambiente bonito e legal.” (Josimário)
“Viver em grande harmonia, mas muitos ficam desmatando as florestas e poluindo os rios, acabando o meio ambiente.” (Wanderson)
“Se o homem não maltratar o meio ambiente ele seria mais bonito e belo.” (Jerliane)
“Se o homem não desmatar a natureza como está desmatando, se o homem tivesse cconsciência do que é a natrureza de verdade ele cuidaria e não destruiria.” (Claudiana)
“Manter a paz se todos colaborararem.” (Élica)
“Dizer que o homem está destruindo o meio ambiente e causando destruição no mundo. O meio ambiente deve ser bem cuidado pelo homem... (Deviane)
“Mas é muito difícil, pois o humano agride o meio ambiente e o meio ambiente lhe devolve com mais força essa agressão.” (Irla)
“Afirmar que se não mudar, o mundo vai se tornar muito pior.” (Josimar)
“Afirmar que o homem está agredindo o meio ambiente na maioria dos casos.” (F. Marcos)
“Existir equilíbrio, viver em harmonia um com o outro.” (Alexandra)
“É possível conviver com o meio ambiente.” (Dennis Miller)
“O homem ajudar o meio ambiente a ser mais bonito.” (Maria Darliane)
“O homem pode ajudar a preservar o meio ambiente para que ele fique limpo.” (Francisca Jakeline)
“O homem e o meio ambiente deveriam existir de uma forma saudável, pois um depende do outro para que consigam sobreviver.” (Emylly Ravelly)
“Modificações e destruições.” (Paulo Sávio)
“Modificações e destruições (Francisco de Assis)
Escola Egídia - Monitoria Ambiental: Paródia do 3 A
Paródia sobre a música de Beyoncé - Single Ladies (Put A Ring On It)
Criada por VctorVianna e Ellen Chry*s”
Tema: Reciclagem
Vamos reciclar, Vamos reciclar (7x).
O lixo orgânico.
A sujeira trás doença,
Se o lixo não for tratado!
É por isso que em minha casa,
Todo lixo, todo lixo, é reciclado!
Com o lixo, com o lixo
meu amigo...
é preciso, é preciso
ter cuidado!
Porque ele, porque ele
fede muito...
e a gente pode ficar
adoentado!
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Com o lixo, com o lixo
meu amigo...
é preciso, é preciso
ter cuidado!
Porque ele, porque ele
fede muito...
e a gente pode ficar
adoentado!
Saia dessa porcalhada de jogar lixo a toa
Na estrada ou no chão ou então guarda na bolsa
Vamos manter o ambiente sempre limpo
Vamos fazer aquilo que é preciso
Porque o ambiente, o ambiente não merece.
Quanta tamanha falta de educação.
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Vamos manter o ambiente sempre limpo
Vamos fazer aquilo que é preciso
Porque o ambiente, o ambiente não merece.
Quanta tamanha falta de educação.
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Sei que podemos mudar isso
É só ter consciência e educação
Sabe por que vamos contar com o sol e o ar
Pra novas energias poder utilizar e se alegraaar
E o planeta vai ficar cada vez mais limpo e agradecido com o trabalho
Com a nossa limpeza, vamos ajudar (4x).
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Com o lixo, com o lixo
meu amigo...
é preciso, é preciso
ter cuidado!
Porque ele, porque ele
fede muito...
e a gente pode ficar
adoentado!
Criada por VctorVianna e Ellen Chry*s”
Tema: Reciclagem
Vamos reciclar, Vamos reciclar (7x).
O lixo orgânico.
A sujeira trás doença,
Se o lixo não for tratado!
É por isso que em minha casa,
Todo lixo, todo lixo, é reciclado!
Com o lixo, com o lixo
meu amigo...
é preciso, é preciso
ter cuidado!
Porque ele, porque ele
fede muito...
e a gente pode ficar
adoentado!
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Com o lixo, com o lixo
meu amigo...
é preciso, é preciso
ter cuidado!
Porque ele, porque ele
fede muito...
e a gente pode ficar
adoentado!
Saia dessa porcalhada de jogar lixo a toa
Na estrada ou no chão ou então guarda na bolsa
Vamos manter o ambiente sempre limpo
Vamos fazer aquilo que é preciso
Porque o ambiente, o ambiente não merece.
Quanta tamanha falta de educação.
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Vamos manter o ambiente sempre limpo
Vamos fazer aquilo que é preciso
Porque o ambiente, o ambiente não merece.
Quanta tamanha falta de educação.
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Sei que podemos mudar isso
É só ter consciência e educação
Sabe por que vamos contar com o sol e o ar
Pra novas energias poder utilizar e se alegraaar
E o planeta vai ficar cada vez mais limpo e agradecido com o trabalho
Com a nossa limpeza, vamos ajudar (4x).
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh
Com o lixo, com o lixo
meu amigo...
é preciso, é preciso
ter cuidado!
Porque ele, porque ele
fede muito...
e a gente pode ficar
adoentado!
domingo, 20 de maio de 2012
Dicas para professores de inglês
When students ask, "What does (a word) mean?" Most teachers are delighted because students are actually asking in English. However, often what they're really saying is Can you translate it for me? Here are some options:
Quando os alunos perguntam "What does (a word) mean?" A maioria dos professores ficam encantados porque os alunos estão realmente perguntando em inglês. No entanto, em geral, o que eles estão realmente dizendo é "Você pode traduzir isto para mim?" Aqui estão algumas opções:
Quickly translate it for them and then drill or practice it.
. Mime or draw the word (when easy/appropriate).
. Ask them to guess before you tell them.
. Ask other students if they know.
. Give examples in context to help them to guess.
. Tell them to use a dictionary.
................................................
I only/just (US) arrived this morning = acabei de chegar esta manhã.
Can I buy/get (US) you a coffee? = Posso te pagar um café
Quando os alunos perguntam "What does (a word) mean?" A maioria dos professores ficam encantados porque os alunos estão realmente perguntando em inglês. No entanto, em geral, o que eles estão realmente dizendo é "Você pode traduzir isto para mim?" Aqui estão algumas opções:
Quickly translate it for them and then drill or practice it.
. Mime or draw the word (when easy/appropriate).
. Ask them to guess before you tell them.
. Ask other students if they know.
. Give examples in context to help them to guess.
. Tell them to use a dictionary.
................................................
I only/just (US) arrived this morning = acabei de chegar esta manhã.
Can I buy/get (US) you a coffee? = Posso te pagar um café
Partes da casa em espanhol II
Confira também: http://beneditoetp.blogspot.com.br/2012/01/partes-da-casa-em-espanhol.html
Habitaciones (Cômodos)
Español - Portugués
..............
Salón - Sala de estar
Comedor - Sala de jantar
Dormitorio -Quarto de dormir
Cuarto de baño -Banheiro
Cocina - Cozinha
Balcón - Varanda
Terraza - Terraço
Escalera - Escada
Escalón - Degrau
Corredor - Corredor
Piso - Andar
Patio - Quintal
Despacho - Escritório
Jardín - Jardim
Garaje - Garagem
Desván - Sótão
Sótano - Porão
Recibidor, vestíbulo - Hall, saguão, lobby
Planta baja - Piso térreo
....................
Muebles (Móveis)
Dormitorio
Español - Portugués
cama - cama
ropero - armário
sábana - lençol
colcha, edredón - colcha
mesa de noche / mesilla de noche - criado-mudo
manta - cobertor
tocador - penteadeira
almohada - travesseiro
percha - cabide
colchón - colchão
despertador - despertador
manta - cobertor
armario empotrado - armário embutido
póster - pôster
............
Cuarto de baño
Español - Portugués
lavabo, lavatorio - lavabo
ducha - chuveiro
toalla - toalha
bañera - banheira
inodoro - vaso sanitário
champú - xampu
jabón - sabonete
papel higiénico - papel higiênico
vertedero - lixeira
...................
Cocina
Español - Portugués
fogón - fogão
olla - panela
sartén - frigideira
horno - forno
horno microondas - microondas
armario de cocina - armário de cozinha
hornilla, hornillo - fornilho
basurero - lixeiro
lavadora - máquina de lavar roupa
secadora - secadora de roupa
nevera - geladeira
fregadero - pia de cozinha
lavavajillas - lava-pratos
cubo - balde
congelador - freezer
plancha - ferro de passar
escoba - vassoura
delantal - avental
.................
Comedor
Español - Portugués
mesa - mesa
silla - cadeira
cubiertos - talheres
vaso - copo
botella de vino - garrafa de vinho
servilleta - guardanapo
cuchara - colher
tenedor - garfo
cuchillo - faca
copa - taça
................
Salón
Español - Portugués
sofá - sofá
sillón - poltrona
alfombra - tapete
cuadro - quadro
televisor - televisão
marco de foto - moldura
equipo de música - aparelho de som
estantería - estante
teléfono - telefone
mesa de café - centro
acondicionador de aire - ar condicionado
consola - video game
reporductor de DVD - aparelho de DVD
televisión por cable - televisão a cabo
...............
Otros
Español - Portugués
cepillo de dientes - escova de dentes
pasta dentífrica - creme dental
peine - pente
espejo - espelho
secador - secador
taza - xícara / vaso sanitário
alfombrilla - capacho
alfombra de baño - tapete de banheiro / de borracha
cepillo - escova
cacerola - caçarola
pinzas de ropa - pregadores de roupa
chimenea - chaminé
parrilla - grelha
ventana - janela
contraventana - janela vasculante
puerta - porta
candado - cadeado
escritorio - escrivaninha
barandilla - grade
lámpara - abajur
bombilla, foco - lâmpada
pared - parede
techo - teto
suelo - chão
http://www.guiapraticodeespanhol.com.br/2010/04/casa-comodos-e-mobilia-em-espanhol.html
20/05/2012, 17:56
Gestão Escolar
RESENHA do artigo “Gestão escolar: uma questão paradigmática”
Uma educação que se propõe eficiente precisa considerar o aspecto d agestão como um elemento preponderante para a consecução do processo de ensino-aprendizagem. O texto de Sérgio Henrique Sousa Diniz aborda a mudança ocorrida no modelo de instituição escolar e na figura de seu gestor diante as mudanças ocorridas no mundo contemporâneo. Nesse novo ambiente interacional, novas considerações se apresentam à discussão sobre o papel da escola como mediadora do processo de formar e educar pessoas.
De acordo com o texto, autonomia, controle social e autocontrole são elementos a serem considerados como paradigmas no modelo de gestão escolar do século XXI. O autor considera que a escola deve ter a sensibilidade para considerar as idéias que transitam na sociedade em que está inserida. Seu fazer pedagógico passa a ser marcado pelos conceitos de simplicidade, transparência e objetividade, conceitos possibilitadores de um trabalho voltado para a formação de cidadãos críticos e aptos a intervirem construtiva e criativamente em seu contexto sócio-histórico. Por suas peculiaridades, tal modelo exige um trabalho orquestrado.
A gestão de uma unidade educacional em tempos modernos se relaciona com a habilidade de seus gestores em se relaionarem com as pessoas que compõem uma unidade escolar e que a rodeiam. A flexibilidade e a adaptabilidade diante de situações diversas são marcas do ato de gerir uma instituição escolar em suas várias dimensões: política, administrativa, humana e social. Esse aspecto multifacético, não considerado até meados do século XX passou a preencher o debate educacional a partir do movimento redemocratizante dos anos 1980 e a partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB/1996) e dos demais documentos oficiais referentes à educação do Brasil.
A base da atual educação brasileira é de caráter renovado, de acordo com o texto de Diniz. Seu arcabouço teórico-metodológico baseia-se no sócio-construtivismo, um forma de valorização da relação eu-outro. Nesta perspectiva, a gestão passa a ser participativa e o trabalho de ensino-aprendizagem alcança um perfil estratégico, como elemento otimizador do fazer didático-pedagógico realizado no ambiente escolar institucionalizado e mediado pela figura do professor, visto não mais como senhor de um saber absoluto e incontestável.
Avançando nas discussões sobre a gestão escolar contemporânea, Diniz (s/d, p. 81) considera que falar em escola hoje inclui a questão do marketing, “ferramenta que utilizada com propriedade e saber por parte dos gestores, pode ser poderosa na construção e sustentação das instituições educacionais. Depreende-se que o termo marketing, embora característico do universo empresarial e mercadológico das sociedades capitalistas, possa ser transposto para o universo da gestão escolar porque envolve a consideração dos anseios e características das pessoas a quem o processo de ensino-aprendizagem é direcionado no cotidiano das práticas escolares. Tal transposição passa a ser um releitura do termo marketing.
Se em um outro espaço-tempo, o modelo tradicional de gestão atendia às necessidades da sociedade, hoje é complicado pensar uma escola apenas como reprodutora do conhecimento, dona de um saber incontestável e balisada prioritariamente na avaliação de caráter quantitativo, classificatório e segregacionista. Para Diniz, pelo modelo de escola renovada aceita-se a noção de diversidade como constitutivos da realidade humana e pelo modelo de gestão participativa reconhece-se que a “participação em seu sentido maior é caracterizada por ser uma forma de atuação consciente em que os membros de uma instituição reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na dinâmica da instituição” (p. 68). Daí derivam o senso de compartilhamento e de delegação de funções.
Pelo modelo estratégico de gestão, a escola parte de uma análise de suas características e em seguida elabora de maneira colaborativa um plano de ação capaz de envolver a comunidade escolar e seus segmentos em torno de um projeto baseado na exeqüibilidade de metas administrativas e pedagógicas que se voltam para o futuro. Há uma relação entre o modelo estratégico de gestão e seu capital intelectual, o “conhecimento que possui todo o conjunto humano da instituição” (p. 72). Quando essa relação é saudável e mutuamente benéfica, há a possibilidade de realização de um trabalho suficientemente adequado para que a marca da escola consiga fidelizar seu público e atrair pessoal novo.
Diniz dedica quinze páginas de seu trabalho a apresentar a noção de marketing educacional como um vocábulo típico de empresas e do mundo globalizado e que alcançou o universo escolar para caracterizar uma postura diferente de considerar as relações estabelecidas entre a escola e seu público (pais e alunos) marcadas pela “necessidade imediata de sobrevivência dentro de um cenário de competição voraz” (p. 81), expressões com as quais define o atual contexto sócio-histórico em que as escolas exercem sua função.
A ênfase dada por Diniz à associação entre escola e empresa chega a incomodar quem trabalha com educação pelo fato de que a tentativa de comparar uma com a outra acaba resvalando no debate sobre que tipo de homem a sociedade precisa. Não que sua argumentação não se mostre bem elaborada. Precisamos considerar que a escola deve tentar se adequar aos anseios e necessidades de seu público a fim de sobreviver e de poder realizar aquilo que está proposto em sua proposta pedagógica para um determinado período letivo.
Todavia, o acento de valor ideológico que surge à superfície textual não nos permite aprender as intenções do texto plenamente isentos de um sensação de servilidade por parte do autor a um projeto de ser-poder alimentado pela dinâmica neo-liberal,a qual coisifica a pessoa humana e endeusa a figura do lucro e da transitoriedade exacerbada dos bens matérias. É um jogo ideológico ao qual a escola deve evitar filiar-se sob pena de ser mais reprodutora que questionadora de conceitos e de condições de vida histórico-culturalmente fixadas.
A escola pode ser séria sem adotar um modelo empresarial, ela pode ser sensível sem se piegas ou leviana. A escola pode o que sua comunidade definir que ela possa, Neste aspecto é válido reconhecer que ser escola e no novo milênio é mais do ensinar. Ser escola no mundo da informação e do conhecimento é estar mais do que nunca voltado para a diversidade. Uma escola que não consiga canalizar a energia das pessoas que a freqüentam ou que nela trabalham está fadada a realizar um trabalho anacrônico e despolitizado na medida em que não se movimenta para atuar de maneira contundente em seu meio histórico-cultural.
Para tanto, os discursos e os fazeres dos gestores escolares podem ser um termômetro dos objetivos e metodologias caracterizadores das instituições escolares. “Em primeira e última instância, o gestor é o responsável pelo que ocorre na escola. Independente de como tenha chegado ao cargo, que ele faça valer sua posição” (Ronaldo Almeida). Pode-se supor que quanto melhor preparado for o núcleo gestor, quanto mais coordenado e dedicado a analisar e interferir positivamente no processo de ensino-aprendizagem da escola, mais pragmática será a gestão do que ocorre na construção do saber mediado e sistematizado pela escola. É um trabalho que envolve paciência e rigor, vontade e companherismo.
