A TESE DE DOUTORAMENTO DE SILVA
(2012) INVESTIGA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E DE UMA SOCIEDADE SOB A ÓTICA DA
LIBERDADE A PARTIR DE UMA REFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM, O DIÁLOGO E A RELAÇÃO
EU-OUTRO ENQUANTO FERRAMENTAS HISTÓRICO-CULTURAIS PARA A LIBERTAÇÃO.
É UM EQUÍVOCO TOMAR TEORIAS NÃO COMO
FERRAMENTAS DE REFLEXÃO MAS REDUZIR A UM CARÁTER TÉCNICO.
“[...] atitude crítica sobre o
conhecimento e sobre o ensino deste [...]” (p. 12).
“[...] o sujeito constrói e
reconstrói seu conhecimento e a si mesmo na especificidade das interlocuções
[...]” (p. 12).
FORMAÇÃO CONTINUADA E EXPERIÊNCIA
PARA EMPONDERAR A PRÁTICA HUMANA.
“[...] construção do fazer e saber
pedagógico do trabalho docente [...]” (p. 17).
“[...] oportunidade de diversidade e
domínio do sujeito a respeito da linguagem [...]” (p. 21).
CONTEMPLAR AS NECESSIDADES DO OUTRO
FAVORECE SUA APRENDIZAGEM (p. 21).
Apropriação da língua no tocante à
aprendizagem e ao ensino (p. 22).
“O ato só pode ser considerado uma
ação quando esta é constituída de uma responsabilidade, de uma ação moral, que
deve estar em comunhão com sua responsividade de conteúdo” (p. 25). DO
CONTRÁRIO, “se torna uma possibilidade vazia” (p. 28).
“O eu pode ser considerado como um indivíduo, quando este é um sujeito
ético, um sujeito que assume sua responsabilidade nos diferentes domínios
(decisão, avaliação, liberdade, ruptura, opção)” (p. 26).
O EU
E SEU ATO SÃO POSSIBILIDADES HISTÓRICAS DO “SER-EVENTO” CONCRETO MATERIALIZADAS
NA E PELA CONSIDERAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO OUTRO (p. 26).
A HUMANIZAÇÃO E A LIBERDADE SÃO
POSSIBILIDADES A SEREM CONQUISTADAS CONCRETAMENTE.
MULTICULTURALIDADE, DIVERSIDADE E
OUTREDADE (p. 31).
“Dessa forma, contemplar
esteticamente é colocar o objeto do outro
em valoração” (p. 32).
DEMOCRACIA, POLITICIDADE, CRITICIDADE,
CONSCIÊNCIA DA INCONCLUSIBILIDADE, RESPEITO AO OUTRO.
“Os valores éticos e cognitivos não
são elementos do acabamento, pois esses são transgredientes (vão além, excedem,
ultrapassam)” (p. 36).
DISTANCIAMENTO E COMPLEMENTAÇÃO PELO EXCEDENTE
DE VISÃO, COMPENETRAR PARA ABSTRAIR, ALGO DIVERSO DE AGIR (p. 34, 35).
DESAFIAR E DESPERTAR A CURIOSIDADE
(p. 36, 37)
VONTADE E SENTIMENTO (p. 36).
“[...] a atividade estética é sempre
uma valoração com acabamento – porém que ainda permite o inacabamento por parte
da ação ética realizada pelo outro”
(p. 36)
IDEOLOGIAS DA DISCRIMINAÇÃO OU DA
RESISTÊNCIA (p. 40).
EDUCAÇÃO É INTERVENÇÃO IDEOLÓGICA NO
MUNDO (p. 40).
“[...] importância de uma educação
que não invista na ideologia dominante” (p. 41).
CONSCIÊNCIA É MATERIALIZAÇÃO SÍGNICA
(p. 42).
VIVÊNCIA INTERIOR – PSICOLOGIA
SUBJETIVA; BEHAVIORISMO/RELAÇÃO CAUSA-EFEITO – PSICOLOGIA OBJETIVA (p. 43).
“[...] vontade (desejos, aspirações),
sentimento (emoções, afeto) e conhecimento (sensações, representações, pensamentos)
[...]” (p. 49).
A PALAVRA COMO DISPOSITIVO MATERIAL E
CONCRETO DA LUTA IDEOLÓGICA.
