O compromisso seria uma palavra
oca, uma abstração, se não envolvesse a decisão lúcida e profunda de quem o
assume. Se não se desse no plano do concreto” (p. 15).
“A primeira condição para que um
ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir” (p.
16) UM ESTAR NO MUNDO SEM ÁLIBI.
“Somente um ser que é capaz de sair
de seu contexto, de ‘distanciar-se’ dele para ficar com ele; capaz de admirá-lo
para, objetivando-o, transformá-lo e, transformando-o, saber-se transformado
pela sua própria criação; um ser que é e está sendo no tempo que é o seu, um
ser histórico, somente este é capaz, por tudo isto, de comprometer-se” (p. 17).
“É exatamente esta capacidade de
atuar, operar, de transformar a realidade de acordo com finalidades propostas
pelo homem, à qual está associada sua capacidade de refletir, que o faz um ser
da práxis” (p. 17).
“Assim, como não há homem sem
mundo, nem mundo sem homem, não pode haver reflexão e ação fora da relação
homem-realidade. Esta relação homem-realidade, homem-mundo, ao contrário do
contato animal com o mundo, como já afirmamos, implica a transformação do
mundo, cujo produto, por sua vez, condiciona ambas, ação e reflexão” (p. 17).
“É que, no jogo interativo do
atuar-pensar o mundo, se, num momento da experiência histórica dos homens, os
obstáculos ao seu autêntico atuar e pensar não são visualizados, em outros,
estes obstáculos passam a ser percebidos para, finalmente, os homens ganharem
com eles sua razão. [...]. E como o próprio da existência humana é a
atuação-reflexão, quando se impede um homem comprometido de atuar, os homens se
sentem frustrados e por isso procuram superar a situação de frustração” (p.
18).
“O compromisso próprio da
existência humana, só existe no engajamento com a realidade [...]. A
neutralidade frente ao mundo, frente aos valores, reflete, reflete apenas o
medo que se tem de revelar o compromisso. Este medo quase sempre resulta de um
‘compromisso’ contra os homens, contra sua humanização, por parte dos que se
dizem neutros” (p. 19).
“O verdadeiro compromisso é a
solidariedade” (p. 19).
A “essência do compromisso [é o]
encontro dinâmico de homens solidários” (p. 19).
O profissional “antes de ser
profissional, é homem” (p. 19).
“Quanto mais me capacito como
profissional, quanto mais sistematizo minhas experiências, quanto mais me
utilizo do patrimônio cultural, que é patrimônio de todos e ao qual todos devem
servir, mais aumenta minha responsabilidade com os homens. Não posso, por isso
mesmo, burocratizar meu compromisso de profissional, servindo, numa inversão
dolosa de valores, mais aos meios que ao fim do homem. Não posso me deixar
seduzir pelas tentações míticas, entre elas a da minha escravidão às técnicas,
que, sendo elaboradas pelos homens, são suas escravas e não suas senhoras” (p.
20).
“Na medida em que o compromisso não
pode ser um ato passivo, mas práxis – ação e reflexão sobre a realidade –
inserção nela, ele implica indubitavelmente um conhecimento da realidade” (p.
21).
“É transformando a totalidade que
se transformam as partes e não o contrário” (p. 21).
“A Reforma Agrária, por ser um
processo, é algo dinâmico” (p. 22).
“O humanismo é um compromisso
radical com o homem concreto” (p. 22).
“Se o meu compromisso é realmente
com o homem concreto, com a causa de sua humanização, de sua libertação, não
posso por isso mesmo prescindir da ciência, nem da tecnologia com as quais me
vou instrumentando para melhor lutar por esta causa” (p. 22, 23).
“[...] tentação tecnicista
(mitificação da técnica)” (p. 23).
“[...] alienação (ou alheamento)
cultural que sofrem nossas sociedades” (p. 23).
A “falta de autenticidade” das
sociedades (p. 24).
