terça-feira, 12 de agosto de 2014

FREIRE, Paulo. Educação e mudança


O compromisso seria uma palavra oca, uma abstração, se não envolvesse a decisão lúcida e profunda de quem o assume. Se não se desse no plano do concreto” (p. 15).

 

“A primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir” (p. 16) UM ESTAR NO MUNDO SEM ÁLIBI.

 

“Somente um ser que é capaz de sair de seu contexto, de ‘distanciar-se’ dele para ficar com ele; capaz de admirá-lo para, objetivando-o, transformá-lo e, transformando-o, saber-se transformado pela sua própria criação; um ser que é e está sendo no tempo que é o seu, um ser histórico, somente este é capaz, por tudo isto, de comprometer-se” (p. 17).

 

“É exatamente esta capacidade de atuar, operar, de transformar a realidade de acordo com finalidades propostas pelo homem, à qual está associada sua capacidade de refletir, que o faz um ser da práxis” (p. 17).

 

“Assim, como não há homem sem mundo, nem mundo sem homem, não pode haver reflexão e ação fora da relação homem-realidade. Esta relação homem-realidade, homem-mundo, ao contrário do contato animal com o mundo, como já afirmamos, implica a transformação do mundo, cujo produto, por sua vez, condiciona ambas, ação e reflexão” (p. 17).

 

“É que, no jogo interativo do atuar-pensar o mundo, se, num momento da experiência histórica dos homens, os obstáculos ao seu autêntico atuar e pensar não são visualizados, em outros, estes obstáculos passam a ser percebidos para, finalmente, os homens ganharem com eles sua razão. [...]. E como o próprio da existência humana é a atuação-reflexão, quando se impede um homem comprometido de atuar, os homens se sentem frustrados e por isso procuram superar a situação de frustração” (p. 18).

 

“O compromisso próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade [...]. A neutralidade frente ao mundo, frente aos valores, reflete, reflete apenas o medo que se tem de revelar o compromisso. Este medo quase sempre resulta de um ‘compromisso’ contra os homens, contra sua humanização, por parte dos que se dizem neutros” (p. 19).

 

“O verdadeiro compromisso é a solidariedade” (p. 19).

 

A “essência do compromisso [é o] encontro dinâmico de homens solidários” (p. 19).

 

O profissional “antes de ser profissional, é homem” (p. 19).

 

“Quanto mais me capacito como profissional, quanto mais sistematizo minhas experiências, quanto mais me utilizo do patrimônio cultural, que é patrimônio de todos e ao qual todos devem servir, mais aumenta minha responsabilidade com os homens. Não posso, por isso mesmo, burocratizar meu compromisso de profissional, servindo, numa inversão dolosa de valores, mais aos meios que ao fim do homem. Não posso me deixar seduzir pelas tentações míticas, entre elas a da minha escravidão às técnicas, que, sendo elaboradas pelos homens, são suas escravas e não suas senhoras” (p. 20).

 

“Na medida em que o compromisso não pode ser um ato passivo, mas práxis – ação e reflexão sobre a realidade – inserção nela, ele implica indubitavelmente um conhecimento da realidade” (p. 21).

 

“É transformando a totalidade que se transformam as partes e não o contrário” (p. 21).

 

“A Reforma Agrária, por ser um processo, é algo dinâmico” (p. 22).

 

“O humanismo é um compromisso radical com o homem concreto” (p. 22).

 

“Se o meu compromisso é realmente com o homem concreto, com a causa de sua humanização, de sua libertação, não posso por isso mesmo prescindir da ciência, nem da tecnologia com as quais me vou instrumentando para melhor lutar por esta causa” (p. 22, 23).

 

“[...] tentação tecnicista (mitificação da técnica)” (p. 23).

 

“[...] alienação (ou alheamento) cultural que sofrem nossas sociedades” (p. 23).

 

A “falta de autenticidade” das sociedades (p. 24).