A NOÇÃO DE TRÂNSITO E A DE
RADICALIZAÇÃO (p. 60).
NÃO IMERGIR, MAS INSERIR (p. 64).
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA (p. 79).
CONSCIENTIZAÇÃO É APROFUNDAMENTO DA
TOMADA DE CONSCIÊNCIA (p. 69).
CRITICIDADE E INTERAÇÃO (p. 73).
“[...] assim como o ciclo
gnosiológico não finaliza quando se apreende um conhecimento, a conscientização
não cessa quando ocorre o desvelamento da realidade objetiva” (p. 75).
DIÁLOGO COM OUTRAS CONSCIÊNCIAS NO
ESPAÇO-TEMPO DA HISTÓRIA E DA CLUTURA (p. 76).
PULSÕES = FORMAÇÕES PATOLÓGICAS E
FORMAÇÕES NORMAIS (p. 77).
IDEOLOGIA E CONSCIÊNCIA DE
DETERMINADA CLASSE E DA LUTA DE CLASSES (p. 78).
PALAVRA É REFRAÇÃO SÍGNICA – PORQUE
SOCIAL, HISTÓRICA E CULTURAL - QUE INTERRELACIONA INFRAESTRUTURA (REALIDADE) E
SUPERESTRUTURA E PERMITE A CONSCIÊNCIA (p. 81).
PROBLEMATIZAÇÃO É REFLEXÃO DIALÉTICA
PARA AFETAR A REALIDADE (p. 82).
LINGUAGEM: FENÕMENO LINGUÍSTICO,
TRANSLINGUÍSTICO E DO PENSAMENTO (p. 84).
“A significação é uma relação do
signo (como realidade isolada), com uma outra realidade (por ela substituível,
representável, realizável)” (p. 85).
Um dado MOMENTO, INTERLOCUTOR E ATO
IEDEOLÓGICO-COMPREENSIVO (p. 86).
ENUNCIAÇÃO É INTERCÂMBIO SÍGNICO E
“estilo individual da enunciação é, assim, o reflexo do contexto da interação
social que se constrói numa determinada enunciação” (p. 86).
POSSIBILIDADES HORIZÔNTICAS E
INACABADAS SEMPRE POR VIR (p. 91).
O ENUNCIADO CONCRETO COMO UMA FRAÇÃO
DO JOGO DA ENUNCIAÇÃO.
O TEMA É O ENUNCIADO REALIZADO. O
SIGNIFICADO É UM POTENCIAL REITERÁVEL.
O ACENTO APRECIATIVO E REFRATIVO QUE
RENOVA O JÁ DITO.
O RISO PARA ENFRENTAR O FUTURO NA
TEORIA BAKHTINIANA.
A CONDIÇÃO HUMANA DO SER E DO ATO DE
DIALOGAR
PENSAR O PENSAR.
“Toda prática educativa possui um
conteúdo, porém deve-se cuidar para não ser apenas conteudística [...]” (p.
116).
AS IMPLICAÇÕES POLÍTICAS, SOCIAIS,
CULTURAIS E IDEOLÓGICAS DO CONTEÚDO TRABALHADO POR QUEM ENSINA E POR QUEM
APRENDE.
OPERAR A PARTIR DAS ESPECIFICIDADES
DA CULTURA LETRADA E DA CULTURA POPULAR.
DIZER A CONTRAPALAVRA É APRECIAR, É
SER CRÍTICO, É DIALOGAR COM O OUTRO.
“Na palavra, temos um tema, sua
significação e o acento apreciativo (entoação expressiva, orientação
apreciativa, apreciação social – infra-estrutura)” (p. 122).
A LINGUAGEM SIGNIFICA O MUNDO,
POSSIBILITA O DIÁLOGO E ORGANIZA O PENSAMENTO.
SUBJETIVIDADE, IDENTIDADE E
LIBERDADE.
LIBERDADE É DIREITO E LIBERTAÇÃO É
UMA POSSIBILIDADE A SER CONQUISTADA.
ENCARAR A ADVERSIDADE E DIVERSIDADE
DE MANEIRA CRÍTICA PARA A CONSTITUIÇÃO DO BEM COMUM.
CARANVALIZAR PARA TOMAR CORAGEM POR
UMA POSTURA DEMOCRÁTICA E CRÍTICA
IDENTIDADE POLÍTICA, CULTURAL E
IDEOLÓGICA.
