A
saga de um vaqueiro – Rita de Cássia
Vou
pedir licença pra contar a minha história / Como um vaqueiro tem suas perdas e
suas glórias / Mesmo sendo forte, o coração é um menino / Que ama e chora por
dentro, e segue seu destino
Desde
cedo assumi minha paixão / De ser vaqueiro e ser um campeão / Nas vaquejadas
sempre fui batalhador / Consegui respeito por ser um vencedor
Da arquibancada
uma morena me aplaudia / Seus cabelos longos, olhos negros, sorria / Perdi um
boi naquele dia lá na pista / Mas um grande amor surgia em minha vida
Naquele
dia começou o meu dilema / Apaixonado por aquela morena / Cada boi que eu
derrubava, ela aplaudia / E eu, todo em prosa, sorria
Então
começamos um namoro apaixonado / Ela vivia na garupa do meu cavalo / Meus
planos já estavam traçados em meu coração / De tê-la como esposa ao pedir a sua
mão
Que
tristeza abalou meu coração / Quando seu pai negou-me sua mão / Desprezou-me
por eu ser um vaqueiro / Pra sua filha, só queria um fazendeiro
A gente
se encontrava sempre às escondidas /E vivia aquele amor proibido /Cada novo
encontro era sempre perigoso / Mas o nosso amor era tão gostoso
Decidimos
então fugir pra outras vaquejadas /Iríamos seguir / Marcamos um lugar pra gente
se encontrar /Mas na hora marcada ela não estava lá
Voltei
em um galope, saí cortando o vento / Como se procura uma novilha no relento / E
tudo em mim chorava por dentro / E tudo em mim chorava por dentro
Vieram
me contar que mandaram ela pra longe / Onde o vento se esconde, o som do
berrante se desfaz / Um fruto do nosso amor ela estava a esperar
Fiquei
desesperado com tamanha maldade / Pensei fazer desgraça, mas me controlei / E
saí pelo mundo, um vaqueiro magoado / Só por que um dia eu amei
Passaram
muitos anos, e eu pelo mundo / De vaquejada em vaquejada, sempre a viajar / Era
um grande vaqueiro, mas meu coração continuava a penar
Um dia
eu fui convidado, pra uma vaquejada /Naquela região /Pensei em não voltar lá,
mas um bom vaqueiro / Nunca pode vacilar
Nunca
mais soube de nada do que lá acontecia / Eu fugia da minha dor e da minha
agonia / Ser sempre campeão era a minha alegria
Depois
de dezessete anos, preparei-me pra voltar / Como um campeão / Queria aquele
prêmio pra lavar meu coração / Mas sabia que por lá existia um vaqueirão
Começou
a vaquejada em uma disputa acirrada / Eu botava o boi no chão, ele também
botava / Eu entrei na festa, e ele lá estava
Eu
fiquei impressionado como ele era valente / Tão jovem e tão forte e tão
insistente / Eu derrubava o boi e ele sempre à minha frente
Chegava
o grande momento de pegar o primeiro lugar / Os bois eram mais fortes, ele não
iria derrubar / E sorri comigo mesmo: dessa vez eu vou ganhar
Quando
me preparava pra entrar na pista / Quando olhei de lado, quase escureci a vista
/ Quando vi uma mulher, aquela que foi a minha vida
Segurei
no meu cavalo para não cair / Tremi, fiquei nervoso quando eu a vi / Enxugando
e abraçando o vaqueiro bem ali
Entrei
na pista como um louco, o bate esteira a percebeu / Andei foi longe do boi, ah,
isso nunca aconteceu
O
vaqueiro entrou na pista e eu fiquei a observar / Ela acenava, ela aplaudia, e
ele o boi a derrubar / Derrubou o boi na faixa, ganhou o primeiro lugar
Fiquei
desconsolado, envergonhado eu fiquei / Perdi o grande prêmio, isso até eu nem
liguei / Mas perder aquele amor, ah, eu não me conformei
Ela veio
sorridente em minha direção / E trouxe o vaqueiro pegado em sua mão / Olhou nos
meus olhos, falou com atenção
Esse é
o nosso filho, que você não conheceu / Sempre quis ser um vaqueiro, como você,
um campeão /E pela primeira vez, quer a sua bênção
Eu
chorava, de feliz / Abraçado, com meu filho / Um vaqueiro, como eu / Eu nunca
tinha visto / Posso confessar, o maior prêmio / Deus me deu
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A
balada do vaqueiro – Mano Walter (Composição André Moura)
E da vaquejada prum bar, do bar
para o motel / E na boiada eu sou carrasco, na cama eu sou cruel / Whisky, Red
Bull, e o bolso cheio de dinheiro / Galera fica doida na balada do vaqueiro.
Mandei lavar meu carro, regulei
meu paredão / Separei meus cavalos, quarto de milha, alazão / Peguei a minha
cela, espora, luva e chicote /
Coloquei os cavalos la em cima do
reboque / Já comprei a bebida, convidei a mulherada / Chegou o fim de semana eu
vou partir pra vaquejada.
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A
morte do Vaqueiro – Luiz Gonzaga
Numa tarde bem tristonha / Gado
muge sem parar / Lamentando seu vaqueiro / Que não vem mais aboiar / Não vem
mais aboiar / Tão dolente a cantar /
Tengo,
lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo / Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino / Morre
sem deixar tostão / O seu nome é esquecido / Nas quebradas do sertão / Nunca
mais ouvirão / Seu cantar, meu irmão
Tengo,
lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo / Ei, gado, oi
Sacudido numa cova / Desprezado
do Senhor / Só lembrado do cachorro / Que inda chora / Sua dor / É demais tanta
dor / A chorar com amor
Tengo,
lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo / Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo,
lengo, tengo /Ei, gado, oi / E... Ei...
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A saga de um vaqueiro
Letra: https://www.letras.mus.br/mastruz-com-leite/1158507/
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=T89IfMLzxBU
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A balada do vaqueiro – Mano
Walter
Letra: https://www.letras.mus.br/mano-walter/balada-do-vaqueiro/
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=KV2cyCBvA58
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A morte do vaqueiro – Luiz
Gonzaga
Letra: https://www.youtube.com/watch?v=tGsJrAlAQDs
Vídeo: https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/82383/
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