 

“Não há técnicas neutras que possam ser transplantadas de um contexto a outro. A alienação do profissional não lhe permite perceber esta obviedade” (p. 24).

 

“No lugar deste risco que deve ser corrido (a existência humana é risco) e que também caracteriza a coragem do compromisso, a alienação estimula o formalismo, que funciona como uma espécie de cinto de segurança” (p. 25).

 

“[...] o momento histórico da América Latina exige de seus profissionais uma séria reflexão sobre sua realidade [...]. Compromisso com seu povo. Com o homem concreto. Compromisso com o ser mais deste homem” (p. 25).

 

“Não é possível fazer uma reflexão sobre o que é a educação sem refletir sobre o próprio homem” (p. 27).

 

“O cão e a árvore também são inacabados, mas o homem se sabe inacabado e por isso se educa” (p. 27).

 

“A educação é uma resposta da finitude da infinitude” (p. 27).

 

“O homem deve ser o sujeito de sua própria educação. Não pode ser o objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém” (p. 28).

 

“Existem graus de educação, mas estes não são absolutos” (p. 28).

“O homem, por ser inacabado, incompleto, não sabe de maneira absoluta. Somente Deus sabe de maneira absoluta” (p. 28).

 

“O saber se faz através de uma superação constante. O saber superado já é uma ignorância. Todo saber humano tem em si o testemunho do novo saber que já anuncia” (p. 29). A RENOVAÇAO AD INFINITUM, O GÉRMEM DA CONTRARESPOSTA

 

“Por isso, não podemos nos colocar na posição do ser superior que ensina um grupo de ignorantes, mas sim na posição humilde daquele que comunica um saber relativo a outros que possuem outro saber relativo. (É preciso saber reconhecer quando os educandos sabem mais e fazer com que eles também saibam com humildade)” (p. 29).

 

“O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam” (p. 29).

 

“Quem ama o faz amando os defeitos e as qualidades do ser amado” (p. 29).

 

“Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita” (p. 29).

 

“Uma educação sem esperança não é educação” (p. 30).

 

“O homem está no mundo e com o mundo” (p. 30)

 

“O animal não é um ser de relações, mas de contatos. Está no mundo e não com o mundo” (p. 30).

 

“Cultura é tudo que é criado pelo homem. Tanto uma poesia como uma frase de saudação. A cultura consiste em recriar e não em repetir. [...]. O homem deve transformar a realidade para ser mais (a propaganda política ou comercial fazem do homem um objeto” (p. 30).

 

“O homem primitivo viveu sob o tempo, e quando teve consciência do tempo se historicizou

Deus vive no presente e para ele o meu futuro é presente. Por isso não podemos dizer que Deus prevê, mas que vê tudo no seu presente” (p. 31).

 

“As relações ou contatos dos animais são reflexos” (p. 31).

 

“[...] as relações dos animais são inconseqüentes, já que estes não têm liberdade para criar ou não criar”.

 

“[...] animais não podem fazer sua própria história” (p. 32).

 

“A educação deve ser desinibidora e não restritiva. É necessário darmos oportunidade para que os educandos sejam eles mesmos” (p. 32).

 

“Toda transição é hudança (sic), mas não vice-versa (atualmente, estamos numa época de transição) (p. 33).

 

“De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o que somos, para saber o que seremos” (p. 33).

 

Em sociedades de “forma e autoritária [...] um filho de sapateiro dificilmente pode chegar a ser professor universitário [...] o filho de um professor universitário não pode chegar a ser sapateiro, pelos preconceitos de seu pai” (p. 34).

 

“A sociedade fechada se caracteriza pela conservação do status ou privilégio e por desenvolver todo um sistema educacional para manter este status” (p. 34)

 

“Consideram o trabalho manual degradante; os integrantes são dignos e os trabalham com as mãos são indignos. Por isso as escolas técnicas se enchem de filhos das classes populares e não das elites” (p. 35).

