quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Bakhtin - fichamentos


UM AMBIENTE QUE ESTIMULA UM DADO EXERCÍCIO

 

OS ENUNCIADOS DOS SUJEITOS CONTRIBUEM PARA UMA DADA COMPREENSÃO

 

“Entendemos por enunciados a instância ativa que rege a comunicação verbal entre sujeitos falantes” (p. 391) E QUE POSSIBILITA A OCORRÊNCIA DA FALA NA CADEIA DA COMUNICAÇÃO.

 

“[...]o diálogo dialetizado pela relação “eu-tu”, provocador do encontro de intencionalidades entre sujeitos que buscam, a partir da sua relação com a realidade, as razões da sua procura, [...]” (p. 392).

 

“Os enunciados, enquanto textos, nascem do pensamento humano e são expressão das relações dialéticas e dialógicas do ser no mundo” (p. 392).

 

“Aquilo que não responde a alguma questão carece de sentido” (p. 392).

 

“[...] a consciência do outro e seu universo, isto é, outro sujeito (um tu) [...]” (p. 393).

 

“[...] buscamos complexificar/superar a lógica que restringe as produções textuais como mera relação codificação/decodificação de signos.” (p. 393).

 

“[...] diversos contextos de sociabilidade [...]” (p. 393).

 

“[...] em linguagem bakhtiniana, a compreensão envolve duas consciências, dois sujeitos [...] (p. 393).

 

LINGUAGEM É PRÁTICA POLÍTICO-IDEOLÓGICA, ARENA DE LUTAS, VISÃO DE MUNDO.

 

O PERIGO DE REDUZIR A LINGUAGEM A ALGO ABSTRATO E MONOLÓGICO NA PERSPECTIVA BAKHINIANA OU A UMA FUNÇÃO COLONIZADORA NA FREIREANA.

 

SUPERAR O IMPÉRIO DO PESQUISADOR DIANTE DO SUJEITO PESQUISADO.

 

PRODUÇÃO DE SENTIDO E O QUERER-DIZER ATRAVÉS DE UM GÊNERO DISCURSIVO SIGNIFICATÓRIO E PLENO DE SENTIDOS.

 

“[...] orientação teórico-epistemológica de que o ensino da língua, em sua forma escrita, não pode ser dissociado de sua forma enunciativa na comunicação verbal viva” (p. 396).

 

IDENTIDADE É UM PROCESSO.

 

FRAGMENTOS DE UM MOSAICO DE SENTIDOS E OS SABERES POPULARES.

 

RELAÇÕES DIALÓGICAS SÃO RELAÇÕES DE SENTIDO.

 

“A rigor, nossa fala e enunciados estão repletos de palavras dos outros, caracterizadas em graus variados pela alteridade ou pela assimilação, pelo emprego consciente ou não das palavras do outro.” (p. 401).

 

“[...] o papel da linguagem na mediação entre o sujeito-mundo como defende Paulo Freire [...]” (p. 402) E BAKHTIN TAMBÉM.

 

ALVARENGA, Marcia S. de & GARCIA, Marcela P. Trabalho docente com jovens e adultos nas perspectivas dialógicas de Paulo Freire e Mikhail Bakhtin. Revista SOLETRAS. Nº 22, 2012-2. p. 389-404.

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LINGUAGEM É UM RECURSO SIGNIFICATÓRIO E CULTURAL.

 

BAKHTIN COMBATE O SUBJETIVISMO IDEALISTA (HUMBOLDT) E O OBJETIVISMO ABSTRATO (SAUSSURE) POR UMA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM COMO INTERAÇÃO ENTRE SUJEITOS SITUADOS.

 

RELAÇÃO ENTRE CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO DIALÓGICA E PROBLEMATIZADORA.

FREIRE: DIÁLOGO E INTERAÇÃO, DIZER A PALAVRA VERDADEIRA É UM ATO DE TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO E DE CONQUISTA ATRAVÉS DA PRÁXIS (AÇÃO E REFLEXÃO).

 

 DIÁLOGO E SUPERAÇÃO DA SITUAÇÃO OPRESSORA (FORÇAS CENTRÍPETAS).

 

QUANDO O DIÁLOGO SE MATERIALIZA, HÁ TEMPOS ELE FOI INICIADO.

