quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Bakhtin - fichamentos


UM AMBIENTE QUE ESTIMULA UM DADO EXERCÍCIO

 

OS ENUNCIADOS DOS SUJEITOS CONTRIBUEM PARA UMA DADA COMPREENSÃO

 

“Entendemos por enunciados a instância ativa que rege a comunicação verbal entre sujeitos falantes” (p. 391) E QUE POSSIBILITA A OCORRÊNCIA DA FALA NA CADEIA DA COMUNICAÇÃO.

 

“[...]o diálogo dialetizado pela relação “eu-tu”, provocador do encontro de intencionalidades entre sujeitos que buscam, a partir da sua relação com a realidade, as razões da sua procura, [...]” (p. 392).

 

“Os enunciados, enquanto textos, nascem do pensamento humano e são expressão das relações dialéticas e dialógicas do ser no mundo” (p. 392).

 

“Aquilo que não responde a alguma questão carece de sentido” (p. 392).

 

“[...] a consciência do outro e seu universo, isto é, outro sujeito (um tu) [...]” (p. 393).

 

“[...] buscamos complexificar/superar a lógica que restringe as produções textuais como mera relação codificação/decodificação de signos.” (p. 393).

 

“[...] diversos contextos de sociabilidade [...]” (p. 393).

 

“[...] em linguagem bakhtiniana, a compreensão envolve duas consciências, dois sujeitos [...] (p. 393).

 

LINGUAGEM É PRÁTICA POLÍTICO-IDEOLÓGICA, ARENA DE LUTAS, VISÃO DE MUNDO.

 

O PERIGO DE REDUZIR A LINGUAGEM A ALGO ABSTRATO E MONOLÓGICO NA PERSPECTIVA BAKHINIANA OU A UMA FUNÇÃO COLONIZADORA NA FREIREANA.

 

SUPERAR O IMPÉRIO DO PESQUISADOR DIANTE DO SUJEITO PESQUISADO.

 

PRODUÇÃO DE SENTIDO E O QUERER-DIZER ATRAVÉS DE UM GÊNERO DISCURSIVO SIGNIFICATÓRIO E PLENO DE SENTIDOS.

 

“[...] orientação teórico-epistemológica de que o ensino da língua, em sua forma escrita, não pode ser dissociado de sua forma enunciativa na comunicação verbal viva” (p. 396).

 

IDENTIDADE É UM PROCESSO.

 

FRAGMENTOS DE UM MOSAICO DE SENTIDOS E OS SABERES POPULARES.

 

RELAÇÕES DIALÓGICAS SÃO RELAÇÕES DE SENTIDO.

 

“A rigor, nossa fala e enunciados estão repletos de palavras dos outros, caracterizadas em graus variados pela alteridade ou pela assimilação, pelo emprego consciente ou não das palavras do outro.” (p. 401).

 

“[...] o papel da linguagem na mediação entre o sujeito-mundo como defende Paulo Freire [...]” (p. 402) E BAKHTIN TAMBÉM.

 

ALVARENGA, Marcia S. de & GARCIA, Marcela P. Trabalho docente com jovens e adultos nas perspectivas dialógicas de Paulo Freire e Mikhail Bakhtin. Revista SOLETRAS. Nº 22, 2012-2. p. 389-404.

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LINGUAGEM É UM RECURSO SIGNIFICATÓRIO E CULTURAL.

 

BAKHTIN COMBATE O SUBJETIVISMO IDEALISTA (HUMBOLDT) E O OBJETIVISMO ABSTRATO (SAUSSURE) POR UMA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM COMO INTERAÇÃO ENTRE SUJEITOS SITUADOS.

 

RELAÇÃO ENTRE CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO DIALÓGICA E PROBLEMATIZADORA.

FREIRE: DIÁLOGO E INTERAÇÃO, DIZER A PALAVRA VERDADEIRA É UM ATO DE TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO E DE CONQUISTA ATRAVÉS DA PRÁXIS (AÇÃO E REFLEXÃO).

 

 DIÁLOGO E SUPERAÇÃO DA SITUAÇÃO OPRESSORA (FORÇAS CENTRÍPETAS).

 

QUANDO O DIÁLOGO SE MATERIALIZA, HÁ TEMPOS ELE FOI INICIADO.

 

EDUCAÇÃO BANCÁRIA E PASSIVIDADE.

 

INTERAÇÃO QUE MATERIALIZA E POSSIBILITA UMA ENUNCIAÇÃO EM SUA FORMA E ESTILO É O FUNDAMENTO DA LÍNGUA.

 

DIALOGISMO BAKHTINIANO ESTÁ FUNDADO NO OUTRO (DISCURSO/INTERLOCUTOR).

 

O MEIO E A SITUAÇÃO SOCIAL DETERMINAM A ENUNCIAÇÃO.

 

DIFERENÇA: DIÁLOGO PARA LIBERTAÇÃO (FREIRE) E PARA COMPREENSÃO DA LINGUAGEM (BAKHTIN).

 

Bakhtin e Freire “reconhecem que o centro organizador do discurso está fora daquele que enuncia; é o meio social o responsável pela estrutura e forma da enunciação” (P. 108). (ACRESCENTAR A PALAVRA MEIO INTERACIONAL).

 

O HOMEM SE CONSTRÓI POR PRESENÇA E CONSCIÊNCIA (SÓ POSSÍVEIS PELA LINGUAGEM).

 

FREIRE E EDUCABILIDADE INACABAMENTO E ABERTURA AO OUTRO.

 

BAKHTIN E INACABAMENTO DA LINGUAGEM E DO SER.

 

INACABAMENTO É VIDA, INDIVIDUALIDADES EM INTERAÇÃO, FUNDAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO

 

“Apesar de nessa relação estética com o outro, o homem conseguir assegurar um acabamento, este é apenas provisório pois no momento em que sua consciência o registra, ele acaba sendo superado. O acabamento humano está sempre no porvir e nunca será alcançado” (p. 110).

 

“[...] o inacabamento torna-se condição essencial para o desenvolvimento intelectual do homem tanto em Bakhtin como em Freire” (p. 110).

