quarta-feira, 19 de junho de 2013

Psicanálise e educação

Material para estudos em Psicanálise:


CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE PARA A EDUCAÇÃO - MÁRCIA MARIA

Introdução

"Nenhuma das aplicações da psicanálise excitou tanto interesse e despertou tantas esperanças (...) quanto seu emprego na teoria e na prática da educação" (Freud, 1925).
A psicanálise é constituída de duas partes: As teorias sobre o funcionamento humano em termos psicológicos, e as técnicas de tratamento. Da mesma forma que a anatomia e a fisiologia, conhecimentos fundamentais, dão uma base sólida a todas aquelas especialidades acima mencionadas, o conhecimento psicanalítico também fornece fundamentos para uma série de atividades, tais como a educação, a psicologia (individual e social), agora a psicopedagoga, etc. Vamos demonstrar as relações entre psicanálise e educação, possíveis elementos que ultrapassem a psicologização dos problemas educacionais essencialmente de origem social, política e econômica. (…) procuramos mostrar a importância da psicanálise para a reflexão sobre a produção do conhecimento, sobre a relação professor-aluno e para a denúncia de posturas pedagógicas meramente adaptativas e não emancipa tórias. Se a ambigüidade da formação cultural, e, em sentido estrito, da educação, não pode ser eliminada simplesmente com um esclarecimento terminológico, é tarefa de a Teoria Crítica contrapor os conceitos à realidade. Portanto, formação cultural é a negação do que vivenciamos até então: semiformação socializada (Halbbildung) possível de ser apreendida na educação por meio de parâmetros pedagógicos que não têm aprofundado sua reflexão sobre a cultura e a teoria do conhecimento, sobre a democratização do ensino, a indústria cultural e os processos inconscientes existentes na relação escola-sociedade.

Referencial teórico

A obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico.
Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos educando o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e emoção.
As maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e dos processos de transferência que ocorrem na relação professor- aluno.
Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas, regidas pelo princípio do prazer (id) e as forças externas que impõem juízos de valor (superego) sobre esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz.
Revelando que o ser humano possui vários tipos de pensamento (prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas dimensões, alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativo por si próprio e desenvolva o prazer de aprender.
Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas sua auto-imagem.
A teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas.
(…) Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e o professores muitas vezes não conseguem analisar mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos educando.
Eric Hobsbawn, historiador inglês do século XX, escreve que “A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínua, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do milênio. Por esse motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores."(HOBSBAWN:1995,13) A citação de Hobsbawn nos alerta para os significados da História e da construção sócio-cultural deste significado, já que cada época pode rediscutir, ressignificar sua concepção e seu fazer histórico. Mas, por outro lado nos direciona o olhar sobre os aprendizes da História, ou seja, os jovens. Quem é nosso jovem adolescente? Como afetá-lo com as experiências do passado? O fracasso escolar do aluno e o fracasso da própria escola tem sido objeto de reflexão e da análise crítica da sociedade e de estudiosos.
A competência profissional duvidosa dos docentes, o modelo institucional-autoritário, perverso e ultrapassado, e o indivíduo, ainda em formação, sujeitado em sua fragilidade a esse meio - compõe, infelizmente, o retrato da educação em nosso país.
Refletir sobre esta questão requer, a princípio, uma postura política. Ideológica e, essencialmente, uma postura de humildade, a saber-se sempre no papel de aprendiz da construção do conhecimento, de aprendiz da aquisição dos saberes que fundamentam a relação ensino-aprendizagem.
Para além de prédios, de novas tecnologias e de todas as inovações que o porvir possa incorporar ao processo pedagógico a grande meta é, e sempre será, o sujeito. A qualidade da pedagogia é uma tarefa humana que prescinde de uma visão ampla e crítica em constante evolução, nutrindo-se da interdisciplinaridade e compondo uma visão holística sobre o ato de ensinar e qualificar o sujeito para ser um agente de transformações do seu tempo - e, não adaptá-lo destruindo assim sua subjetividade; qualificando-o, então, a ser escravo do seu tempo. Portanto, mais que ensinar ou mais que transmitir conhecimento; ou ainda fazer parte do processo de construção cognitiva; os que se colocam no lugar da transmissão de um suposto saber têm a responsabilidade de aceitarem para si o desafio - do lugar ocupado - vazio por excelência; já que ainda não concluído (quiçá nunca!),que é preenchido pela expectativa, pela esperança de ascender-se à esse espaço privilegiado onde se supõe haver um instrumento, uma ferramenta que abrirá portas - internas e externas a esse sujeito - Aprendiz por natureza nomeado: Aluno. Até que todas as grades escolares sejam derrubadas libertando as diferenças e a subjetividade; até que construir o saber seja permitido e louvado; até que a afetividade seja um ingrediente necessário e trabalhado - O professor há de ocupar esse lugar. Entretanto. Se estiver consciente da impossibilidade de preenchê-lo (mas da necessidade de ocupá-lo) sua função será com certeza exercida sem hipocrisia e arrogância, mantos que vestem os espaços destinados ao poder.
Essa concepção exige do professor um amplo domínio tanto do conteúdo a ser ensinado quanto um conhecimento pedagógico para que possa selecionar estratégias mais adequadas para colaborar com a reorganização dos conceitos do aluno. Requer, também, um aprofundamento do saber das relações humanas e suas vicissitudes. Pois, no processo ensino aprendizagem, acima de métodos e técnicas, interagem pessoas de diferentes formações, afetos, carências e demandas. Onde se insere, na maioria das vezes, totalmente despreparado, a figura do educador como mediador e continente de todos os possíveis conflitos que surgem nos relacionamentos dessa natureza.
Esta visão holística do processo ensino-aprendizagem pressupõe uma reorganização dos conteúdos a ser trabalhados, exigindo uma visão mais ampla do conceito de “disciplinas” A interdisciplinaridade é, sem dúvida, uma meta a ser buscada, na medida em que o conhecimento não deve ser fragmentado em disciplinas isoladas, mas sim trabalhado numa visão globalizante e integracional.
Gusdorf citado por Fazenda (1991), afirma que o que se designa por interdisciplinaridade é uma atitude epistemológica que ultrapassa os hábitos intelectuais estabelecidos ou mesmo os programas de ensino() A idéia de interdisciplinaridade é uma ameaça à autonomia dos especialistas, vítimas de uma restrição de seu campo mental. “Eles não ousam suscitar questões estranhas à sua tecnologia particular, e não lhes é agradável que outros interfiram em sua área de pesquisa” (p.24).
(…) a reflexão pedagógica sobre a crise educacional deve voltar-se para toda importação conceitual que beneficie a abordagem do sujeito dentro do processo ensino- aprendizagem: e que avalie, simultaneamente, a posição do educador e sua formação como indivíduo e técnico.
As escolas públicas brasileiras apresentam um alto índice de reprovação, principalmente nas classes de alfabetização: este fracasso escolar é atribuído aos alunos de baixa renda. E, justificado pelas suas condições precárias de sobrevivência que resultavam num grau diferenciado e prejudicado de inteligência. Nas escolas particulares e nas universidades há um esvaziamento dos saberes que colabora com o desemprego, com a ignorância e com a formação de um cidadão de terceira categoria sem autonomia e senso crítico - Nesse espaço de falência transita- o professor, diante de uma demanda sem fim, onde ele próprio já é um subproduto acabado e com poucas chances de alterar o quadro da Educação Nacional. Mal remunerado, na maioria das vezes sem condições ideais de produzir - esse sujeito sofre a angústia de estar participando de uma farsa, sofre a frustração de não ver o resultado de seu trabalho - solitário por excelência, já que a escola, enquanto tal é uma instituição impossível.
A escola passa por um momento grave de transição - onde a falência do modelo vigente reflete-se no conflito entre o que foi e o que há de vir. Entre o velho e o novo. Equivocadamente pouco se discute em profundidade as verdadeiras causas conflitam. No afã de conservar-se o modelo falido, fala-se em novas tecnologias educacionais. em mais eficiência, produtividade, adaptação dos sistemas educacionais para os tempos de intensa competição internacional, da necessidade do uso do computador como uma nova metodologia redentora de um passado distante - “ de cartilhas, quadro-negro, giz e palmatória” - que, contudo, perpetua-se ideologicamente sob a máscara da modernidade.
Enfim, corremos o risco de mumificarmos o cadáver com novas tecnologias (...). Sem tomarmos o rumo da história, assumindo as rédeas de nosso próprio destino e todas as transformações que realmente tragam o novo - contanto que o novo seja adequado para o nosso processo de evolução, sem vivermos o conflito da mudança e suas vicissitudes em profundidade; não há chance de sairmos do momento de estagnação e da falência em que nos encontramos enquanto educadores e instituição. E a escola, enquanto tal, continuará a produzir, em série, sujeitos aptos à se adaptarem as rodas da engrenagem - asujeitados e alienados à uma ordem - sem condição de reflexão e de transformação. Sofremos assim, nos tempos de hoje, do apelo Faustiniano: mantermos viva a qualquer preço - num pacto com forças poderosas - o que já se encontra em seu último fôlego de vida – A escola; eternificando-a com a máscara da modernidade, mantendo a sua ação destruidora da subjetividade criativa. - “Ou a deixamos morrer e re-criamos um novo e genuíno sistema de transmissão do saber e construção do conhecimento”.
(...)
Há, no entanto, grandes diferenças na maneira de conceber o processo de desenvolvimento. As principais delas, em resumo, são as seguintes:
A) QUANTO AO PAPEL DOS FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO DESENVOLVIMENTO
Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social, Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue uma seqüência fixa e universal de estágios. Vygotsky, ao salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Neste sentido, não se pode aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento humano.
B) QUANTO À CONSTRUÇÃO REAL
Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva. Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação (...)
C) QUANTO AO PAPEL DA APRENDIZAGEM
Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social. Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.
D) QUANTO AO PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO E Á RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO
Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da coordenação dos esquemas sensorimotores e não da linguagem. Esta só pode ocorrer depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se, pois, aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à criança criar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos. Piaget, todavia, estabeleceu uma clara separação entre as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os processos que não parecem sofrer qualquer influência dela. Este é o caso das operações cognitivas que não podem ser trabalhadas por meio de treinamento específico feito com o auxílio da linguagem. Por exemplo, não se pode ensinar, apenas
usando palavras, a classificar, a seriar, a pensar com responsabilidade.
Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mental superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento.

