sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Tecnologia e educação - textos para especialização


IDJ – JAGUARETAMA – 23-08-2014 (SÁBADO)

Tecnologias, Comunicação E Educação (30 h/a)

Prof: Mestre Benedito F. Alves (alfransbe@yahoo.com.br)

 

O SOLAR é um ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelo Instituto UFC Virtual, da Universidade Federal do Ceará. Ele é orientado ao professor e ao aluno, possibilitando a publicação de cursos e a interação com os mesmos.

O SOLAR foi desenvolvido potencializando o aprendizado a partir da relação com a própria interface gráfica do ambiente, sendo desenvolvido para que o usuário tenha rapidez no acesso às páginas e ao conteúdo, fácil navegabilidade e compatibilidade com Navegadores. Aqui, o interagente se sente seguro a explorar os espaços disponibilizados. O ambiente é apoiado numa filosofia de interação e não de controle.

Com a confluência da Educação à Distância e da World Wide Web – ou simplesmente Web -, foram criados os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), na segunda metade da década de noventa, que possibilitam a publicação e interação em cursos a distância baseados na Web.

Estas ferramentas integram serviços de comunicações disponíveis na Internet - tais como o Correio Eletrônico e Web Fóruns, com mecanismos de gerência de conteúdo, sistemas de envio de arquivos (upload) e gerência de participantes (e.g.: controle de acesso e controle de perfil). Todos estes recursos teriam como elemento unificador as tecnologias utilizadas na World Wide Web (WWW), tais como HTML, DHTML, ASP (Active Server Pages) e Java. A consolidação destas ferramentas de apoio ao aprendizado à distância, ocorrida nos últimos anos, deveu-se à popularização do processo de Educação a Distância nos centros acadêmicos e dos Treinamentos a Distância, de cunho empresarial (E-Learning).

O SOLAR (Sistema Online de Aprendizagem) foi desenvolvido pelo Instituto UFC-Virtual, da Universidade Federal do Ceará. Ele é baseado no modelo de três camadas, cujo modelo de participação é orientado ao professor e ao aluno. Já quanto ao processamento da aplicação, ele se caracteriza por ser uma aplicação


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 Moodle é uma plataforma (software) que permite criar ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Esta plataforma foi adotada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF como ferramenta de tecnologia de informação e de comunicação para oferecer seus cursos na modalidade a distância.

É ainda, a plataforma mais utilizada pelas instituições de ensino superior (IES) e também uma das mais completas. Possui ferramentas de publicação de conteúdo, gerenciamento de atividades online, disponibilidade de interação e permite a comunicação entre os participantes. Portanto, trata-se de um ambiente acadêmico completo, que conta com toda a estrutura administrativa.

Neste ambiente, vários recursos são disponibilizados: os chats, os vídeo-aulas, fórum, lista de discussão, correio eletrônico, mural, enquete, etc. Podendo, estes elementos, serem acessados de forma simultânea (online) ou em tempos diferentes (offline).


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QUESTIONÁRIO

1. Antes de estudar, você geralmente:

2. Quando acessa a internet para estudar, você:

3. Como você reserva tempo para estudar?

4. Se você tem uma dúvida, mas não há quem te ajude, o que faz?

5. Como aluno você:

6. Em relação à leitura, você:

7. Na hora de digitar, você:

8. A sua relação com o computador é:

9. Qual sua maior dificuldade quando pensa em estudar?

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Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula. (nº 223, 06/2009)

TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos? 

Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos? 

Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. 

Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real. 

http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml.....................

Interatividade

A palavra vem de "inter" que, em latim, significa posição intermediária ou reciprocidade. Interatividade é uma ação de reciprocidade entre duas ou mais coisas, sejam elas pessoas ou não. Fala-se de interatividade na era digital quando se quer fazer referência à possibilidade de o homem interagir com a máquina e com outros homens, tendo como intermediário o ciberespaço. Nos primórdios da multimídia, os desenvolvedores consideravam "interativo" um programa em que o usuário podia clicar para obter mais informação. Por exemplo, ao lado de um texto havia um ícone de vídeo, indicando que, se o usuário clicasse ali veria um clipe. Atualmente, essa noção está inteiramente ultrapassada. Hoje, um programa verdadeiramente interativo é aquele que leva o usuário a querer intervir e faz com que essa intervenção tenha como resultado mais que apenas mostrar novas informações, mas alterar o percurso do usuário no programa.