 

“Quando o ser humano pretende imitar a outrem, já não é ele mesmo. [...]. Quanto mais alguém quer ser outro, tanto menos é ele mesmo” (p. 35).

 

“O ser alienado não olha para a realidade com critério pessoal, mas com olhos alheios” (p. 35).

 

“O ser alienado não procura um mundo autêntico” (p. 35).

 

“O erro não está na imitação, mas na passividade com que se recebe a imitação ou na falta de análise ou de autocrítica” (p. 35).

 

“A sociedade alienada não se conhece a si mesma; é imatura, tem comportamento exemplarista, trata de conhecer a realidade por diagnósticos estrangeiros” (p. 36).

 

“É ingenuidade pensar que a simples importação de soluções salvará o povo. Isso se passa entre os candidatos que, por não conhecerem a fundo os problemas do poder, fazem mil promessas e ao chegar ao poder encontram mil obstáculos que, às vezes, os fazem cair no desânimo. Não se trata de desonestidade, mas de ingenuidade” (p. 36).

 

“As massas descobrem na educação um canal para um novo status e começam a exigir mais escolas. Começam a ter uma apetência que não tinham. Existe uma correspondência entre a manifestação das massas e a reivindicação. É o que chamamos educação das massas” (p. 37).

 

“As massas querem participar mais na sociedade. As elites acham que isto é um absurdo e criam instituições de assistência social para domesticá-las. Não prestam serviços, atuam paternalisticamente, o que é uma forma de colonialismo. Procura-se tratá-las como crianças para que continuem sendo crianças” (p. 37).

 

“A consciência criadora e comunicativa é democrática” (p. 38).

“O sectarismo não é crítica, não ama, não dialoga, não comunica, não faz comunicados. No processo histórico, os sectários comportam-se como inimigos; consideram-se donos da história. O sectarismo pretende conquistar o poder com as massas, mas estas depois não participam do poder. Para que haja revolução das massas é necessário que estas participem do poder” (p. 38).

 

“O professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancária. O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito educador. Educa-se para arquivar o que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O destino do homem deve ser criar e transformar o mundo, sendo o sujeito de sua ação” (p. 38).

 

“Em nossas escolas se enfatiza muito a consciência ingênua” (p. 38).

 

“O primeiro estado da consciência é a intransitividade [...]. A consciência intransitiva, contudo, não é consciência fechada. [...]. Quanto mais se distancia da captação da realidade, mais se aproxima da captação mágica ou supersticiosa da realidade” (p. 39).

 

O “fanatismo é próprio do homem massificado” (p. 39).

 

“Na consciência ingênua há uma busca de compromisso; na crítica há um compromisso e, na fanática, uma entrega irracional.

A consciência intransitiva responde a um desafio com ações mágicas porque a compreensão é mágica. Geralmente em todos nós existe algo de consciência mágica: o importante é superá-la” (p. 39).

 

“[...] necessidade que o espírito tem de abstrair para alcançar o concreto” (p. 44).

 

“Efetivamente, a mudança e a estabilidade, o dinamismo e o estático, constituem a estrutura social” FORÇAS DE TRANSFORMAÇÃO E DE CONSERVAÇÃO.

 

“A extensão de um termo é o número de indivíduos aos quais se aplica o termo. No caso do termo papel, sua extensão é o conjunto de quefazeres que se pode chamar de papel. A compreensão, por sua vez, é a soma de qualidades que dão a significação do termo. Quanto maior é a compreensão de um termo, menor é sua extensão ou vice-versa” (p. 45). METONÍMIA E METÁFORA.

 

“Mudança e estabilidade resultam ambas da ação, do trabalho que o homem exerce sobre o mundo. Como um ser de práxis, o homem, ao responder aos desafios que partem do mundo, cria seu mundo: o mundo histórico-cultural.