Síntese das idéias da Vygotsky

Para Vygotsky, a cultura molda o psicológico, isto é, Determina a maneira de pensar. Pessoas de diferentes culturas têm diferentes perfis psicológicos. As funções psicológicas de uma pessoa são desenvolvidas ao longo do tempo e mediadas pelo social, através de símbolos criados pela cultura. A linguagem representa a cultura e depende do intercâmbio social. Os conceitos são construídos no processo histórico e o cérebro humano é resultado da evolução. Em todas as culturas, os símbolos culturais fazem a mediação. Os conceitos são construídos e internalizados de maneira não linear e diferente para cada pessoa. Toda abordagem é feita de maneira de maneira holística (ampla) e o cotidiano é sempre em movimento, em transformação. È a Dialética. A palavra é o microcosmo, o início de tudo e tem vários significados, ou seja, é polissêmica; a mente vai sendo substituída historicamente pala pessoa, que é
sujeito do seu conhecimento.
Vygotsky (…) {t}rabalha com a idéia de zonas de desenvolvimento. Todos têm uma zona de desenvolvimento real, composta por conceitos que já dominamos. Vamos imaginar que numa escala de zero a 100, estamos-nos 30; esta é a zona de desenvolvimento real nossa. Para os outros 70, sendo o nosso potencial, Vygotsky chama de ZONA de DESENVOLVIMENTO PROXIMAL. Se uma pessoa chega aos 100, a sua Zona de Desenvolvimento Proximal será ampliada, porque estamos sempre adquirindo conceitos novos. Estabelece três estágios na aquisição desses conceitos. O 1º é o dos Conceitos Sincréticos, ainda psicológicos evolui em fases e a escrita acompanha. Uma criança de,aproximadamente, três anos de idade escreve o nome da mãe ou do pai, praticando a Escrita Indecifrável, ou seja, se o pai é alto, ela faz um risco grande, se a mãe é baixa, ela risca algo pequeno.Aproximadamente aos 4 anos de idade, a criança entra numa nova fase, a Escrita Pré-silábica, que pode ser Uni gráfica: semelhante ao desenho anterior, mas mais bem elaborado; Letras Inventadas: não é possível ser entendido, porque não pertence a nenhum sistema de signo; Letras Convencionais: jogadas aleatoriamente sem obedecer a nenhuma seqüência lógica de escrita.
No desenvolvimento, aos 4 ou 5 anos, a criança entra na fase da Escrita Silábica, quando as letras convencionais representam sílabas, não separa vogais e consoantes, faz uma mistura e às vezes só maiúsculas ou só minúsculas.
Com aproximadamente 5 anos, a criança entra em outra fase, a Escrita Silábica Alfabética. Neste momento a escrita é caótica, faltam letras, mas apresenta evolução em relação
à fase anterior.
Com mais ou menos 6 anos de idade, a criança entra na fase da Escrita Alfabética: já conhece o valor sonoro das letras, mas ainda erra.Somente com o hábito de ler e escrever que esses erros vão sendo corrigidos.Ferreiro aconselha não corrigir a escrita da criança durante as primeiras fases. No início, ela não tem estrutura e depois vai adquirindo aos poucos. Nesse instante o erro deve ser trabalhado, porque a criança está adquirindo as estruturas necessárias.
Sobre educação de adultos, considera que as fases iniciais já foram eliminadas, porque mesmo sendo analfabeta, a pessoa conhece números e letras.
Considera a Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky, a lei de equilíbrio e desequilíbrio de Piaget e a internalizarão do conhecimento. Trabalha com hipóteses, no contexto, com visão de processo, aceitando a problematização, dentro da visão Dialética holística.

Teoria Piagetiana

A Psicologia de Piaget está fundamentada na idéia de equilibração e desequilibração. Quando uma pessoa entra em contato com um novo conhecimento, há naquele momento um desequilíbrio e surge a necessidade, de voltar ao equilíbrio. O processo começa com a assimilação do elemento novo, com a incorporação às estruturas já esquematizadas, através da interação. Há mudanças no sujeito e tem início o processo de acomodação, que aos poucos chega à organização interna. Começa a adaptação externa do sujeito e a internalização já aconteceu. Um novo desequilíbrio volta a acontecer e pode ser provocada por carência, curiosidade, dúvida etc. O movimento é dialético (de movimento constante) e o domínio afetivo acompanha sempre o cognitivo (habilidades intelectuais), no processo endógeno.
Piaget trabalhou o desenvolvimento humano em etapas, períodos, estágios etc.

Erro na teoria Piagetiana

Se uma pessoa erra e continua errando, uma das três situações está ocorrendo: Se a pessoa não tem estrutura suficiente para compreender determinado conhecimento, deve-se criar um ambiente melhor de trabalho, clima, diálogo, porque é impossível criar estruturas necessárias. (…) Se a pessoa possui estruturas em formação, o professor deve trabalhar com a idéia de que o erro é construtivo, deve fazer a mediação, ajudando o aluno a superar as dificuldades; Se a pessoa possui estruturas e não aprende, os procedimentos estão errados. (...) Em muitos casos quem deve mudar os seus procedimentos é o professor "Freud concebe a educação bem sucedida como sendo aquela que luta para dar voz aos sonhos infantis. Trata-se de uma técnica humana que assegure a permeabilidade entre realidade psíquica e realidade externa, um processo que substitua os instintos, que busque o ponto ideal que permita atingir o máximo com um mínimo de dano. A criação, num sentido genérico."(OLIVEIRA, 2003,10)

Conclusão

Muito se tem falado sobre os problemas da educação: professores insatisfeitos, alunos desinteressados, drogas nas escolas, violência de alunos a colegas e professores, defasagem escolar, índices de analfabetismo, promessas de melhores salários e muito mais. A que se deve a instalação desse caos (…) tornando a escola também vítima da violência? (…) a instituição se apresenta à mercê da transgressão, do descrédito e desrespeito de discentes e docentes. Não se pode esquecer que a educação busca ignorar a realidade da condição humana, quando procura enquadrar o aluno a normas que acredita o façam aprender, tornar-se um ser ideal. A educação é por si só normativa, violenta, repressiva porque visa adaptar a criança à aceitação social, o que vai de encontro a tudo que ela viveu no ambiente familiar. A relação com a educação é ambígua, contraditória, antagônica podendo-se falar numa relação de amor e ódio, uma vez que a amamos porque dela necessitamos e ao mesmo tempo a odiamos pelo fracasso que às vezes nos traz. Os educadores deveriam conhecer toda influência que sofre a formação psíquica da criança desde seus primeiros anos de vida no ambiente familiar (...). Influências estas que vão se refletir na sua personalidade e que irão perdurar por toda sua vida adulta. (…) O único ponto que pode nos articular a psicanálise e educação são a análise do educador e a análise da criança. Pois a criança em análise trabalhando seu sintoma terá possibilidade de uma melhor posição no mundo, melhor aprendizagem na vida. E o educador trabalhando seu sintoma se desprenderá do poder de seu narcisismo; e não mais fará da criança seu ideal. O educador reconhecendo a existência do inconsciente pode renunciar a toda fantasia de domínio e de adestramento. (...)
Que a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a história em suas próprias mãos, (...).
Como? Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as conseqüências de sua escolha.
Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizando com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica de quem aprende. (FUCK, 1994, p. 14 - 15)
(…)
Disponível em http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artigos/contribuicao-da-psicanalise-para-educacao.php. Acesso em 19/06/2013, 08:01.
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PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO: UM DIÁLOGO INDISPENSÁVEL - MARCELA DECOURT