 

A RELAÇÃO ENTRE EFEITOS DE SENTIDO, COMPREENSÃO E LEITURA

 

“O lugar social ocupado pelos interlocutores (autor/texto e leitor) é também parte constitutiva do processo de significação [...]” (p. 111).

 

POLISSEMIA (DIVERSIDADE DE SENTIDOS) E PARÁFRASE (VÁRIAS FORMAS DE UM MESMO SENTIDO).

 

FREIRE E A LEITURA COMPROMISSADA

 

SUBJETIVIDADE E CONSTITUIÇÃO DE SENTIDOS.

 

TONALIDADE E SIGNIFICAÇÃO EM PEDAGOGIA DA AUTONOMIA DE PAULO FREIRE: “O tom menos cortês [...]” (p. 97).

 

O SILÊNCIO É SIGNIFICATÓRIO.

 

FREIRE: SILENCIOSO DIFERE DE SILENCIADO.

 

O “educador democrático tem consciência de que sua enunciação não é única e que ela será interpretada pelo educando de acordo com suas histórias de vida e de leitura” (P. 113).

 

EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA É DIALÓGICA PORQUE PRESSUPÕE A COMUNICAÇÃO.

 

COMUNICAÇÃO, ENTENDIMENTO E INTELIGIBILIDADE.

 

ENTENDIMENTO E INTELIGIBILIDADE NÃO ESTÃO SUBORDINADAS A UM EU-EMISSOR.

 

LINGUAGEM NÃO É INSTRUMENTO NEM REFLEXO TRANSPARENTE E PERFEITO DO MUNDO. LINGUAGEM É PRODUÇÃO HISTÓRICA E IDEOLÓGICA DE SENTIDOS E DE SUJEITOS.

 

“Apesar de Freire ficar restrito a esta dimensão comunicativa da linguagem podemos entender que ainda assim ele avança na discussão sobre o papel do sujeito na interpretação e leitura no âmbito de uma teoria educacional cujofoco central não é a linguagem” (p. 115). SUA DISCUSSÃO SOBRE A EDUCAÇÃO DO HOMEM DEMANDA UMA VISÃO POLITIZADA DE LINGUAGEM.

 

NASCIMENTO, Tatiana G. O papel da linguagem na filosofia da educação de Paulo Freire: buscando aproximações com teorias sociais do discurso. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 9, n. 2, p. 101-118, ago./dez. 2011

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SUJEIÇÃO DO INDIVÍDUO À TECNICA APÓS A PRIMEIRA GUERRA.

 

DIÁLOGO DEPENDE DE RELAÇÃO.

 

A PALAVRA TEM CARÁTER SOCIAL.

 

DIALOGAR É EXISTIR.

 

“A apreensão significativa da realidade passa a ser o critério de estruturação do conteúdo a ser discutido e o conhecimento é construído pelo coletivo educador-educandos” (p. 06).

 

“Em projetos de educação a distância baseados em CVA [comunidades virtuais de aprendizagem], a narrativa enquanto diálogo manifesta-se tanto na elaboração do material didático quanto nas relações entre os envolvidos, pois, o elaborador considera os alunos como seus interlocutores, dirigindo-lhes a palavra e, na medida em que representa uma visão de mundo, a palavra pronunciada pelos sujeitos durante o processo de interação, construída a partir da intervenção na realidade, é transformadora e encontro para a mudança do mundo” (p. 08).

 

SARTORI, Ademilde Silveira & ROESLER, Jucimara. Narrativa e dialogicidade nas comunidades virtuais de aprendizagem. Revista e-compos Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação www.compos.com.br/e-compos Abril de 2006 - 09 páginas.

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“[...] a linguagem deve ser concebida em seu sentido e alcance próprios, e não reduzida, como no senso comum, à [sic] suas funções de representação e de declaração, as quais lhe são apenas secundárias.” (p. 55).

 

“O educador é um profissional da linguagem. Mas a linguagem não é para o educador apenas seu instrumento de trabalho e sim, antes e essencialmente, o seu lugar de ser. [...]. Ou seja, a linguagem só lhe é um instrumento de trabalho do educador porque antes ela o constitui como educador” (p. 55).

 

LINGUAGEM NÃO VERBAL E CONCRETA DA CORPOREIDADE (p. 56) ATO DE CORPO.

 

GÊNEROS SÃO CONJUNTOS TIPIFICADOS PARA REALIZAR A COMUNICAÇÃO (p.57).

 

“[...] arcaísmo da língua espanhola (quehacer) que Freire transpôs em tradução literal para a língua portuguesa como que-fazer, em vez da convencional tradução por tarefa, afazeres; ou seja, numa mesma frase, fez uma síntese entre o cultismo e a inovação (neologismo) [...]” (p. 61).

 

“[...] ampliação do conceito de texto expressa melhor a riqueza semântica e etimológica da tessitura (tecido) intersubjetiva inerente a todo ato dialógico” (p. 64).

 

“[...] toda reflexão sobre a própria experiência vivida se desdobra em compartilhamento comunicativo” (p. 65).

 

CASALI, A. Os gêneros de texto na obra de Paulo Freire: um legado pedagógico e literário. Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP Revista e-Curriculum, vol. 10, núm. 3, diciembre, 2012, pp. 53-73. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, Brasil. Páginas 52-73. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=76624994004.

 

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“Ao trabalhar a enunciação como substância da língua, Bakhtin superou a dicotomia forma-conteúdo e integrou a experiência social à organização linguística” (p. 37).

 

A palavra é o fenômeno ideológico por excelência, pois carrega uma carga de valores culturais que expressam as divergências de opiniões e as contradições da sociedade, tornando-se assim um palco de conflitos” (p. 37).

 

ENUNCIAMOS E RESPONDEMOS PALAVRAS PLENAS DE SENTIDO QUE DESPERTAM IDEOLOGIAS NO EU E NO OUTRO.

 

SIGNO PLURIVALENTE E MUTÁVEL.