Referências Bibliográficas
DINIZ, S. H. S. Gestão escolar: uma questão paradigmática. In Campos & Braz (org), Gestão Escolar: saber fazer. Fortaleza, Edições UFC, 2009.
Benedito Francisco Alves
Morada Nova, Ceará, 20 de maio de 2012.
Uma educação que se propõe eficiente precisa considerar o aspecto d agestão como um elemento preponderante para a consecução do processo de ensino-aprendizagem. O texto de Sérgio Henrique Sousa Diniz aborda a mudança ocorrida no modelo de instituição escolar e na figura de seu gestor diante as mudanças ocorridas no mundo contemporâneo. Nesse novo ambiente interacional, novas considerações se apresentam à discussão sobre o papel da escola como mediadora do processo de formar e educar pessoas.
De acordo com o texto, autonomia, controle social e autocontrole são elementos a serem considerados como paradigmas no modelo de gestão escolar do século XXI. O autor considera que a escola deve ter a sensibilidade para considerar as idéias que transitam na sociedade em que está inserida. Seu fazer pedagógico passa a ser marcado pelos conceitos de simplicidade, transparência e objetividade, conceitos possibilitadores de um trabalho voltado para a formação de cidadãos críticos e aptos a intervirem construtiva e criativamente em seu contexto sócio-histórico. Por suas peculiaridades, tal modelo exige um trabalho orquestrado.
A gestão de uma unidade educacional em tempos modernos se relaciona com a habilidade de seus gestores em se relaionarem com as pessoas que compõem uma unidade escolar e que a rodeiam. A flexibilidade e a adaptabilidade diante de situações diversas são marcas do ato de gerir uma instituição escolar em suas várias dimensões: política, administrativa, humana e social. Esse aspecto multifacético, não considerado até meados do século XX passou a preencher o debate educacional a partir do movimento redemocratizante dos anos 1980 e a partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB/1996) e dos demais documentos oficiais referentes à educação do Brasil.
A base da atual educação brasileira é de caráter renovado, de acordo com o texto de Diniz. Seu arcabouço teórico-metodológico baseia-se no sócio-construtivismo, um forma de valorização da relação eu-outro. Nesta perspectiva, a gestão passa a ser participativa e o trabalho de ensino-aprendizagem alcança um perfil estratégico, como elemento otimizador do fazer didático-pedagógico realizado no ambiente escolar institucionalizado e mediado pela figura do professor, visto não mais como senhor de um saber absoluto e incontestável.
Avançando nas discussões sobre a gestão escolar contemporânea, Diniz (s/d, p. 81) considera que falar em escola hoje inclui a questão do marketing, “ferramenta que utilizada com propriedade e saber por parte dos gestores, pode ser poderosa na construção e sustentação das instituições educacionais. Depreende-se que o termo marketing, embora característico do universo empresarial e mercadológico das sociedades capitalistas, possa ser transposto para o universo da gestão escolar porque envolve a consideração dos anseios e características das pessoas a quem o processo de ensino-aprendizagem é direcionado no cotidiano das práticas escolares. Tal transposição passa a ser um releitura do termo marketing.
Se em um outro espaço-tempo, o modelo tradicional de gestão atendia às necessidades da sociedade, hoje é complicado pensar uma escola apenas como reprodutora do conhecimento, dona de um saber incontestável e balisada prioritariamente na avaliação de caráter quantitativo, classificatório e segregacionista. Para Diniz, pelo modelo de escola renovada aceita-se a noção de diversidade como constitutivos da realidade humana e pelo modelo de gestão participativa reconhece-se que a “participação em seu sentido maior é caracterizada por ser uma forma de atuação consciente em que os membros de uma instituição reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na dinâmica da instituição” (p. 68). Daí derivam o senso de compartilhamento e de delegação de funções.
Pelo modelo estratégico de gestão, a escola parte de uma análise de suas características e em seguida elabora de maneira colaborativa um plano de ação capaz de envolver a comunidade escolar e seus segmentos em torno de um projeto baseado na exeqüibilidade de metas administrativas e pedagógicas que se voltam para o futuro. Há uma relação entre o modelo estratégico de gestão e seu capital intelectual, o “conhecimento que possui todo o conjunto humano da instituição” (p. 72). Quando essa relação é saudável e mutuamente benéfica, há a possibilidade de realização de um trabalho suficientemente adequado para que a marca da escola consiga fidelizar seu público e atrair pessoal novo.
Diniz dedica quinze páginas de seu trabalho a apresentar a noção de marketing educacional como um vocábulo típico de empresas e do mundo globalizado e que alcançou o universo escolar para caracterizar uma postura diferente de considerar as relações estabelecidas entre a escola e seu público (pais e alunos) marcadas pela “necessidade imediata de sobrevivência dentro de um cenário de competição voraz” (p. 81), expressões com as quais define o atual contexto sócio-histórico em que as escolas exercem sua função.
A ênfase dada por Diniz à associação entre escola e empresa chega a incomodar quem trabalha com educação pelo fato de que a tentativa de comparar uma com a outra acaba resvalando no debate sobre que tipo de homem a sociedade precisa. Não que sua argumentação não se mostre bem elaborada. Precisamos considerar que a escola deve tentar se adequar aos anseios e necessidades de seu público a fim de sobreviver e de poder realizar aquilo que está proposto em sua proposta pedagógica para um determinado período letivo.
Todavia, o acento de valor ideológico que surge à superfície textual não nos permite aprender as intenções do texto plenamente isentos de um sensação de servilidade por parte do autor a um projeto de ser-poder alimentado pela dinâmica neo-liberal,a qual coisifica a pessoa humana e endeusa a figura do lucro e da transitoriedade exacerbada dos bens matérias. É um jogo ideológico ao qual a escola deve evitar filiar-se sob pena de ser mais reprodutora que questionadora de conceitos e de condições de vida histórico-culturalmente fixadas.
A escola pode ser séria sem adotar um modelo empresarial, ela pode ser sensível sem se piegas ou leviana. A escola pode o que sua comunidade definir que ela possa, Neste aspecto é válido reconhecer que ser escola e no novo milênio é mais do ensinar. Ser escola no mundo da informação e do conhecimento é estar mais do que nunca voltado para a diversidade. Uma escola que não consiga canalizar a energia das pessoas que a freqüentam ou que nela trabalham está fadada a realizar um trabalho anacrônico e despolitizado na medida em que não se movimenta para atuar de maneira contundente em seu meio histórico-cultural.
Para tanto, os discursos e os fazeres dos gestores escolares podem ser um termômetro dos objetivos e metodologias caracterizadores das instituições escolares. “Em primeira e última instância, o gestor é o responsável pelo que ocorre na escola. Independente de como tenha chegado ao cargo, que ele faça valer sua posição” (Ronaldo Almeida). Pode-se supor que quanto melhor preparado for o núcleo gestor, quanto mais coordenado e dedicado a analisar e interferir positivamente no processo de ensino-aprendizagem da escola, mais pragmática será a gestão do que ocorre na construção do saber mediado e sistematizado pela escola. É um trabalho que envolve paciência e rigor, vontade e companherismo.
Referências Bibliográficas
DINIZ, S. H. S. Gestão escolar: uma questão paradigmática. In Campos & Braz (org), Gestão Escolar: saber fazer. Fortaleza, Edições UFC, 2009.
Benedito Francisco Alves
Morada Nova, Ceará, 20 de maio de 2012.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Monitoria ambiental - Relatório de atividades
No dia 23/04/12 visitamos as salas da escola Egídia pele tarde para convidar e informar alunos de 1º a 3º ano que a Monitoria Ambiental tem que demostrar mais interesse pelo nosso planeta este ano. Os alunos não se interessaram muito de “primeira vez”, pois a família não tem o dialogo sobre a prevenção de seu bem-estar dentro de casa. É claro que é um grande susto que eles levam ao ouvir falar na escola de algo que não ouvem dentro de casa. Eles começaram a se admirar e a querer participar de um projeto que ira lhes ensinar uma lição para todo a vida. E VOÇE ESTA ESPERANDO O QUE? ENTRE AGORA MESMO E FAÇA PARTE DA MONITORIA AMBIENTAL DA ESCOLA EGÍDIA.
E PRESEVE SEU PROPRIO BEM-ESTAR.
VALEUUU!!!!!!!
By Janaína, 2 C.
Morada Nova, 03 05 2012.
.................................
Monitoria Ambiental relatório 07 05 2012
No dia 23/04/2012 os alunos do 1º C e D ilustraram a frase “The environment I dream” com sua percepção do que foi, é ou deveria ser o meio-ambiente. Há uma sensibilidade de ar meigo e infantil que encanta pelas linhas simples e imagens autênticas e/ou idealizadas. A presença de elementos não-típicos de nossa região, como a macieira, e de símbolos das preocupações e necessidades sertanejas, como a água de chuvas, lagos e rios, demonstra uma variedade de níveis de influência de fatores externos na vida dos jovens cidadãos da escola Egídia. Todos os desenhos foram digitalizados pelo aluno Paulo do 1º B. Ao som de “We are the champions”, da banda QUEEN, as ilustrações foram transformadas em um vídeo e postadas no YOUTUBE. É o protagonismo juvenil dos alunos egidianos renovando a Monitoria Ambiental.
No dia 04/05/2012 alunos do Egídia interessados em participar da monitoria ambiental compareceram a uma reunião na sala de vídeo às 13:50h. Foram formados grupos de trabalho para pesquisarem sobre temas relacionados ao meio-ambiente e apresentado um conjunto de ações para serem efetivadas durante o mês de Maio deste corrente ano com vistas a preparar a semana do meio-ambiente a ser celebrada em Junho e conscientizar cada aluno a se tornar um cidadão e um agente articulador de ações ambientalmente corretas. Às 17:00, o conteúdo da reunião foi apresentado ao núcleo gestor e aos professores coordenadores de área. A princípio, foi estabelecida o período de 04 a 06 de Junho para a escola trabalhar atividades referentes à semana do meio-ambiente e cogitou-se a temática “Rio + 20”.
......................................
Reunião da monitoria ambiental – Escola Egídia – 04/05/2012
Elementos a serem analisados pelos grupos de estudo
Semana do meio ambiente: 01/06/2012 até 05/06/2012.
Pesquisar sobre artesanato com material reciclado para montar uma exposição.
Pesquisar sobre economia verde.
Pesquisar sobe ecoturismo.
Pesquisar sobre os problemas que afetam o meio ambiente da caatinga.
Pesquisar sobre os problemas que afetam os rios de Morada Nova
Pesquisar sobre a Lagoa da Salina.
Visita aos centros de reciclagem do município.
Gravar um vídeo sobre a situação do meio-ambiente em sua comunidade. Duração de 30 segundos.
Planejar uma data e uma ação nas ruas de Morada Nova.
Caminhada nas CE – rodovias estaduais que cortam o município – para identificar quais tipos de lixo são mais freqüentes.
Propor uma debate no espaço da câmara dos vereadores sobre a questão ambiental
Preparar as turmas para a gincana ecológica.
Arrecadar pilhas usadas e bateria de celular.
Preparar a nova camisa da monitoria ambiental
.................................................
Escola Egídia Cavalcante Chagas
Monitoria Ambiental
Projeto interdisciplinar baseado no protagonismo juvenil.
Reunir, Discutir, Mobilizar, Conscientizar, Executar.
Proposta de cronograma de atividades.
Gincana ecológica, semana do meio ambiente,
3/5/2012 - Dia do Solo / Dia do Pau Brasil
5/5/2012 - Dia Mundial do Campo
25/5/2012 - Dia do Trabalhador Rural
27/5/2012 - Dia Nacional da Mata Atlântica
29/5/2012 - Dia do Geógrafo
29/5/2012 - Dia do Geólogo
Junho
3/6/2012 - Aniversário da ECO92
4/6/2012 - Semana Nacional do Meio Ambiente
5/6/2012 - Dia da Ecologia / Dia Mundial do Meio Ambiente
9/6/2012 - Término da Semana Nacional do Meio Ambiente
17/6/2012 - Dia Mundial de Combate à Dessertificação e à Seca
Veículos:
Web radio, Blog, Site, Jornal
Identificação Monitores ambientais
e-mail, telefone, CPF
Imagem da monitoria
Símbolo da monitoria
Blusa da monitoria
Participação em eventos e competições
Patrulha Ecológica
Ei, Coronel,
Cabeça de papel!
Deixa de moleza
E cuida da natureza!
Quem derrubou a mata?
Quem os peixes mata?
Quem polui o mar?
E envenena o ar?
Um, dois, três, quatro!
Salva peixe,
salva bicho,
Salva gente,
Salva mato!
Cinco, seis, sete e oito!
Depois da vigília
Café com biscoito.
Maria Dinorah
Read more: http://www.pragentemiuda.org/2009/06/poemas-meio-ambiente.html#ixzz1t6970FoE
Acesso em 25/04/2012, às 20:33.
................................
Participação da escola egídia e de seus monitores ambientais no evento intitulado Ecocidades
ECOCIDADES – Morada Nova – Ceará (26-27/04/2012)
Local: EEEP Osmira Eduardo de Castro
Saneamento ambiental e resíduos sólidos
Facilitador: Airton Mota Bastos (geógrafo formado pela Universidade estadual do Ceará)
Elementos que constituem o Saneamento Básico:
1. Tratamento da água
2. Esgotamento sanitário
3. Gerenciamento dos resíduos sólidos.
4. Rede de drenagem de precipitações pluviométricas.
Licenciamento ambiental (SEMACE)
Desenvolvimento de Políticas Públicas (CONPAM)
Autarquias de gestão de água e esgoto: SAAE (morada Nova – Ce) e CAGECE (Ceará).
Resíduos Sólidos no âmbito das políticas públicas.
Resíduo sólido: Lixo seco que deve ser reciclado ou reutilizado deixando de ser lixo.
Lixo orgânico: material que pode ser descartado nos aterros sanitários.
Aterro sanitário é uma grande área em que o lixo orgânico é depositado (sobre mantas de impermeabilização) em gigantescos buracos e recoberto com camadas de terra.
A questão dos resíduos sólidos deve considerar: coleta, transporte e disposição.
Há uma relação entre economia e saneamento ambiental que deve ser considerada.
A pressão popular é fundamental para conduzir empresas, fabricantes e indústrias a adotarem práticas ambientalmente, economicamente e socialmente viáveis para a sociedade.
A fundação de ONGs voltadas para a gestão ambiental pode constituir-se em uma oportunidade de emprego e trabalho para pessoas que desejem ser formadores de opinião.
A Internet é um veículo de circulação de idéias. É possível mobilizar pessoas, publicizar atos públicos e/ou privados e divulgar eventos e oportunidades de negócios.
Trabalhar a questão ambiental deve ser que valorize economicamente o profissional dedicado às questões ambientais.
Contato:
CONPAN – Conselho de Políticas e Gestão do meio ambiente do Ceará.
www.conpam.ce.gov..br
airton.mota@conpam.ce.gov.br
Educação Ambiental: (85) 3101-5529
Políticas Públicas (Airton) 3101-1251
E PRESEVE SEU PROPRIO BEM-ESTAR.
VALEUUU!!!!!!!
By Janaína, 2 C.
Morada Nova, 03 05 2012.
.................................
Monitoria Ambiental relatório 07 05 2012
No dia 23/04/2012 os alunos do 1º C e D ilustraram a frase “The environment I dream” com sua percepção do que foi, é ou deveria ser o meio-ambiente. Há uma sensibilidade de ar meigo e infantil que encanta pelas linhas simples e imagens autênticas e/ou idealizadas. A presença de elementos não-típicos de nossa região, como a macieira, e de símbolos das preocupações e necessidades sertanejas, como a água de chuvas, lagos e rios, demonstra uma variedade de níveis de influência de fatores externos na vida dos jovens cidadãos da escola Egídia. Todos os desenhos foram digitalizados pelo aluno Paulo do 1º B. Ao som de “We are the champions”, da banda QUEEN, as ilustrações foram transformadas em um vídeo e postadas no YOUTUBE. É o protagonismo juvenil dos alunos egidianos renovando a Monitoria Ambiental.