Como sabemos, os laços sociais modernos dispensaram as famílias desta sua função mais essencial - a transmissão da castração - de modo que, contemporaneamente, parece não haver mais nenhuma razão legítima para que uma criança esteja sob a orientação dos pais. Não há, no discurso social, nada que autorize que os valores de pai e mãe sejam de fato referenciais para seus próprios filhos. Ora, aprendemos com Freud que é a intervenção paterna que divide o sujeito entre desejo e gozo, de modo que todos os sintomas que decorrem daí são, na realidade, defesas contra este mal-estar radical. Desse modo, o que fazer quando o pai de família supostamente não é mais a causa do mal-estar dos sujeitos?
Na fala da equipe pedagógica, os efeitos experimentados por estes sujeitos (alunos) diante desta inoperância da função paterna no âmbito da família se traduzem nas mais diversas manifestações de fracasso escolar: crianças com dificuldades de trabalhar em grupo, com rendimento escolar insuficiente, indisciplinadas, desatentas... Enfim, o fracasso se faz presente em todas as atividades escolares que exigem destes sujeitos (alunos) autonomia, divisão de tarefas, disciplina e responsabilidade do sujeito. De acordo com esta nossa orientação podemos então dizer que o fracasso escolar pode ser compreendido como uma das novas modalidades de sintoma de uma cultura marcada pelo fracasso da função paterna.
Assistimos hoje ao crescimento de famílias que pretendem repassar para a escola suas funções mais elementares como, por exemplo, a de transmitir a ética, a moral, as boas regras de convivência social e de alimentação, bem como o respeito e a integridade. Com este movimento de terceirização, todavia, uma dicotomia se apresenta. Ao mesmo tempo em que elas delegam esta função à escola, não suportam qualquer ação educativa que evidencie a insuficiência e a inoperância da função paterna na esfera familiar. Desse modo, se por um lado a família contemporânea elege a escola como sua representante, por outro recusa frontalmente suas intervenções, esvaziando desta forma qualquer possibilidade de operatividade da função paterna terceirizada.
Com isso, os sujeitos contemporâneos, ao desconhecerem o exercício da castração no interior da própria família (esfera privada), acabam esvaziados da função de responsabilidade na esfera pública. Os efeitos desta des-responsabilização dos sujeitos podem ser verificados, por exemplo, nas dificuldades que crianças e adolescentes encontram atualmente em se engajar em qualquer atividade escolar que exija autonomia (estudar para avaliações, realizar deveres de casa), divisão de tarefas (trabalhos em grupo) e disciplina (comportamento em sala de aula, respeito às autoridades).
O que temos verificado é que os sujeitos contemporâneos (e aqui estão incluídos pais e filhos) não se responsabilizam por seus deveres, estando a todo instante exigindo seus direitos. Na realidade, é como se o mundo estivesse permanentemente em dívida com eles, sem que eles pudessem reconhecer nesta reivindicação um dos efeitos da falência da função paterna. Atravessada por esta falência, a família contemporânea parece não encontrar outra saída na contemporaneidade que não seja denegar ou terceirizar a sua função ao preço de produzir sujeitos fracassados.
Disponível em http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0112.html. Acesso em 19/06/2013, 08:21
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Subvertendo o conceito de adolescência - Cecília Coimbra; Fernanda Bocco; Maria Livia do Nascimento
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Em suas pesquisas, Margaret Mead (1951) já nos apontava, com sua experiência em Samoa, que a adolescência nada mais é que um "fenômeno cultural" produzido pelas práticas sociais em determinados momentos históricos, manifestando-se de formas diferentes e nem sequer existindo em alguns lugares. Apesar da difusão massiva da figura do adolescente como o grande ícone dos tempos contemporâneos, aprendemos com Mead que ela é totalmente engendrada pelas práticas sociais. De acordo com Lepre (2005), por exemplo, foi no século XVIII que surgiram as primeiras tentativas de definir, claramente, suas características. No século XX, embasado em pressupostos científicos, o adolescente moderno típico estabeleceu-se como um objeto natural com características e atributos psicológicos bem demarcados.
(…)
Dentro do princípio desenvolvimentista, a adolescência surge como um objeto exacerbado por uma série de atributos psicologizantes e mesmo biologizantes. Práticas baseadas nos conhecimentos da medicina e da biologia, em especial, vêm afirmando, por exemplo, que determinadas mudanças hormonais, glandulares, corporais e físicas pertencentes a essa fase seriam responsáveis por algumas características psicológico-existenciais próprias do adolescente. Tais características passam a ser percebidas como uma essência, em que "qualidades" e "defeitos" como rebeldia, desinteresse, crise, instabilidade afetiva, descontentamento, melancolia, agressividade, impulsividade, entusiasmo, timidez e introspecção passam a ser sinônimos do ser adolescente6, constituindo uma "identidade adolescente".
(…)
Quando se aceita a construção de uma identidade do sujeito na adolescência, além da produção de uma "identidade adolescente" - como referido no início deste artigo -,, afirma-se um determinado jeito correto de ser e de estar no mundo, uma natureza intrínseca a essa fase do desenvolvimento humano. Ao colarmos uma etiqueta referendada por leis previamente fixadas e embasada nos discursos científico-racionalistas, pode-se criar um território específico e limitado para o jovem, uma identidade que pretende aprisioná-lo e localizá-lo, dificultando possíveis movimentos. Ao se reafirmar a homogeneidade, nega-se a multiplicidade e a diferença.
(…)
Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1809-52672005000100002&script=sci_arttext. Acesso em 19/06/2013 08:49
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CULTURA - PROFESSOR ISRAEL MARTINS - . E. E. F. E M. TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

Para antropólogos e sociólogos, a palavra cultura passou a indicar o conjunto dos modos de vida criados e comunicados de uma geração para outra, entre os membros de determinada sociedade. Nesse sentido, abrange conhecimentos, crenças, artes, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades adquiridas socialmente pelos homens.
A cultura pode ser considerada, portanto, como amplo conjunto de conceitos, de símbolos, de valores e de atitudes que modelam uma sociedade. A cultura engloba o que pensamos, fazemos e temos enquanto membros e temos enquanto membros de um grupo social.
Nesse sentido o termo cultura é aplicável tanto a uma civilização tecnicamente evoluída quanto às formas de vida social mais rústicas. Todas as sociedades humanas, da pré-história aos dias atuais, possuem uma cultura. E cada cultura tem seus próprios valores e sua própria verdade.
Para a filosofia cultura é a resposta oferecida pelos grupos humanos aos desafios da existência. Uma resposta que se manifesta em termos de conhecimento, paixão e comportamento. Ou seja, em termos de razão, sentimento e ação.
Disponível em http://israelmartins.blogspot.com.br/. Acesso em 19/06/2013. 08:51
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TRECHO DE “A NORMALISTA” DE ADOLFO CAMINHA
A luzinha da vela de carnaúba agonizava numa poça de cera derretida.
E essa! Era a segunda vez que sonhava com o Romão, sem quê nem p’ra quê... Com certeza estava para lhe suceder alguma desgraça. Que esquisitice! hum, hum,...
A porta do quarto, que se conservava entreaberta, rangeu nas dobradiças, como se alguém a empurrasse de manso. Apoderou-se de Maria um pavor terrível; arrepiaram-se-lhe os cabelos, e uma extraordinária sensação de frio percorreu-lhe o sangue. Ficou assombrada, sem se mexer, com o ouvido alerta e os olhos fechados, numa prostração de quem está sem sentido.
Pareceu-lhe ouvir chamar pelo seu nome e então subiu um ponto o terror que lhe tapava a boca como uma mordaça de ferro. Abriu os olhos para verificar se com efeito estava acordada e tornou a fechá-los mais que depressa. Instintivamente fez um esforço supremo para gritar, para chamar alguém, mas não podia abrir a boca, estarrecida.
Maria? repetiu a mesma voz, que ela julgava ouvir, uma voz fina, mas abafada, como se saísse das entranhas da terra.
E logo:
Sou eu, Maria. É o padrinho...
Disponível em http://www.mundovestibular.com.br/articles/516/1/A-NORMALISTA---Adolfo-Caminha-Resumo/Paacutegina1.html. Acesso em 19/06/2013.
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A Carta Testamento de Getúlio Vargas é um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio, em 24 de Agosto de 1954.

Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta-testamento_de_Get%C3%BAlio_Vargas. Acesso em 19/06/2013, 09:21.
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O SERMÃO DA MONTANHA (Mateus 5, 3-12)
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os Defensores da Paz, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Serm%C3%A3o_da_Montanha. Acesso em 19/06/2013, 09:28

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Meio ambiente em uma perspectiva mais ampla

Como influye el ambiente en la salud

Que el ambiente deteriorado enferma no es una novedad, pero sí representa un nuevo escenario. Antes la salud ambiental se vinculaba a condiciones puntuales como los efectos de la contaminación nuclear o ciertas profesiones peligrosas, y se creía que la ciencia resolvería cualquier problema. Ahora, el agujero de ozono, la gestión de residuos, la calidad del agua, y los riesgos ambientales que el ser humano todavía no sabe manejar, sumados a la pobreza y la marginación, brindan un panorama más complejo que afecta la salud pública.
En los últimos años nos hemos acostumbrado a ver, oír y tomar determinadas actitudes que vemos como normales o admisibles, siendo estas actitudes y sus efectos tremendamente negativos para nuestra salud. Nos referimos a aquellas actitudes que dañan el ambiente.
Son muchas, demasiadas, las acciones humanas que están atacando el ambiente, de forma irreversible muchas de ellas. La demostración de esto es en muchos casos evidente, en otros casos está avalada por estudios científicos y en algunos casos, esta demostración es difícil de efectuar a corto plazo, pero todos los indicios apuntan a su peligrosidad.