 

Para a teoria bakhtiniana “a enunciação, não apenas como realidade da linguagem, mas também como estrutura sócio-ideológica.” (p. 38).

 

ENUNCIAÇÃO É UMA REALIDADE CONCRETA E INTERACIONAL DA LINGUAGEM.

 

“[...] o indivíduo não é a origem de seu dizer.” (p. 39).

 

ENUNCIADOS COMO PARTE DO DISCURSO.

 

“[...] a experiência verbal individual do homem toma forma e evolui sob o efeito da interação contínua e permanente com os enunciados do outro” (p. 39, 40).

 

O DIÁLOGO É O FUNDAMENTO DA LINGUAGEM MARCADO PELA LUTA ENTRE SUJEITOS E POR UMA HISTÓRIA.

 

“A enunciação é determinada pela situação social imediata e pelo meio social [...]” (p. 40).

 

“O sentido do enunciado é também engendrado pelas condições reais da enunciação e distribui-se entre as diversas vozes que habitam o tecido da linguagem” (p. 40).

 

O FALANTE, O OUVINTE E O TEMA.

 

“O ser humano não existe para si, senão na medida em que é para os outros.” (p. 41).

 

“[...] o sujeito é dialógico por natureza e seu discurso é polifônico” (p. 41).

 

O DIALOGISMO BAKHTINIANO “em duas formas: o diálogo entre interlocutores, baseado na interação fundadora da linguagem, e a relação entre discursos, chamada polifonia, ou seja, as vozes exteriores que marcam nosso discurso” (p. 41).

 

“O estabelecimento da relação eu-tu, que emerge da concepção dialógica, deve ser entendido como um deslocamento do conceito de sujeito. O sujeito centrado é substituído pelas diferentes vozes sociais que o tornam um sujeito histórico e ideológico. [...] sua concepção de dialogismo, pioneiramente, abala a concepção clássica do sujeito cartesiano uno, uma vez que o sujeito bakhtiniano torna-se solidário às vozes, às alteridades de seu discurso. Em Bakhtin, a intersubjetividade é anterior à subjetividade,” (p. 41).

 

“O princípio dialógico funda a alteridade como constituinte do ser humano e de seus discursos. Reconhecer a dialogia é encarar a diferença, uma vez que é a palavra do outro que nos traz o mundo exterior” (p. 42).

 

“Toda compreensão é um processo ativo e dialógico, portanto tenso, que traz em seu cerne uma resposta, já que implica sujeitos. O ser humano, juntamente com seu discurso, sempre presume destinatários e suas respostas.” (p. 42).

 

ENUNCIADO EM FUNÇÃO DE UM OUVINTE, DE UMA RESPOSTA, DE UM ACENTO DE VALOR COM UMA ORIENTAÇÃO SOCIAL E IDEOLÓGICA.

 

“É no enunciado que se dá o contato entre a língua e a realidade. A escolha das palavras para a construção de um enunciado leva em conta outros enunciados de outros sujeitos, em relação aos quais o locutor se posiciona” (p. 43).

 

“De fato, para Bakhtin a produção do discurso envolvia um trio, composto pelo autor, pelo destinatário e por todas as vozes-outras que sempre-já nele habitavam, pois o “diálogo” é o acontecimento do encontro e interação com a palavra do(s) outro(s). A alteridade é, para o autor, um processo dialógico em que o elemento comum é o discurso.” (p. 44).

 

HORIZONTE ESPAÇO-TEMPORAL, CONHECIMENTO/COMPREENSÃO DA SITUAÇÃO, AVALIAÇÃO MARCAM O ENUNCIADO, O ESTILO E A COMPOSIÇÃO.

 

“Como os enunciados são, comumente, impregnados de subentendidos e não ditos, qualquer que seja o sentido corrente ou a significação do discurso cotidiano, não há coincidência plena com sua constituição puramente verbal” (p. 45).

 

“Mesmo havendo uma tentativa de reprodução, releitura e até citação, o enunciado será uma recriação, uma singularidade, visto que produzido por um outro sujeito, em um outro momento.” (p. 45).

 

“O contexto de enunciação, como instância do discurso, é também um acontecimento que integra o horizonte social comum dos sujeitos. O contexto e a história refletem-se no sentido do enunciado, integrando-o e fazendo dos discursos do cotidiano um acontecimento.” (p. 46).

 

“O gênero é entendido como a forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo que compõe os enunciados produzidos por um sujeito. As variações percebidas nos diferentes gêneros decorrem em conformidade às circunstâncias, à posição social e ao relacionamento dos interlocutores do discurso. Dessas condições sempre diferenciadas e únicas, deriva a singularidade do enunciado que, apesar disso, não é uma combinação absolutamente livre dos signos da língua, manifestando uma vontade individual. Nossa escolha será, de certa maneira, condicionada pelo contexto histórico-social. Os gêneros são exatamente os enunciados devidamente organizados em função das possibilidades - ou dos campos de atividade humana - do processo discursivo” (p. 46).

 

“O enunciado é o objeto de estudo da linguagem, mas ele não deve ser estudado isoladamente. O momento de seu acontecimento - a enunciação -, bem como a situação social que a envolve, constitui a relação entre sujeitos, fazendo da interação social o fundamento semântico de todo o discurso” (p. 47).

 

“[...] investigação do ser humano, social e público, em permanente relação intersubjetiva de alteridade, através da compreensão de seu discurso.”. (p. 47).

 

PIRES, Vera Lúcia. Dialogismo e alteridade ou a teoria da enunciação em Bakhtin. Disponível em http://seer.ufrgs.br/organon/article/viewFile/29782/18403. Acesso em 18-11-2014, às 08:00. Páginas 35-48

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“Tomando a língua como uma totalidade concreta, viva e em seu real uso, é possível observar que ela possui propriedade dialógica, visto que as relações dialógicas não se circunscrevem apenas ao diálogo em situação presencial – face a face -, mas, ao contrário, em todas as outras dimensões. [...]. Quando um enunciador constitui um discurso, ele leva em consideração o discurso de outrem que, por sua vez, já está presente no seu. A partir dessa formulação, pode-se chegar a compreender que todo discurso é, inexoravelmente, ocupado, atravessado pelo discurso alheio. É por meio dessas relações entre os enunciados que se constrói um sentido para a comunicação” (p. 05).

