domingo, 7 de abril de 2013

A escola brasileira contemporânea entre dicotomias

Raul Seixas nos alerta que:

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha op
Formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

(...)

Entre os dois exemplos tomados como arquétipos, modelos dissonantes e aparentemente pouco relacionados, há uma infinidade de microvariações em constante interação. Entre o modelo escolar de gestão da educação que a sociedade almeja e o modelo que preenche o cotidiano de nossos discursos ordinários há diferentes níveis de singularidade e de entendimento. Uma escola pode em um momento apresentar-se mais dinâmica e alinhada a uma dado projeto e episteme, mas em outro momento pode apresentar rupturas ou um desalinho em sua prática cotidiana. A mesma unidade escolar pode ser orientada por um forte apelo modernizador e humanístico em um dado contexto, mas pode ser reacionária em outros. Reduzir a discussão em torno do processo de ensinar e de gerir à dicotomização entre bons e maus modelos de pensar e materializar o ambiente escolar envolve uma perniciosa exclusão da diversidade humana. Por isso, o que vem mais a corresponder a um modelo de gestão da educação brasileira é aquele baseado na metamorfose da qual fala Raul Seixas. Medo, discórida, insegurança, fazem parte do processo de gernciar as relações interpessoais instauradoras do ambiente escolar. Negar a presença daquilo que é visto como ruim contribui para enfraaquecer o processo de desenvolvimento de soluções e de novos pontos de vista que venham dinamizar e revestir de novos significados e objetivos o processo de ensino-aprendizagem.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A escola brasileira na contemporaneidade

Nesta atual contemporaneidade, a escola ainda é acossada por questões de ordem macroeconômica para desparazer de quem vive sua rotina. Enquanto a dinâmica da universalização do acesso e da permanência do educando nos bancos escolares acaba sendo impigida por uma deletéria noção de massificação das estratégias de ordenação da prática de ensinar e aprender em um meio institucionalizado. Ao longo do último século, a escola viu o mundo girar em torno da ampliação do capital ideológico do modelo capitalista e ocidental de constituir as relações interpessoais e interestitucionais. Com isso, a humanidade acabou refém de um discurso marcado pelo "American way of life" ou de "make yourself". A individualidade começou a se fazer mais ouvida que a coletividade no trabalho ideológico e discursivo de interpretação dos sentidos de cada elemento da realidade enunciável. O jogo de fracionamento da compreensão da realidade a que os sujeitos têm acesso refletiu nos últimos anos em um maior incremento da noção rachada da imagem de ser humano enquanto sujeito histórico-cultural marcado por uma luta em busca de posições hegemônicas de poder e de verdade. A escola passa a ser um local marcado por discursos que valorizam a pluralidade separada da interação. Essa maneira de encarar a materialidade da escola engendra um processo de desconstrução dos "sonhos" de igualdade, fraternidade e liberdade" a partir de um trabalho ressignificatório desenvolvido a partir da forma como as pessoas imaginam a si e ao outro. Entretanto nem sempre, a forma imaginada possui contato com a forma materializada. Daí que o "modelo de laboratório de cientista maluco" acabar se instaurando como uma espécie de norma a direcionar a realidade técnico-adminitrativa e didático-pedagógica da escola como bem atestam as já registradas mudanças na forma de ensinar, avaliar e gerir o universo escolar ao bel prazer de escolhas governamentais de caráter transitório e desconectado daquilo que já foi experimentado. Uma possível solução para isso, encontra-se na abertura ao diálogo descontrutor de tudo quanto já foi pensado a respeito da escola e de seus sujeitos histórico-ideológicos. O ato de começar a dialogar é o que torna o sujeito mais consciente de si e do outro ao longo de cada singularidade envolvida. A escola passa a se beneficiar da energia responsiva e reflexiva do diálogo na medida em que o incorpora às práticas rotineiras nas quais materializa seu discurso-ação.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Escola Egídia de Morada Nova, Ce - Formação cidadã: Reflexão sobre bondade e amor


BONDADE E AMOR

Kindness is the act or the state of being kind, being marked by good and charitable behavior, pleasant disposition, and concern for others. It is known as a virtue, and recognized as a value in many cultures and religions (see ethics in religion).


Research has shown that acts of kindness does not only benefit receivers of the kind act, but also the giver, as a result of the release of neurotransmitters responsible for feelings of contentment and relaxation when such acts are committed.
WIKIPEDIA

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If I speak with the tongues of men and of angels, but have not love, I am become sounding brass, or a clanging cymbal.
And if I have [the gift of] prophecy, and know all mysteries and all knowledge; and if I have all faith, so as to remove mountains, but have not love, I am nothing.
And if I bestow all my goods to feed [the poor], and if I give my body to be burned, but have not love, it profiteth me nothing.


Love suffereth long, [and] is kind; love envieth not; love vaunteth not itself, is not puffed up, doth not behave itself unseemly, seeketh not its own, is not provoked, taketh not account of evil; rejoiceth not in unrighteousness, but rejoiceth with the truth; beareth all things, believeth all things, hopeth all things, endureth all things.

Love never faileth: but whether [there be] prophecies, they shall be done away; whether [there be] tongues, they shall cease; whether [there be] knowledge, it shall be done away.

For we know in part, and we prophesy in part; but when that which is perfect is come, that which is in part shall be done away.
When I was a child, I spake as a child, I felt as a child, I thought as a child: now that I am become a man, I have put away childish things.


For now we see in a mirror, darkly; but then face to face: now I know in part; but then shall I know fully even as also I was fully known. But now abideth faith, hope, love, these three; and the greatest of these is love.
1 Coríntios 13:1-13
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O amor próprio é o amor que as pessoas tem por si mesmas. Muitas vezes as pessoas, por causa de fraquezas antigas, de crises mais recentes, não conseguem defender seus interesses para satisfazer suas necessidades. É um grande tema da psicologia e da psicanálise, já que faz parte do cotidiano dos profissionais destas áreas.
Para ter amor próprio, não significa que a pessoa deverá ter sempre seus desejos satisfeitos, para gostar de si mesmo, ser egoísta, pisar nos outros. O amor próprio faz com que as pessoas ajam positivamente, procurem evitar pensar no passado, quando há tristezas ou mágoas, que procurem sempre lembrar que foi mais uma experiência para poder evoluir, procurando tirar proveito daqueles acontecimentos.
Quem se ama de verdade, procura possuir controle emocional, procura compreender as pessoas, estar sempre, ou a maior parte do tempo, de bem com a vida e esquece a opinião alheia, não guarda raiva, rancor, está sempre disposto a perdoar e têm coragem, confiança e segurança para recomeçar.
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O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.
Mario Quintana
http://pensador.uol.com.br/amor_ao_proximo/