La humanidad contemporánea comprueba cómo se desarrollan la técnica y el progreso; pero, también alrededor de ella, existen preocupaciones por el progresivo deterioro del ambiente. El problema ambiental está profundamente relacionado con el vínculo que tienen los hombres con su entorno y depende también de la relación de los hombres entre sí. El factor demográfico y el uso y consumo de todos los recursos naturales e industrializados que utilizamos los humanos a todo lo largo de nuestra vida, además de la infraestructura social, económica y cultural que esto implica, son factores determinantes en la emisión de contaminantes, afectación del ambiente y la salud del hombre.

Que el ambiente deteriorado enferma no es una novedad, pero sí representa un nuevo escenario. Antes la salud ambiental se vinculaba a condiciones puntuales como los efectos de la contaminación nuclear o ciertas profesiones peligrosas, y se creía que la ciencia resolvería cualquier problema. Ahora, el agujero de ozono, la gestión de residuos, la calidad del agua, y los riesgos ambientales que el ser humano todavía no sabe manejar, sumados a la pobreza y la marginación, brindan un panorama más complejo que afecta la salud pública.

La pobreza generalizada es el común denominador que afecta a los medios tanto urbanos como rurales; en muchos países de la Región están aumentando los porcentajes de familias pobres y la pobreza comunitaria afecta a la gente de todos los niveles económicos. Las estrechas relaciones que unen a la pobreza, la mala salud y el deterioro ambiental son algo que los estudios epidemiológicos de salud pública y otros estudios sectoriales han dejado perfectamente establecido. Dichas relaciones son recíprocas y se refuerzan entre sí, en el sentido de que cada factor es a la vez causa y efecto de los otros, y puede intensificarlos. La lucha por sobrevivir con escasos ingresos y un apoyo social insuficiente no les deja a muchos pobres más remedio que utilizar los recursos básicos en forma excesiva a indebida y aceptar el verse expuestos a situaciones riesgosas para la salud, a las cuales pueden contribuir involuntariamente.

A nivel comunitario, la pobreza se expresa como la falta de recursos financieros, técnicos y de gestión para suministrar infraestructura y servicios básicos. Sea real o bien función de las prioridades financieras, dicha pobreza tiene un costo en términos de la exposición de la gente a situaciones riesgosas para la salud, las necesidades de atención de salud y el deterioro del entorno material. La escasez en lo que hace al suministro de agua, los servicios de saneamiento básico, el tratamiento de los desechos sólidos y la vivienda constituye una preocupación primordial.

Es claro que no basta el diagnóstico sin una acertada vía de soluciones ya que el desarrollo humano y con ello la salud, se construye sobre bases dinámicas y multidisciplinarias. Salud, ingreso económico y el ambiente interactúan en el desarrollo humano. El lenguaje global que habla de otorgar salud al conjunto de la población exige igualmente modelos globales de estudio. La ausencia de esos modelos de desarrollo humano sustentable, que involucren las variables de salud, pobreza, amenaza la disponibilidad de recursos para el desarrollo en los países que están fuera del marco de los países desarrollados.

La limpieza del ambiente es esencial para la salud y el bienestar. Sin embargo, las interacciones entre el medio ambiente y la salud humana son muy complejas y difíciles de evaluar, lo que hace especialmente útil el uso del principio de precaución. Los efectos sobre la salud mejor conocidos son los relacionados con la contaminación del aire, la mala calidad del agua y las condiciones higiénicas insuficientes. Los efectos sobre la salud de los productos químicos peligrosos se conocen mucho menos. El ruido va ganando importancia como problema para el medio ambiente y la salud. El cambio climático, la disminución del ozono estratósferico, la pérdida de biodiversidad y la degradación de los suelos pueden afectar también a la salud humana.

Entre los factores medioambientales que ejercen una influencia negativa sobre la salud humana se cuentan los siguientes:

Calentamiento de la Tierra. El clima y el tiempo afectan la salud humana en muchas maneras. La incidencia de las condiciones de tiempo extremas está aumentando. Tormentas, huracanes e inundaciones causan la muerte de miles de personas cada año y aumentan el peligro de aguas contaminadas.

Agua potable peligrosa y escasa y saneamiento inadecuado. Se estima que más de 1.000 millones de personas carecen de acceso a suministros adecuados de agua limpia, y que 3 millones de personas mueren cada año de enfermedades transmitidas por el agua. Alrededor de 90% de los casos de malaria en el mundo son atribuibles a factores medioambientales.

Seguridad alimentaria. (Alimentos sanos y seguridad de suministro a largo plazo.) Un medio ambiente sano para la producción de alimentos es esencial para un suministro de alimentos sostenible y una buena nutrición. La contaminación de los alimentos es un problema creciente. Las sustancias químicas orgánicas y los metales pesados que persisten en el ambiente y se acumulan a través de la cadena alimentaria tienen efectos adversos sobre la salud humana, llevando a cáncer, fertilidad reducida y daño neurológico. La seguridad de suministro depende de la conservación de la productividad del suelo, la protección de la diversidad genética así como de la manera en que se utilizan los recursos.

Contaminación en locales cerrados y contaminación de la atmósfera local. Muchos de los hogares en el mundo usan combustibles sólidos sin procesar para cocinar y calentar sus casas y tienen poca ventilación. Se estima que 2 millones de personas mueren cada año a resultado de exposición a contaminación en locales cerrados. La contaminación de la atmósfera local también plantea un peligro para la salud en muchas grandes ciudades, y la mayor urbanización podría llevar a problemas de salud aún más graves causados por factores medioambientales.

Encontrar una solución no es tarea fácil debido al incremento demográfico y al vertiginoso desarrollo tecnológico, además de que no es posible responsabilizar del problema a un solo sector, pues tanto industrias como hogares y automóviles participan en la generación de contaminantes. Sin embargo, un primer paso consiste en difundir información sobre el funcionamiento de los ecosistemas y de la relación que éstos tienen con el ser humano y su salud, ya que sólo así es posible comprender que el saneamiento ambiental debe ser una responsabilidad compartida por todos.
La salud de las personas es a la vez una meta y un requisito primordial del desarrollo. Los individuos sanos son más productivos, y un nivel elevado de salud en la comunidad evita el tener que gastar la riqueza social para hacer frente a enfermedades, dolencias y alteraciones sociales.

La relación que hemos establecido con la naturaleza ha puesto en peligro nuestra permanencia en la tierra, esfuerzos aislados no podrán revertir la situación actual. Estamos a tiempo de frenar este proceso, debemos proponernos que el ambiente se convierta en una vía más para aunar voluntades, establecer pautas, acometer acciones y sobre todo, medir resultados.
http://colunadosardinha.wordpress.com/2010/08/23/medio-ambiente-e-salud/
12/06/2013, 08:10

Psicanálise

PSICANÁLISE CONCEITOS BÁSICOS
Freud foi o fundador da teoria psicanalítica, ele era psiquiatra clínico. A psicanálise é uma teoria que parte por base de que nosso comportamento é regido por desejos inconscientes e a análise deve ser realizada através do reconhecimento dos instintos, anseios e impulsos que fornecem a energia para as ações individuais.
Destacando também as ansiedades e os medos e tratando o inconsciente como fonte de energias, por desejos reprimidos e depósito de velhas lembranças. O objeto de estudo da psicanálise é o inconsciente e a maneira de acessa-lo é através da associação livre. Freud realizou muitas descobertas de sua teoria fazendo auto-análise, ele analisou rigorosamente seus sonhos e os de seus pacientes.

ID: desejo libidinal, energias psíquicas, pulsões, é regido pelo princípio do prazer.
Super-Ego: regras morais que impedem certos desejos, proibições, limites e autoridade.
EGO (eu, em grego): ele é resultante da tentativa de estabelecer um equilíbrio entre os desejos libidinais do id e as exigências da realidade e ordens morais do superego. Na verdade todo mundo quer é viver o id, o tempo todo, mas o superego para nos proibir
Consciente: é apenas uma parte de nosso funcionamento mental, é a parte que temos consciência do que pensamos, do que sentimos, do que falamos e do que fazemos. Contém as idéias que estamos cientes no momento.
Pré-Consciente: é constituído por idéias que podem voltar a se tornar consciente se direcionar a atenção para elas, podem ser percebidas nos sonhos ou nos atos falhos.
Inconsciente: é uma parte nossa que não temos consciência, nele estão desejos reprimidos, conteúdos censurados, pulsões inacessíveis à consciência. O inconsciente afeta nosso dia-a-dia, ele influencia nossos comportamentos e ações, sem que a gente perceba. contêm os elementos instintivos e as idéias reprimidas que são e impedidas de se tornarem conscientes.
Freud relaciona a formação da personalidade com o processo do desenvolvimento do instinto sexual, que – segundo Freud - se inicia no primeiro ano de vida e as diferenças individuais são marcadas pelos desenvolvimentos dos estágios psicossexuais e suas características. Se não forem resolvidos adequadamente os problemas de cada fase, ou seja, se não experimentarem a satisfação adequada nas atividades de cada fase, a pessoa pode se tornar fixada por certa fase e procurar durante o resto da vida obter o prazer de tal fase.