 

“[...] qualquer enunciado é visto como uma unidade contraditória e em frequente estado de tensão entre duas tendências opostas da vida verbal, denominadas forças centrípetas e centrífugas” (p. 05).

 

“[...] concepção axiologicamente estratificada da linguagem (a heteroglossia) e sua dialogização (a heteroglossia dialogizada)” (p. 06).

 

“Os enunciados, por conseguinte, são postos como um feixe de posições sociais avaliativas e valorativas.” (p. 06).

 

A COMPREENSÃO É INTERSÍGNICA E INTERSUBJETIVA,

 

A ENTONAÇÃO E O ACENTO PRÓPRIO DE CADA ENUNCIAÇÃO.

 

TOTALIDADE, CONCRETUDE E SINGULARIDADE DA ENUNCIAÇÃO.

 

“A noção de gênero serve, em princípio, como uma unidade de classificação [...]” (p. 08).

 

“Nos enunciados (orais ou escritos), vamos encontrar conteúdo temático, organização composicional e estilo, todos próprios, correlacionados às condições específicas e às finalidades de cada esfera de atividade.” (p. 09).

 

Estilo é, pois, certa seleção de meios lexicais, fraseológicos e gramaticais em função do interlocutor e de como se presume sua compreensão responsiva do enunciado.” (p. 09).

 

“[...] o agir humano não se faz independente da interação, nem o dizer fora do agir.” (p. 09).

 

NAS ATIVIDADES HUMANAS “estão presentes a recorrência e a contingência.” (p. 10).

 

ASPECTO CULTURAL, HISTÓRICO E “caráter cíclico da existência dos gêneros” (p. 10).

 

LIMA, Maria Eliana M. de F., Conceito de diálogo em Bakhtin e revisitando Paulo Freire.s/d. 11 páginas. EIXO TEMÁTICO: Educação de Jovens e Adultos e Educação no Campo. TÍTULO: Linguagem, palavra, consciência e diálogo: pilares para a ação educativa como ato-limite.

 

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“[...] concepções não brotam. São construídas. Quer por vivências, quer por leituras” (p. 02).

 

“[...] arquitetônica linguístico-filosófica do discurso de Freire acerca de uma pedagogia da leitura [...]” (p. 03).

 

MOURA, Edite M. de. Leitura em Paulo Freire e Bakhtin: palavras e mundos. s/d11 páginas. EIXO TEMÁTICO: Educação de Jovens e Adultos e Educação no Campo. TÍTULO: Linguagem, palavra, consciência e diálogo: pilares para a ação educativa como ato-limite.

 

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Motorromaria 2015 de Morada Nova a Canindé em 25 de janeiro de 2015 (domingo): Fé sobre rodas

Soneto da motorromaria em propaganda.

Louvar ao Senhor dos Céus e da terra
Sentir seu amor no sacrifício ofertado
Ser romeiro que o pecado desterra
lodo e lama sacados, do medo sarado.

A verdade apenas na palavra de Deus
que pelo anjo agraciou nossa mãe Maria
A fé que nos guia ao outro não o eu
que participa do sacrifício em romaria.

A inscrição vamos todos realizar
Não é caro podemos conseguir
É na loja DG motos que podemos escrever.

Também na Vivi Cel para nos ajudar
Com o professor Benedito vamos conseguir
Até vinte-e-cinco de janeiro de 2015, irmão pode crer.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Soneto sonoro sem sono

"Ainda que não restem as cores, os aromas, as marcas táteis ou sonoras, ainda me restará vida na enunciação de uma mínima palavra"

Soneto sonoro sem sono

Madrugada alta, estou na mesa sozinho
Do calor de meu trabalho, inquieto em ninho
Sinto que o calor me embriaga em vinho
Vontade de estar aninhado com carinho.

Na luta da vida pela vida com vida
Meu mundo fica com uma saída
Tome suas decisões, não pense na lida
A noite já era, o dia já foi de partida.

Aurora tão próxima que a todos encanta
Ventos de esperança de nova labuta
Castelos de esperanças nas andanças

Se te cansas não danças, não balanças
Cuidado com os teus, com tua conduta
Força, serenidade, coragem que não espanta
Alfransbe

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Bakhtin e Paulo Freire por Diogo Garcia e por Danitza Diandera Silva


A TESE DE DOUTORAMENTO DE SILVA (2012) INVESTIGA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E DE UMA SOCIEDADE SOB A ÓTICA DA LIBERDADE A PARTIR DE UMA REFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM, O DIÁLOGO E A RELAÇÃO EU-OUTRO ENQUANTO FERRAMENTAS HISTÓRICO-CULTURAIS PARA A LIBERTAÇÃO.

 

É UM EQUÍVOCO TOMAR TEORIAS NÃO COMO FERRAMENTAS DE REFLEXÃO MAS REDUZIR A UM CARÁTER TÉCNICO.

 

“[...] atitude crítica sobre o conhecimento e sobre o ensino deste [...]” (p. 12).

 

“[...] o sujeito constrói e reconstrói seu conhecimento e a si mesmo na especificidade das interlocuções [...]” (p. 12).

 

FORMAÇÃO CONTINUADA E EXPERIÊNCIA PARA EMPONDERAR A PRÁTICA HUMANA.

 

“[...] construção do fazer e saber pedagógico do trabalho docente [...]” (p. 17).

 

“[...] oportunidade de diversidade e domínio do sujeito a respeito da linguagem [...]” (p. 21).

 

CONTEMPLAR AS NECESSIDADES DO OUTRO FAVORECE SUA APRENDIZAGEM (p. 21).

 

Apropriação da língua no tocante à aprendizagem e ao ensino (p. 22).

 

“O ato só pode ser considerado uma ação quando esta é constituída de uma responsabilidade, de uma ação moral, que deve estar em comunhão com sua responsividade de conteúdo” (p. 25). DO CONTRÁRIO, “se torna uma possibilidade vazia” (p. 28).