No dia 04/05/2012 alunos do Egídia interessados em participar da monitoria ambiental compareceram a uma reunião na sala de vídeo às 13:50h. Foram formados grupos de trabalho para pesquisarem sobre temas relacionados ao meio-ambiente e apresentado um conjunto de ações para serem efetivadas durante o mês de Maio deste corrente ano com vistas a preparar a semana do meio-ambiente a ser celebrada em Junho e conscientizar cada aluno a se tornar um cidadão e um agente articulador de ações ambientalmente corretas. Às 17:00, o conteúdo da reunião foi apresentado ao núcleo gestor e aos professores coordenadores de área. A princípio, foi estabelecida o período de 04 a 06 de Junho para a escola trabalhar atividades referentes à semana do meio-ambiente e cogitou-se a temática “Rio + 20”.
......................................
Reunião da monitoria ambiental – Escola Egídia – 04/05/2012
Elementos a serem analisados pelos grupos de estudo
Semana do meio ambiente: 01/06/2012 até 05/06/2012.
Pesquisar sobre artesanato com material reciclado para montar uma exposição.
Pesquisar sobre economia verde.
Pesquisar sobe ecoturismo.
Pesquisar sobre os problemas que afetam o meio ambiente da caatinga.
Pesquisar sobre os problemas que afetam os rios de Morada Nova
Pesquisar sobre a Lagoa da Salina.
Visita aos centros de reciclagem do município.
Gravar um vídeo sobre a situação do meio-ambiente em sua comunidade. Duração de 30 segundos.
Planejar uma data e uma ação nas ruas de Morada Nova.
Caminhada nas CE – rodovias estaduais que cortam o município – para identificar quais tipos de lixo são mais freqüentes.
Propor uma debate no espaço da câmara dos vereadores sobre a questão ambiental
Preparar as turmas para a gincana ecológica.
Arrecadar pilhas usadas e bateria de celular.
Preparar a nova camisa da monitoria ambiental
.................................................
Escola Egídia Cavalcante Chagas
Monitoria Ambiental
Projeto interdisciplinar baseado no protagonismo juvenil.
Reunir, Discutir, Mobilizar, Conscientizar, Executar.
Proposta de cronograma de atividades.
Gincana ecológica, semana do meio ambiente,
3/5/2012 - Dia do Solo / Dia do Pau Brasil
5/5/2012 - Dia Mundial do Campo
25/5/2012 - Dia do Trabalhador Rural
27/5/2012 - Dia Nacional da Mata Atlântica
29/5/2012 - Dia do Geógrafo
29/5/2012 - Dia do Geólogo
Junho
3/6/2012 - Aniversário da ECO92
4/6/2012 - Semana Nacional do Meio Ambiente
5/6/2012 - Dia da Ecologia / Dia Mundial do Meio Ambiente
9/6/2012 - Término da Semana Nacional do Meio Ambiente
17/6/2012 - Dia Mundial de Combate à Dessertificação e à Seca
Veículos:
Web radio, Blog, Site, Jornal
Identificação Monitores ambientais
e-mail, telefone, CPF
Imagem da monitoria
Símbolo da monitoria
Blusa da monitoria
Participação em eventos e competições
Patrulha Ecológica
Ei, Coronel,
Cabeça de papel!
Deixa de moleza
E cuida da natureza!
Quem derrubou a mata?
Quem os peixes mata?
Quem polui o mar?
E envenena o ar?
Um, dois, três, quatro!
Salva peixe,
salva bicho,
Salva gente,
Salva mato!
Cinco, seis, sete e oito!
Depois da vigília
Café com biscoito.
Maria Dinorah
Read more: http://www.pragentemiuda.org/2009/06/poemas-meio-ambiente.html#ixzz1t6970FoE
Acesso em 25/04/2012, às 20:33.
................................
Participação da escola egídia e de seus monitores ambientais no evento intitulado Ecocidades
ECOCIDADES – Morada Nova – Ceará (26-27/04/2012)
Local: EEEP Osmira Eduardo de Castro
Saneamento ambiental e resíduos sólidos
Facilitador: Airton Mota Bastos (geógrafo formado pela Universidade estadual do Ceará)
Elementos que constituem o Saneamento Básico:
1. Tratamento da água
2. Esgotamento sanitário
3. Gerenciamento dos resíduos sólidos.
4. Rede de drenagem de precipitações pluviométricas.
Licenciamento ambiental (SEMACE)
Desenvolvimento de Políticas Públicas (CONPAM)
Autarquias de gestão de água e esgoto: SAAE (morada Nova – Ce) e CAGECE (Ceará).
Resíduos Sólidos no âmbito das políticas públicas.
Resíduo sólido: Lixo seco que deve ser reciclado ou reutilizado deixando de ser lixo.
Lixo orgânico: material que pode ser descartado nos aterros sanitários.
Aterro sanitário é uma grande área em que o lixo orgânico é depositado (sobre mantas de impermeabilização) em gigantescos buracos e recoberto com camadas de terra.
A questão dos resíduos sólidos deve considerar: coleta, transporte e disposição.
Há uma relação entre economia e saneamento ambiental que deve ser considerada.
A pressão popular é fundamental para conduzir empresas, fabricantes e indústrias a adotarem práticas ambientalmente, economicamente e socialmente viáveis para a sociedade.
A fundação de ONGs voltadas para a gestão ambiental pode constituir-se em uma oportunidade de emprego e trabalho para pessoas que desejem ser formadores de opinião.
A Internet é um veículo de circulação de idéias. É possível mobilizar pessoas, publicizar atos públicos e/ou privados e divulgar eventos e oportunidades de negócios.
Trabalhar a questão ambiental deve ser que valorize economicamente o profissional dedicado às questões ambientais.
Contato:
CONPAN – Conselho de Políticas e Gestão do meio ambiente do Ceará.
www.conpam.ce.gov..br
airton.mota@conpam.ce.gov.br
Educação Ambiental: (85) 3101-5529
Políticas Públicas (Airton) 3101-1251
Monitoria ambiental - Paródia
Veja Outra Vez
(Paródia sobre a música “Tente Outra Vez” de Raul Seixas.)
Veja
Anatureza está destruída
Muito bicho morreu
Tomara que sobreviva
Veja outra vez
Veja
Pois a água viva nãoe está na fonte
está sendo usada
De modo ignorante
Tudo acabou
Não, não, não
Desmate
As árvores ajudam
Você a respirar
Não pense que o planeta
Aguenta se você as cortar
Há uma voz que clama
Há uma voz que chama
uma voz que grita
Vamos morrer sem ar
Queira
Basta ter coragem e desejar profundo
Você será o rapaz que melhorou o mundo
Vai, veja outra vez
Veja
“Guerreie pela paz, ela não está perdida
Não é de morte que se vive a vida
Veja outra vez
Narcélia dos Santos - Aluna do 1B, Turno tarde, da escola Egídia C. Chagas
Morada Nova, 18 de maio de 2012
(Paródia sobre a música “Tente Outra Vez” de Raul Seixas.)
Veja
Anatureza está destruída
Muito bicho morreu
Tomara que sobreviva
Veja outra vez
Veja
Pois a água viva nãoe está na fonte
está sendo usada
De modo ignorante
Tudo acabou
Não, não, não
Desmate
As árvores ajudam
Você a respirar
Não pense que o planeta
Aguenta se você as cortar
Há uma voz que clama
Há uma voz que chama
uma voz que grita
Vamos morrer sem ar
Queira
Basta ter coragem e desejar profundo
Você será o rapaz que melhorou o mundo
Vai, veja outra vez
Veja
“Guerreie pela paz, ela não está perdida
Não é de morte que se vive a vida
Veja outra vez
Narcélia dos Santos - Aluna do 1B, Turno tarde, da escola Egídia C. Chagas
Morada Nova, 18 de maio de 2012
Escola Egídia Cavalcante Chagas - Reunião sobre alcoolismo
Convite
A escola Egídia Cavalcante Chagas convida-lhe a participar de um diálogo sobre alcoolismo ministrado por representantes do grupo de AA de Morada Nova – Ceará.
Data: 04/05/2012 (sexta-feira)
Horário: 19:00
Viva a vida bem e sobriamente, um dia de cada vez, ao lado dos que lhes são importantes!
A escola Egídia Cavalcante Chagas convida-lhe a participar de um diálogo sobre alcoolismo ministrado por representantes do grupo de AA de Morada Nova – Ceará.
Data: 04/05/2012 (sexta-feira)
Horário: 19:00
Viva a vida bem e sobriamente, um dia de cada vez, ao lado dos que lhes são importantes!
Rio+20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.
A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.
O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
A Conferência terá dois temas principais:
A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e
A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16 e 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.
Os preparativos para a Conferência
A Resolução 64/236 da Assembleia-Geral das Nações Unidas determinou a realização da Conferência, seu objetivo e seus temas, além de estabelecer a programação das reuniões do Comitê Preparatório (conhecidas como “PrepComs”). O Comitê vem realizando sessões anuais desde 2010, além de “reuniões intersessionais”, importantes para dar encaminhamento às negociações.
Além das “PrepComs”, diversos países têm realizado “encontros informais” para ampliar as oportunidades de discussão dos temas da Rio+20.
O processo preparatório é conduzido pelo Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais e Secretário-Geral da Conferência, Embaixador Sha Zukang, da China. O Secretariado da Conferência conta ainda com dois Coordenadores-Executivos, a Senhora Elizabeth Thompson, ex-Ministra de Energia e Meio Ambiente de Barbados, e o Senhor Brice Lalonde, ex-Ministro do Meio Ambiente da França. Os preparativos são complementados pela Mesa Diretora da Rio+20, que se reúne com regularidade em Nova York e decide sobre questões relativas à organização do evento. Fazem parte da Mesa Diretora representantes dos cinco grupos regionais da ONU, com a co-presidência do Embaixador Kim Sook, da Coréia do Sul, e do Embaixador John Ashe, de Antígua e Barbuda. O Brasil, na qualidade de país-sede da Conferência, também está representado na Mesa Diretora.
Os Estados-membros, representantes da sociedade civil e organizações internacionais tiveram até o dia 1º de novembro para enviar ao Secretariado da Conferência propostas por escrito. A partir dessas contribuições, o Secretariado preparará um texto-base para a Rio+20, chamado “zero draft” (“minuta zero” em inglês), o qual será negociado em reuniões ao longo do primeiro semestre de 2012.
http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20
18/05/2012, 18/05/2012
sábado, 12 de maio de 2012
Aspectos morfológicos e sintaxe do espanhol
Particípios regulares em espanhol e irregulares em português:
encendido (aceso), entregado (entregue), ganado (ganho), gastado (gasto), pagado (pago), salvado (salvo).
Sintaxe
A sintaxe do espanhol não difere muito da do português. Uma das características sintáticas mais marcantes do espanhol em face ao português culto é o início de frase com pronome oblíquo: Me dijo que vendría mañana. (Disse-me que viria amanhã). Le dieron muchos regalos. (Deram-lhe muitos presentes).
Outro aspecto sintático em que o espanhol se afasta do português é o uso de ênclise aos futuros. Não se usa mesóclise em espanhol: Darémosle algunos libros. (Dar-lhe-emos alguns livros). Esperaríante hasta las cuatro. (Esperar-te-iam até as quatro). Aqui também se poderia empregar a próclise.
Léxico
As fontes do léxico do espanhol são, na sua grande maioria, as mesmas do português, no entanto, a seleção do vocabulário e a evolução semântica, fizeram com que na língua do cotidiano exista um grande número de termos diferentes, assim como muitos outros semelhantes na forma, mas diferentes no significado. Citemos apenas alguns vocábulos, de campos do cotidiano, sem preocupar-nos com a origem:
a) Escola:
aula (sala de aula), bolígrafo (caneta), clase (aula),
encerado (quadro-negro), goma (borracha), pliego (folha de papel), maestro,a (professor,a - também profesor,a), pupitre (carteira escolar), renglón (linha, pauta).tiza (giz).
b) Escritório:
carpeta (pasta de papéis), escribiente (escriturário), mecanógrafo (datilógrafo), oficina (escritório), ordenador ou computadora (computador).
c) Casa, residência:
basura (lixo). comedor (sala de jantar), cuarto de baño (banheiro), escalera (escada), grifo (torneira), manúbrio (maçaneta), pasillo (corredor), peldaño (degrau), habitación (quarto), piso (andar), ventana (janela),
d) Utensílios domésticos:
anaquel (estante), botella (garrafa), copa (cálice), cubierto (talher), cuchara (colher), cuchillo (faca), damajuana (garrafão), jícara ou pocillo (xícara), mantel (toalha de mesa), platillo (pires), servilleta (guardanapo), tenedor (garfo), vaso (copo).
e) Cidade:
acera (passeio, calçada), alumbrado (iluminação), autobús (ônibus), calle (rua), callejón (viela, beco), coche (carro), dependiente (vendedor), escaparate (vitrina), kiosko (banca de jornais), manzana (quarteirão), mostrador (balcão), piso (andar), tienda, (loja), tranvía (bonde).
f) Corpo humano:
cejas (sobrancelhas), cuello (pescoço),. frente (testa, fronte), mejillas (faces), melena (cabeleira), mentón (queixo), muelas (dentes molares), pelo (cabelo).
g) Roupa e calçado:
bolsillo (bolso), bolso (sacola), bragas (calcinha), calcetines (meias de homem), calzoncillo (cueca), chaleco (colete), chaqueta, americana ou saco (paletó), cinturón (cinto), falda (saia), maleta (mala), medias (meias de mulher), pantalón (calça), paraguas (guarda-chuva), pendientes (brincos), pulsera (relógio de pulso). zapatillas (alpargatas).
h) Profissões:
albañil (pedreiro ou ladrilheiro), basurero (gari), camarero (garçom), confitero (confeiteiro, doceiro), fontanero (bombeiro hidráulico, funileiro), limpiabotas (engraxate), niñera (babá), panadero (padeiro), peluquero ou barbero (barbeiro, cabeleireiro), sastre (alfaiate), sirvienta (empregada doméstica).
i) Comidas e bebidas:
bisté ou filé (bife),calamares (lulas), cerveza (cerveja), dulce (doce), ensalada (salada), habichuelas ou porotos (feijão), lechuga (alface), lentejas (lentilhas), mantequilla (manteiga), pastel (bolo), pescado (peixe), pulpo (polvo), refresco (refrigerante), té (chá), vino (vinho), zumo, jugo (suco).
Algumas diferenças
morfológicas e lexicais
a) Nomes de árvores e seus frutos
Algumas árvores frutíferas são formadas em espanhol apenas com a desinência de gênero (masculino para a árvore e feminino para a fruta):
manzana - manzano, (maçã - macieira); castaña - castaño. (castanha - castanheiro); cereza - cerezo, (cereja - cerejeira); naranja - naranjo, (laranja - laranjeira), etc., mas existem outros que formam o nome da árvore por meio de sufixo, semelhante ao que ocorre no português: limón - limonero, (limão - limoeiro); higo - higuera (figo - figueira), etc.
b) Nomes de letras
Os nomes das letras são femininos no espanhol e masculinos no português:
la pe, la equis, la hache, (o pê, o xis, o agá).
c) Nomes dos dias da semana
Os dias da semana, exceto sábado e domingo, que são iguais, têm formação diferente em ambas as línguas:
lunes (segunda-feira), martes (terça-feira), miércoles (quarta-feira), jueves (quinta-feira) e viernes (sexta-feira). Todos são masculinos em espanhol.
d) Formação do plural
A formação do plural é semelhante, mas no espanhol é mais regular: ciudadanos,(cidadãos) catalanes (catalães) corazones (corações). No entanto, no espanhol ocorre uma diferença gráfica nos plurais de nomes em -z: luz - luces, audaz - audaces, etc. Os terminados em -i tônico também diferem: iraní – iraníes (iraniano – iranianos); marroquí - marroquíes.(marroquino – marroquinos).
e) Numerais
Não há muitas diferenças entre os numerais de ambas as línguas. Nos cardinais podemos citar o feminino de 2 (dois) em português e sua invariabilidade em espanhol: dos (dois, duas), e a não correspondência entre billón e trillón com bilião (ou bilhão) e trilião (ou trilhão). Millón e milhão correspondem-se, mas em espanhol um billón corresponde a um milhão de milhões, enquanto em português corresponde a mil milhões. O trilhão segue a mesma ordem.
f) Falsos amigos
Por tratar-se de línguas com bastantes semelhanças, somos levados a cometer erros devido a vocábulos semelhantes, mas com diferente significado. Citamos alguns:
apellido (sobrenome), aula (sala de aula), berro (agrião), bolsa (sacola, maleta), bolso (bolsa feminina), botiquín (estojo de primeiros socorros), brincar (saltar, pular), cachorro (filhote de cão, lobo, etc.), carpeta (pasta para papéis), cenar (jantar), clase (aula), cola (rabo, cauda, fila), conferencia (palestra), crianza (criação, educação), niño,a (menino,a), cuello (pescoço), embarazada (grávida) estafa (fraude), esposas (algemas), exquisito,a (delicioso,a), firmar (assinar) intereses (juros), inversión (investimento), largo,a (comprido,a), latido (palpitação), latir (palpitar), logro (sucesso, conquista), maleta (mala), oficina (escritório), oso,a (urso,a), palestra (lugar onde se briga, ringue), pastel (bolo), pelo (cabelo), prejuicio (preconceito), raro (esquisito), rato (momento), ratón (rato, camundongo), rubio,a (louro,a), sin (sem), suceso (acontecimento), éxito (sucesso), taller (oficina), tirar (jogar fora), tocayo,a (xará), todavía (ainda), tonto,a (bobo,a), viruta (serragem, apara), zurdo,a (canhoto,a).
http://www.filologia.org.br/viisenefil/01.htm
12/05/2012, 16:20
encendido (aceso), entregado (entregue), ganado (ganho), gastado (gasto), pagado (pago), salvado (salvo).