Ele divide o desenvolvimento da personalidade em cinco fases:

a) Fase Oral: no primeiro ano de vida a criança satisfaz suas necessidade sexual por meio da boca e obtém o prazer através da sucção. Uma fixação nessa fase pode tornar a pessoa num fumante inveterado, num guloso ou num tagarela;
b) Fase Anal: no segundo e terceiro ano de vida a criança se satisfaz através da expulsão das fezes ou em retê-las. Uma fixação nesta fase pode explicar obsessividade com limpeza e arrumação, avareza e outros;
c) Fase Fálica: no terceiro e quarto ano de vida a criança descobre seu sexo e experimenta o prazer ao manusear os órgãos genitais. Nesse estágio, Freud situa o Complexo de Édipo, onde a criança ama o genitor do sexo oposto e sente ciúmes do genitor do mesmo sexo pois lhe impede o amor daquele e, para resolver o conflito e aliviar a ansiedade, a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo através da incorporação dos valores sociais de papel masculino ou feminino. Quando o conflito edipiano não é resolvido, pode se causar neuroses futuras;
d) Fase da Latência: do quinto ao décimo segundo ano de vida, se desenvolve geralmente nos anos de escola, onde uma supressão dos impulsos sexuais que são reprimidos, a construção do pensamento lógico e o controle da vida psíquica pelo princípio da realidade;
e) Fase Genital: do décimo segundo ano em diante, onde o adolescente deixa de ser para si mesmo o objeto de interesse e se volta para outras coisas e pessoas, inicia-se as ligações heterossexuais, o interesse pelas atividades humanas adultas e seu papel no mundo social.

ALGUNS TERMOS UTILIZADOS NA PSICANÁLISE:

Catarse (do grego kátharsis): purgação, purificação, limpeza (pôr para fora o sentimento); efeito provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocional e/ou traumatizante que era até então reprimida;
Método Catártico: lembra-se do afeto causador e purga para fora o evento; purga as emoções e fica aliviado.
Defesa: expulsa da consciência a lembrança (representação + afeto), -não permite que a representação inadmissível moral) e seu afeto tomem a consciência; é um ato intencional do sujeito (inconsciente), independente da vontade do sujeito; desloca o afeto para outra coisa.
Mecanismo de Defesa: idéia incompatível é reprimida, expulsa da consciência normal; o afeto é dissociado da representação e pode se converte em algo somático (histeria) ou numa obsessão (neurose).
http://www.brunocarrasco.com/2009/06/psicanalise-conceitos-basicos.html 07/06/2013, 12:30.


SIGMUND FREUD
Freud nasceu em 1856, em Freiberg (Morávia), local que atualmente pertence a Checoslováquia. Foi o primeiro filho do segundo casamento de seu pai, Jacob Freud, um próspero comerciante, que teve mais sete filhos com sua mãe, Amalie Nathanson. Aos 4 anos, Freud mudou-se com sua família para Viena, onde cursou todos os seus graus de instrução. Freud era o favorito de seus pais, sua mãe acreditava que ele seria um grande homem, seu pai deu-lhe a chance de escolher a carreira que quisesse seguir, mesmo com a pouca condição econômica da família. Em 1973, por influência dos trabalhos de Darwin, que, segundo Freud, prometiam progresso para a compreensão do mundo, optou por estudar medicina. Ao entrar na universidade sofreu muito preconceito por ser judeu, o que lhe ajudou a acostumar-se desde cedo a “figurar na oposição”.
Entretanto, os estudos de medicina, com exceção da psiquiatria, não o atraiam; por isso, atrasou-se no curso e só veio a formar-se 8 anos depois, em 1881. Freud interessava-se particularmente por fisiologia e neurologia; queria ser um homem da ciência, não um médico. Freud trabalhou no laboratório universitário de fisiologia com Brucke, mas, por problemas financeiros, teve que começar a praticar a medicina. Freud ainda teve que passar por um prolongado período de formação em medicina clínica antes de iniciar sua prática privada. Em 1883, trabalhou durante cinco meses em uma clínica psiquiátrica com Theodor Meynert. Em 1884, Freud começa a pesquisar sobre os efeitos da cocaína, mas acaba encerrando rapidamente sua pesquisa para ir visitar a noiva, Martha, que não via a um certo tempo. Aproveitando a viagem do colega de trabalho, Carl Koller declarou ser o verdadeiro descobridor dos efeitos da cocaína, tirando o mérito de Freud. Em 1885, foi-lhe conferido um cargo de docente em neurologia. Logo depois, Brucke conseguiu-lhe uma bolsa de estudos em Paris.
Durante boa parte do tempo em que ficou em Paris, Freud trabalhou como tradutor das Conferências de Charcot, um neurólogo de fama mundial, que estava estudando sobre a histeria. Este acreditava que a histeria não se tratava de uma enfermidade imaginária, como os médicos da época afirmavam, mas, sim, de uma neurose; acreditava ainda que esta neurose não era restrita ao público feminino, como a própria origem do nome histeria (hystera – útero) indicava. Entretanto, Charcot não se interessou em prosseguir com seus estudos sobre o tema referido, contentou-se em dizer que a histeria não tinha causas anatômicas, portanto, seus estudos não cabiam a ele, pois não faziam parte de seu campo teórico.
Em 1886, Freud estabeleceu-se em Viena como neurologista e casou-se com Martha. Tão logo voltou a Viena, Freud decidiu apresentar as idéias de Charcot acerca da histeria masculina a Sociedade de Medicina de Viena, mas os médicos vienenses não deram crédito a suas palavras, desafiando-o a encontrar casos de histeria masculina em Viena. Freud tentou provar suas idéias, mas foi-lhe vetada a chance de trabalhar com os enfermos do hospital. Foi, então, que Freud começou a exercer sua clínica privada, onde conseguiu seu primeiro caso de histeria masculina.
Como queria fazer mais estudos a cerca da histeria, precisava oferecer algum tipo de benefício a seus pacientes; foi quando começou a utilizar a hipnose como método de tratamento. Breuer, antes mesmo de Freud viajar a Paris, já havia-lhe relatado sobre o caso de uma paciente histérica a qual tratou, o famoso caso Ana O.. Neste caso, Breuer havia conseguido eliminar alguns sintomas histéricos de Ana pelo método catártico, que consistia em revelar a paciente sobre o que ela havia dito quando estava em transe, uma espécie de estado hipnótico, pedindo-lhe que a partir daquele relato ela lhe contasse a respeito de suas alucinações; a rememoração de uma situação traumática era responsável pela eliminação de seu sintoma correspondente. Freud havia mencionado o caso relatado por Breuer a Charcot, mas este não demonstrou interesse pelo assunto.
Freud veio usar o método catártico em 1889, quando começou a utilizar a hipnose não para, através da sugestão, suprimir os sintomas histéricos, mas para descobrir quais suas causas, qual a origem destes sintomas. Freud sempre convidava Breuer a publicar a respeito de suas descobertas sobre a origem dos sintomas histéricos, mas este sempre exitava; somente em 1895 é que Freud e Breuer vieram a publicar suas idéias, na obra intitulada Estudos Sobre a Histeria. Entre essas idéias estava a de que a origem da histeria está ligada a lembranças traumáticas da vida da pessoa; estas lembranças teriam sido reprimidas por algum mecanismo do plano inconsciente da vida mental, deixando a carga de afeto ligada a ela sufocada e, consequentemente, causando os sintomas histéricos; a liberação desta carga emocional pela rememoração da cena traumática resultaria no desaparecimento do sintoma correspondente.
Mas
Freud não se deu por satisfeito com essas descobertas, ele não acreditava que os sintomas histéricos eram originados de qualquer cena desagradável; percebeu que estas cenas traumáticas estavam ligadas à sexualidade; idéia que Breuer não aceitou, fato que causou a separação dos dois.
Depois de um certo tempo, Freud decide abandonar o hipnotismo, pois muitos de seus pacientes não se deixavam serem hipnotizados; além disso, a “cura” dos sintomas histéricos por este método era apenas temporária, pois logo apareciam outros sintomas. O novo método utilizado por Freud era o da associação livre, que consistia em, permanecendo com o paciente deitado num divã, fazê-lo concentrar-se o máximo possível, e pedir-lhe que relatasse tudo o que lhe viesse a mente, por mais sem importância ou sem sentido que lhe parecesse, tudo deveria ser relatado ao analista. Através deste método, Freud conseguia fazer seus pacientes lembrarem, com certa resistência, das várias cenas traumáticas que estariam na origem de seus sintomas neuróticos. A resistência apresentada desta vez, para tratar de assuntos ligados a sexualidade, só reforçou a teoria de Freud sobre etiologia sexual das neuroses.
http://monitoriajakfarias.blogspot.com.br/p/historia-da-psicanalise.html 0706/2013, 13:08
SIGMUND FREUD
Em 1893 Freud começou sua importante correspondência com Wilhelm Fliess, um otorrinolaringologista de Berlim, que conhecera em 1887, através de Breuer. A amizade com Wilhem Fliess foi muito importante para Freud, pois aquele representava para este o Único Outro. Durante uma década Freud correspondeu-se com Fliess, contando-lhe sobre seus sentimentos e inseguranças quanto a suas novas idéias, já que fizera um grande “mergulho dentro de si mesmo” para escrever “A Interpretação dos Sonhos” (1900), obra que inaugura a psicanálise. Sua correspondência com Fliess encontra-se atualmente reunida sob o nome de “O Nascimento da Psicanálise”.
Em 1898 Freud realiza sua conferência sobre “A Sexualidade e a etiologia das neuroses”; em 1989, publica “A Interpretação dos Sonhos”, que é datada, a pedido dele mesmo, de 1900, para “abrir o século”. Em 1901 Freud publica “Psicopatologia da Vida Cotidiana” e “Sobre os Sonhos”. Em 1902 é criada a primeira sociedade psicanalítica do mundo, em Viena, a Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras. Em 1903 Freud começa a analisar um garoto de 5 anos, sua primeira experiência analítica com crianças. Em 1905 publica “Três Ensaios Sobre a Sexualidade” e “Os chistes e sua relação com o inconsciente”; conhece Jung e no ano seguinte começa uma longa correspondência com ele. Este foi o discípulo predileto de Freud, que o considerava como um filho e no qual depositava a confiança de continuar seu trabalho. Jung veio a ganhar tal importância para Freud porque, além de muito inteligente e esperto, não era judeu e Freud temia que o avanço da psicanálise fosse ameaçado pelo anti-semitismo.
Em 1922 Freud descobre que tem câncer na mandíbula, o que o levou a fazer 33 cirurgias. Em 1930, Freud, adoentado, através de Anna, sua filha e representante, recebe o prêmio Goethe (de literatura), única premiação que lhe foi conferida em vida. De 1933 a 1939 há um grande avanço do anti-semitismo na Alemanha e a psicanálise é considerada uma ciência judaica; os livros de Freud são queimados na em praça pública. Em 1938, em meio a ascensão do nazismo, a princesa Marie Bonaparte, graças a seu prestígio, consegue levar Freud, com sua esposa e filhos, para Londres. Freud definha frente a seu câncer mandibular, e, em 23 de setembro de 1939, falece; Freud viveu 83 anos.
(...)
De outubro de 1985 a fevereiro de 1886, Freud trabalhou com Charcot, na Salpêtrière, em Paris. Não podemos deixar de mencionar a importância que Charcot teve na vida de Freud, o próprio obituário que este escreveu sobre aquele, poucos dias após sua morte, em 1893, demonstra a grande admiração que Freud tinha por seu mestre. Sem dúvida, o contato de Freud com as idéias de Charcot foi bastante frutífero e importantíssimo para que nosso criador da psicanálise transferisse seu interesse da neuropatologia para a psicopatologia. A forma como Charcot tratava seus pacientes histéricos foi ponto crucial para que Freud começasse a caminhar em direção a criação de sua metapsicologia.
Na época de Charcot, a histeria era a mais enigmática de todas as doenças nervosas, e, não só os pacientes histéricos, como, também, os médicos que se interessavam por tratá-la, eram desacreditados.  Charcot contribuiu decisivamente para reversão deste quadro, restaurando a dignidade de seus pacientes, ouvindo-os e encarando a histeria como mais um tópico da neuropatologia.
Acompanhando as obras de Freud, podemos perceber a influência decisiva desta explicação de Charcot. Durante muito tempo Freud utilizou o hipnotismo, não só para criar sintomas histéricos, mas para desfazê-los; além disso, foi a partir da teoria do trauma que Freud descobriu a etiologia sexual das neuroses, ponto de partida para o desenvolvimento de sua metapsicologia.
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"Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'. " (Freud)
"Não dispomos, porém, de outros meios de controlar nossa natureza pulsional, exceto nossa inteligência" (Freud - O futuro de uma ilusão)
"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro." (Freud)
"O inconsciente se estrutura como linguagem" (Lacan)
(...) o sonho é uma realização (disfarçada) de um desejo (suprimido ou recalcado.). (FREUD, 1900, Vol. 1 - p. 193)
"Ao se ficar satisfeito e contente com aquilo que se tem, certamente o desejo se manifestará em outro lugar, pois o desejo é propriamente a falta, é sempre desejo de outra coisa. Pois se é desejo de uma coisa, daqui a pouco é de outra coisa e em seguida de outra, porque a característica do desejo é ser metonímico, deslizar na cadeia significante. O desejo é a metonímia da falta: o envio da significação sempre a outro significante da metonímia corresponde à característica do desejo sempre faltoso." (QUINET, 2000 - A Descoberta do Inconsciente: do desejo ao sintoma. - p. 33)
"A Psicanálise oferece ao sujeito um tratamento pela via do desejo que possibilita o sujeito ir da dor de existir à alegria de viver. Mas para isso o sujeito precisa querer saber, tendo a coragem de se confrontar com a dor que morde a vida e sopra a ferida da existência, para fazer da falta que dói, a falta constitutiva do desejo". (Antônio Quinet)