COTIDIANO ESCOLAR.
“A disciplina deve ser sadia e de
base ética. Não há disciplina em nome da liberdade autoritária e nem em razão
do imobilismo da liberdade” (p. 128).
LIMITES ENTRE AUTORIDADE E LIBERDADE
A PARTIR DA PERCEPÇÃO DO EU E DO OUTRO COMO SER MORAL.
SILVA, Danitza Diandera. Bakhtin e Paulo Freire: a relação do eu e do outro e as relações dialógicas para a prática da liberdade. Tese
apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação e
Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar sob orientação
da professora Doutora Cláudia Raimundo Reyes. São Paulo 2012. 142 pág.
...............................................
LEITURA AUTORAL DEMANDA UM
POSICIONAMENTO CRÍTICO.
ESTUDO DE CASO DE UMA TURMA DO 7º ANO
DE TABOÃO DA SERRA ATRAVÉS DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.
DESLOCAMENTO DO SUJEITO E
DESCENTRAMENTO DE SEU MUNDO EM BUSCA DA AUTONOMIA E DA LIBERTAÇÃO NO MUNDO
CONTEMPORÂNEO.
SENTIDO E LINGUAGEM SÃO FENÔMENOS
INTERACIONAIS NÃO PERTENCENTES NEM AO EU NEM AO OUTRO, DAÍ PORQUE DIALÓGICOS.
DIALOGISMO É UM ELO DE LIGAÇÃO ENTRE
OS DISCURSOS NA CADEIA ORGANIZADA DA ENUNCIAÇÃO.
O CONCEITO DE HETEROGENEIDADE A
PARTIR DA ANÁLISE DE DISCURSO (AD) FRANCESA DEFENDE QUE AS PALVRAS E OS
DISCURSOS ESTÃO REPLETOS DE PALAVRAS DO OUTRO NUM PROCESSO DE DIALOGIZAÇÃO
INTERNA.
NA TEORIA BAKHTININA, A “polifonia é
um conjunto de vozes e de consciências plenas de valor que não se misturam e
são independentes” (p. 27).
A EXOTOPIA É BASE PARA O
ACONTECIMENTO ESTÉTICO E PRESSUPÕE O EXCEDENTE COMPLEMENTAR DE VISÃO.
A EXOTOPIA “diz respeito aos
diferentes modos de relação (e distanciamento) de uma consciência para outra.
“A orientação dialógica, assim,
garante a isonomia entre as consciências, condição para a emergência da
polifonia” (p. 29).
“Logo, as relações dialógicas mantêm
afastadas as consciências e esse distanciamento convida ao embate entre vozes”
(p. 29).
“[...] a exotopia está para a relação
entre consciências assim como o dialogismo está para a relação entre discursos”
(p. 29).
“[...] o plurilinguismo e a
estratificação são agentes das forças centrífugas” (p. 31).
A LÍNGUA VIVA E CONCRETA,
ESTRATIFICADA E PLURILÍNGUE É ACENTUADA.
A POLIFONIA OCORRE QUANDO “vozes e
consciências independentes, plenivalentes e equipolentes se combinam numa
unidade de acontecimento, mantendo sua imiscibilidade” (p. 32).
O SUJEITO DIALÓGICO POSSUI UMA
REFLEXÃO CRÍTICA E UM SENSO DE AUTOAVALIAÇÃO.
DESCENTRAÇÃO E DISTANCIAMENTO.
PECULIARIDADES ONTOLÓGICAS
SÓCIO-POLÍTICAS E HISTÓRICO-CULTURAIS DA GESTÃO E DA TRANSMISSÃO DO
CONHECIMENTO.
ORALIDADE SECUNDÁRIA NAS SOCIEDADES
BASEADAS NA ESCRITA (p. 36).
O RITMO DO PENSAMENTO E A NECESSIDADE
DA COMUNICAÇÃO PARA O PENSAMENTO (p. 37).
ORALIDADE PRIMÁRIA E ATIVIDADE
CORPORAL (ATO DE CORPO - NOVA PRAGMÁTICA) (p. 38).
“O universo da roda [...] para
compreensão das culturas humanas [...]” (p. 39).