 

EDUCAÇÃO BANCÁRIA E PASSIVIDADE.

 

INTERAÇÃO QUE MATERIALIZA E POSSIBILITA UMA ENUNCIAÇÃO EM SUA FORMA E ESTILO É O FUNDAMENTO DA LÍNGUA.

 

DIALOGISMO BAKHTINIANO ESTÁ FUNDADO NO OUTRO (DISCURSO/INTERLOCUTOR).

 

O MEIO E A SITUAÇÃO SOCIAL DETERMINAM A ENUNCIAÇÃO.

 

DIFERENÇA: DIÁLOGO PARA LIBERTAÇÃO (FREIRE) E PARA COMPREENSÃO DA LINGUAGEM (BAKHTIN).

 

Bakhtin e Freire “reconhecem que o centro organizador do discurso está fora daquele que enuncia; é o meio social o responsável pela estrutura e forma da enunciação” (P. 108). (ACRESCENTAR A PALAVRA MEIO INTERACIONAL).

 

O HOMEM SE CONSTRÓI POR PRESENÇA E CONSCIÊNCIA (SÓ POSSÍVEIS PELA LINGUAGEM).

 

FREIRE E EDUCABILIDADE INACABAMENTO E ABERTURA AO OUTRO.

 

BAKHTIN E INACABAMENTO DA LINGUAGEM E DO SER.

 

INACABAMENTO É VIDA, INDIVIDUALIDADES EM INTERAÇÃO, FUNDAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO

 

“Apesar de nessa relação estética com o outro, o homem conseguir assegurar um acabamento, este é apenas provisório pois no momento em que sua consciência o registra, ele acaba sendo superado. O acabamento humano está sempre no porvir e nunca será alcançado” (p. 110).

 

“[...] o inacabamento torna-se condição essencial para o desenvolvimento intelectual do homem tanto em Bakhtin como em Freire” (p. 110).

 

A RELAÇÃO ENTRE EFEITOS DE SENTIDO, COMPREENSÃO E LEITURA

 

“O lugar social ocupado pelos interlocutores (autor/texto e leitor) é também parte constitutiva do processo de significação [...]” (p. 111).

 

POLISSEMIA (DIVERSIDADE DE SENTIDOS) E PARÁFRASE (VÁRIAS FORMAS DE UM MESMO SENTIDO).

 

FREIRE E A LEITURA COMPROMISSADA

 

SUBJETIVIDADE E CONSTITUIÇÃO DE SENTIDOS.

 

TONALIDADE E SIGNIFICAÇÃO EM PEDAGOGIA DA AUTONOMIA DE PAULO FREIRE: “O tom menos cortês [...]” (p. 97).

 

O SILÊNCIO É SIGNIFICATÓRIO.

 

FREIRE: SILENCIOSO DIFERE DE SILENCIADO.

 

O “educador democrático tem consciência de que sua enunciação não é única e que ela será interpretada pelo educando de acordo com suas histórias de vida e de leitura” (P. 113).

 

EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA É DIALÓGICA PORQUE PRESSUPÕE A COMUNICAÇÃO.

 

COMUNICAÇÃO, ENTENDIMENTO E INTELIGIBILIDADE.

 

ENTENDIMENTO E INTELIGIBILIDADE NÃO ESTÃO SUBORDINADAS A UM EU-EMISSOR.

 

LINGUAGEM NÃO É INSTRUMENTO NEM REFLEXO TRANSPARENTE E PERFEITO DO MUNDO. LINGUAGEM É PRODUÇÃO HISTÓRICA E IDEOLÓGICA DE SENTIDOS E DE SUJEITOS.

 

“Apesar de Freire ficar restrito a esta dimensão comunicativa da linguagem podemos entender que ainda assim ele avança na discussão sobre o papel do sujeito na interpretação e leitura no âmbito de uma teoria educacional cujofoco central não é a linguagem” (p. 115). SUA DISCUSSÃO SOBRE A EDUCAÇÃO DO HOMEM DEMANDA UMA VISÃO POLITIZADA DE LINGUAGEM.