Enfim, o grande foco das pesquisas atuais em interatividade é criar ambientes em que o usuário faça seu percurso e não simplesmente escolha entre diferentes caminhos preconcebidos. E para que o roteiro criado seja novo e coerente, é essencial que o programa se adapte constantemente ao usuário, isto é, seja inteligente. Daí a importância das pesquisas em inteligência artificial.

Metabusca

Pesquisa baseada no uso de outros sistemas de busca da internet. Mas que sistemas são esses? Existem hoje, na web, basicamente três tipos. O primeiro é o de Diretório (ou Índice) que tem como característica fundamental a catalogação de sites e a organização de informações em pastas ou diretórios - que são divididos por conteúdo (exatamente como fazemos em nossos computadores). Nesse sistema, clica-se em uma categoria ou assunto para começar a procura. O segundo tipo, Sistema de Busca, é uma mistura do Diretório com a possibilidade de consultar um banco de dados de palavras-chaves. Assim, não é necessário entrar em uma categoria, basta digitar uma palavra e a pesquisa tem início imediato. A terceira forma de busca é feita por meio de robôs que "varrem" sites e fazem indexação por palavras-chaves. Isso é feito de duas maneiras.

Desenvolvedores de sites codificam suas páginas com keywords (palavras-chaves) e subjects (assuntos) e os robôs já pegam direto esses dados, ou então a indexação é feita pelas primeiras palavras do documento (página). Os sites que têm metabusca funcionam como "sanguessugas". Eles não têm uma base de dados própria. Seus robôs vão até outros buscadores, "pedem" o tema da pesquisa e depois apresentam para o usuário os resultados encontrados.Superteste

http://super.abril.com.br/tecnologia/voce-analfabeto-digital-441970.shtml

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Tecnologia favorece ou atrapalha a interação? - Paola Gentile

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Alguns professores têm usado a tecnologia para se aproximar das turmas, como Emma Chandler, professora de Estudos Sociais da Emerson Park School, em Londres. Ela usa o Twitter para se comunicar com os alunos justamente por ter percebido que era a ferramenta predileta de comunicação entre eles. Manda de três a quatro mensagens por aula, com o plano de aula do dia, questões simples para verificar o conhecimento sobre determinado conteúdo e notícias relacionadas ao tema. "Os mais tímidos passaram a se comunicar mais comigo", afirmou ela, que ainda coordenou um texto coletivo para o jornal da escola cujos trechos eram enviados pela rede social. O trabalho em grupo, portanto, foi intermediado pela ferramenta, com pouco contato direto entre os colegas.

O uso de animações em 3D, em que todas as informações são facilmente acessadas e visualizadas com perfeição e realismo, praticamente prescinde da presença do educador para a compreensão do conteúdo. Estudo realizado em sete países entre outubro de 2010 e maio de 2011, por pesquisadores da Universidade de Londres, comparou o rendimento de duas categorias de estudantes. Os que estavam nas turmas em que o professor usou 3D para ensinar corpo humano melhoraram suas notas em 86% (contra os 52% registrados no grupo de controle, que só usou ferramentas em 2D), apreenderam as informações em menos tempo, lembravam de mais detalhes e davam respostas mais elaboradas em questões abertas. E o papel do professor, nesse caso, foi apenas disponibilizar o acesso à ferramenta e fazer a avaliação.

Steve Bunce, consultor em tecnologia da Educação do Reino Unido, está convicto de que a saída para esse dilema é o educador se tornar um questionador: "Em vez de explicar o conteúdo, ele vai criar as perguntas sobre o mundo real e os problemas globais para serem respondidas pelos alunos, que, por sua vez, com a tecnologia, podem ir sozinhos atrás das informações e trazer as soluções. É assim que se educa cidadãos com autonomia para aprender."