O MUNDO DA ESCRITA PERMITIU O
DISTANCIAMENTO ENTRE O HOMEM E OS OBJETOS, OUTRA PERCEPÇÃO DO ESPAÇO-TEMPO E
OUTRA FORMA DE ESTOCAR CONHECIMENTO, MAIOR NÍVEL DE ABSTRAÇÃO E PREDOMÍNIO DO
ASPECTO VISUAL – NOVA SEMIOSE.
OS TIPOS MÓVEIS DE GUTEMBERG:
UNIFORMIDADE, REPETIBILIDADE, SEQUENCIALIDADE, FRAGMENTAÇÃO, CONTINUIDADE,
ESPECIALIZAÇÃO (p. 40).
IMPRENSA E POPULARIZAÇÃO DOS
ESCRITOS: DIMINUIÇÃO DA CISÃO ENTRE ALFABETIZADOS E ILETRADOS.
CULTURA ESCRITA: A FORÇA DE LEI E
ELITISMO.
MUNDO ELETRÔNICO DA TELA: CAPITALISMO
OCIDENTAL E ACIRRAMENTO DAS TRANSFORMAÇÕES.
“Enquanto as imagens tradicionais são
mediações entre o homem e o mundo, ou seja, foram criadas para explicar o
mundo, as imagens técnicas são mediações entre o homem e os textos escritos,
portanto foram criadas para explicar tais textos” (p. 42).
ORGANIZAÇÃO EM REDE: INTERATIVIDADE E
INTERCONECTIVIDADE.
HIBRIDIZAÇÃO, HIPERMÍDIA NAVEGAÇÃO
PAUPÁVEL PELO MOUSE.
O CASO BRASILEIRO: EXPLORAÇÃO
PORTUGUESA, PRIMEIRA TIPOGRAFIA (1808).
EXPANSÃO DA ESCRITA COMO DERIVADO DA
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO.
FENÔMENO LATINO: INGRESSO NA
MODERNIDADE PELO CINEMA, RÁDIO E TV ANTES QUE PELO ESCRITO DO PAPEL.
CHOQUE CONTEMPORÂNEO ENTRE
TECNOIMAGENS, HIPERMÍDIA E TELEMÁTICA E O ENSINO BASEADO NO VERBAL RESULTA EM
PROBLEMAS DE INDISCPLINA E DESINTERESSE EM “negação
do texto” (p.47).
A RELAÇÃO ENTRE A ESCRITA E OUTRAS
LINGUAGENS.
CULTURA ESCRITA, ORAL E AUDIO-VISUAL
ELETRÔNICA.
“[...] novas tecnologias de
informação e comunicação estão alterando a configuração social, econômica,
política, cultural, cognitiva e, portanto, educacional do mundo vivido” (p.
48).
HISTORICIDADE DE PRÁTICAS DE LEITURA,
ESCRITA, COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO.
INTENSIFICAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DA
LEITURA.
LEITURA EM VOZ ALTA PELA AUSÊNCIA DE
SINAIS DE PONTUAÇÃO E PARA AJUDAR NO ATO DE COMPREENDER.
A FORMA DE MANUSEAR O LIVRO, A PÁGINA
COMO UNIDADE, A PASSAGEM DO ROLO PARA O CÓDICE.
EVOLUÇÃO DA LEITURA: ORAL,
SUSSURRANTE E SILENCIOSA.
LEITURA PARA PRÁTICA ESCOLAR E PARA
PRÁTICA RELIGIOSA.
LEITURA PARA CONTESTAÇÃO E CRÍTICA.
LEITURA SILENCIOSA E PRIVADA.
DIVERSIFICAÇÃO DE FORMATOS E FUNÇÕES
DO LIVRO ESCRITO.
DIFUSÃO DO CRISTIANISMO PELO MEIO
ESCRITO A PARTIR DA REFORMA E DA CONTRA-REFORMA.
MASSIFICAÇÃO E POPULARIZAÇÃO DO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: MERCADO CONSUMIDOR PARA OBRAS ACESSÍVEIS.
TRANSVERSALIDADE, USABILIDADE E
MALEABILIDADE DE NOVOS E DVERSOS MECANISMOS DE LEITURA.
NOVIDADE: A ESCRITA COLETIVA DE UM
TEXTO CUJA ORDEM VARIA.
“O hipertexto, portanto, é uma
espécie de texto multidimensional, de formato digital configurado a partir de
associações possíveis entre outros textos ou signos diversos” (p. 63).