 

“O eu pode ser considerado como um indivíduo, quando este é um sujeito ético, um sujeito que assume sua responsabilidade nos diferentes domínios (decisão, avaliação, liberdade, ruptura, opção)” (p. 26).

 

O EU E SEU ATO SÃO POSSIBILIDADES HISTÓRICAS DO “SER-EVENTO” CONCRETO MATERIALIZADAS NA E PELA CONSIDERAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO OUTRO (p. 26).

 

A HUMANIZAÇÃO E A LIBERDADE SÃO POSSIBILIDADES A SEREM CONQUISTADAS CONCRETAMENTE.

 

MULTICULTURALIDADE, DIVERSIDADE E OUTREDADE (p. 31).

 

“Dessa forma, contemplar esteticamente é colocar o objeto do outro em valoração” (p. 32).

DEMOCRACIA, POLITICIDADE, CRITICIDADE, CONSCIÊNCIA DA INCONCLUSIBILIDADE, RESPEITO AO OUTRO.

 

“Os valores éticos e cognitivos não são elementos do acabamento, pois esses são transgredientes (vão além, excedem, ultrapassam)” (p. 36).

 

 DISTANCIAMENTO E COMPLEMENTAÇÃO PELO EXCEDENTE DE VISÃO, COMPENETRAR PARA ABSTRAIR, ALGO DIVERSO DE AGIR (p. 34, 35).

 

DESAFIAR E DESPERTAR A CURIOSIDADE (p. 36, 37)

 

VONTADE E SENTIMENTO (p. 36).

 

“[...] a atividade estética é sempre uma valoração com acabamento – porém que ainda permite o inacabamento por parte da ação ética realizada pelo outro” (p. 36)

 

IDEOLOGIAS DA DISCRIMINAÇÃO OU DA RESISTÊNCIA (p. 40).

 

EDUCAÇÃO É INTERVENÇÃO IDEOLÓGICA NO MUNDO (p. 40).

 

“[...] importância de uma educação que não invista na ideologia dominante” (p. 41).

 

CONSCIÊNCIA É MATERIALIZAÇÃO SÍGNICA (p. 42).

 

VIVÊNCIA INTERIOR – PSICOLOGIA SUBJETIVA; BEHAVIORISMO/RELAÇÃO CAUSA-EFEITO – PSICOLOGIA OBJETIVA (p. 43).

 

“[...] vontade (desejos, aspirações), sentimento (emoções, afeto) e conhecimento (sensações, representações, pensamentos) [...]” (p. 49).

 

A PALAVRA COMO DISPOSITIVO MATERIAL E CONCRETO DA LUTA IDEOLÓGICA.

 

A NOÇÃO DE TRÂNSITO E A DE RADICALIZAÇÃO (p. 60).

 

NÃO IMERGIR, MAS INSERIR (p. 64).

 

NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA (p. 79).

 

CONSCIENTIZAÇÃO É APROFUNDAMENTO DA TOMADA DE CONSCIÊNCIA (p. 69).

 

CRITICIDADE E INTERAÇÃO (p. 73).

 

“[...] assim como o ciclo gnosiológico não finaliza quando se apreende um conhecimento, a conscientização não cessa quando ocorre o desvelamento da realidade objetiva” (p. 75).

DIÁLOGO COM OUTRAS CONSCIÊNCIAS NO ESPAÇO-TEMPO DA HISTÓRIA E DA CLUTURA (p. 76).

 

PULSÕES = FORMAÇÕES PATOLÓGICAS E FORMAÇÕES NORMAIS (p. 77).

 

IDEOLOGIA E CONSCIÊNCIA DE DETERMINADA CLASSE E DA LUTA DE CLASSES (p. 78).

 

PALAVRA É REFRAÇÃO SÍGNICA – PORQUE SOCIAL, HISTÓRICA E CULTURAL - QUE INTERRELACIONA INFRAESTRUTURA (REALIDADE) E SUPERESTRUTURA E PERMITE A CONSCIÊNCIA (p. 81).

 

PROBLEMATIZAÇÃO É REFLEXÃO DIALÉTICA PARA AFETAR A REALIDADE (p. 82).

 

LINGUAGEM: FENÕMENO LINGUÍSTICO, TRANSLINGUÍSTICO E DO PENSAMENTO (p. 84).

 

“A significação é uma relação do signo (como realidade isolada), com uma outra realidade (por ela substituível, representável, realizável)” (p. 85).

 

Um dado MOMENTO, INTERLOCUTOR E ATO IEDEOLÓGICO-COMPREENSIVO (p. 86).

 

ENUNCIAÇÃO É INTERCÂMBIO SÍGNICO E “estilo individual da enunciação é, assim, o reflexo do contexto da interação social que se constrói numa determinada enunciação” (p. 86).

 

POSSIBILIDADES HORIZÔNTICAS E INACABADAS SEMPRE POR VIR (p. 91).

 

O ENUNCIADO CONCRETO COMO UMA FRAÇÃO DO JOGO DA ENUNCIAÇÃO.

O TEMA É O ENUNCIADO REALIZADO. O SIGNIFICADO É UM POTENCIAL REITERÁVEL.

O ACENTO APRECIATIVO E REFRATIVO QUE RENOVA O JÁ DITO.

O RISO PARA ENFRENTAR O FUTURO NA TEORIA BAKHTINIANA.

 

A CONDIÇÃO HUMANA DO SER E DO ATO DE DIALOGAR

 

PENSAR O PENSAR.

 

“Toda prática educativa possui um conteúdo, porém deve-se cuidar para não ser apenas conteudística [...]” (p. 116).

 

AS IMPLICAÇÕES POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS E IDEOLÓGICAS DO CONTEÚDO TRABALHADO POR QUEM ENSINA E POR QUEM APRENDE.

 

OPERAR A PARTIR DAS ESPECIFICIDADES DA CULTURA LETRADA E DA CULTURA POPULAR.