 

NASCIMENTO, Tatiana G. O papel da linguagem na filosofia da educação de Paulo Freire: buscando aproximações com teorias sociais do discurso. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 9, n. 2, p. 101-118, ago./dez. 2011

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SUJEIÇÃO DO INDIVÍDUO À TECNICA APÓS A PRIMEIRA GUERRA.

 

DIÁLOGO DEPENDE DE RELAÇÃO.

 

A PALAVRA TEM CARÁTER SOCIAL.

 

DIALOGAR É EXISTIR.

 

“A apreensão significativa da realidade passa a ser o critério de estruturação do conteúdo a ser discutido e o conhecimento é construído pelo coletivo educador-educandos” (p. 06).

 

“Em projetos de educação a distância baseados em CVA [comunidades virtuais de aprendizagem], a narrativa enquanto diálogo manifesta-se tanto na elaboração do material didático quanto nas relações entre os envolvidos, pois, o elaborador considera os alunos como seus interlocutores, dirigindo-lhes a palavra e, na medida em que representa uma visão de mundo, a palavra pronunciada pelos sujeitos durante o processo de interação, construída a partir da intervenção na realidade, é transformadora e encontro para a mudança do mundo” (p. 08).

 

SARTORI, Ademilde Silveira & ROESLER, Jucimara. Narrativa e dialogicidade nas comunidades virtuais de aprendizagem. Revista e-compos Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação www.compos.com.br/e-compos Abril de 2006 - 09 páginas.

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“[...] a linguagem deve ser concebida em seu sentido e alcance próprios, e não reduzida, como no senso comum, à [sic] suas funções de representação e de declaração, as quais lhe são apenas secundárias.” (p. 55).

 

“O educador é um profissional da linguagem. Mas a linguagem não é para o educador apenas seu instrumento de trabalho e sim, antes e essencialmente, o seu lugar de ser. [...]. Ou seja, a linguagem só lhe é um instrumento de trabalho do educador porque antes ela o constitui como educador” (p. 55).

 

LINGUAGEM NÃO VERBAL E CONCRETA DA CORPOREIDADE (p. 56) ATO DE CORPO.

 

GÊNEROS SÃO CONJUNTOS TIPIFICADOS PARA REALIZAR A COMUNICAÇÃO (p.57).

 

“[...] arcaísmo da língua espanhola (quehacer) que Freire transpôs em tradução literal para a língua portuguesa como que-fazer, em vez da convencional tradução por tarefa, afazeres; ou seja, numa mesma frase, fez uma síntese entre o cultismo e a inovação (neologismo) [...]” (p. 61).

 

“[...] ampliação do conceito de texto expressa melhor a riqueza semântica e etimológica da tessitura (tecido) intersubjetiva inerente a todo ato dialógico” (p. 64).

 

“[...] toda reflexão sobre a própria experiência vivida se desdobra em compartilhamento comunicativo” (p. 65).

 

CASALI, A. Os gêneros de texto na obra de Paulo Freire: um legado pedagógico e literário. Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP Revista e-Curriculum, vol. 10, núm. 3, diciembre, 2012, pp. 53-73. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, Brasil. Páginas 52-73. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=76624994004.

 

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“Ao trabalhar a enunciação como substância da língua, Bakhtin superou a dicotomia forma-conteúdo e integrou a experiência social à organização linguística” (p. 37).

 

A palavra é o fenômeno ideológico por excelência, pois carrega uma carga de valores culturais que expressam as divergências de opiniões e as contradições da sociedade, tornando-se assim um palco de conflitos” (p. 37).

 

ENUNCIAMOS E RESPONDEMOS PALAVRAS PLENAS DE SENTIDO QUE DESPERTAM IDEOLOGIAS NO EU E NO OUTRO.

 

SIGNO PLURIVALENTE E MUTÁVEL.

 

Para a teoria bakhtiniana “a enunciação, não apenas como realidade da linguagem, mas também como estrutura sócio-ideológica.” (p. 38).

 

ENUNCIAÇÃO É UMA REALIDADE CONCRETA E INTERACIONAL DA LINGUAGEM.

 

“[...] o indivíduo não é a origem de seu dizer.” (p. 39).

 

ENUNCIADOS COMO PARTE DO DISCURSO.