“[...] interpretar é associa, é
construir hipertextos” (p. 63).
NA HIPERMÍDIA, LINGUAGEM DO CIBERESPAÇO,
“hipertextualidade é agregada à multimodalidade. [...] O texto multimodal,
portanto, é aquele que se realiza por mais de um código semiótico” (p. 64).
HIPERMÍDIA É HIBRIDISMO.
LETRAMENTOS MÚLTIPLOS.
DIMENSÕES INTERACIONAIS, COGNITIVAS,
SOCIAIS, CULTURAIS, HISTÓRICAS, POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS DO SUJEITO NA
CONTEMPORANEIDADE INFORMACIONAL E COMUNICACIONAL.
IMAGEM: MAGIA, RITUALIZAÇÃO, MEDIAÇÃO
REALIDADE-PENSAMENTO, HOMEM-MUNDO.
AS IMAGENS TÉCNICAS SÃO PRODUZIDAS
POR APARELHOS E TÊM SUAS ESPECIFICIDADES ONTOLÓGICAS E HISTÓRICAS.
A IMAGEM É UMA REPRESENTAÇÃO DO
MUNDO.
O ESTAR DO HOMEM EM RELAÇÃO A UMA
REPRESENTAÇÃO DO MUNDO.
PROGRAMAS ORGANIZADOS EM FUNÇÃO DE
METAPROGRAMAS.
FLUSSER: IDEOLOGIA COMO APEGO A UM
PONTO DE VISTA, O MUNDO SOB O IMPERIO DOS APARELHOS E DA TECNOLOGIA.
DUFOUR: SEMPRE HÁ UM GRANDE SUJEITO
REI, DEUS, PROLETARIADO ABSTRATO. NA MODERNIDADE: MUNDIALIZAÇÃO DAS TROCAS,
DIVERSIFICAÇÃO DOS GRANDES SUJEITOS, O SUJEITO AUTO-REFERENCIADO PRESA PARA O
MERCADO QUE TENTA PREENCHER SUAS LACUNAS ATRAVÉS DE SUAS IMAGENS. A TELEVISÃO
ROUBA O PAPEL DOS PAIS, MODIFICA O CONTATO INTERGERACIONAL, AFETA A FUNÇÃO
SIMBÓLICA. DESSIMBOLIZAÇÃO OPERADA MELA LÓGICA NEOLIBERAL DE MERCADO COMO PASSO
PARA UMA REFORMULAÇÃO. O SUJEITO INACABADO.
O PROBLEMA DE SUJEITOS A-CRÍTICOS,
PSICOTIZANTES, NEURÓTICOS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA.
CAOS POLIFÔNICO.
O SUJEITO DIALÓGICO NÃO É NEM
SOBERANO NEM SUBMISSO PORQUE HÁ ESPAÇO DE NEGOCIAÇÃO, DE DIALOGICIDADE.
Garcia (2012) realizou um estudo de
caso (p. 88).
INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO E DA CULTURA
DO CONSUMO.
“Se o trabalhador vende sua força de
trabalho por um salário, o aluno vende sua força
intelectual por uma nota” (p. 103).
MODOS DE VIDA SEM HIERARQUIZAÇÕES
EXPLICATIVAS.
“[...] meios de difusão de cultura”
(p. 105).
AUTORIDADE NA PALAVRA E NÃO NOS
SUJEITOS (p. 109).
“Logo, a formação da cidadania está
condicionada tanto ao conteúdo e à forma do que se ensina, como às práticas do
cotidiano escolar, principalmente no que diz respeito às relações entre
sujeitos dentro da sala de aula” (p. 110).
“Ainda que haja uma gradação de
dialogismo entre as competências, ainda que elas possam variar de menos
dialógica para mais dialógica, a passagem de uma competência para outra não se
dá de forma linear ou sequencial, podendo haver saltos de uma para outra” (p.
111).
“[...] o recurso a tipologias não era
uma prática usual de Bakhtin, preferindo este orientar-se em um universo
quantitativo” (p. 111).
COMPETÊNCIAS NÃO COMO LIMITES
RÍGIDOS, MAS COMO PARÂMETRO.