Sintaxe
A sintaxe do espanhol não difere muito da do português. Uma das características sintáticas mais marcantes do espanhol em face ao português culto é o início de frase com pronome oblíquo: Me dijo que vendría mañana. (Disse-me que viria amanhã). Le dieron muchos regalos. (Deram-lhe muitos presentes).
Outro aspecto sintático em que o espanhol se afasta do português é o uso de ênclise aos futuros. Não se usa mesóclise em espanhol: Darémosle algunos libros. (Dar-lhe-emos alguns livros). Esperaríante hasta las cuatro. (Esperar-te-iam até as quatro). Aqui também se poderia empregar a próclise.
Léxico
As fontes do léxico do espanhol são, na sua grande maioria, as mesmas do português, no entanto, a seleção do vocabulário e a evolução semântica, fizeram com que na língua do cotidiano exista um grande número de termos diferentes, assim como muitos outros semelhantes na forma, mas diferentes no significado. Citemos apenas alguns vocábulos, de campos do cotidiano, sem preocupar-nos com a origem:
a) Escola:
aula (sala de aula), bolígrafo (caneta), clase (aula),
encerado (quadro-negro), goma (borracha), pliego (folha de papel), maestro,a (professor,a - também profesor,a), pupitre (carteira escolar), renglón (linha, pauta).tiza (giz).
b) Escritório:
carpeta (pasta de papéis), escribiente (escriturário), mecanógrafo (datilógrafo), oficina (escritório), ordenador ou computadora (computador).
c) Casa, residência:
basura (lixo). comedor (sala de jantar), cuarto de baño (banheiro), escalera (escada), grifo (torneira), manúbrio (maçaneta), pasillo (corredor), peldaño (degrau), habitación (quarto), piso (andar), ventana (janela),
d) Utensílios domésticos:
anaquel (estante), botella (garrafa), copa (cálice), cubierto (talher), cuchara (colher), cuchillo (faca), damajuana (garrafão), jícara ou pocillo (xícara), mantel (toalha de mesa), platillo (pires), servilleta (guardanapo), tenedor (garfo), vaso (copo).
e) Cidade:
acera (passeio, calçada), alumbrado (iluminação), autobús (ônibus), calle (rua), callejón (viela, beco), coche (carro), dependiente (vendedor), escaparate (vitrina), kiosko (banca de jornais), manzana (quarteirão), mostrador (balcão), piso (andar), tienda, (loja), tranvía (bonde).
f) Corpo humano:
cejas (sobrancelhas), cuello (pescoço),. frente (testa, fronte), mejillas (faces), melena (cabeleira), mentón (queixo), muelas (dentes molares), pelo (cabelo).
g) Roupa e calçado:
bolsillo (bolso), bolso (sacola), bragas (calcinha), calcetines (meias de homem), calzoncillo (cueca), chaleco (colete), chaqueta, americana ou saco (paletó), cinturón (cinto), falda (saia), maleta (mala), medias (meias de mulher), pantalón (calça), paraguas (guarda-chuva), pendientes (brincos), pulsera (relógio de pulso). zapatillas (alpargatas).
h) Profissões:
albañil (pedreiro ou ladrilheiro), basurero (gari), camarero (garçom), confitero (confeiteiro, doceiro), fontanero (bombeiro hidráulico, funileiro), limpiabotas (engraxate), niñera (babá), panadero (padeiro), peluquero ou barbero (barbeiro, cabeleireiro), sastre (alfaiate), sirvienta (empregada doméstica).
i) Comidas e bebidas:
bisté ou filé (bife),calamares (lulas), cerveza (cerveja), dulce (doce), ensalada (salada), habichuelas ou porotos (feijão), lechuga (alface), lentejas (lentilhas), mantequilla (manteiga), pastel (bolo), pescado (peixe), pulpo (polvo), refresco (refrigerante), té (chá), vino (vinho), zumo, jugo (suco).
Algumas diferenças
morfológicas e lexicais
a) Nomes de árvores e seus frutos
Algumas árvores frutíferas são formadas em espanhol apenas com a desinência de gênero (masculino para a árvore e feminino para a fruta):
manzana - manzano, (maçã - macieira); castaña - castaño. (castanha - castanheiro); cereza - cerezo, (cereja - cerejeira); naranja - naranjo, (laranja - laranjeira), etc., mas existem outros que formam o nome da árvore por meio de sufixo, semelhante ao que ocorre no português: limón - limonero, (limão - limoeiro); higo - higuera (figo - figueira), etc.
b) Nomes de letras
Os nomes das letras são femininos no espanhol e masculinos no português:
la pe, la equis, la hache, (o pê, o xis, o agá).
c) Nomes dos dias da semana
Os dias da semana, exceto sábado e domingo, que são iguais, têm formação diferente em ambas as línguas:
lunes (segunda-feira), martes (terça-feira), miércoles (quarta-feira), jueves (quinta-feira) e viernes (sexta-feira). Todos são masculinos em espanhol.
d) Formação do plural
A formação do plural é semelhante, mas no espanhol é mais regular: ciudadanos,(cidadãos) catalanes (catalães) corazones (corações). No entanto, no espanhol ocorre uma diferença gráfica nos plurais de nomes em -z: luz - luces, audaz - audaces, etc. Os terminados em -i tônico também diferem: iraní – iraníes (iraniano – iranianos); marroquí - marroquíes.(marroquino – marroquinos).
e) Numerais
Não há muitas diferenças entre os numerais de ambas as línguas. Nos cardinais podemos citar o feminino de 2 (dois) em português e sua invariabilidade em espanhol: dos (dois, duas), e a não correspondência entre billón e trillón com bilião (ou bilhão) e trilião (ou trilhão). Millón e milhão correspondem-se, mas em espanhol um billón corresponde a um milhão de milhões, enquanto em português corresponde a mil milhões. O trilhão segue a mesma ordem.
f) Falsos amigos
Por tratar-se de línguas com bastantes semelhanças, somos levados a cometer erros devido a vocábulos semelhantes, mas com diferente significado. Citamos alguns:
apellido (sobrenome), aula (sala de aula), berro (agrião), bolsa (sacola, maleta), bolso (bolsa feminina), botiquín (estojo de primeiros socorros), brincar (saltar, pular), cachorro (filhote de cão, lobo, etc.), carpeta (pasta para papéis), cenar (jantar), clase (aula), cola (rabo, cauda, fila), conferencia (palestra), crianza (criação, educação), niño,a (menino,a), cuello (pescoço), embarazada (grávida) estafa (fraude), esposas (algemas), exquisito,a (delicioso,a), firmar (assinar) intereses (juros), inversión (investimento), largo,a (comprido,a), latido (palpitação), latir (palpitar), logro (sucesso, conquista), maleta (mala), oficina (escritório), oso,a (urso,a), palestra (lugar onde se briga, ringue), pastel (bolo), pelo (cabelo), prejuicio (preconceito), raro (esquisito), rato (momento), ratón (rato, camundongo), rubio,a (louro,a), sin (sem), suceso (acontecimento), éxito (sucesso), taller (oficina), tirar (jogar fora), tocayo,a (xará), todavía (ainda), tonto,a (bobo,a), viruta (serragem, apara), zurdo,a (canhoto,a).
http://www.filologia.org.br/viisenefil/01.htm
12/05/2012, 16:20
Pronomes em espanhol
Pronomes
Nos pronomes pessoais, quanto à forma, uma das diferenças é constituída pelas formas do plural do espanhol: nosotros, nosotras; vosotros, vosotras (nós, vós). Quanto ao uso do pronome no discurso, o espanhol mantém a 2ª pessoa do singular, equivalendo em português a tu, forma pouco usada, principalmente no Brasil, onde se usa a 3ª pessoa gramatical (você, vocês) também como 2ª pessoa do discurso.
Exemplos: Tú eres estudiante (Tu es estudante ou, preferentemente, Você é estudante). Vosotros sois estudiantes (Vós sois estudantes ou, preferentemente, Vocês são estudantes).
Em português o pronome você, vocês (pronome de tratamento) predomina.
a) Pronomes (caso reto):.
Português
Espanhol.
Singular
Plural
Singular
Plural
1a. pessoa
eu
nós
yo
nosotros, nosotras
2a. pessoa
tu
vós
tú
vosotros, vosotras
3a. pessoa
ele, ela
eles, elas
él, ella
ellos, ellas
b) Pronomes de tratamento (2a pessoa)
Português
Espanhol
Singular
Plural
Singular
Plural
você, o senhor, a senhora
vocês, os senhores, as senhoras
usted
ustedes
Assim, no discurso, o você do português equivale ao tú do espanhol e o senhor, a senhora do português equivale ao usted do espanhol. Vejamos alguns exemplos:
Você comprou um livro novo. = Tú compraste un libro nuevo. O senhor tem muitos amigos. = Usted tiene muchos amigos. A senhora tem muitas amigas = Usted tiene muchas amigas. Observe a concordância do verbo, assim como a não variação em gênero de usted, ustedes.
No espanhol americano não se usa vosotros, vosotras como plural de tu. Em seu lugar usa-se ustedes.
c) Pronomes oblíquos:
Português
Espanhol
eu-----mim, me, comigo
yo------mí, me, conmigo
tu------ti, te ,contigo
tú-------ti, te, contigo
ele-----si, se, consigo, lhe o, ele
él-------se, sí, consigo, le, lo, el
ela-----si, se, consigo, lhe, a, ela
ella-----se, si, consigo, le, la, ella
nós----nos, nós
nosotros---nos, nosotros
--------------------------------------
nosotras---nos, nosotras
vós----vos, vós
vosotros---os, vosotros
--------------------------------------
vosotras---os, vosotras
eles----os
ellos--------se, les, los, ellos
elas----as
ellas--------se, les, las, ellas
d) Algumas diferenças de outros pronomes
O indefinido quem possui plural em espanhol: quien, quienes: ¿Quién está ahí? ¿Quiénes están ahí?
O indefinido a gente tem em espanhol o equivalente semântico un, una. Exemplos:
A gente não sabe que cidade visitar: Uno (o una) no sabe que ciudad visitar. A gente está muito cansada. Uno (o una) está muy cansado (o cansada).
Em espanhol gente significa pessoas, os outros: Hay mucha gente em la calle. (Há muita gente na rua). La gente va para la fiesta (As pessoas vão para a festa).
e) Contrações
O espanhol possui apenas duas contrações, porém obrigatórias: a preposição a com o artigo el > al: Vamos al teatro. Llegaron temprano al pueblo. A outra contração é a da preposição de com o artigo el > del: Viene del cine. Llegamos del congreso. O português possui grande quantidade de contrações, não sendo porém obrigatório seu uso.
http://www.filologia.org.br/viisenefil/01.htm
12/05/2012, 16:13
Nos pronomes pessoais, quanto à forma, uma das diferenças é constituída pelas formas do plural do espanhol: nosotros, nosotras; vosotros, vosotras (nós, vós). Quanto ao uso do pronome no discurso, o espanhol mantém a 2ª pessoa do singular, equivalendo em português a tu, forma pouco usada, principalmente no Brasil, onde se usa a 3ª pessoa gramatical (você, vocês) também como 2ª pessoa do discurso.
Exemplos: Tú eres estudiante (Tu es estudante ou, preferentemente, Você é estudante). Vosotros sois estudiantes (Vós sois estudantes ou, preferentemente, Vocês são estudantes).
Em português o pronome você, vocês (pronome de tratamento) predomina.
a) Pronomes (caso reto):.
Português
Espanhol.
Singular
Plural
Singular
Plural
1a. pessoa
eu
nós
yo
nosotros, nosotras
2a. pessoa
tu
vós
tú
vosotros, vosotras
3a. pessoa
ele, ela
eles, elas
él, ella
ellos, ellas
b) Pronomes de tratamento (2a pessoa)
Português
Espanhol
Singular
Plural
Singular
Plural
você, o senhor, a senhora
vocês, os senhores, as senhoras
usted
ustedes
Assim, no discurso, o você do português equivale ao tú do espanhol e o senhor, a senhora do português equivale ao usted do espanhol. Vejamos alguns exemplos:
Você comprou um livro novo. = Tú compraste un libro nuevo. O senhor tem muitos amigos. = Usted tiene muchos amigos. A senhora tem muitas amigas = Usted tiene muchas amigas. Observe a concordância do verbo, assim como a não variação em gênero de usted, ustedes.
No espanhol americano não se usa vosotros, vosotras como plural de tu. Em seu lugar usa-se ustedes.
c) Pronomes oblíquos:
Português
Espanhol
eu-----mim, me, comigo
yo------mí, me, conmigo
tu------ti, te ,contigo
tú-------ti, te, contigo
ele-----si, se, consigo, lhe o, ele
él-------se, sí, consigo, le, lo, el
ela-----si, se, consigo, lhe, a, ela
ella-----se, si, consigo, le, la, ella
nós----nos, nós
nosotros---nos, nosotros
--------------------------------------
nosotras---nos, nosotras
vós----vos, vós
vosotros---os, vosotros
--------------------------------------
vosotras---os, vosotras
eles----os
ellos--------se, les, los, ellos
elas----as
ellas--------se, les, las, ellas
d) Algumas diferenças de outros pronomes
O indefinido quem possui plural em espanhol: quien, quienes: ¿Quién está ahí? ¿Quiénes están ahí?
O indefinido a gente tem em espanhol o equivalente semântico un, una. Exemplos:
A gente não sabe que cidade visitar: Uno (o una) no sabe que ciudad visitar. A gente está muito cansada. Uno (o una) está muy cansado (o cansada).
Em espanhol gente significa pessoas, os outros: Hay mucha gente em la calle. (Há muita gente na rua). La gente va para la fiesta (As pessoas vão para a festa).
e) Contrações
O espanhol possui apenas duas contrações, porém obrigatórias: a preposição a com o artigo el > al: Vamos al teatro. Llegaron temprano al pueblo. A outra contração é a da preposição de com o artigo el > del: Viene del cine. Llegamos del congreso. O português possui grande quantidade de contrações, não sendo porém obrigatório seu uso.
http://www.filologia.org.br/viisenefil/01.htm
12/05/2012, 16:13
Fonologia do espanhol
Classificação das vogais
» Vogais fortes: A, E, O
» Vogais fracas: I, U
» Uma vogal forte e uma fraca.
Exemplo:
ai-re, pei-ne, au-la.
» Uma vogal fraca e uma vogal forte.
Exemplo:
ha-cien-do, no-vio.
» Duas vogais fracas.
Exemplo:
ciu-dad, cui-da-do.
Atenção:
A presença de uma "H" intercalada não invalida a existência de um possível ditongo.
http://www.bomespanhol.com.br/gramatica/ortografia/ditongos
12/05/2012, 15:29
......................
Por Alfredo M. Rodriguez (UCB)
O espanhol e o português são duas línguas românicas que têm muito em comum, além de sua proximidade geográfica e de sua origem. O espanhol é, com exceção do galego, que teve origem comum com o português, a língua que tem mais afinidade com o português. Neste estudo assinalaremos apenas alguns aspectos distintivos, do ponto de vista sincrônico, entre as duas línguas na atualidade. Veremos em primeiro lugar algo da comparação fonético-fonológica entre as duas línguas, assim como algumas diferenças morfológicas e lexicais que nos pareceram mais relevantes. Destacaremos também as principais diferenças sintáticas que separam o espanhol do português.