 

DIZER A CONTRAPALAVRA É APRECIAR, É SER CRÍTICO, É DIALOGAR COM O OUTRO.

 

“Na palavra, temos um tema, sua significação e o acento apreciativo (entoação expressiva, orientação apreciativa, apreciação social – infra-estrutura)” (p. 122).

 

A LINGUAGEM SIGNIFICA O MUNDO, POSSIBILITA O DIÁLOGO E ORGANIZA O PENSAMENTO.

 

SUBJETIVIDADE, IDENTIDADE E LIBERDADE.

 

LIBERDADE É DIREITO E LIBERTAÇÃO É UMA POSSIBILIDADE A SER CONQUISTADA.

 

ENCARAR A ADVERSIDADE E DIVERSIDADE DE MANEIRA CRÍTICA PARA A CONSTITUIÇÃO DO BEM COMUM.

 

CARANVALIZAR PARA TOMAR CORAGEM POR UMA POSTURA DEMOCRÁTICA E CRÍTICA

 

IDENTIDADE POLÍTICA, CULTURAL E IDEOLÓGICA.

 

COTIDIANO ESCOLAR.

 

“A disciplina deve ser sadia e de base ética. Não há disciplina em nome da liberdade autoritária e nem em razão do imobilismo da liberdade” (p. 128).

 

LIMITES ENTRE AUTORIDADE E LIBERDADE A PARTIR DA PERCEPÇÃO DO EU E DO OUTRO COMO SER MORAL.

 

SILVA, Danitza Diandera. Bakhtin e Paulo Freire: a relação do eu e do outro e as relações dialógicas para a prática da liberdade. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar sob orientação da professora Doutora Cláudia Raimundo Reyes. São Paulo 2012. 142 pág.

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LEITURA AUTORAL DEMANDA UM POSICIONAMENTO CRÍTICO.

 

ESTUDO DE CASO DE UMA TURMA DO 7º ANO DE TABOÃO DA SERRA ATRAVÉS DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.

 

DESLOCAMENTO DO SUJEITO E DESCENTRAMENTO DE SEU MUNDO EM BUSCA DA AUTONOMIA E DA LIBERTAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO.

 

SENTIDO E LINGUAGEM SÃO FENÔMENOS INTERACIONAIS NÃO PERTENCENTES NEM AO EU NEM AO OUTRO, DAÍ PORQUE DIALÓGICOS.

 

DIALOGISMO É UM ELO DE LIGAÇÃO ENTRE OS DISCURSOS NA CADEIA ORGANIZADA DA ENUNCIAÇÃO.

 

O CONCEITO DE HETEROGENEIDADE A PARTIR DA ANÁLISE DE DISCURSO (AD) FRANCESA DEFENDE QUE AS PALVRAS E OS DISCURSOS ESTÃO REPLETOS DE PALAVRAS DO OUTRO NUM PROCESSO DE DIALOGIZAÇÃO INTERNA.

 

NA TEORIA BAKHTININA, A “polifonia é um conjunto de vozes e de consciências plenas de valor que não se misturam e são independentes” (p. 27).

 

A EXOTOPIA É BASE PARA O ACONTECIMENTO ESTÉTICO E PRESSUPÕE O EXCEDENTE COMPLEMENTAR DE VISÃO.

 

A EXOTOPIA “diz respeito aos diferentes modos de relação (e distanciamento) de uma consciência para outra.

 

“A orientação dialógica, assim, garante a isonomia entre as consciências, condição para a emergência da polifonia” (p. 29).

 

“Logo, as relações dialógicas mantêm afastadas as consciências e esse distanciamento convida ao embate entre vozes” (p. 29).

 

“[...] a exotopia está para a relação entre consciências assim como o dialogismo está para a relação entre discursos” (p. 29).

 

“[...] o plurilinguismo e a estratificação são agentes das forças centrífugas” (p. 31).

 

A LÍNGUA VIVA E CONCRETA, ESTRATIFICADA E PLURILÍNGUE É ACENTUADA.

 

A POLIFONIA OCORRE QUANDO “vozes e consciências independentes, plenivalentes e equipolentes se combinam numa unidade de acontecimento, mantendo sua imiscibilidade” (p. 32).

 

O SUJEITO DIALÓGICO POSSUI UMA REFLEXÃO CRÍTICA E UM SENSO DE AUTOAVALIAÇÃO.

 

DESCENTRAÇÃO E DISTANCIAMENTO.

 

PECULIARIDADES ONTOLÓGICAS SÓCIO-POLÍTICAS E HISTÓRICO-CULTURAIS DA GESTÃO E DA TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO.

 

ORALIDADE SECUNDÁRIA NAS SOCIEDADES BASEADAS NA ESCRITA (p. 36).

 

O RITMO DO PENSAMENTO E A NECESSIDADE DA COMUNICAÇÃO PARA O PENSAMENTO (p. 37).

 

ORALIDADE PRIMÁRIA E ATIVIDADE CORPORAL (ATO DE CORPO - NOVA PRAGMÁTICA) (p. 38).

 

“O universo da roda [...] para compreensão das culturas humanas [...]” (p. 39).

 

O MUNDO DA ESCRITA PERMITIU O DISTANCIAMENTO ENTRE O HOMEM E OS OBJETOS, OUTRA PERCEPÇÃO DO ESPAÇO-TEMPO E OUTRA FORMA DE ESTOCAR CONHECIMENTO, MAIOR NÍVEL DE ABSTRAÇÃO E PREDOMÍNIO DO ASPECTO VISUAL – NOVA SEMIOSE.

 

OS TIPOS MÓVEIS DE GUTEMBERG: UNIFORMIDADE, REPETIBILIDADE, SEQUENCIALIDADE, FRAGMENTAÇÃO, CONTINUIDADE, ESPECIALIZAÇÃO (p. 40).

 

IMPRENSA E POPULARIZAÇÃO DOS ESCRITOS: DIMINUIÇÃO DA CISÃO ENTRE ALFABETIZADOS E ILETRADOS.