 

“[...] a experiência verbal individual do homem toma forma e evolui sob o efeito da interação contínua e permanente com os enunciados do outro” (p. 39, 40).

 

O DIÁLOGO É O FUNDAMENTO DA LINGUAGEM MARCADO PELA LUTA ENTRE SUJEITOS E POR UMA HISTÓRIA.

 

“A enunciação é determinada pela situação social imediata e pelo meio social [...]” (p. 40).

 

“O sentido do enunciado é também engendrado pelas condições reais da enunciação e distribui-se entre as diversas vozes que habitam o tecido da linguagem” (p. 40).

 

O FALANTE, O OUVINTE E O TEMA.

 

“O ser humano não existe para si, senão na medida em que é para os outros.” (p. 41).

 

“[...] o sujeito é dialógico por natureza e seu discurso é polifônico” (p. 41).

 

O DIALOGISMO BAKHTINIANO “em duas formas: o diálogo entre interlocutores, baseado na interação fundadora da linguagem, e a relação entre discursos, chamada polifonia, ou seja, as vozes exteriores que marcam nosso discurso” (p. 41).

 

“O estabelecimento da relação eu-tu, que emerge da concepção dialógica, deve ser entendido como um deslocamento do conceito de sujeito. O sujeito centrado é substituído pelas diferentes vozes sociais que o tornam um sujeito histórico e ideológico. [...] sua concepção de dialogismo, pioneiramente, abala a concepção clássica do sujeito cartesiano uno, uma vez que o sujeito bakhtiniano torna-se solidário às vozes, às alteridades de seu discurso. Em Bakhtin, a intersubjetividade é anterior à subjetividade,” (p. 41).

 

“O princípio dialógico funda a alteridade como constituinte do ser humano e de seus discursos. Reconhecer a dialogia é encarar a diferença, uma vez que é a palavra do outro que nos traz o mundo exterior” (p. 42).

 

“Toda compreensão é um processo ativo e dialógico, portanto tenso, que traz em seu cerne uma resposta, já que implica sujeitos. O ser humano, juntamente com seu discurso, sempre presume destinatários e suas respostas.” (p. 42).

 

ENUNCIADO EM FUNÇÃO DE UM OUVINTE, DE UMA RESPOSTA, DE UM ACENTO DE VALOR COM UMA ORIENTAÇÃO SOCIAL E IDEOLÓGICA.

 

“É no enunciado que se dá o contato entre a língua e a realidade. A escolha das palavras para a construção de um enunciado leva em conta outros enunciados de outros sujeitos, em relação aos quais o locutor se posiciona” (p. 43).

 

“De fato, para Bakhtin a produção do discurso envolvia um trio, composto pelo autor, pelo destinatário e por todas as vozes-outras que sempre-já nele habitavam, pois o “diálogo” é o acontecimento do encontro e interação com a palavra do(s) outro(s). A alteridade é, para o autor, um processo dialógico em que o elemento comum é o discurso.” (p. 44).

 

HORIZONTE ESPAÇO-TEMPORAL, CONHECIMENTO/COMPREENSÃO DA SITUAÇÃO, AVALIAÇÃO MARCAM O ENUNCIADO, O ESTILO E A COMPOSIÇÃO.

 

“Como os enunciados são, comumente, impregnados de subentendidos e não ditos, qualquer que seja o sentido corrente ou a significação do discurso cotidiano, não há coincidência plena com sua constituição puramente verbal” (p. 45).

 

“Mesmo havendo uma tentativa de reprodução, releitura e até citação, o enunciado será uma recriação, uma singularidade, visto que produzido por um outro sujeito, em um outro momento.” (p. 45).

 

“O contexto de enunciação, como instância do discurso, é também um acontecimento que integra o horizonte social comum dos sujeitos. O contexto e a história refletem-se no sentido do enunciado, integrando-o e fazendo dos discursos do cotidiano um acontecimento.” (p. 46).

 

“O gênero é entendido como a forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo que compõe os enunciados produzidos por um sujeito. As variações percebidas nos diferentes gêneros decorrem em conformidade às circunstâncias, à posição social e ao relacionamento dos interlocutores do discurso. Dessas condições sempre diferenciadas e únicas, deriva a singularidade do enunciado que, apesar disso, não é uma combinação absolutamente livre dos signos da língua, manifestando uma vontade individual. Nossa escolha será, de certa maneira, condicionada pelo contexto histórico-social. Os gêneros são exatamente os enunciados devidamente organizados em função das possibilidades - ou dos campos de atividade humana - do processo discursivo” (p. 46).