http://monitoriajakfarias.blogspot.com.br/p/historia-da-psicanalise.html 0706/2013, 13:08
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ATO FALHO
Sigmund Freud descreveu o fenômeno em seu livro A psicopatologia da vida cotidiana de 1901, denominando-o Fehlleistung em língua alemã (em português a tradução é acto falhado (português europeu) ou ato falho (português brasileiro); em inglês usa-se a expressão Freudian slip) .
Através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Por isto pode ser inferido que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os atos falhos são diferentes do erro comum.
Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido.
Ato falho abrange também erros de leitura, audição ou dicção de palavras. São circunstâncias acidentais que não tem valor e não possuem consequência prática.
Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço, eventualidade, porém podem ser interpretados como manifestações reprimidas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_falho 07/06/2013, 18:27
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COMPLEXO DE ÉDIPO
Freud atribui o Complexo de Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com os pais fosse relativamente amável e não traumático, e se a atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estágio seria ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações similares na vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto, também tem sua parte no processo de gerar o Complexo de Édipo. Freud considerou a reação contra o complexo de Édito a mais importante conquista social da mente humana. Psicanalistas posteriores consideram a descrição de Freud imprecisa, apesar de conter algumas verdades parciais.
http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/complexo-de-edipo-psicanalise-de-freud.html 07/06/2013, 18:32
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NARCISISMO
O termo narcisismo provém da Mitologia Grega, que narra a história de Narciso, um jovem muito bonito que desprezou o amor da ninfa Eco e por isso foi condenado a apaixonar-se por sua própria imagem espelhada na água. Este amor impossível levou Narciso à morte, afogado em seu reflexo. O narcisismo, portanto, retrata a tendência do indivíduo de alimentar uma paixão por si mesmo. Segundo Freud, isso acontece com todos até um certo ponto, a partir do qual deixa de ser saudável e se torna doentio, conforme os parâmetros psicológicos e psiquiátricos.
http://www.infoescola.com/psicologia/narcisismo/ 07/06/2013, 18:37
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PULSÃO
Pulsão ( TRIEB*) é um dos conceitos fundantes em psicanálise que expressa a especificidade da visão freudiana sobre o sujeito humano. È um conceito limite entre o psíquico e o orgânico; constituindo-se no “representante representativo”,
no psíquico,das exigências somáticas do sujeito. Segundo Freud é um impulso traduzido em desejo.
O corte epistemológico freudiano transforma (no sentido de ultrapassar uma forma) o corpo biológico em corpo erógeno. Onde era instinto (puramente biológico) surge a pulsão (no limite bio- psíquico). O instinto é sempre inscrito em um determinismo que antecede o indivíduo, e´da espécie. A pulsão dialetiza sujeito e ambiente, constituição e experiencia subjetiva. A necessidade, no humano não existe simplesmente. Ela tem sempre um resto , um “para além” que é da ordem do prazer.(Eros).Esta a diferença fundamental entre instinto e pulsão.A teoria das pulsões é uma das cinco teorias que fundamentam a psicanálise. As outras são : T. das identificações; T. do objeto; T. da catexia; T. do fantasma.
O complemento de prazer , inerente a necessidade é o fator sexual (Eros). Sexualidade é um conceito abrangente em psicanálise, refere-se a tudo aquilo que é da ordem do prazer. A genitalidade sendo um de seus aspetos.O aparecimento da sexualidade coincide com o aparecimento do fantasma, por estar essencialmente à experiencia do prazer.O prazer tem a ver com a economia libidinal,não precisando de um objeto específico.A inespecificidade do objeto o coloca na ordem do fantasma, ou seja, do absolutamente subjetivo.Freud afirma “a pulsão sexual não tem um objeto determinado, podendo ser qualquer um.Caso o tivesse não teríamos todas as complexas questões relativas à escolha do objeto”.
Libido vem a ser a manifestação da energia pulsional.
A teoria das pulsões segue a evolução estrutural da teoria freudiana, dividindo-se em dois tempos : A primeira t. pulsional coincidindo com a primeira tópica . Freud divide as pulsões em ; _a- Pulsões de conservação e b- Pulsões sexuais. Esta divisão permanece até “Introdução ao Narcisismo” -1914 . A segunda teoria pulsional se define em 1920 em “Para Além do princípio do Prazer” e fica, ainda dual, denominadas: a- Pulsões de vida; b- Pulsões de morte . Ou Eros e Tanatos.
http://www.pensefreud.xpg.com.br/7.html, 012/06/2013, 07:41
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CATEXIA
Catexia é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma pessoa, idéia ou coisa. A libido que foi catexizada perde sua mobilidade original e não pode mais mover-se em direção a novos objetos. Está enraizada em qualquer parte da psique que a atraiu e segurou.
(…)
A teoria psicanalítica se interessa em compreender onde a libido foi catexizada inadequadamente. Uma vez liberada ou redirecionada, esta mesma energia ficará disponível para satisfazer outras necessidades habituais. (...) a identificação e a canalização dessa energia são uma questão importante na compreensão da personalidade.
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=168, 12/06/2013, 07:43
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DIFERENÇAS ENTRE NEUROSE E PSICOSE
NEUROSE - trata-se de uma reação exagerada do sistema nervoso em relação a uma experiência vivida. Neurose é uma maneira da pessoa SER e de reagir à vida.
O Enfermo tem plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo.
Diante de um compromisso social a pessoa neurótica reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação (desproporcional). Diante desse mesmo compromisso social a pessoa começa a ficar muito ansiosa uma senana antes (muito duradoura) ou, finalmente, a pessoa fica ansiosa só de imaginar que terá um compromisso social (sem causa aparente).
Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio a multidão, etc) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa (desproporcional). Ou começa a passar mal só de saber que terá de enfrentar a tal situação (sem causa aparente).