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/tecnologia-favorece-ou-atrapalha-interacao-668165.shtml

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Analfabetismo digital - Flávio Dieguez

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"Na minha terra", replicou Alice ainda arquejante, "quem corre como nós corremos chega sempre a um ponto diferente de onde partiu".
"Deve ser uma terra muito lenta essa", comentou a Rainha. "Aqui é preciso correr como corremos para ficar no mesmo ponto. Para mudarmos de lugar seria preciso que corrêssemos o dobro."
Lewis Carroll, em Alice no País dos Espelhos (1872)

O divertido paradoxo de Lewis Carroll sobre a necessidade de correr para ficar no mesmo lugar é uma imagem perfeita das mudanças tecnológicas que de tempos em tempos lançam o mundo à frente, mas invariavelmente deixam uma parcela imensa da humanidade para trás. Exemplos não faltam, mas é suficiente lembrar duas grandes inovações – a eletricidade e a telefonia – lançadas no final do século XIX. Cem anos depois, e já à véspera de novos saltos à frente, 40% da população mundial continua sem tomada na parede e 65% nunca deu um telefonema sequer, anota o economista americano Jeremy Rifkin.

É uma questão de poder. A elite – como a Rainha Negra arrastando Alice pelo tabuleiro de xadrez, na história de Carroll – acompanha a velocidade da tecnologia e dita o passo das transformações. O resto do mundo come poeira. "Nosso planeta é tão desigual que a ilha de Manhatan, sozinha, possui mais linhas telefônicas que todo o continente africano, diz o sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, colunista desta revista, professor de Economia da Faculdade Cásper Líbero (SP) e autor de um pequeno grande livro sobre o assunto, Exclusão Digital – A Miséria na Era da Informação (Fundação Perseu Abramo, 46 págs., R$ 8).

No limiar do terceiro milênio, o paradoxo está de novo em marcha, dessa vez diante da chamada revolução digital, criada pelo advento do computador e da internet. O seu impacto deverá ser ainda maior e mais profundo do que as transformações tecnológicas dos últimos duzentos anos.

Essa é a opinião praticamente unânime dos especialistas, mas nem é preciso ser um estudioso do assunto para ver o que vem por aí. É que, ao contrário da eletricidade ou da telefonia, o advento da teleinformática não incidirá apenas sobre ferramentas de trabalho, de lazer e comodidade, ou seja, sobre os meios físicos importantes para a sobrevivência dos cidadãos. Muito além disso, a poderosa união do processamento de dados com as comunicações a distância afetará também, e talvez principalmente, a capacidade de aprender, pensar e criar das pessoas.

Como diz o economista e jornalista Gilson Schwartz, do Instituto de Estudos Avançados da USP, "exclusão digital não é ficar sem computador ou telefone celular. É continuarmos incapazes de pensar, de criar e de organizar novas formas – mais justas e dinâmicas – de produção e distribuição de riqueza simbólica e material". O resultado poderá ser uma espécie de "apartheid mental", caracterizado pela exclusão radical de uma grande parcela da humanidade da era da informática.

O risco existe, especialmente, porque não foi essa a preocupação que presidiu a entrada dos chips em rede nos bancos, supermercados, escritórios e casas dos cidadãos. Longe disso, a lógica da era digital, desde o princípio, foi a lógica do retorno de capital – seja por meio da venda pura e simples de máquinas e serviços, ou, de acordo com uma ótica ainda mais estreita, com o objetivo de ampliar os índices de produtividade e de lucro. Daí por que a Internet cresceu, primeiro, como uma ferramenta das bolsas de valores e instituições financeiras, passando em seguida para as grandes empresas, como bancos e supermercados. Por último, chegou aos lares das classes alta e média, marginalmente, quase sempre como um eletrodoméstico de luxo.

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