 

“O enunciado é o objeto de estudo da linguagem, mas ele não deve ser estudado isoladamente. O momento de seu acontecimento - a enunciação -, bem como a situação social que a envolve, constitui a relação entre sujeitos, fazendo da interação social o fundamento semântico de todo o discurso” (p. 47).

 

“[...] investigação do ser humano, social e público, em permanente relação intersubjetiva de alteridade, através da compreensão de seu discurso.”. (p. 47).

 

PIRES, Vera Lúcia. Dialogismo e alteridade ou a teoria da enunciação em Bakhtin. Disponível em http://seer.ufrgs.br/organon/article/viewFile/29782/18403. Acesso em 18-11-2014, às 08:00. Páginas 35-48

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“Tomando a língua como uma totalidade concreta, viva e em seu real uso, é possível observar que ela possui propriedade dialógica, visto que as relações dialógicas não se circunscrevem apenas ao diálogo em situação presencial – face a face -, mas, ao contrário, em todas as outras dimensões. [...]. Quando um enunciador constitui um discurso, ele leva em consideração o discurso de outrem que, por sua vez, já está presente no seu. A partir dessa formulação, pode-se chegar a compreender que todo discurso é, inexoravelmente, ocupado, atravessado pelo discurso alheio. É por meio dessas relações entre os enunciados que se constrói um sentido para a comunicação” (p. 05).

 

“[...] qualquer enunciado é visto como uma unidade contraditória e em frequente estado de tensão entre duas tendências opostas da vida verbal, denominadas forças centrípetas e centrífugas” (p. 05).

 

“[...] concepção axiologicamente estratificada da linguagem (a heteroglossia) e sua dialogização (a heteroglossia dialogizada)” (p. 06).

 

“Os enunciados, por conseguinte, são postos como um feixe de posições sociais avaliativas e valorativas.” (p. 06).

 

A COMPREENSÃO É INTERSÍGNICA E INTERSUBJETIVA,

 

A ENTONAÇÃO E O ACENTO PRÓPRIO DE CADA ENUNCIAÇÃO.

 

TOTALIDADE, CONCRETUDE E SINGULARIDADE DA ENUNCIAÇÃO.

 

“A noção de gênero serve, em princípio, como uma unidade de classificação [...]” (p. 08).

 

“Nos enunciados (orais ou escritos), vamos encontrar conteúdo temático, organização composicional e estilo, todos próprios, correlacionados às condições específicas e às finalidades de cada esfera de atividade.” (p. 09).

 

Estilo é, pois, certa seleção de meios lexicais, fraseológicos e gramaticais em função do interlocutor e de como se presume sua compreensão responsiva do enunciado.” (p. 09).

 

“[...] o agir humano não se faz independente da interação, nem o dizer fora do agir.” (p. 09).

 

NAS ATIVIDADES HUMANAS “estão presentes a recorrência e a contingência.” (p. 10).

 

ASPECTO CULTURAL, HISTÓRICO E “caráter cíclico da existência dos gêneros” (p. 10).

 

LIMA, Maria Eliana M. de F., Conceito de diálogo em Bakhtin e revisitando Paulo Freire.s/d. 11 páginas. EIXO TEMÁTICO: Educação de Jovens e Adultos e Educação no Campo. TÍTULO: Linguagem, palavra, consciência e diálogo: pilares para a ação educativa como ato-limite.

 

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“[...] concepções não brotam. São construídas. Quer por vivências, quer por leituras” (p. 02).

 

“[...] arquitetônica linguístico-filosófica do discurso de Freire acerca de uma pedagogia da leitura [...]” (p. 03).

 

MOURA, Edite M. de. Leitura em Paulo Freire e Bakhtin: palavras e mundos. s/d11 páginas. EIXO TEMÁTICO: Educação de Jovens e Adultos e Educação no Campo. TÍTULO: Linguagem, palavra, consciência e diálogo: pilares para a ação educativa como ato-limite.

 

 

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