O quadro vocálico do português
No português existem vogais orais e nasais. As orais [o] e [e], em posição tônica, podem ser abertas ou fechadas. A rigor classifica-se como aberta apenas o [a], a mais baixa das vogais. O [i] e o [u] são fonemas vocálicos fechados e altos, o [e], o [o], além de uma realização de um [a] fechado, mais comum em o quadro: Portugal .Assim, no português do Brasil existem 7 vogais orais e 5 vogais nasais. Total: 12 fonemas vocálicos em posição tônica. Em posição átona não existem vogais abertas, sendo que em posição átona final, o quadro vocálico do português fica reduzido a três fonemas vocálicos: a, i, u porque o e e o o fechados ficam reduzidos, respectivamente, a i e u: pele [´peli], dedo [´dedu]
O quadro vocálico do espanhol
O quadro vocálico do espanhol é muito simples. Consta apenas de cinco fonemas:
Não existem no espanhol vogais abertas com distinção fonológica, embora foneticamente haja realizações com maior ou menor abertura vocálica. Os fonemas vocálicos abertos provenientes do latim vulgar permaneceram em português, mas ditongaram-se em espanhol: petra> pedra, (esp) piedra; forte> forte, (esp) fuerte. O mesmo quadro vocálico mantém-se em posição átona, pois não há elevação vocálica nem mesmo em posição final: leche [´letfe], dedo [´dedo].
A nasalização de vogais tampouco ocorre em espanhol, ao menos com valor fonológico.
Os ditongos
Por um lado observa-se no espanhol grande número de ditongos ie e ue, provenientes da ditongação das vogais e e o abertas do latim vulgar: hierro, cielo, diente, rueda, cuerda, etc. Por outra lado observam-se em português muitos ditongos em ei, provenientes de vogal + iode e de ditongação de consoantes: primariu > primairu > primeiro, esp. primero; lacte > laite > leite, esp. leche; basiu > beijo, esp. beso. O ditongo latino au deu origem ao português ou, embora foneticamente se tenha monotongado. Ocorre o mesmo com a ditongação do l. Em espanhol, este ditongo logo se monotongou: tauru > touro, esp. toro; alteru > outro, esp. otro; saltu > souto, esp. soto.
Como vemos, o quadro vocálico do português é muito mais rico que o do espanhol, o que ajuda a explicar a propalada maior dificuldade que têm os falantes do espanhol em compreender o português falado, o que ocorre em menor grau na direção inversa.
O quadro consonantal
A realização fonética dos fonemas consonantais coincide em grande parte nas duas línguas. Apontaremos apenas alguns dos fonemas que mais se afastam:
a) Fonema [b].
Não existe em espanhol o fonema [v] do português. Este fonema representa-se graficamente por b ou v. A permanência da diferença gráfica obedece apenas a critérios etimológicos.
b) Fonema [tf], representado graficamente por ch
Este fonema em espanhol tem pronúncia africada [tf] diferente da do fonema fricativo palatal surdo [f] do português, que pode ser representado graficamente pelo mesmo dígrafo: Esp. muchacho [mu'tfatfo], chino ['tfino]. Port. chave ['favi], xarope [fa'ropi].
c) Fonema [š] do português.
Fonema fricativo palatal sonoro. Não existe no espanhol.: hoje ['oši], mágico ['mašiku], jaca ['šaka]
d) Fonemas [s] e [z]
Em português existem o fonema sibilante fricativo surdo [s] e o sonoro [z]: passo ['pasu], maço ['masu] (surdo); casa ['kaza], zebra ['zebra] (sonoro).
No espanhol só se conhece o fonema equivalente surdo: casa ['kasa], paso ['paso]
e) Fonemas [f] e [š]
Os fonemas fricativos palatais, surdo [f] chapa ['fapa] e sonoro [š] jato ['šatu], não ocorrem no espanhol.
f) Fonema [θ]
O fonema fricativo surdo dental [θ] do espanhol: ciento ['θiento], moza ['moθa], não existe em português. Sua pronúncia assemelha-se ao do th do inglês em think, three. Nas zonas em que se pratica o seseo, este fonema realiza-se como [s].
g) Fonema [x] (grafado com j em qualquer posição ou com g antes de e, i)
O fonema [x] consonantal fricativo velar surdo não existe no português: caja ['kaxa], gitano [xi'tano], cojo ['koxo], gente ['xente]. A pronúncia deste fonema assemelha-se à do h aspirado do inglês em house, horse.
Com relação ao quadro consonantal, verificamos que há realizações diferentes em ambas as línguas, mas também aqui o português é mais rico que o espanhol, embora não cause tanta dificuldade para a compreensão, como ocorre com o quadro vocálico. No que tange à fonologia das duas línguas, podemos observar que as semelhanças são em maior número que as diferenças. Ambas possuem fonemas que não são comuns às duas, embora a fonologia portuguesa se apresente mais rica e, portanto, mais complexa.
Algumas evoluções
fonético-morfológicas diferentes
Entre as evoluções fonético-morfológicas que seguiram rumos diferentes em português e o espanhol temos:
a) Fonema [f]:
Este fonema do latim vulgar permaneceu em português, mas desapareceu foneticamente em espanhol, sendo representado graficamente pela letra h: ferru > ferro, hierro; facere > fazer, hacer; filiu > filho, hijo; folia > folha, hoja.
O f existe em espanhol porque provém de outras origens ou entrou na língua em outras épocas: forti > forte, fuerte; fabrica > fábrica.
b) Sufixo –ellu:
Este sufixo latino deu em português –elo, -ela e em espanhol –illo, -illa: castellu > castelo, castillo; cutellu > cutelo, cuchillo; martellu > martelo, martillo; *capella > capela, capilla; sella > sela, silla.
c) Grupos ct e ult.
Estes grupos evoluíram para it em português e para ch em espanhol: factu > feito, hecho; lacte > leite, leche; nocte > noite, noche; multu > muito, mucho.
Já vimos que o espanhol ditongou o e e o tônicos do latim vulgar: dente > diente; porta > puerta, porém essa ditongação não ocorreu antes de consoante palatal: oculu > oclo > ojo; nocte > noche; tegula > tegla > teja. (olho, noite, telha).
d) Grupos consonantais iniciais com l:
Os grupos pl-, cl- e fl- palatalizaram-se em espanhol em ll- e em português em ch-: planu > chão, llano; clamare > chamar, llamar; flamma > chama, llama.
e) Grupo –mb-:
Este grupo perde o m em espanhol, mas permanece em português: palumba > paomba > pomba (port); palumba > paloma (esp). lombu > lombo (port); lombu > lomo (esp).
http://www.filologia.org.br/viisenefil/01.htm
12/05/2012, 16:10
» Vogais fortes: A, E, O
» Vogais fracas: I, U
» Uma vogal forte e uma fraca.
Exemplo:
ai-re, pei-ne, au-la.
» Uma vogal fraca e uma vogal forte.
Exemplo:
ha-cien-do, no-vio.
» Duas vogais fracas.
Exemplo:
ciu-dad, cui-da-do.
Atenção:
A presença de uma "H" intercalada não invalida a existência de um possível ditongo.
http://www.bomespanhol.com.br/gramatica/ortografia/ditongos
12/05/2012, 15:29
......................
Por Alfredo M. Rodriguez (UCB)
O espanhol e o português são duas línguas românicas que têm muito em comum, além de sua proximidade geográfica e de sua origem. O espanhol é, com exceção do galego, que teve origem comum com o português, a língua que tem mais afinidade com o português. Neste estudo assinalaremos apenas alguns aspectos distintivos, do ponto de vista sincrônico, entre as duas línguas na atualidade. Veremos em primeiro lugar algo da comparação fonético-fonológica entre as duas línguas, assim como algumas diferenças morfológicas e lexicais que nos pareceram mais relevantes. Destacaremos também as principais diferenças sintáticas que separam o espanhol do português.
O quadro vocálico do português
No português existem vogais orais e nasais. As orais [o] e [e], em posição tônica, podem ser abertas ou fechadas. A rigor classifica-se como aberta apenas o [a], a mais baixa das vogais. O [i] e o [u] são fonemas vocálicos fechados e altos, o [e], o [o], além de uma realização de um [a] fechado, mais comum em o quadro: Portugal .Assim, no português do Brasil existem 7 vogais orais e 5 vogais nasais. Total: 12 fonemas vocálicos em posição tônica. Em posição átona não existem vogais abertas, sendo que em posição átona final, o quadro vocálico do português fica reduzido a três fonemas vocálicos: a, i, u porque o e e o o fechados ficam reduzidos, respectivamente, a i e u: pele [´peli], dedo [´dedu]
O quadro vocálico do espanhol
O quadro vocálico do espanhol é muito simples. Consta apenas de cinco fonemas:
Não existem no espanhol vogais abertas com distinção fonológica, embora foneticamente haja realizações com maior ou menor abertura vocálica. Os fonemas vocálicos abertos provenientes do latim vulgar permaneceram em português, mas ditongaram-se em espanhol: petra> pedra, (esp) piedra; forte> forte, (esp) fuerte. O mesmo quadro vocálico mantém-se em posição átona, pois não há elevação vocálica nem mesmo em posição final: leche [´letfe], dedo [´dedo].
A nasalização de vogais tampouco ocorre em espanhol, ao menos com valor fonológico.
Os ditongos
Por um lado observa-se no espanhol grande número de ditongos ie e ue, provenientes da ditongação das vogais e e o abertas do latim vulgar: hierro, cielo, diente, rueda, cuerda, etc. Por outra lado observam-se em português muitos ditongos em ei, provenientes de vogal + iode e de ditongação de consoantes: primariu > primairu > primeiro, esp. primero; lacte > laite > leite, esp. leche; basiu > beijo, esp. beso. O ditongo latino au deu origem ao português ou, embora foneticamente se tenha monotongado. Ocorre o mesmo com a ditongação do l. Em espanhol, este ditongo logo se monotongou: tauru > touro, esp. toro; alteru > outro, esp. otro; saltu > souto, esp. soto.
Como vemos, o quadro vocálico do português é muito mais rico que o do espanhol, o que ajuda a explicar a propalada maior dificuldade que têm os falantes do espanhol em compreender o português falado, o que ocorre em menor grau na direção inversa.
O quadro consonantal
A realização fonética dos fonemas consonantais coincide em grande parte nas duas línguas. Apontaremos apenas alguns dos fonemas que mais se afastam:
a) Fonema [b].
Não existe em espanhol o fonema [v] do português. Este fonema representa-se graficamente por b ou v. A permanência da diferença gráfica obedece apenas a critérios etimológicos.
b) Fonema [tf], representado graficamente por ch
Este fonema em espanhol tem pronúncia africada [tf] diferente da do fonema fricativo palatal surdo [f] do português, que pode ser representado graficamente pelo mesmo dígrafo: Esp. muchacho [mu'tfatfo], chino ['tfino]. Port. chave ['favi], xarope [fa'ropi].
c) Fonema [š] do português.
Fonema fricativo palatal sonoro. Não existe no espanhol.: hoje ['oši], mágico ['mašiku], jaca ['šaka]
d) Fonemas [s] e [z]
Em português existem o fonema sibilante fricativo surdo [s] e o sonoro [z]: passo ['pasu], maço ['masu] (surdo); casa ['kaza], zebra ['zebra] (sonoro).
No espanhol só se conhece o fonema equivalente surdo: casa ['kasa], paso ['paso]
e) Fonemas [f] e [š]
Os fonemas fricativos palatais, surdo [f] chapa ['fapa] e sonoro [š] jato ['šatu], não ocorrem no espanhol.
f) Fonema [θ]
O fonema fricativo surdo dental [θ] do espanhol: ciento ['θiento], moza ['moθa], não existe em português. Sua pronúncia assemelha-se ao do th do inglês em think, three. Nas zonas em que se pratica o seseo, este fonema realiza-se como [s].
g) Fonema [x] (grafado com j em qualquer posição ou com g antes de e, i)
O fonema [x] consonantal fricativo velar surdo não existe no português: caja ['kaxa], gitano [xi'tano], cojo ['koxo], gente ['xente]. A pronúncia deste fonema assemelha-se à do h aspirado do inglês em house, horse.
Com relação ao quadro consonantal, verificamos que há realizações diferentes em ambas as línguas, mas também aqui o português é mais rico que o espanhol, embora não cause tanta dificuldade para a compreensão, como ocorre com o quadro vocálico. No que tange à fonologia das duas línguas, podemos observar que as semelhanças são em maior número que as diferenças. Ambas possuem fonemas que não são comuns às duas, embora a fonologia portuguesa se apresente mais rica e, portanto, mais complexa.
Algumas evoluções
fonético-morfológicas diferentes
Entre as evoluções fonético-morfológicas que seguiram rumos diferentes em português e o espanhol temos:
a) Fonema [f]:
Este fonema do latim vulgar permaneceu em português, mas desapareceu foneticamente em espanhol, sendo representado graficamente pela letra h: ferru > ferro, hierro; facere > fazer, hacer; filiu > filho, hijo; folia > folha, hoja.
O f existe em espanhol porque provém de outras origens ou entrou na língua em outras épocas: forti > forte, fuerte; fabrica > fábrica.
b) Sufixo –ellu:
Este sufixo latino deu em português –elo, -ela e em espanhol –illo, -illa: castellu > castelo, castillo; cutellu > cutelo, cuchillo; martellu > martelo, martillo; *capella > capela, capilla; sella > sela, silla.
c) Grupos ct e ult.
Estes grupos evoluíram para it em português e para ch em espanhol: factu > feito, hecho; lacte > leite, leche; nocte > noite, noche; multu > muito, mucho.
Já vimos que o espanhol ditongou o e e o tônicos do latim vulgar: dente > diente; porta > puerta, porém essa ditongação não ocorreu antes de consoante palatal: oculu > oclo > ojo; nocte > noche; tegula > tegla > teja. (olho, noite, telha).
d) Grupos consonantais iniciais com l:
Os grupos pl-, cl- e fl- palatalizaram-se em espanhol em ll- e em português em ch-: planu > chão, llano; clamare > chamar, llamar; flamma > chama, llama.
e) Grupo –mb-:
Este grupo perde o m em espanhol, mas permanece em português: palumba > paomba > pomba (port); palumba > paloma (esp). lombu > lombo (port); lombu > lomo (esp).
http://www.filologia.org.br/viisenefil/01.htm
12/05/2012, 16:10
Alteridade: livro das professoras Fátima e Atem
O lúdico e a autobiografia (Jornal Diário do Nordeste, 10/05/2012)
Artigo publicado no Jornal Diário do Nordeste, Caderno3, pág.3 Quinta-feira, 10 de Maio de 2012 - Fortaleza, Ceará, Brasil
Autoria: Flávio Paiva
Artigo em PDF
O que faz uma pessoa ser única é o fato de ela ser formada por si e por muitas partes de outros. Assim é com todo mundo, embora isso não seja fácil de aceitar, em decorrência do receio que temos de ser tragados pelas nossas diferenças sociais, culturais, físicas e intelectuais. Mas, querendo ou não, só existe o “eu” porque existe o “outro” e as relações sociais. Quanto mais nos relacionamos, quanto mais compreendemos que o contato estabelecido entre pessoas faz parte da constituição do si, mais nos integramos plenamente ao contexto das transformações sociais.
A busca desse “outro” e do seu lugar na constituição do si acaba de ganhar dois caminhos de reflexões e análises, com o livro “Alteridade – o outro como problema” (Ludice, 2011), organizado pelas psicólogas Fátima Vasconcelos e Érica Atem e lançado na quinta-feira passada (3/5) no auditório da livraria Cultura em Fortaleza. Nessa perspectiva, o caminho do lúdico e o caminho da autobiografia são trilhados por mais de 20 autores e pesquisadores do programa de pós-graduação em Educação Brasileira (UFC) e de outras universidades brasileiras.
A reconstrução de experiências vividas, como forma de colocar na roda os diversos “outros” da nossa singularidade está na essência do primeiro e do quarto capítulo e é oferecida pelas organizadoras como linha mestra do trabalho. Ao tratar do fato de sermos como somos por resultarmos da interação com outros indivíduos, grupos, comunidades e civilizações, a linguista Maria Conceição Passeggi sintetiza a importância das narrativas (auto)biográficas nos esforços de problematização da alteridade. Afirma que “se formar” é levar a sério a reversibilidade do trabalho de reflexão sobre si mesmo, realizado durante o processo de “biografização” (p. 35).