“Não há técnicas neutras que possam
ser transplantadas de um contexto a outro. A alienação do profissional não lhe
permite perceber esta obviedade” (p. 24).
“No lugar deste risco que deve ser
corrido (a existência humana é risco) e que também caracteriza a coragem do
compromisso, a alienação estimula o formalismo, que funciona como uma espécie
de cinto de segurança” (p. 25).
“[...] o momento histórico da
América Latina exige de seus profissionais uma séria reflexão sobre sua
realidade [...]. Compromisso com seu povo. Com o homem concreto. Compromisso
com o ser mais deste homem” (p. 25).
“Não é possível fazer uma reflexão
sobre o que é a educação sem refletir sobre o próprio homem” (p. 27).
“O cão e a árvore também são
inacabados, mas o homem se sabe inacabado e por isso se educa” (p. 27).
“A educação é uma resposta da
finitude da infinitude” (p. 27).
“O homem deve ser o sujeito de sua própria
educação. Não pode ser o objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém” (p. 28).
“Existem graus de educação, mas
estes não são absolutos” (p. 28).
“O homem, por ser inacabado,
incompleto, não sabe de maneira absoluta. Somente Deus sabe de maneira absoluta”
(p. 28).
“O saber se faz através de uma
superação constante. O saber superado já é uma ignorância. Todo saber humano
tem em si o testemunho do novo saber que já anuncia” (p. 29). A RENOVAÇAO AD
INFINITUM, O GÉRMEM DA CONTRARESPOSTA
“Por isso, não podemos nos colocar
na posição do ser superior que ensina um grupo de ignorantes, mas sim na
posição humilde daquele que comunica um saber relativo a outros que possuem
outro saber relativo. (É preciso saber reconhecer quando os educandos sabem
mais e fazer com que eles também saibam com humildade)” (p. 29).
“O amor é uma intercomunicação
íntima de duas consciências que se respeitam” (p. 29).
“Quem ama o faz amando os defeitos
e as qualidades do ser amado” (p. 29).
“Não há educação sem amor. O amor
implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não
pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama
não compreende o próximo, não o respeita” (p. 29).
“Uma educação sem esperança não é
educação” (p. 30).
“O homem está no mundo e com o
mundo” (p. 30)
“O animal não é um ser de relações,
mas de contatos. Está no mundo e não com o mundo” (p. 30).
“Cultura é tudo que é criado pelo
homem. Tanto uma poesia como uma frase de saudação. A cultura consiste em recriar
e não em repetir. [...]. O homem deve transformar a realidade para ser mais (a
propaganda política ou comercial fazem do homem um objeto” (p. 30).
“O homem primitivo viveu sob o
tempo, e quando teve consciência do tempo se historicizou
Deus vive no presente e para ele o
meu futuro é presente. Por isso não podemos dizer que Deus prevê, mas que vê
tudo no seu presente” (p. 31).
“As relações ou contatos dos
animais são reflexos” (p. 31).
“[...] as relações dos animais são
inconseqüentes, já que estes não têm liberdade para criar ou não criar”.
“[...] animais não podem fazer sua
própria história” (p. 32).
“A educação deve ser desinibidora e
não restritiva. É necessário darmos oportunidade para que os educandos sejam
eles mesmos” (p. 32).
“Toda transição é hudança (sic), mas não vice-versa (atualmente,
estamos numa época de transição) (p. 33).
“De modo que o nosso futuro
baseia-se no passado e se corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e
o que somos, para saber o que seremos” (p. 33).
Em sociedades de “forma e
autoritária [...] um filho de sapateiro dificilmente pode chegar a ser
professor universitário [...] o filho de um professor universitário não pode
chegar a ser sapateiro, pelos preconceitos de seu pai” (p. 34).
“A sociedade fechada se caracteriza
pela conservação do status ou
privilégio e por desenvolver todo um sistema educacional para manter este status” (p. 34)
“Consideram o trabalho manual
degradante; os integrantes são dignos e os trabalham com as mãos são indignos.