 

CULTURA ESCRITA: A FORÇA DE LEI E ELITISMO.

 

MUNDO ELETRÔNICO DA TELA: CAPITALISMO OCIDENTAL E ACIRRAMENTO DAS TRANSFORMAÇÕES.

 

“Enquanto as imagens tradicionais são mediações entre o homem e o mundo, ou seja, foram criadas para explicar o mundo, as imagens técnicas são mediações entre o homem e os textos escritos, portanto foram criadas para explicar tais textos” (p. 42).

 

ORGANIZAÇÃO EM REDE: INTERATIVIDADE E INTERCONECTIVIDADE.

 

HIBRIDIZAÇÃO, HIPERMÍDIA NAVEGAÇÃO PAUPÁVEL PELO MOUSE.

 

O CASO BRASILEIRO: EXPLORAÇÃO PORTUGUESA, PRIMEIRA TIPOGRAFIA (1808).

 

EXPANSÃO DA ESCRITA COMO DERIVADO DA URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO.

 

FENÔMENO LATINO: INGRESSO NA MODERNIDADE PELO CINEMA, RÁDIO E TV ANTES QUE PELO ESCRITO DO PAPEL.

 

CHOQUE CONTEMPORÂNEO ENTRE TECNOIMAGENS, HIPERMÍDIA E TELEMÁTICA E O ENSINO BASEADO NO VERBAL RESULTA EM PROBLEMAS DE INDISCPLINA E DESINTERESSE EM “negação do texto” (p.47).

 

A RELAÇÃO ENTRE A ESCRITA E OUTRAS LINGUAGENS.

 

CULTURA ESCRITA, ORAL E AUDIO-VISUAL ELETRÔNICA.

 

“[...] novas tecnologias de informação e comunicação estão alterando a configuração social, econômica, política, cultural, cognitiva e, portanto, educacional do mundo vivido” (p. 48).

 

HISTORICIDADE DE PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO.

 

INTENSIFICAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DA LEITURA.

 

LEITURA EM VOZ ALTA PELA AUSÊNCIA DE SINAIS DE PONTUAÇÃO E PARA AJUDAR NO ATO DE COMPREENDER.

 

A FORMA DE MANUSEAR O LIVRO, A PÁGINA COMO UNIDADE, A PASSAGEM DO ROLO PARA O CÓDICE.

 

EVOLUÇÃO DA LEITURA: ORAL, SUSSURRANTE E SILENCIOSA.

 

LEITURA PARA PRÁTICA ESCOLAR E PARA PRÁTICA RELIGIOSA.

 

LEITURA PARA CONTESTAÇÃO E CRÍTICA.

 

LEITURA SILENCIOSA E PRIVADA.

 

DIVERSIFICAÇÃO DE FORMATOS E FUNÇÕES DO LIVRO ESCRITO.

 

DIFUSÃO DO CRISTIANISMO PELO MEIO ESCRITO A PARTIR DA REFORMA E DA CONTRA-REFORMA.

 

MASSIFICAÇÃO E POPULARIZAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: MERCADO CONSUMIDOR PARA OBRAS ACESSÍVEIS.

 

TRANSVERSALIDADE, USABILIDADE E MALEABILIDADE DE NOVOS E DVERSOS MECANISMOS DE LEITURA.

 

NOVIDADE: A ESCRITA COLETIVA DE UM TEXTO CUJA ORDEM VARIA.

 

“O hipertexto, portanto, é uma espécie de texto multidimensional, de formato digital configurado a partir de associações possíveis entre outros textos ou signos diversos” (p. 63).

 

“[...] interpretar é associa, é construir hipertextos” (p. 63).

 

NA HIPERMÍDIA, LINGUAGEM DO CIBERESPAÇO, “hipertextualidade é agregada à multimodalidade. [...] O texto multimodal, portanto, é aquele que se realiza por mais de um código semiótico” (p. 64).

 

HIPERMÍDIA É HIBRIDISMO.

 

LETRAMENTOS MÚLTIPLOS.

 

DIMENSÕES INTERACIONAIS, COGNITIVAS, SOCIAIS, CULTURAIS, HISTÓRICAS, POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS DO SUJEITO NA CONTEMPORANEIDADE INFORMACIONAL E COMUNICACIONAL.

 

IMAGEM: MAGIA, RITUALIZAÇÃO, MEDIAÇÃO REALIDADE-PENSAMENTO, HOMEM-MUNDO.

 

AS IMAGENS TÉCNICAS SÃO PRODUZIDAS POR APARELHOS E TÊM SUAS ESPECIFICIDADES ONTOLÓGICAS E HISTÓRICAS.

 

A IMAGEM É UMA REPRESENTAÇÃO DO MUNDO.

 

O ESTAR DO HOMEM EM RELAÇÃO A UMA REPRESENTAÇÃO DO MUNDO.

 

PROGRAMAS ORGANIZADOS EM FUNÇÃO DE METAPROGRAMAS.

 

FLUSSER: IDEOLOGIA COMO APEGO A UM PONTO DE VISTA, O MUNDO SOB O IMPERIO DOS APARELHOS E DA TECNOLOGIA.

 

DUFOUR: SEMPRE HÁ UM GRANDE SUJEITO REI, DEUS, PROLETARIADO ABSTRATO. NA MODERNIDADE: MUNDIALIZAÇÃO DAS TROCAS, DIVERSIFICAÇÃO DOS GRANDES SUJEITOS, O SUJEITO AUTO-REFERENCIADO PRESA PARA O MERCADO QUE TENTA PREENCHER SUAS LACUNAS ATRAVÉS DE SUAS IMAGENS. A TELEVISÃO ROUBA O PAPEL DOS PAIS, MODIFICA O CONTATO INTERGERACIONAL, AFETA A FUNÇÃO SIMBÓLICA. DESSIMBOLIZAÇÃO OPERADA MELA LÓGICA NEOLIBERAL DE MERCADO COMO PASSO PARA UMA REFORMULAÇÃO. O SUJEITO INACABADO.

 

O PROBLEMA DE SUJEITOS A-CRÍTICOS, PSICOTIZANTES, NEURÓTICOS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA.