Identifiquei-me imediatamente com essa abordagem, provavelmente porque o recurso da narrativa (auto)biográfica está presente em todo o meu trabalho, sobretudo na construção literária e musical para crianças. Mas o segundo e o terceiro capítulos me atraíram repentinamente por recorrerem às práticas do brincar na busca do entendimento das diferentes manifestações do ser-o-outro, como substância elementar do "eu", e da crítica aos exageros da racionalidade científica que, ao produzirem o discurso competente e incensarem os donos da voz, acabam perdendo a experiência do contato e a sensibilidade distintiva entre o que está no cognitivo e o que está na afetividade e nas emoções.
A ação comunicativa na cultura da infância ocorre na liberdade que a criança tem da aprendizagem imitativa e de evocar suposições para com elas assimilar o mundo e a vida social. Como isso se dá nas circunstâncias de simulação em que o outro é digital e o seu lugar de "circulação" é virtual, é o curioso e oportuno tema abordado pelas psicólogas Márcia Duarte Medeiros e Fátima Vasconcelos. Elas procuram depreender "como a subjetividade se organiza neste enquadre relacional" (p. 91) de experienciação mediada pela tecnologia digital, onde a identidade virtual (avatar) funciona como um segundo "eu" na instabilidade do "outro" e da própria comunidade de pertencimento.
Na interface digital das telas as autoras observam o quanto multiplicamos a nossa heterogeneidade mutante, por meio de possibilidades oferecidas pelos programas e aplicativos. Questionam se o faz-de-conta nos ambientes eletrônicos seria uma situação imaginária, ao abrigo dos efeitos da realidade, e se, nesses casos, a criança estaria apenas submetida à lógica da programação, ao contrário da sua condição quando em estado de jogo simbólico. Particularmente, penso que a criança sabe que é jogo e, preservada de exposições maiores do que as normais, também sabe que jogar é diferente de brincar. Nessa pegada, o livro vai refletindo e fazendo refletir, ora como "eu" e ora como "outro".
A afirmação dos ambientes de virtualidade como contextos socioculturais, "descartada a ideia de considerar os mundos virtuais como não-lugares" (p. 100), é uma solução metodológica de grande valor "netnográfico". Deste modo, ficou bem mais natural a realização da pesquisa de campo com indivíduos e grupos que frequentam ambientes virtuais. O que não bateu bem com a minha percepção - e aqui mais uma vez o livro exerce o papel dialógico do "eu" e do "outro" - foi a definição da internet como um lócus. A internet é um sistema de comunicação em rede e não um lugar. Afinal, os círculos de convivência acontecem em espaços como as salas de bate-papo, nas praças de encontros disponibilizadas pelas empresas de serviços de relacionamentos e nas estações de jogos.
Em "Alteridade - o outro como problema", encontramos recortes de pesquisas que entrelaçam o lúdico e o (auto)biográfico na produção de insights de interpretação da condição humana. Como para mim a alteridade, mais do que uma qualidade relacional de produção do si, é um ato virtuoso a ser perseguido na busca de alternativas sociais e ambientais para a pós-hipermodernidade, inclusive na aproximação da cultura com as mensagens da natureza (A consciência ecoplanetária, DN, 26/05/2011), livros como este do Ludice (Ludicidade, Discurso e Identidades nas Práticas Educativas), são fundamentais pelo que têm de perscrutador e de abertura para o debate.
Toda verdade é provisória e o bom da ciência é saber dessa verdade. Assim, Érica Atem pôde ficar livre para investigar aspectos da "aliança científica" pela "nova infância", organizadas no plano discursivo do enunciado "Dar voz a criança", flagrado por vezes em recrudescimentos adultocêntricos. A "criança cidadã", a "criança protagonista", a "criança testemunha" e "a criança ator social" (p. 181) são algumas das expressões decorrentes da pidginização do pensamento especializado sobre a infância. A autora questiona os diagnósticos e as prescrições que consideram apenas os efeitos produzidos por essa unanimidade: "a criação de políticas para dar voz à criança" (p. 182), e a moral racional de uma epistemologia pouco afeita à valorização do desejo, da empatia, da afetividade e dos sentimentos (p. 191).
Os riscos da guetificação do mundo da criança, sob apelos como "crianças por elas mesmas" e "propiciar que as crianças falem por si", postos por Érica Atem, abrem uma janela no ponto de alteridade em que, na sua investigação sobre memórias de brincadeiras, realizada na praia de Guriú, a pedagoga Maria da Glória Feitosa Freitas, constata que "as escutas das lembranças dos idosos e dos adultos informaram sobre um papel essencial do adulto nas práticas lúdicas infantis" (p. 79). Para enxergar outras possibilidades nesses discursos intercorrentes e multirreferenciais Érica propõe o deslocamento do enunciado "dar voz a criança" da sua posição de "resposta" para a de "problema" (p. 194).
A questão da cultura lúdica na educação, abordada pelo psicopedagogo Genivaldo Macário de Castro, chama a brincadeira como modalidade discursiva na práxis da docência, pela (auto)biografia dos próprios educadores, suas "experiências fundadoras e experiências formadoras" (p. 226). Essa conversa logo chega aos linguistas Benedito Alves e João Batista Gonçalves, que analisam as aplicações do termo "lúdico" nos documentos oficiais e seus significados voltados à estética, diversão, lazer e ferramenta didático-pedagógica (p. 118). E a socióloga Celeste Cordeiro critica "o abandono de outras dimensões humanas ligadas ao espírito da ludicidade” (p.74), reforçando que o tema é bom e urgente.
http://www.flaviopaiva.com.br/index.php/artigos/1176-o-ludico-e-autobiografia-jornal-diario-do-nordeste-10052012.html
Artigo publicado no Jornal Diário do Nordeste, Caderno3, pág.3 Quinta-feira, 10 de Maio de 2012 - Fortaleza, Ceará, Brasil
Autoria: Flávio Paiva
Artigo em PDF
O que faz uma pessoa ser única é o fato de ela ser formada por si e por muitas partes de outros. Assim é com todo mundo, embora isso não seja fácil de aceitar, em decorrência do receio que temos de ser tragados pelas nossas diferenças sociais, culturais, físicas e intelectuais. Mas, querendo ou não, só existe o “eu” porque existe o “outro” e as relações sociais. Quanto mais nos relacionamos, quanto mais compreendemos que o contato estabelecido entre pessoas faz parte da constituição do si, mais nos integramos plenamente ao contexto das transformações sociais.
A busca desse “outro” e do seu lugar na constituição do si acaba de ganhar dois caminhos de reflexões e análises, com o livro “Alteridade – o outro como problema” (Ludice, 2011), organizado pelas psicólogas Fátima Vasconcelos e Érica Atem e lançado na quinta-feira passada (3/5) no auditório da livraria Cultura em Fortaleza. Nessa perspectiva, o caminho do lúdico e o caminho da autobiografia são trilhados por mais de 20 autores e pesquisadores do programa de pós-graduação em Educação Brasileira (UFC) e de outras universidades brasileiras.
A reconstrução de experiências vividas, como forma de colocar na roda os diversos “outros” da nossa singularidade está na essência do primeiro e do quarto capítulo e é oferecida pelas organizadoras como linha mestra do trabalho. Ao tratar do fato de sermos como somos por resultarmos da interação com outros indivíduos, grupos, comunidades e civilizações, a linguista Maria Conceição Passeggi sintetiza a importância das narrativas (auto)biográficas nos esforços de problematização da alteridade. Afirma que “se formar” é levar a sério a reversibilidade do trabalho de reflexão sobre si mesmo, realizado durante o processo de “biografização” (p. 35).
Identifiquei-me imediatamente com essa abordagem, provavelmente porque o recurso da narrativa (auto)biográfica está presente em todo o meu trabalho, sobretudo na construção literária e musical para crianças. Mas o segundo e o terceiro capítulos me atraíram repentinamente por recorrerem às práticas do brincar na busca do entendimento das diferentes manifestações do ser-o-outro, como substância elementar do "eu", e da crítica aos exageros da racionalidade científica que, ao produzirem o discurso competente e incensarem os donos da voz, acabam perdendo a experiência do contato e a sensibilidade distintiva entre o que está no cognitivo e o que está na afetividade e nas emoções.
A ação comunicativa na cultura da infância ocorre na liberdade que a criança tem da aprendizagem imitativa e de evocar suposições para com elas assimilar o mundo e a vida social. Como isso se dá nas circunstâncias de simulação em que o outro é digital e o seu lugar de "circulação" é virtual, é o curioso e oportuno tema abordado pelas psicólogas Márcia Duarte Medeiros e Fátima Vasconcelos. Elas procuram depreender "como a subjetividade se organiza neste enquadre relacional" (p. 91) de experienciação mediada pela tecnologia digital, onde a identidade virtual (avatar) funciona como um segundo "eu" na instabilidade do "outro" e da própria comunidade de pertencimento.
Na interface digital das telas as autoras observam o quanto multiplicamos a nossa heterogeneidade mutante, por meio de possibilidades oferecidas pelos programas e aplicativos. Questionam se o faz-de-conta nos ambientes eletrônicos seria uma situação imaginária, ao abrigo dos efeitos da realidade, e se, nesses casos, a criança estaria apenas submetida à lógica da programação, ao contrário da sua condição quando em estado de jogo simbólico. Particularmente, penso que a criança sabe que é jogo e, preservada de exposições maiores do que as normais, também sabe que jogar é diferente de brincar. Nessa pegada, o livro vai refletindo e fazendo refletir, ora como "eu" e ora como "outro".
A afirmação dos ambientes de virtualidade como contextos socioculturais, "descartada a ideia de considerar os mundos virtuais como não-lugares" (p. 100), é uma solução metodológica de grande valor "netnográfico". Deste modo, ficou bem mais natural a realização da pesquisa de campo com indivíduos e grupos que frequentam ambientes virtuais. O que não bateu bem com a minha percepção - e aqui mais uma vez o livro exerce o papel dialógico do "eu" e do "outro" - foi a definição da internet como um lócus. A internet é um sistema de comunicação em rede e não um lugar. Afinal, os círculos de convivência acontecem em espaços como as salas de bate-papo, nas praças de encontros disponibilizadas pelas empresas de serviços de relacionamentos e nas estações de jogos.
Em "Alteridade - o outro como problema", encontramos recortes de pesquisas que entrelaçam o lúdico e o (auto)biográfico na produção de insights de interpretação da condição humana. Como para mim a alteridade, mais do que uma qualidade relacional de produção do si, é um ato virtuoso a ser perseguido na busca de alternativas sociais e ambientais para a pós-hipermodernidade, inclusive na aproximação da cultura com as mensagens da natureza (A consciência ecoplanetária, DN, 26/05/2011), livros como este do Ludice (Ludicidade, Discurso e Identidades nas Práticas Educativas), são fundamentais pelo que têm de perscrutador e de abertura para o debate.
Toda verdade é provisória e o bom da ciência é saber dessa verdade. Assim, Érica Atem pôde ficar livre para investigar aspectos da "aliança científica" pela "nova infância", organizadas no plano discursivo do enunciado "Dar voz a criança", flagrado por vezes em recrudescimentos adultocêntricos. A "criança cidadã", a "criança protagonista", a "criança testemunha" e "a criança ator social" (p. 181) são algumas das expressões decorrentes da pidginização do pensamento especializado sobre a infância. A autora questiona os diagnósticos e as prescrições que consideram apenas os efeitos produzidos por essa unanimidade: "a criação de políticas para dar voz à criança" (p. 182), e a moral racional de uma epistemologia pouco afeita à valorização do desejo, da empatia, da afetividade e dos sentimentos (p. 191).
Os riscos da guetificação do mundo da criança, sob apelos como "crianças por elas mesmas" e "propiciar que as crianças falem por si", postos por Érica Atem, abrem uma janela no ponto de alteridade em que, na sua investigação sobre memórias de brincadeiras, realizada na praia de Guriú, a pedagoga Maria da Glória Feitosa Freitas, constata que "as escutas das lembranças dos idosos e dos adultos informaram sobre um papel essencial do adulto nas práticas lúdicas infantis" (p. 79). Para enxergar outras possibilidades nesses discursos intercorrentes e multirreferenciais Érica propõe o deslocamento do enunciado "dar voz a criança" da sua posição de "resposta" para a de "problema" (p. 194).
A questão da cultura lúdica na educação, abordada pelo psicopedagogo Genivaldo Macário de Castro, chama a brincadeira como modalidade discursiva na práxis da docência, pela (auto)biografia dos próprios educadores, suas "experiências fundadoras e experiências formadoras" (p. 226). Essa conversa logo chega aos linguistas Benedito Alves e João Batista Gonçalves, que analisam as aplicações do termo "lúdico" nos documentos oficiais e seus significados voltados à estética, diversão, lazer e ferramenta didático-pedagógica (p. 118). E a socióloga Celeste Cordeiro critica "o abandono de outras dimensões humanas ligadas ao espírito da ludicidade” (p.74), reforçando que o tema é bom e urgente.
http://www.flaviopaiva.com.br/index.php/artigos/1176-o-ludico-e-autobiografia-jornal-diario-do-nordeste-10052012.html
Monitoria Ambiental da escola Egídia Cavalcante Chagas - Morada Nova - Ceará
Site da Monitoria para a disputa2010 do prêmio de criação de website promovido pelo portal Thinkquest.
http://schoolegidia.freeoda.com/
Blog da monitoria ambiental da escola Egídia
http://meioambienteescolaegidia.blogspot.com.br/
Blog educacional do professor mestre Benedito Francisco Alves
http://beneditoetp.blogspot.com.br
Vídeo sobre a I semana do meio ambiente da Escola Egídia em 2010
http://www.youtube.com/watch?v=TwFUtu25GP4&feature=player_embedded
Vídeo da monitoria ambiental com desenhos de alunos do 1º ano de 2012, turma C e D, turno tarde editado por Paulo, aluno do 1º ano, turma B, turno manhã
http://www.youtube.com/watch?v=s1V9nHTPVHM
Vídeo sobre o rio Banabuiú e suas adjacências
http://www.youtube.com/watch?v=OLtest6WEFU&feature=relmfu
http://schoolegidia.freeoda.com/
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Vídeo sobre a I semana do meio ambiente da Escola Egídia em 2010
http://www.youtube.com/watch?v=TwFUtu25GP4&feature=player_embedded
Vídeo da monitoria ambiental com desenhos de alunos do 1º ano de 2012, turma C e D, turno tarde editado por Paulo, aluno do 1º ano, turma B, turno manhã
http://www.youtube.com/watch?v=s1V9nHTPVHM
Vídeo sobre o rio Banabuiú e suas adjacências
http://www.youtube.com/watch?v=OLtest6WEFU&feature=relmfu
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Escola Egídia - Protagonismo juvenil 2012
A escola Egídia marca presença nos debates promovidos pela e para a juventude moradanovense. A escola incentiva o protagonismo juvenil e o desenvolvimento do senso de política como bem da organização social dos grupos humanos estabelecidos em contextos específicos de interação ao longo do tempo.
O primeiro congresso da União da Juventude Socialista - UJS - foi realizado no último sábado 28/04/2012 no salão do Sindicato dos trabalhadores Rurais de Morada Nova - Ceará. Contou com a participação de grupo de Hip-Hop e com a presença do professor João Batista (de blusa branca e próximo de Mayrane), professor-coordenador da área de ciências humanas da escola Egídia Cavalcante Chagas. Os vários jovens de escolas do município debateram assuntos relacionados a melhoria na educação, saúde e lazer para a juventude.
De acordo com Mayrane, a coordenação da UJS em Morada Nova - Ceará está assim estabelecida:
Mayrane Kelly - presidente (aluna da escola Egídia)
Francisca Marisa - vice-presidente (aluna da escola Egídia)
Elibiane Queiroz - Secretária de comunicação (aluna da escola Egídia)
César Pessoa - Secretário de esportes (aluno da escola Egídia)
Crisitiano Almeida - Tesoureiro (universitário da FAFIDAM)
Sandra - secretária de organização (aluna do colégio Maria Emília Rabelo)
Sucesso, juventude.