De acordo com Garcia (2012, gêneros
são acontecimentos marcados por competências com níveis diferentes de
dialogismo: monológica (baixo), enunciadora (média), autoral (alta) (p. 112,
113). Para o autor, há uma perspectiva indicial nas respostas enunciadas e uma
biblioteca de vozes e memórias que surgem quando uma enunciação é realizada e
revelam traços histórico-culturais e político-ideológicos de cada sujeito
enunciador.
O ORAL EM SUA RELAÇÃO COM A
CIRCUNSTÂNCIA MAIS DIRETA DA ENUNCIAÇÃO E DA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO.
ASSUJEITAMENTO E MONOGLOGISMO NA
RELAÇÃO COM PARÁFRASES
GRADUAÇÃO DO DIALOGISMO,
DISTANCIAMENTO, POSICIONAMENTO CRÍTICO.
“[...] capacidade de constituir
sentido a partir do contexto de situação” (p. 133).
O VALOR DA SEQUENCIA DIDÁTICA PARA
DESENVOLVER UM MAIOR GRAU DE DIALOGISMO E EXOTOPIA.
ACONTECIMENTO ESTÉTICO.
COMPETÊNCIA EXOTÓPICA TEM A REALIDADE
COMO OBJETO DE ANÁLISE.
QUATRO COMPETÊNCIAS DISCURSIVAS PARA
O GÊNERO NARRAÇÃO ESCOLAR (p. 136).
“[...] práticas do suporte digital
levadas para o papel [...] com as novas tecnologias de comunicação e com as
práticas de leitura e escrita que elas ensejam” (p. 137).
GRAU DE FICCIONALIZAÇÃO É SEMELHANTE
AO PODER DA IMAGINAÇÃO.
A “propriedade coletiva” e A
“transmissão geracional do conhecimento” (p. 140).
“[...] atitude responsiva politizada
[...]” (p. 147).
PROJETO MODERNIZADOR OCIDENTAL QUE
DESMERECE A CULTURA DO DIFERENTE.
“Boa capacidade de ficcionalizar, uso
de metáforas e relativa postura crítica podem ser considerados indícios da
competência autoral” (p. 150).
PARÁFRASE E METÁFORAS PARA
CONSTITUIÇÃO DOS SENTIDOS
AUTORIDADE DO TEXTO ESCRITO EM
RELAÇÃO AO ORAL
OS SUJEITOS PODEM SE TORNAR SUBMISSOS
POR PREESÕES DIVERSAS OU POR ESTRATÉGIA.
QUESTÕES DA ORDEM DO DISCURSO E DA
ORDEM DO SUJEITO CONSTITUEM UMA DETERMINADA COMPETÊNCIA.
ANÁLISE DO GÊNERO NARRAÇÃO ESCOLAR
NÃO NA TOTALIDADE DO CORPUS MAS EM SEU ASPECTO QUALITATIVO.
EXOTOPIA DESCENTRAÇÃO, DIALOGISMO
CONSTITUTIVO, HETEROGENEIDADE E ORQUESTRAÇÃO DE VOZES, FORÇAS CENTRÍFUGAS E
DESESTABILIZADORAS
“[...] imagens técnicas explicam
textos, que por sua vez explicam imagens, que por fim explicam o mundo” (p.
156).
SOCIEDADE PROGRAMADA NUMA
CONTEMPORANEIDADE SEM REFERÊNCIAS
“[...] dessimbolizados, os sujeitos
se tornam facilmente aliendados pelas imagens técnicas, uma vez que deixam de
reconhecer seu caráter fictício.
MEDIAÇÃO ENTRE AS IMAGENS E OS MUNDOS
NELA DISCURSIVIZADOS.
“[...] a leitura é a associação de
textos, é construção de um hipertexto [...]” (p. 158).
DIFERENTES GRUPOS CULTURAIS E
DIFERENÇAS DENTRO DOS GRUPOS CULTURAIS.
“[...] o embate entre autonomia e
conformação, emancipação e ideologização, persiste e não dá sinais de
esgotamento. Trata-se de um limiar por onde caminha o professor” (p. 159).
GARCIA, Diogo B. Por uma pedagogia da autonomia: Bakhtin, Paulo Freire e a formação de
leitores autorais. Dissertação apresentada a Faculdade de Educação de São
Paulo sob orientação do professor doutor Émerson de Pietri. São Paulo. 2012.
206 páginas.
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