Por isso as escolas técnicas se enchem de filhos das classes populares e não
das elites” (p. 35).
“Quando o ser humano pretende imitar
a outrem, já não é ele mesmo. [...]. Quanto mais alguém quer ser outro, tanto
menos é ele mesmo” (p. 35).
“O ser alienado não olha para a
realidade com critério pessoal, mas com olhos alheios” (p. 35).
“O ser alienado não procura um
mundo autêntico” (p. 35).
“O erro não está na imitação, mas
na passividade com que se recebe a imitação ou na falta de análise ou de
autocrítica” (p. 35).
“A sociedade alienada não se
conhece a si mesma; é imatura, tem comportamento exemplarista, trata de conhecer
a realidade por diagnósticos estrangeiros” (p. 36).
“É ingenuidade pensar que a simples
importação de soluções salvará o povo. Isso se passa entre os candidatos que,
por não conhecerem a fundo os problemas do poder, fazem mil promessas e ao
chegar ao poder encontram mil obstáculos que, às vezes, os fazem cair no
desânimo. Não se trata de desonestidade, mas de ingenuidade” (p. 36).
“As massas descobrem na educação um
canal para um novo status e começam a exigir mais escolas. Começam a ter uma
apetência que não tinham. Existe uma correspondência entre a manifestação das
massas e a reivindicação. É o que chamamos educação das massas” (p. 37).
“As massas querem participar mais
na sociedade. As elites acham que isto é um absurdo e criam instituições de
assistência social para domesticá-las. Não prestam serviços, atuam
paternalisticamente, o que é uma forma de colonialismo. Procura-se tratá-las
como crianças para que continuem sendo crianças” (p. 37).
“A consciência criadora e
comunicativa é democrática” (p. 38).
“O sectarismo não é crítica, não
ama, não dialoga, não comunica, não faz comunicados. No processo histórico, os
sectários comportam-se como inimigos; consideram-se donos da história. O
sectarismo pretende conquistar o poder com as massas, mas estas depois não
participam do poder. Para que haja revolução das massas é necessário que estas
participem do poder” (p. 38).
“O professor ainda é um ser superior
que ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancária. O educando recebe
passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito educador. Educa-se para
arquivar o que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem,
que perde assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O destino
do homem deve ser criar e transformar o mundo, sendo o sujeito de sua ação” (p.
38).
“Em nossas escolas se enfatiza
muito a consciência ingênua” (p. 38).
“O primeiro estado da consciência é
a intransitividade [...]. A consciência intransitiva, contudo, não é
consciência fechada. [...]. Quanto mais se distancia da captação da realidade,
mais se aproxima da captação mágica ou supersticiosa da realidade” (p. 39).
O “fanatismo é próprio do homem
massificado” (p. 39).
“Na consciência ingênua há uma
busca de compromisso; na crítica há um compromisso e, na fanática, uma entrega
irracional.
A consciência intransitiva responde
a um desafio com ações mágicas porque a compreensão é mágica. Geralmente em
todos nós existe algo de consciência mágica: o importante é superá-la” (p. 39).
“[...] necessidade que o espírito
tem de abstrair para alcançar o concreto” (p. 44).
“Efetivamente, a mudança e a
estabilidade, o dinamismo e o estático, constituem a estrutura social” FORÇAS
DE TRANSFORMAÇÃO E DE CONSERVAÇÃO.
“A extensão de um termo é o número
de indivíduos aos quais se aplica o termo. No caso do termo papel, sua extensão é o conjunto de
quefazeres que se pode chamar de papel.
A compreensão, por sua vez, é a soma de qualidades que dão a significação do
termo. Quanto maior é a compreensão de um termo, menor é sua extensão ou
vice-versa” (p. 45). METONÍMIA E METÁFORA.
“Mudança e estabilidade resultam
ambas da ação, do trabalho que o homem exerce sobre o mundo. Como um ser de
práxis, o homem, ao responder aos desafios que partem do mundo, cria seu mundo:
o mundo histórico-cultural.