Escola Egídia: Professores que fazem história
Professor Batista (blusa listrada), professor Benedito (blusa branca) na sala da coordenação financeira da escola Egídia e professora Gisele (de óculos) e professora Paula Andréa durante o Ecocidades 2012 realizado na EEEP Osmira E. Castro. Agentes no caminho da educação de seres humanos que se tornam cidadãos de fato e de direito.
domingo, 6 de maio de 2012
Escola Egídia - Interclasse 2012
Bakhtin: a exotopia, o ético e o estético
A CONSTRUÇÃO DAS VOZES NO ROMANCE
Cristovão Tezza
Texto apresentado no Colóquio Internacional "Dialogismo: Cem Anos de Bakhtin"; novembro de 1995; Departamento de Lingüística da FFLCH/USP. Publicado em Bakhtin, dialogismo e construção do sentido; Editora da Unicamp, 2001; organização de Beth Brait.
Antes de mais nada, quero agradecer o convite para participar deste Colóquio sobre Bakhtin, nessa mesa redonda sobre as vozes no romance. É um prazer rever amigos em São Paulo, e prazer redobrado conciliar a visita com conferências sobre Bakhtin, autor que tem sido minha paixão teórica. E o convite da amiga Beth Brait ainda abria uma brecha, talvez arriscadamente, para que eu fale não só como integrante do núcleo bakhtiniano da UFPR, liderado pelo professor Carlos Alberto Faraco, que nos anos 80 introduzia Bakhtin no Paraná, mas que também fale como romancista, de quem, talvez - agora digo eu, mais seguro - se exigirão rigores de outra ordem, de natureza, digamos, não tão científica.
Essa voz que fala - o romancista - talvez seja um bom ponto de partida para essa breve resenha sobre as vozes do romance. Não nos interessa aqui o 'autor biográfico', mas uma espécie de 'voz que escreve'. Para não confundi-la com as instâncias narrativas de raiz estrutural, com as quais Bakhtin (e, provavelmente, a realidade romanesca viva), tem a rigor pouco parentesco, vamos relembrar uma das primeiras obras de Bakhtin, uma obra inacabada dos anos 20, cuja edição póstuma, ao mesmo tempo em que tira algumas dúvidas sobre os conceitos básicos de Bakhtin, cria outras exigências teóricas na medida em que aprofunda questões de natureza estritamente filosófica, ainda à espera de uma exegese mais aprofundada. Refiro-me a O autor e o herói, um longo ensaio, aqui no Brasil incluído no volume Estética da criação verbal, da Editora Martins Fontes.
Desde já delimitamos nossa pequena ambição nessa palestra: trata-se apenas de extrair dessa obra complexa alguns pontos básicos sobre a estética romanesca que Bakhtin desenvolverá amplamente em obras posteriores.
Em O autor e o herói Bakhtin centraliza a discussão em um tema por si, um tanto problemático, pelo menos para uma certa tradição formalista: a relação entre o autor e o seu personagem - e o fato de esta obra também estar profundamente perpassada pelo desejo de estabelecer os fundamentos de uma estética (e de resto praticamente toda a obra de Bakhtin tem como referência necessária a questão dos princípios filosóficos, do ponto de partida epistemológico) revela como repugnava a Bakhtin a compartimentação mecânica do conhecimento. Não simplesmente por uma questão de método; mas porque, para ele, nenhuma significação é isolável. Em outras palavras: o autor é parte integrante do objeto estético. Mais heresia ainda: o espectador também o é.
Até aqui, sob certo ângulo, se tomamos as palavras em seu sentido corrente, nada de novo: parece que temos três instâncias isoláveis, o autor, a obra, o leitor, e inúmeras correntes e contra-correntes teóricas desde o século passado enfatizaram (ou têm enfatizado) um ou outro aspecto. Mas atenção: para Bakhtin, o autor-criador é componente da obra; ele não é simplesmente Fulano de Tal, que escreveu tal livro. E não é, também, uma instância narrativa abstrata, o narrador, não é apenas uma instância gramatical do texto.
Para Bakhtin, o autor-criador é a consciência de uma consciência, uma consciência que engloba e acaba a consciência do herói e do seu mundo; o autor-criador sabe mais do que o seu herói. Temos aí um excedente de saber, e um primeiro pressuposto da visão de mundo bakhtiniana, um princípio básico: a exotopia, que podemos simplificar definindo-a como o fato de que só um outro pode nos dar acabamento, assim como só nós podemos dar acabamento a um outro. Cada um de nós, daqui onde estamos, temos sempre apenas um horizonte; estamos na fronteira do mundo que vivemos - e só o outro pode nos dar um ambiente, completar o que desgraçadamente falta ao nosso próprio olhar.
Ora, isso não é simplesmente uma classificação gramatical do autor e do seu personagem: o princípio da exotopia, é, em última instância, uma visão de mundo que tem conseqüências teóricas inescapáveis. Ele pode ser entendido, de fato, como o princípio dialógico bakhtiniano, que, a partir do conceito de signo e de significação - o conceito de linguagem substancialmente revolucionário de Bakhtin, fora do qual todos os seus outros conceitos parece que se reduzem a uma lista de novas definições estruturais - a partir daí abrange toda a atividade da cultura humana, ou, para usar uma expressão que lhe era cara, o 'acontecimento aberto da vida'.
A ambição filosófica de Bakhtin, de natureza totalizante e sistemática, transparece explicitamente nesses seus textos de juventude, os inéditos dos anos 20. É verdade que, até onde sabemos, ele não os desenvolveu completamente; mas também é verdade que, sob o ponto de partida desses textos filosóficos, toda a sua produção subseqüente se ilumina. E o que parece uma colcha de retalhos de interesses díspares - Rabelais, Freud, Signo, Romance - vai se revelar, cada vez mais, um mosaico de surpreendente unidade e coesão teórica.
Pelo princípio da exotopia, eu só posso me imaginar, por inteiro, sob o olhar do outro; pelo princípio dialógico, que, em certo sentido, decorre da exotopia, a minha palavra está inexoravelmente contaminada do olhar de fora, do outro que lhe dá sentido e acabamento. Em suma, no universo bakhtiniano nenhuma voz, jamais, fala sozinha. E não fala sozinha não porque estamos, vamos dizer, mecanicamente influenciados pelos outros - eles lá, nós aqui, instâncias isoladas e isoláveis - mas porque a natureza da linguagem é inelutavelmente dupla. O que, em princípio, parece apenas uma classificação teórica aplicável à literatura ou à lingüística, um instrumento neutro, na verdade é uma visão de mundo: a natureza dupla da linguagem tem conseqüências filosóficas que se desdobram até mesmo, acho que não será exagero dizer, até mesmo à fundação de uma ética. Em O autor e o herói, aliás, transparece como Bakhtin extrapola as definições do campo estrito da estética para o universo da ética: isto é, o fato de que apenas um outro pode me dar acabamento, o fato de que eu sou organicamente incapaz de me ver por inteiro com certeza exige, também, uma resposta no universo da ética.
Voltemos à questão da voz romanesca. Para Bakhtin, um único e mesmo participante não pode ocasionar o acontecimento estético, que pressupõe por natureza duas consciências que não coincidem. Aqui é interessante observar como Bakhtin, de fato, funda uma estilística de substância não formal. Isto é, a tipologia do herói, ou, mais amplamente, a natureza da linguagem literária (tema que Bakhtin desenvolverá de forma multifacetada em suas obras posteriores) não decorre de uma classificação neutra de estruturas, ou de definições intrínsecas de formas lingüísticas, mas substancialmente de uma relação viva entre uma consciência e outra (lembrando, mais uma vez, que para ele cada uma dessas consciências nunca é organicamente única). Na linguagem estética, autor e personagem são duas consciências que não coincidem, mas essa não-coincidência não é nunca fixa ou estável; na verdade, da gradação sutil, da aproximação ou do afastamento que ocorre entre o autor-criador e seu herói, da relação viva e em grande parte irregular entre uma consciência e outra é que vão se criar os tipos de personagens e mesmo os estilos da linguagem. Talvez seja bizarro dizer desta forma, mas para Bakhtin o estilo não é uma forma, no sentido corrente da palavra forma, mas um comentário, no qual sempre estão presentes, no mínimo, dois sujeitos, em geral assimetricamente dispostos na guerra dos processos da significação.
Para Bakhtin, há uma limitação intransponível no meu olhar que só o outro pode preencher. Dessa altamente complexa rede tangencial dos pontos de vista - físicos e mentais - da vida humana, emerge o universo das vozes romanescas de Bakhtin, vozes, aliás, do ponto de vista interno, perpetuamente inacabadas, como inacabada é a vida nossa de todo dia, aqui e agora. Nas palavras de Bakhtin, "a vivência que o herói tem de seu corpo - corpo interior a partir dele mesmo - envolve-se em seu corpo exterior para o outro, para o autor, encontra sua consistência estética através da reação de valor deste" (p.78). Por essa razão, Bakhtin dirá (p.105) que "a forma [estética] é fundamentada no interior do outro - do autor, isto é, a partir de uma reação geradora de valores que são, por princípio, transcendentes ao herói e à sua vida, mas todavia ligados a ele".
E há ainda uma outra face da exotopia no processo de significação estética: a entidade que Bakhtin chamará de autor-contemplador, que também é componente da obra estética. Aqui podemos comparativamente lembrar o texto Discurso na vida e discurso na arte, assinado por Voloshinov e publicado em 1926, onde aparece a categoria do "ouvinte", que, nas palavras dele, "exerce influência crucial em todos os outros fatores da obra". O autor-contemplador de que falamos é, de fato, um componente externo da obra, é, em última instância, o leitor; já o ouvinte é interno, e diz respeito ao dialogismo implícito de todo enunciado. De qualquer modo, é visível o parentesco temático dos dois conceitos.
Também o autor-contemplador necessita de distância - é a sua exotopia que, ao fim e ao cabo, atualiza o objeto estético. Em páginas instigantes Bakhtin desenvolve o esboço de uma classificação do espectador como entidade estética, tomando como referência o teatro - talvez porque, no teatro, seja didaticamente mais visível ainda o fato de que é o olhar do espectador que cria o objeto, lhe dá uma unidade e um acabamento que nenhum de seus atores, vivendo a peça, isoladamente, é capaz de ter. E há algumas exigências para que o autor-contemplador adquira o estatuto de componente da obra estética. Por exemplo, a contemplação, ou a leitura, não pode se confundir com o devaneio, em que eu mesmo me torno o herói - nesse caso, o ato estético se transforma, por exemplo, em ato ético (quando numa peça infantil a criança grita avisando o mocinho que o vilão se aproxima...).
Mas a exotopia não é apenas um conceito espacial, a instância do olhar - é também, aliás inseparavelmente, um conceito temporal. O autor-criador está à frente, espacialmente de fora e temporalmente mais tarde do que o herói - do mesmo modo que o autor-contemplador, esse de modo mais radical ainda. É o excedente de visão, no tempo e no espaço, que dá sentido estético à consciência do outro, dá-lhe forma e acabamento, uma forma e um acabamento que jamais podemos ter por conta própria, na estrita solidão de nossa voz. Quando Brás Cubas escreve suas memórias, ele é um outro; ele é o olhar exotópico que dá acabamento estético ao Brás Cubas herói - é o excedente de visão, no tempo e no espaço, que dá sentido às suas memórias. Na obra-prima de Machado, a voz do autor-criador se consubstancia na voz do Brás Cubas morto, garante o olhar de fora, a âncora exotópica impregnada de valor, que dá sentido e consistência estética ao caótico e errático Brás Cubas vivo. Nas palavras de Bakhtin, que curiosamente parece falar de nosso Machado, "depois do enterro, depois da lápide funerária, vem a memória. Possuo toda a vida do outro fora de mim e é aí que começa o processo estético significante em cujo fim o outro se encontrará fixado e acabado numa imagem estética significante" (p.121).
Temos assim, nesta obra da juventude de Bakhtin, aqui grosseiramente resumidos, os conceitos básicos de sua visão estética, que em última instância são uma visão de mundo e uma concepção revolucionária de linguagem. As vozes do romance, em Bakhtin, estão, desde o primeiro momento, contidas na relação dialógica das consciências, ou ainda, primordialmente, na "consciência de uma consciência", como Bakhtin define o autor-criador. É desse ponto de partida sempre duplo - o signo sempre duplamente orientado de sua teoria da linguagem - que Bakhtin erguerá sua catedral teórica, os conceitos de monologia e polifonia e sua teoria do romance.
E são vozes necessariamente enraizadas na História. Aliás, podemos dizer que são vozes conquistadas num longuíssimo processo histórico de descentralização da linguagem, a lenta passagem de um mundo de valores centralizados e acabados, cuja expressão máxima estaria na epopéia clássica, para um mundo descentralizado de linguagens, o universo perpetuamente inacabado, a urgência do aqui e do agora. É assim que, em um dos seus textos sobre a gênese do romance (Questões de literatura e de estética, p.414), Bakhtin lembrará os diálogos socráticos como uma das formas embrionárias do gênero romanesco, não só pela presença central do diálogo, a voz viva do homem que fala, do coloquial imediato (tanto quanto permitiam as formas convencionais do grego clássico), mas principalmente porque neles está implícita a visão de um mundo inacabado, presente, em processo - "o ponto de partida é a atualidade, as pessoas da época e as suas opiniões".
Isso nos leva a outra característica da criação da voz romanesca - característica que pode ser uma resposta aos que condenam no romance justamente o seu traço "prosaico", aos que exigem dele o que ele não pode ser, sob pena de retornar ao mundo da linguagem poética em seu sentido estrito (tal como Bakhtin a entendia). É o fato de que a consciência de uma consciência, o autor-criador de que nos fala Bakhtin, a relação básica autor-herói que cria as vozes do romance, não pode destruir completamente a voz representada, a voz do herói. O outro conservará sempre, na linguagem romanesca, o seu grau de autonomia, que pode ser imenso, como nos concertos polifônicos de Dostoiévski, ou mínimo, como nas sátiras mais demolidoras - mas em qualquer caso a voz do outro, refratada pelo olhar do autor-criador, será reconhecível, estará presente, respirará em cada linha do texto. Se a autonomia do outro desaparece, desaparece, com ela, a linguagem romanesca.
Talvez esteja oculta nessa característica essencial da linguagem romanesca, que, antes de ser uma forma acabada e definível por sua estrutura formal, é um modo e uma intensidade de relação entre linguagens e visões-de-mundo, entre o autor e o seu herói, talvez esteja aí a semente de uma ética possível, de uma ética romanesca que resulte não da linguagem da ciência, em que o outro é um objeto, mas da linguagem romanesca, em que o outro, da mesma forma que eu, é também um sujeito, está vivo, e respira; falar do outro é, necessariamente, dar a voz ao outro; e, mais que isso, a minha forma está inextricavelmente ligada ao outro, e só pode ser completamente definida por ele, num caminho de mão dupla. Sob essa perspectiva, o romance, iluminado por Bakhtin com uma força e uma clareza que, definitivamente, nenhuma outra corrente teórica desse século teve, ganha um estatuto e uma dimensão que reduz a nada o lugar comum que, por várias décadas e sob vários nomes, têm cantado e decantado a morte do romance, ou do niilismo alegre dos que dizem que a única voz literária possível neste fim de século é a do pasticho. A valorização do romance, em Bakhtin, repetimos, não decorre da definição de uma forma acabada, como o soneto ou a écloga, mas da compreensão de uma linguagem romanesca em permanente troca com a linguagem viva e inacabada da vida cotidiana, no veio de um prolongado processo de descentralização da palavra.
Para encerrar - e, é preciso cuidado, talvez fale aqui mais o romancista, em causa própria... - vejamos como o próprio Bakhtin pode nos dar a chave de uma ética fundada generosamente na linguagem romanesca, ao descrever o processo exotópico da minha relação com o outro, da consciência que eu tenho do outro:
"O excedente da minha visão contém em germe a forma acabada do outro, cujo desabrochar requer que eu lhe complete o horizonte sem lhe tirar a originalidade. Devo identificar-me com o outro e ver o mundo através de seu sistema de valores, tal como ele o vê; devo colocar-me em seu lugar, e depois, de volta ao meu lugar, completar seu horizonte com tudo o que se descobre do lugar que ocupo, fora dele; devo emoldurá-lo, criar-lhe um ambiente que o acabe, mediante o excedente de minha visão, de meu saber, de meu desejo e de meu sentimento" (p.45).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
______________. Freudism. New York: Academic Press, 1976.
______________. Questões de literatura e de estética. São Paulo: UNESP/HUCITEC, 1988.
http://www.cristovaotezza.com.br/textos/palestras/p_vozesromance.htm
06/05/2012, 08:57
Cristovão Tezza
Texto apresentado no Colóquio Internacional "Dialogismo: Cem Anos de Bakhtin"; novembro de 1995; Departamento de Lingüística da FFLCH/USP. Publicado em Bakhtin, dialogismo e construção do sentido; Editora da Unicamp, 2001; organização de Beth Brait.