PSICOSE - O sujeito que está patologicamente afetado, vive em um mundo à parte, no qual ele interage com seres e objetos irreais, ao mesmo tempo em que se ausenta cada vez mais da realidade concreta. Ele pode, assim, vivenciar alucinações, delírios, modificações em suas atitudes, a mente confusa, e nem mesmo percebe que está agindo de uma forma estranha. Assim, ele não consegue se relacionar normalmente com as outras pessoas, nem realizar seus mínimos encargos do dia-a-dia.
Quando o paciente está fora de um período de crise, ele tem condições de tomar conta de si mesmo, vivendo praticamente de uma forma normal, alimentando sonhos, expectativas, desejos e até se relacionando bem com os outros. Ao surtar, porém, ele parece se transportar para um universo fantasioso, no qual tudo é possível e as contradições convivem sem problema algum. Isto ocorre, geralmente, quando a pessoa está sob pressão, tensionada por fatores físicos ou relacionados ao funcionamento do sistema nervoso.
Postado por CLEBER MARTINS
http://psicanalisefocal.blogspot.com.br/2010/11/diferencas-basicas-entre-neurose-e.html 07/06/2013, 14:04
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1. O que não é Neurose?
Como vimos, a Neurose é uma doença, uma doença emocional, afetiva e da personalidade. Logo, Neurose não é:
- Falta de Homem (ou de Mulher) - Falta de pensamento positivo - Cabeça ou mente fraca - Falta de vontade
- Falta de ter o que fazer -- Ruindade ou maldade – Senvergonhice - Influência espiritual - - Mal-olhado ou encosto
- Coisa "de sua cabeça" (isso é caspa) - Falta de ter passado por dificuldades de verdade (isso é azar)
- Por nunca ter passado dificuldades -- Falta de uma boa surra - A "gente é que permite"
- Conseqüência de ter tido de tudo na vida - Conseqüência de não ter tido nada na vida
- Porque o pai brigava com a mãe - Porque o pai separou da mãe - Porque o pai era enérgico
- Porque o pai era omisso - Porque não teve pai - Porque a mãe era protetora - Porque a mãe era omissa
- Porque não tinha mãe - Porque soube que a mãe não era essa - Porque "forçou demais a cabeça"
- Porque nunca "teve que forçar a cabeça" - Porque a menstruação subiu para a cabeça
- Finalmente, porque misturou manga com leite...

2. A Neurose é uma Doença Mental?
Não, a Neurose não é sonônimo de loucura, assim como também, a pessoa neurótica não apresenta nenhum comprometimento de sua inteligência, nem de contato com a realidade. Seus sentimentos também são normais. Eles amam, sentem alegria, tristeza, raiva, etc., como qualquer pessoa.
A diferença entre uma pessoa neurótica e uma normal é em relação à quantidade de emoções e sentimentos e não quanto à qualidade deles. Os neuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que todos nós temos, porém, exageradamente.
A Neurose, portanto, não é uma doença mental é, sobretudo, uma doença da personalidade.
Para entender melhor, estude:
3. Tipos de Neuroses
De modo geral, e didaticamente, as neuroses costumam ser classificadas através de seu sintoma mais proeminente. Isso não significa que todas elas possam ter uma série de sintomas comuns (todas têm ansiedade, por exemplo). Um dos tipos mais comuns, hoje em dia, é aquele cujo sintoma proeminente é a fobia (medo patológico), juntamente com ansiedade. O Transtorno Fóbico-Ansioso é uma neurose que se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia entre outros sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação específica.
Dentro
dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos:
1 - Agorafobia (medo fóbico de lugares específicos);
2 - Fobia Social (medo de ser avaliado por outras pessoas) e;
3 - Fobia Específica (medo fóbido de determinados objetos).

4. O Transtorno Ansioso é outro tipo de Neurose.
Os padrões individuais de Ansiedade variam amplamente. Algumas pessoas com ansiedade neurótica podem ter sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como náuseas, vômito, diarréia ou vazio no estômago, outros ainda apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos da ansiedade variam de pessoa para pessoa. Psicologicamente a Ansiedade pode monopolizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade.

5. Os Transtornos Histriônicos (Histéricos) são neuroses onde o sintoma principal é a teatralidade, sugestionabilidade, necessidade de atenção constante e manipulação emocional das pessoas ao seu redor. O neurótico histérico pode desmaiar, ficar paralítico, sem fala, trêmulo, e desempenhar todo tipo de papel de doente. grande variedade nesse tipo de neurose.

6. Os Transtornos do Espectro Obsessivos-Compulsivos reúnem neuroses cujo sintoma principal é a incapacidade de controlar manias e rituais, assim como determinados pensamentos desagradáveis e absurdos.
Incluimos a Distimia nessa classificação como representante da neurose cujo sintoma mais proeminente é a tendência a reagir depressivamente à vida, ou seja, é a pessoa com tendência à longos períodos de depressão.

7. A Neurose tem cura?
Antigamente se pensava que a neurose era sempre incurável e que se convertia, com o tempo, numa doença crônica e invalidante. Hoje em dia, felizmente, as pessoas que sofrem deste transtorno podem recuperar-se por completo e lavar uma vida normal como qualquer outra pessoa.
A questão da cura das neuroses, que é uma doença da personalidade, deve ser comparada à diabetes, pressão alta, miopia, reumatismo, alergia, asma e uma grande série de outras doenças. As pessoas portadoras dessas doenças, assim como os neuróticos, teriam uma péssima qualidade (e quantidade) de vida se não fossem os recursos da medicina.
A rigor, para as neuroses, recomenda-se um acompanhamento psicológico adequado, associado ao tratamento médico (com medicamentos) quando necessário, juntamente com a cooperação apropriada do próprio paciente e da sua família. Com essa conduta, felizmente, a grande maioria das neuroses podem ser perfeitamente controlada, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e inegável bem estar.
Em casos mais graves a medicação é inevitável, normalmente quando há componentes depressivos e ansiosos graves.

8. A família pode causar a neurose?
Sim e não! Essa resposta depende da família e do neurótico. Para entender melhor essa questão, vamos comparar a neurose com a alergia. Vamos considerar uma pessoa com rinite alérgica e que, ao entrar em contacto com um ambiente embolorado, manifesta sua rinite. Esse exemplo é muito didático.
Perguntamos: o fungo do bolor (a família), é a causa da rinite alérgica (neurose)???
Para haver a rinite alérgica é preciso 2 coisas; que a pessoa seja alérgica previamente, e do fungo. Entretanto, para essa, para essa crise de rinite, precisamente, o fungo foi indispensável. Mas isso não quer dizer que a pessoa não possa, um dia qualquer, ter a rinite sem o fungo, assim como, não ter a rinite apesar do fungo. Dependerá de como está sua imunidade (analogamente, seu humor ou afetividade) naquele dia.
O mais correto, agora, é dizer que o fungo (família) pode desencadear, agravar ou proporcionar condições para uma crise alérgica aguda (uma reação neurótica), mas não é a causa exclusiva.
Da mesma forma, podemos dizer que para desenvolver uma neurose é preciso uma certa vulnerabilidade emocional e, para que esta se manifeste em sua plenitude, é preciso uma vivência desencadeadora.