O mundo de acontecimentos, de
valores, de idéias, de instituições. Mundo da linguagem, dos sinais, dos
signos, dos símbolos” (p. 46).
“[...] o mundo humano só é porque está sendo; e só está sendo na medida em que se dialetizam a mudança e o
estático” (p. 47).
“A cristalização de hoje é a
mudança que se operou ontem numa outra cristalização. Por isso é que nada de
novo nasce de si mesmo, mas sim do velho que antes foi novo. Por isso também
tudo o que é novo, ao tomar forma, faz seu ‘testamento’ ao novo que nascerá
dele, quando esgotar e ficar velho” (p. 47).
“[...] sujeitos e não objetos de
transformação” (p. 48).
Por isso, o trabalhador social não
pode ser um homem neutro frente ao mundo, um homem um homem neutro frente à
desumanização ou humanização, frente à permanência do que já não representa os
caminhos do humano ou à mudança destes caminhos” (p. 49).
“[...] soluções de caráter
assistencialista” (p. 49).
“O trabalhador social que opta pela
mudança não teme a liberdade, não prescreve, não manipula, não foge da
comunicação, pelo contrário, a procura e vive. Todo seu esforço, de caráter
humanista, centraliza-se no sentido da desmistificação do mundo, da desmistificação
da realidade. Vê nos homens com quem
trabalha – jamais sobre quem ou contra quem – pessoas e não ‘coisas’
sujeitos e não objetos” (p. 51).
“Se sua opção é pela humanização,
não pode então aceitar que seja o ‘agente
da mudança, mas um de seus agentes”
(p. 52).
“[...] não há mudança da mudança,
nem estabilidade da estabilidade, mas mudança e estabilidade de algo” (p. 53).
“São respostas de caráter estrutural
e respostas de caráter ideológico” (p. 53).
“[...] manipulação é instrumento da
desumanização – consciente ou não, pouco importa – enquanto a tarefa de mudar,
de quem está com a mudança, só se justifica em sua finalidade humanista” (p.
54).
“[...] o trabalhador social
humanista não pode transformar sua ‘palavra’ em ativismo nem em palavreado,
pois uma e outra nada transformam realmente. Pelo contrário, será tanto mais
humanista quanto mais verdadeiro for seu trabalho, quanto mais reais forem sua
ação e sua reflexão com a ação e a reflexão dos homens com quem tem que estar
em comunhão, colaboração, em con-vivência” (p. 54)
“A sociedade cujo centro de decisão
não se encontra em seu ser, mas no ser de outra, se comporta em relação a esta
como um ‘ser para outro’” (p. 55).
“A estrutura social precisamente
por ser social é humana, e se não fosse humana seria uma simples ‘estrutura-suorte’
[...]” (p. 56).
“[...] a dimensão do cultural que
em sentido amplo, antropológico-descritivo, é tudo o que homem cria e recria”
(p. 56).
“[...] formas de ser
correspondentes não mais à estrutura anterior, mas à nova” (p. 57).
“A mudança da percepção da
realidade, que não pode dar-se a nível intelectualista, mas na ação e na
reflexão em momentos históricos especiais, além de ser a única possibilidade de
ser tentada, torna-se, como ‘associado eficiente’, instrumento para ação da
mudança” (p. 58).
“Tentar a conscientização dos
indivíduos com quem se trabalha, enquanto com eles também se conscientiza, este
e não outro nos parece ser o papel do
trabalhador social que optou pela mudança” (p. 60).
“Nenhuma ação educativa pode
prescindir de uma reflexão sobre o homem e de uma análise sobre suas condições
culturais. Não há educação fora das sociedades humanas e não há homens
isolados. O homem é um ser de raízes espaço-temporais” (p. 61)
“Se a vocação ontológica do homem é
a de ser sujeito e não objeto, só poderá desenvolvê-la na medida em que,
refletindo sobre suas condições espaço-temporais, introduz-se nelas, de maneira
crítica” (p. 61).