 

CAOS POLIFÔNICO.

 

O SUJEITO DIALÓGICO NÃO É NEM SOBERANO NEM SUBMISSO PORQUE HÁ ESPAÇO DE NEGOCIAÇÃO, DE DIALOGICIDADE.

 

Garcia (2012) realizou um estudo de caso (p. 88).

 

INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO E DA CULTURA DO CONSUMO.

 

“Se o trabalhador vende sua força de trabalho por um salário, o aluno vende sua força intelectual por uma nota” (p. 103).

 

MODOS DE VIDA SEM HIERARQUIZAÇÕES EXPLICATIVAS.

 

“[...] meios de difusão de cultura” (p. 105).

 

AUTORIDADE NA PALAVRA E NÃO NOS SUJEITOS (p. 109).

 

“Logo, a formação da cidadania está condicionada tanto ao conteúdo e à forma do que se ensina, como às práticas do cotidiano escolar, principalmente no que diz respeito às relações entre sujeitos dentro da sala de aula” (p. 110).

 

“Ainda que haja uma gradação de dialogismo entre as competências, ainda que elas possam variar de menos dialógica para mais dialógica, a passagem de uma competência para outra não se dá de forma linear ou sequencial, podendo haver saltos de uma para outra” (p. 111).

 

“[...] o recurso a tipologias não era uma prática usual de Bakhtin, preferindo este orientar-se em um universo quantitativo” (p. 111).

 

COMPETÊNCIAS NÃO COMO LIMITES RÍGIDOS, MAS COMO PARÂMETRO.

 

De acordo com Garcia (2012, gêneros são acontecimentos marcados por competências com níveis diferentes de dialogismo: monológica (baixo), enunciadora (média), autoral (alta) (p. 112, 113). Para o autor, há uma perspectiva indicial nas respostas enunciadas e uma biblioteca de vozes e memórias que surgem quando uma enunciação é realizada e revelam traços histórico-culturais e político-ideológicos de cada sujeito enunciador.

 

O ORAL EM SUA RELAÇÃO COM A CIRCUNSTÂNCIA MAIS DIRETA DA ENUNCIAÇÃO E DA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO.

 

ASSUJEITAMENTO E MONOGLOGISMO NA RELAÇÃO COM PARÁFRASES

 

GRADUAÇÃO DO DIALOGISMO, DISTANCIAMENTO, POSICIONAMENTO CRÍTICO.

 

“[...] capacidade de constituir sentido a partir do contexto de situação” (p. 133).

 

O VALOR DA SEQUENCIA DIDÁTICA PARA DESENVOLVER UM MAIOR GRAU DE DIALOGISMO E EXOTOPIA.

 

ACONTECIMENTO ESTÉTICO.

 

COMPETÊNCIA EXOTÓPICA TEM A REALIDADE COMO OBJETO DE ANÁLISE.

 

QUATRO COMPETÊNCIAS DISCURSIVAS PARA O GÊNERO NARRAÇÃO ESCOLAR (p. 136).

 

“[...] práticas do suporte digital levadas para o papel [...] com as novas tecnologias de comunicação e com as práticas de leitura e escrita que elas ensejam” (p. 137).

 

GRAU DE FICCIONALIZAÇÃO É SEMELHANTE AO PODER DA IMAGINAÇÃO.

 

A “propriedade coletiva” e A “transmissão geracional do conhecimento” (p. 140).

 

“[...] atitude responsiva politizada [...]” (p. 147).

 

PROJETO MODERNIZADOR OCIDENTAL QUE DESMERECE A CULTURA DO DIFERENTE.

 

“Boa capacidade de ficcionalizar, uso de metáforas e relativa postura crítica podem ser considerados indícios da competência autoral” (p. 150).

 

PARÁFRASE E METÁFORAS PARA CONSTITUIÇÃO DOS SENTIDOS

 

AUTORIDADE DO TEXTO ESCRITO EM RELAÇÃO AO ORAL

 

OS SUJEITOS PODEM SE TORNAR SUBMISSOS POR PREESÕES DIVERSAS OU POR ESTRATÉGIA.

 

QUESTÕES DA ORDEM DO DISCURSO E DA ORDEM DO SUJEITO CONSTITUEM UMA DETERMINADA COMPETÊNCIA.

 

ANÁLISE DO GÊNERO NARRAÇÃO ESCOLAR NÃO NA TOTALIDADE DO CORPUS MAS EM SEU ASPECTO QUALITATIVO.

 

EXOTOPIA DESCENTRAÇÃO, DIALOGISMO CONSTITUTIVO, HETEROGENEIDADE E ORQUESTRAÇÃO DE VOZES, FORÇAS CENTRÍFUGAS E DESESTABILIZADORAS

 

 

 

“[...] imagens técnicas explicam textos, que por sua vez explicam imagens, que por fim explicam o mundo” (p. 156).

 

SOCIEDADE PROGRAMADA NUMA CONTEMPORANEIDADE SEM REFERÊNCIAS

 

“[...] dessimbolizados, os sujeitos se tornam facilmente aliendados pelas imagens técnicas, uma vez que deixam de reconhecer seu caráter fictício.

 

MEDIAÇÃO ENTRE AS IMAGENS E OS MUNDOS NELA DISCURSIVIZADOS.

 

“[...] a leitura é a associação de textos, é construção de um hipertexto [...]” (p. 158).

 

DIFERENTES GRUPOS CULTURAIS E DIFERENÇAS DENTRO DOS GRUPOS CULTURAIS.

 

“[...] o embate entre autonomia e conformação, emancipação e ideologização, persiste e não dá sinais de esgotamento. Trata-se de um limiar por onde caminha o professor” (p. 159).

 

 

GARCIA, Diogo B. Por uma pedagogia da autonomia: Bakhtin, Paulo Freire e a formação de leitores autorais. Dissertação apresentada a Faculdade de Educação de São Paulo sob orientação do professor doutor Émerson de Pietri. São Paulo. 2012. 206 páginas.

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