9. A Neurose é herdada?
Em primeiro lugar convém fazer uma distinção entre o que é genético, o que é constitucional e o que é hereditário:
I) Se uma doença é Genética, isso quer dizer que antes de nascer uma pessoa pode ter um gene ou uma programação que a conduza em direção à doença, mas em forma de probabilidade e não de certeza.
Cada
um de nós carrega genes de diferentes doenças mas não as desenvolvemos obrigatoriamente. Um exemplo claro disso é o câncer de pulmão, identificado em genes de pessoas sadias não fumantes. Uma pessoa que tenha este gene teria uma predisposição genética a desenvolver a doença, mas isso não quer dizer que esta pessoa desenvolvê-la obrigatoriamente. De fato, se não fumar, levar uma vida não estressante, enfim, se não cumprir os requisitos necessários ao desenvolvimento da doença não terá câncer de pulmão.
II) É Constitucional a doença que faz parte da pessoa, sem necessariamente ter sido genética ou hereditária.
Constitucional
significa ter nascido assim ou ter adquirido para sempre. Se a pessoa nasceu surda, essa surdez é constitucional, sem necessidade de ser genética.
As marcas de vacina que alguns têm nos braços, podemos dizer que são constitucionais (fazem parte da pessoa) mas não foram herdadas. Antes disso, foram adquiridas em tenra idade e não desapareceram mais.
III) Uma doença Hereditária é uma doença genética que se transmitirá, com certeza, de uma geração a outra e, além disso, terá uma porcentagem fixa e calculada de novos casos da doença na geração seguinte.
Um
exemplo de uma doença hereditária é a Coréia de Huntington. Esta doença crônica supõe um degeneração corporal e mental que se passa de uma geração a outra, desenvolvendo-se em 50% dos filhos. Quer dizer que um paciente de Huntingtom que decide ter um filho sabe, de antemão, que a cada dois filhos que nascerem, no mínimo um desenvolverá a enfermidade.
Até o momento, podemos considerar as Neuroses de natureza Constitucional e, algumas vezes, Genética.

10. Qual a importância social das neuroses?
As neuroses são, indubitavelmente, o contingente mais importante de pacientes que procuram ajuda de psicólogos e psiquiatras. Seu quadro é extremamente variado, indo dos problemas psicossomáticos, sexuais, depressões, angústia, insônia, etc, etc. As neuroses interferem e estão presentes também nos problemas de aprendizagem, no desenvolvimento da personalidade, no fracasso escolar, nos conflitos familiares e nas crises conjugais. A psiquiatria considera as neuroses transtornos menores, em relação às psicoses. Isso se deve ao fato do neurótico conservar, de alguma maneira, critérios de avaliação da realidade semelhantes às pessoas consideradas normais. Entretanto, ao falarmos emtranstorno menor, não estamos nos referindo a algum critério de prognóstico. O mais comum é que a neurose tenha um curso crônico e, não tratada, pode até levar a algum grau de incapacidade social e/ou profissional.

http://www.psicopatia.com.br/neurose.php 07/06/2013, 14:34
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O QUE É PSICOSE?
Psicose é o nome usado para um problema médico que afeta o cérebro de maneira que a pessoa perde o contato com a realidade. Quando a pessoa tem este problema de repente, dizemos que ela tem um episódio ou surto psicótico. Uma pessoa pode também ficar com a doença pelo resto da vida, o que chamamos de psicose crônica.
Psicoses ocorrem com mais freqüência no final da adolescência e início da vida adulta, algo entre os 17 e 28 anos de idade, mais ou menos. De cada 100 pessoas da população, 3 terão um episódio psicótico na vida. Ela atinge qualquer pessoa, de qualquer raça ou classe social.
Os sintomas principais são:
1) Pensamentos desorganizadosnão se entende bem o que a pessoa psicótica está dizendo, não faz sentido o que ela diz. Pode haver dificuldade de concentração. Os pensamentos podem estar acelerados ou muito lentos.
2) Alucinaçõesso alterações da percepção. O psicótico coisas, ouve vozes ou sons, sente sabores que não existem na realidade. Pode ouvir vozes de perseguição, ver um animal querendo atacá-lo que não existe naquele ambiente.
3) Delírios ou crenças falsasdelírio é uma alteração do conteúdo do pensamento. delírios de grandeza (Eu sou o presidente do país.), de ciúme (Todos me traem.), de perseguição (Você [dizendo para o médico] está aqui para me matar!), místicos (Eu sou Jesus Cristo.), etc. A pessoa crê ser isto real. E nada a convence de que não é.
4) Mudança de sentimentosocorrem sem razão aparente. Sensação de isolamento do mundo, estranheza, como se tudo se movesse em câmara lenta, e ora muito alegre, ora deprimido demais, ou sem nenhuma emoção, como se fosse uma máquina.
5) Mudança de comportamentoa pessoa pode estar acelerada e agitado, andando de para o tempo todo, ou extremamente parada (catatonia), passando horas e dias sentada sem fazer nada com olhar perdido. Pode ficar rindo sem motivo (hebefrenia). A mudança do comportamento depende de outras alterações, por exemplo, se a pessoa tem alucinação auditiva de que uma voz está lhe dizendo para fugir, ela ficará muito inquieta e irá querer sair correndo. Ou pode estar muito assustada e não conseguir dormir. Outros param de comer porque no delírio a idéia de que colocaram veneno na comida.
Num primeiro episódio psicótico a pessoa começa com alterações pouco perceptíveis, e ela pode descrever mudanças que percebe, como por ex., dizer que não consegue sentir sentimentos como antes, que alguns pensamentos perturbam, têm insônia, sente-se meio aérea como estando saindo da realidade. Em seguida a isto ocorre a crise aguda na qual surgem os sintomas psicóticos citados acima. Depois podem recuperar com tratamento. Muitos tem só uma crise na vida, outros têm recaídas e outros ainda nunca recuperam.
Alguns tipos de psicose são:
1) Psicose induzida por drogascomo álcool, maconha, cocaína, etc. Alguns dos usuários de drogas podem ter tido comportamento um tanto psicótico e a droga piora seu estado mental, enquanto que outros desencadeiam o surto com o uso da droga.
2) Psicose orgânicacausada por lesão cerebral ou enfermidade física que altere o funcionamento do cérebro, como a encefalite, a AIDS, tumor cerebral, reação química a certos remédios em pessoas predisponentes talvez (pós-cirúrgico).
3) Psicose reativa brevesintomas aparecem de forma súbita em resposta a um evento muito estressante para uma pessoa muito sensível. A pessoa recupera em poucos dias.
4) Esquizofreniaquando mudanças psicóticas por pelo menos seis meses. Atinge uma em cada 100 pessoas. diferentes tipos como a paranóide, hebefrênica, catatônica, simples.
5) Transtorno Bipolarera chamada de psicose maníaco-depressiva. alteração do estado de humor caracterizado pela alternância de momentos de exagerada euforia (mania) com depressão. Na fase da euforia a pessoa se acha um deus onipotente e faz coisas fora da realidade, como comprar coisas sem ter como pagar, planejar viagens fantásticas, etc. Na fase depressiva pode escutar vozes que lhe dizem para matar-se.
6) Transtorno esquizoafetivoa pessoa tem alterações como no bipolar e no esquizofrênico mas não se enquadra em nenhum dos dois diagnósticos.
O tratamento da psicose inclui:
  1. Medicamentos prescritos por médico psiquiatra;
  2. Orientação familiar;
  3. Hospitalização se necessário;
  4. Hospital-dia, CAPS nas cidades, Terapia Ocupacional;
  5. Grupos de ajuda para familiares com psicose;
  6. ajuda muito uma dieta vegetariana;
  7. Também ajuda muita atividade física ao ar livre (caminhadas assistidas);
  8. Hidroterapia (banhos de contraste quente-frio, etc.).
http://www.portalnatural.com.br/saude-mental/doencas-mentais-e-tratamentos/o-que-e-psicose/#ixzz2VZCrCxow 07/06/2013, 18:07
DESPERTAR DA SEXUALIDADE
Adultos ou crianças, somos todos humanos, e esta condição nos faz sentir, desejar e querer. Por isso, para não serem pegos de surpresa com as perguntas e atitudes dos filhos, os pais precisam se informar, ler. Em caso de dúvida, vale buscar orientação profissional e trabalhar as inseguranças diante do tema.
Se nossas casas são invadidas por cenas picantes em qualquer horário e nossos e-mails recebem mensagens maliciosas, precisamos estar preparados para responder aos questionamentos das crianças. Lembre-se: a criança que pergunta está pronta para a resposta, desde que a explicação seja adequada para sua idade. Não delegue a outro o direito de responder e dialogar com seu filho. Olhe bem nos olhos da criança e responda com franqueza, conquiste sua confiança e garanta a formação de adultos mais seguros.
http://www.alobebe.com.br/revista/sexualidade-infantil-fases-e-caracteristicas.html,45 07/06/2013, 19:22
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Psicologia de um vencido – Augusto dos Anjos
"Eu, filho do carbono e do amoníaco, / Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância, / A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco, / Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia / Que se escapa da boca de um cardíaco.
o verme - este operário das ruínas - / Que o sangue podre das carnificinas
Come,
e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, / E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!"

O QUE É UM CAPS?
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Núcleo de Atenção Psicossocial é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). É um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.
O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos. http://capsqueimadas-pb.blogspot.com.br/2008/07/caps-oque.html 07/06/2013, 19:19