“Numa era cada vez mais tecnológica
como a nossa, será menos instrumental uma educação que despreze a preparação
técnica do homem, como a que, dominada pela ansiedade de especialização,
esqueça-se de sua humanização” (p. 62).
“[...] o conceito de relações da
esfera puramente humana guarda em si conotações de pluralidade, de criticidade,
de consequência e de temporalidade” (p. 62).
“[...] o homem e somente o homem é
capaz de transcender, de discernir, de separar órbitas existenciais diferentes,
de distinguir ‘ser’ do ‘não ser’; de travar relações incorpóreas” (p. 63).
“Uma época, por outro lado,
realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas
resolvidas. E se supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem
a novas ansiedades emergentes” (p. 64).
“Para o irracionalismo sectário, a
humanização representava um perigo” (p. 67).
“Posto diante do mundo, o homem
estabelece uma relação sujeito-objeto da qual nasce o conhecimento, que ele
expressa por uma linguagem” (p. 67).
“A compreensão ‘mágica’ resulta de
uma certa obliteração que não permite uma visualização translúcida do desafio,
cujas conotações são assim confundidas. Esta compreensão é característica de um
tipo de consciência que chamamos ‘intransitiva’. A intransitivação da
consciência, por sua vez, implica num total enclausuramento do homem em si
mesmo, soterrado, se assim se pode dizer, por um tempo e um espaço
todo-poderosos” (p. 67). CRONOTOPO.
“E que é diálogo? É uma relação
horizontal de A com B. Nasce de uma matriz crítica e gera criticidade [...].
Nutre-se de amor, de humanidade, de esperança, de fé, de confiança. Por isso,
somente o diálogo comunica” (p. 68).
“O antidiálogo, que implica uma
relação de A sobre B, é oposto a tudo isso. É desamoroso. Não é humilde. Não é
esperançoso; arrogante; auto-suficiente. Quebra-se aquela relação de ‘empatia’
entre seus pólos, que caracteriza o diálogo. Por tudo isso o antidiálogo não
comunica. Faz comunicados” (p. 69).
“Não se cria aquele que impõe, nem
aqueles que recebem; ambos se atrofiam e a educação já não é educação” (p. 69).
“[...] a cultura como aquisição
sistemática da experiência humana, como uma incorporação [...]” (p. 70).
“[...] dignidade no trabalho [...]”
(p. 71).
“[...] o papel do educador seja
fundamentalmente dialogar com o analfabeto sobre situações concretas,
oferecendo-lhe simplesmente os meios com os quais possa se alfabetizar” (p.
72).
Palavras geradoras no método
freireano são “aquelas que, decompostas em seus elementos silábicos,
proporcionam pela combinação desses elementos o nascimento de novas palavras”
(p. 72).
“[...] processo de alfabetização
pela conscientização” (p. 73).
“[...] experiência existencial, da
qual a experiência profissional faz parte” (p. 73).
“[...] trata-se de uma atitude
dialogal à qual os coordenadores devem converte-se para que façam realmente
educação e não domesticação” (p. 78).
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Coleção
Educação e Mudança. Volume 1.Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin.
82 páginas.
.................................................
O diálogo, porém, não pode excluir o conflito, sob pena de ser um diálogo ingênuo (p. 13). Campinas, 7
de agosto de 1979.
Numa sociedade de classes toda
educação é classista, educar, no único sentido aceitável, significa
conscientizar e lutar contra esta ordem, subvertê-la” (p. 13). Campinas, 7 de
agosto de 1979.
“Pelo contrário, se a educação,
notadamente a brasileira, sempre ignorou a política, a política nunca ignorou a
educação. Não estamos politizando a educação. Ela sempre foi política. Ela
sempre esteve a serviço das classes dominantes” (p. 14) Campinas, 7 de agosto
de 1979.
GADOTTI, Moacir. Prefácio in FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Coleção
Educação e Mudança. Volume 1.Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin.
82 páginas
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