Disponível em:
http://www.qieducacao.com/2011/06/teoria-estrutural-do-carbono.html
Como você viu no tópico anterior, a
grande maioria dos compostos que conhecemos são compostos de carbono. Se
você prestrou atenção nesta informação e é um pouco curioso, deve estar
se pergutando: mas o que é que este tal de carbono tem de tão especial
para estar presente em tantos compostos? É exatamente isso que vamos ver
neste tópico!
Em 1858, o pesquisador Kekulé, juntamente com Couper, elaborou uma Teoria estrutural do carbono,
na qual explanou sobre as características do elemento carbono que
seriam responsáveis por garantir a este elemento uma flexibilidade tal
que ele fosse capaz de ligar-se com facilidade a outros elementos,
formando uma gama muito grande e variada de compostos, muito maior do
que qualquer outro elemento químico.
A teoria estrutural do carbono fundamenta-se em quatro postulados ou princípios gerais:
1) Tetravalência constante
O átomo de carbono é sempre tetravalente, ou seja, sempre faz quatro ligações covalentes.
2) As quatro valências são equivalentes
As quatro ligações ou valências
do carbono são totalmente iguais entre si. Isso ficou provado por meio
da observação de que só existe um composto para a fórmula, por exemplo,
do cloreto de metila (CH3Cl). Ou seja, se as ligações carbônicas fossem
de naturezas diferentes, os elementos ligados a ele poderiam trocar
entre si as ligações e formarem compostos distintos, mas isso não
ocorre, o que nos leva a concluir que todas as ligações do carbono são
iguais.
3) Encadeamento
O carbono é um dos elementos
químicos com capacidade de formar cadeias, ligando-se entre si e com
outros elementos. Além do carbono, há outros elementos que também formam
cadeias, porém, não tão longas e variadas quanto as formadas pelo
elemento carbono.
4) Ligações entre átomos de carbono
Além de ser tetravalente, fazer
ligações simples, duplas e triplas, formar cadeias; o carbono não é nem
eletropositivo nem eletronegativo, podendo ligar-se ora a elementos
eletropositivos, como o hidrogênio, ora a elementos eletronegativos,
como o oxigênio. Todas essas características explicam por que o elemento
carbono consegue formar uma quantidade tão grande de compostos.
• Características gerais dos compostos orgânicos:
Além das características que já
vimos, tais como a elevada quantidade de compostos orgânicos e a pequena
quantidade de elementos constituintes, os compostos orgânicos têm em
comum a predominância da ligação covalente (a maioria dos compostos
orgânicos é molecular), a pequena estabilidade ao calor (a maioria
decompõem-se acima de 400ºC), a inflamabilidade (a maioria desses
compostos é combustível, ou seja, combinam com gás oxigênio formando gás
carbônico e água), a insolubilidade em água (grande parte dos compostos
orgânicos são insolúveis em água, mas o álcool, a acetona, o sal
orgânico, entre outros, por exemplo, são solúveis em água), e, por fim, a
não condução de corrente elétrica quando dissolvidos em água (aqui
também se trata de uma característica geral, pois há alguns compostos
orgânicos que dissolvidos em água conduzem corrente elétrica, como o sal
orgânico, por exemplo).