Antes de mais nada, quero agradecer o convite para participar deste Colóquio sobre Bakhtin, nessa mesa redonda sobre as vozes no romance. É um prazer rever amigos em São Paulo, e prazer redobrado conciliar a visita com conferências sobre Bakhtin, autor que tem sido minha paixão teórica. E o convite da amiga Beth Brait ainda abria uma brecha, talvez arriscadamente, para que eu fale não só como integrante do núcleo bakhtiniano da UFPR, liderado pelo professor Carlos Alberto Faraco, que nos anos 80 introduzia Bakhtin no Paraná, mas que também fale como romancista, de quem, talvez - agora digo eu, mais seguro - se exigirão rigores de outra ordem, de natureza, digamos, não tão científica.
Essa voz que fala - o romancista - talvez seja um bom ponto de partida para essa breve resenha sobre as vozes do romance. Não nos interessa aqui o 'autor biográfico', mas uma espécie de 'voz que escreve'. Para não confundi-la com as instâncias narrativas de raiz estrutural, com as quais Bakhtin (e, provavelmente, a realidade romanesca viva), tem a rigor pouco parentesco, vamos relembrar uma das primeiras obras de Bakhtin, uma obra inacabada dos anos 20, cuja edição póstuma, ao mesmo tempo em que tira algumas dúvidas sobre os conceitos básicos de Bakhtin, cria outras exigências teóricas na medida em que aprofunda questões de natureza estritamente filosófica, ainda à espera de uma exegese mais aprofundada. Refiro-me a O autor e o herói, um longo ensaio, aqui no Brasil incluído no volume Estética da criação verbal, da Editora Martins Fontes.
Desde já delimitamos nossa pequena ambição nessa palestra: trata-se apenas de extrair dessa obra complexa alguns pontos básicos sobre a estética romanesca que Bakhtin desenvolverá amplamente em obras posteriores.
Em O autor e o herói Bakhtin centraliza a discussão em um tema por si, um tanto problemático, pelo menos para uma certa tradição formalista: a relação entre o autor e o seu personagem - e o fato de esta obra também estar profundamente perpassada pelo desejo de estabelecer os fundamentos de uma estética (e de resto praticamente toda a obra de Bakhtin tem como referência necessária a questão dos princípios filosóficos, do ponto de partida epistemológico) revela como repugnava a Bakhtin a compartimentação mecânica do conhecimento. Não simplesmente por uma questão de método; mas porque, para ele, nenhuma significação é isolável. Em outras palavras: o autor é parte integrante do objeto estético. Mais heresia ainda: o espectador também o é.
Até aqui, sob certo ângulo, se tomamos as palavras em seu sentido corrente, nada de novo: parece que temos três instâncias isoláveis, o autor, a obra, o leitor, e inúmeras correntes e contra-correntes teóricas desde o século passado enfatizaram (ou têm enfatizado) um ou outro aspecto. Mas atenção: para Bakhtin, o autor-criador é componente da obra; ele não é simplesmente Fulano de Tal, que escreveu tal livro. E não é, também, uma instância narrativa abstrata, o narrador, não é apenas uma instância gramatical do texto.
Para Bakhtin, o autor-criador é a consciência de uma consciência, uma consciência que engloba e acaba a consciência do herói e do seu mundo; o autor-criador sabe mais do que o seu herói. Temos aí um excedente de saber, e um primeiro pressuposto da visão de mundo bakhtiniana, um princípio básico: a exotopia, que podemos simplificar definindo-a como o fato de que só um outro pode nos dar acabamento, assim como só nós podemos dar acabamento a um outro. Cada um de nós, daqui onde estamos, temos sempre apenas um horizonte; estamos na fronteira do mundo que vivemos - e só o outro pode nos dar um ambiente, completar o que desgraçadamente falta ao nosso próprio olhar.
Ora, isso não é simplesmente uma classificação gramatical do autor e do seu personagem: o princípio da exotopia, é, em última instância, uma visão de mundo que tem conseqüências teóricas inescapáveis. Ele pode ser entendido, de fato, como o princípio dialógico bakhtiniano, que, a partir do conceito de signo e de significação - o conceito de linguagem substancialmente revolucionário de Bakhtin, fora do qual todos os seus outros conceitos parece que se reduzem a uma lista de novas definições estruturais - a partir daí abrange toda a atividade da cultura humana, ou, para usar uma expressão que lhe era cara, o 'acontecimento aberto da vida'.
A ambição filosófica de Bakhtin, de natureza totalizante e sistemática, transparece explicitamente nesses seus textos de juventude, os inéditos dos anos 20. É verdade que, até onde sabemos, ele não os desenvolveu completamente; mas também é verdade que, sob o ponto de partida desses textos filosóficos, toda a sua produção subseqüente se ilumina. E o que parece uma colcha de retalhos de interesses díspares - Rabelais, Freud, Signo, Romance - vai se revelar, cada vez mais, um mosaico de surpreendente unidade e coesão teórica.
Pelo princípio da exotopia, eu só posso me imaginar, por inteiro, sob o olhar do outro; pelo princípio dialógico, que, em certo sentido, decorre da exotopia, a minha palavra está inexoravelmente contaminada do olhar de fora, do outro que lhe dá sentido e acabamento. Em suma, no universo bakhtiniano nenhuma voz, jamais, fala sozinha. E não fala sozinha não porque estamos, vamos dizer, mecanicamente influenciados pelos outros - eles lá, nós aqui, instâncias isoladas e isoláveis - mas porque a natureza da linguagem é inelutavelmente dupla. O que, em princípio, parece apenas uma classificação teórica aplicável à literatura ou à lingüística, um instrumento neutro, na verdade é uma visão de mundo: a natureza dupla da linguagem tem conseqüências filosóficas que se desdobram até mesmo, acho que não será exagero dizer, até mesmo à fundação de uma ética. Em O autor e o herói, aliás, transparece como Bakhtin extrapola as definições do campo estrito da estética para o universo da ética: isto é, o fato de que apenas um outro pode me dar acabamento, o fato de que eu sou organicamente incapaz de me ver por inteiro com certeza exige, também, uma resposta no universo da ética.
Voltemos à questão da voz romanesca. Para Bakhtin, um único e mesmo participante não pode ocasionar o acontecimento estético, que pressupõe por natureza duas consciências que não coincidem. Aqui é interessante observar como Bakhtin, de fato, funda uma estilística de substância não formal. Isto é, a tipologia do herói, ou, mais amplamente, a natureza da linguagem literária (tema que Bakhtin desenvolverá de forma multifacetada em suas obras posteriores) não decorre de uma classificação neutra de estruturas, ou de definições intrínsecas de formas lingüísticas, mas substancialmente de uma relação viva entre uma consciência e outra (lembrando, mais uma vez, que para ele cada uma dessas consciências nunca é organicamente única). Na linguagem estética, autor e personagem são duas consciências que não coincidem, mas essa não-coincidência não é nunca fixa ou estável; na verdade, da gradação sutil, da aproximação ou do afastamento que ocorre entre o autor-criador e seu herói, da relação viva e em grande parte irregular entre uma consciência e outra é que vão se criar os tipos de personagens e mesmo os estilos da linguagem. Talvez seja bizarro dizer desta forma, mas para Bakhtin o estilo não é uma forma, no sentido corrente da palavra forma, mas um comentário, no qual sempre estão presentes, no mínimo, dois sujeitos, em geral assimetricamente dispostos na guerra dos processos da significação.
Para Bakhtin, há uma limitação intransponível no meu olhar que só o outro pode preencher. Dessa altamente complexa rede tangencial dos pontos de vista - físicos e mentais - da vida humana, emerge o universo das vozes romanescas de Bakhtin, vozes, aliás, do ponto de vista interno, perpetuamente inacabadas, como inacabada é a vida nossa de todo dia, aqui e agora. Nas palavras de Bakhtin, "a vivência que o herói tem de seu corpo - corpo interior a partir dele mesmo - envolve-se em seu corpo exterior para o outro, para o autor, encontra sua consistência estética através da reação de valor deste" (p.78). Por essa razão, Bakhtin dirá (p.105) que "a forma [estética] é fundamentada no interior do outro - do autor, isto é, a partir de uma reação geradora de valores que são, por princípio, transcendentes ao herói e à sua vida, mas todavia ligados a ele".
E há ainda uma outra face da exotopia no processo de significação estética: a entidade que Bakhtin chamará de autor-contemplador, que também é componente da obra estética. Aqui podemos comparativamente lembrar o texto Discurso na vida e discurso na arte, assinado por Voloshinov e publicado em 1926, onde aparece a categoria do "ouvinte", que, nas palavras dele, "exerce influência crucial em todos os outros fatores da obra". O autor-contemplador de que falamos é, de fato, um componente externo da obra, é, em última instância, o leitor; já o ouvinte é interno, e diz respeito ao dialogismo implícito de todo enunciado. De qualquer modo, é visível o parentesco temático dos dois conceitos.
Também o autor-contemplador necessita de distância - é a sua exotopia que, ao fim e ao cabo, atualiza o objeto estético. Em páginas instigantes Bakhtin desenvolve o esboço de uma classificação do espectador como entidade estética, tomando como referência o teatro - talvez porque, no teatro, seja didaticamente mais visível ainda o fato de que é o olhar do espectador que cria o objeto, lhe dá uma unidade e um acabamento que nenhum de seus atores, vivendo a peça, isoladamente, é capaz de ter. E há algumas exigências para que o autor-contemplador adquira o estatuto de componente da obra estética. Por exemplo, a contemplação, ou a leitura, não pode se confundir com o devaneio, em que eu mesmo me torno o herói - nesse caso, o ato estético se transforma, por exemplo, em ato ético (quando numa peça infantil a criança grita avisando o mocinho que o vilão se aproxima...).
Mas a exotopia não é apenas um conceito espacial, a instância do olhar - é também, aliás inseparavelmente, um conceito temporal. O autor-criador está à frente, espacialmente de fora e temporalmente mais tarde do que o herói - do mesmo modo que o autor-contemplador, esse de modo mais radical ainda. É o excedente de visão, no tempo e no espaço, que dá sentido estético à consciência do outro, dá-lhe forma e acabamento, uma forma e um acabamento que jamais podemos ter por conta própria, na estrita solidão de nossa voz. Quando Brás Cubas escreve suas memórias, ele é um outro; ele é o olhar exotópico que dá acabamento estético ao Brás Cubas herói - é o excedente de visão, no tempo e no espaço, que dá sentido às suas memórias. Na obra-prima de Machado, a voz do autor-criador se consubstancia na voz do Brás Cubas morto, garante o olhar de fora, a âncora exotópica impregnada de valor, que dá sentido e consistência estética ao caótico e errático Brás Cubas vivo. Nas palavras de Bakhtin, que curiosamente parece falar de nosso Machado, "depois do enterro, depois da lápide funerária, vem a memória. Possuo toda a vida do outro fora de mim e é aí que começa o processo estético significante em cujo fim o outro se encontrará fixado e acabado numa imagem estética significante" (p.121).
Temos assim, nesta obra da juventude de Bakhtin, aqui grosseiramente resumidos, os conceitos básicos de sua visão estética, que em última instância são uma visão de mundo e uma concepção revolucionária de linguagem. As vozes do romance, em Bakhtin, estão, desde o primeiro momento, contidas na relação dialógica das consciências, ou ainda, primordialmente, na "consciência de uma consciência", como Bakhtin define o autor-criador. É desse ponto de partida sempre duplo - o signo sempre duplamente orientado de sua teoria da linguagem - que Bakhtin erguerá sua catedral teórica, os conceitos de monologia e polifonia e sua teoria do romance.
E são vozes necessariamente enraizadas na História. Aliás, podemos dizer que são vozes conquistadas num longuíssimo processo histórico de descentralização da linguagem, a lenta passagem de um mundo de valores centralizados e acabados, cuja expressão máxima estaria na epopéia clássica, para um mundo descentralizado de linguagens, o universo perpetuamente inacabado, a urgência do aqui e do agora. É assim que, em um dos seus textos sobre a gênese do romance (Questões de literatura e de estética, p.414), Bakhtin lembrará os diálogos socráticos como uma das formas embrionárias do gênero romanesco, não só pela presença central do diálogo, a voz viva do homem que fala, do coloquial imediato (tanto quanto permitiam as formas convencionais do grego clássico), mas principalmente porque neles está implícita a visão de um mundo inacabado, presente, em processo - "o ponto de partida é a atualidade, as pessoas da época e as suas opiniões".
Isso nos leva a outra característica da criação da voz romanesca - característica que pode ser uma resposta aos que condenam no romance justamente o seu traço "prosaico", aos que exigem dele o que ele não pode ser, sob pena de retornar ao mundo da linguagem poética em seu sentido estrito (tal como Bakhtin a entendia). É o fato de que a consciência de uma consciência, o autor-criador de que nos fala Bakhtin, a relação básica autor-herói que cria as vozes do romance, não pode destruir completamente a voz representada, a voz do herói. O outro conservará sempre, na linguagem romanesca, o seu grau de autonomia, que pode ser imenso, como nos concertos polifônicos de Dostoiévski, ou mínimo, como nas sátiras mais demolidoras - mas em qualquer caso a voz do outro, refratada pelo olhar do autor-criador, será reconhecível, estará presente, respirará em cada linha do texto. Se a autonomia do outro desaparece, desaparece, com ela, a linguagem romanesca.
Talvez esteja oculta nessa característica essencial da linguagem romanesca, que, antes de ser uma forma acabada e definível por sua estrutura formal, é um modo e uma intensidade de relação entre linguagens e visões-de-mundo, entre o autor e o seu herói, talvez esteja aí a semente de uma ética possível, de uma ética romanesca que resulte não da linguagem da ciência, em que o outro é um objeto, mas da linguagem romanesca, em que o outro, da mesma forma que eu, é também um sujeito, está vivo, e respira; falar do outro é, necessariamente, dar a voz ao outro; e, mais que isso, a minha forma está inextricavelmente ligada ao outro, e só pode ser completamente definida por ele, num caminho de mão dupla. Sob essa perspectiva, o romance, iluminado por Bakhtin com uma força e uma clareza que, definitivamente, nenhuma outra corrente teórica desse século teve, ganha um estatuto e uma dimensão que reduz a nada o lugar comum que, por várias décadas e sob vários nomes, têm cantado e decantado a morte do romance, ou do niilismo alegre dos que dizem que a única voz literária possível neste fim de século é a do pasticho. A valorização do romance, em Bakhtin, repetimos, não decorre da definição de uma forma acabada, como o soneto ou a écloga, mas da compreensão de uma linguagem romanesca em permanente troca com a linguagem viva e inacabada da vida cotidiana, no veio de um prolongado processo de descentralização da palavra.
Para encerrar - e, é preciso cuidado, talvez fale aqui mais o romancista, em causa própria... - vejamos como o próprio Bakhtin pode nos dar a chave de uma ética fundada generosamente na linguagem romanesca, ao descrever o processo exotópico da minha relação com o outro, da consciência que eu tenho do outro:
"O excedente da minha visão contém em germe a forma acabada do outro, cujo desabrochar requer que eu lhe complete o horizonte sem lhe tirar a originalidade. Devo identificar-me com o outro e ver o mundo através de seu sistema de valores, tal como ele o vê; devo colocar-me em seu lugar, e depois, de volta ao meu lugar, completar seu horizonte com tudo o que se descobre do lugar que ocupo, fora dele; devo emoldurá-lo, criar-lhe um ambiente que o acabe, mediante o excedente de minha visão, de meu saber, de meu desejo e de meu sentimento" (p.45).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
______________. Freudism. New York: Academic Press, 1976.
______________. Questões de literatura e de estética. São Paulo: UNESP/HUCITEC, 1988.
http://www.cristovaotezza.com.br/textos/palestras/p_vozesromance.htm
06/05/2012, 08:57
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