O mundo de acontecimentos, de valores, de idéias, de instituições. Mundo da linguagem, dos sinais, dos signos, dos símbolos” (p. 46).

 

“[...] o mundo humano só é porque está sendo; e só está sendo na medida em que se dialetizam a mudança e o estático” (p. 47).

 

“A cristalização de hoje é a mudança que se operou ontem numa outra cristalização. Por isso é que nada de novo nasce de si mesmo, mas sim do velho que antes foi novo. Por isso também tudo o que é novo, ao tomar forma, faz seu ‘testamento’ ao novo que nascerá dele, quando esgotar e ficar velho” (p. 47).

 

“[...] sujeitos e não objetos de transformação” (p. 48).

 

Por isso, o trabalhador social não pode ser um homem neutro frente ao mundo, um homem um homem neutro frente à desumanização ou humanização, frente à permanência do que já não representa os caminhos do humano ou à mudança destes caminhos” (p. 49).

 

“[...] soluções de caráter assistencialista” (p. 49).

 

“O trabalhador social que opta pela mudança não teme a liberdade, não prescreve, não manipula, não foge da comunicação, pelo contrário, a procura e vive. Todo seu esforço, de caráter humanista, centraliza-se no sentido da desmistificação do mundo, da desmistificação da realidade. Vê nos homens com quem trabalha – jamais sobre quem ou contra quem – pessoas e não ‘coisas’ sujeitos e não objetos” (p. 51).

 

“Se sua opção é pela humanização, não pode então aceitar que seja o ‘agente da mudança, mas um de seus agentes” (p. 52).

 

“[...] não há mudança da mudança, nem estabilidade da estabilidade, mas mudança e estabilidade de algo” (p. 53).

 

“São respostas de caráter estrutural e respostas de caráter ideológico” (p. 53).

 

“[...] manipulação é instrumento da desumanização – consciente ou não, pouco importa – enquanto a tarefa de mudar, de quem está com a mudança, só se justifica em sua finalidade humanista” (p. 54).

 

“[...] o trabalhador social humanista não pode transformar sua ‘palavra’ em ativismo nem em palavreado, pois uma e outra nada transformam realmente. Pelo contrário, será tanto mais humanista quanto mais verdadeiro for seu trabalho, quanto mais reais forem sua ação e sua reflexão com a ação e a reflexão dos homens com quem tem que estar em comunhão, colaboração, em con-vivência” (p. 54)

 

“A sociedade cujo centro de decisão não se encontra em seu ser, mas no ser de outra, se comporta em relação a esta como um ‘ser para outro’” (p. 55).

 

“A estrutura social precisamente por ser social é humana, e se não fosse humana seria uma simples ‘estrutura-suorte’ [...]” (p. 56).

 

“[...] a dimensão do cultural que em sentido amplo, antropológico-descritivo, é tudo o que homem cria e recria” (p. 56).

 

“[...] formas de ser correspondentes não mais à estrutura anterior, mas à nova” (p. 57).

 

“A mudança da percepção da realidade, que não pode dar-se a nível intelectualista, mas na ação e na reflexão em momentos históricos especiais, além de ser a única possibilidade de ser tentada, torna-se, como ‘associado eficiente’, instrumento para ação da mudança” (p. 58).

 

“Tentar a conscientização dos indivíduos com quem se trabalha, enquanto com eles também se conscientiza, este e não outro nos parece ser o papel do trabalhador social que optou pela mudança” (p. 60).

 

“Nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o homem e de uma análise sobre suas condições culturais. Não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados. O homem é um ser de raízes espaço-temporais” (p. 61)

 

“Se a vocação ontológica do homem é a de ser sujeito e não objeto, só poderá desenvolvê-la na medida em que, refletindo sobre suas condições espaço-temporais, introduz-se nelas, de maneira crítica” (p. 61).

 

“Numa era cada vez mais tecnológica como a nossa, será menos instrumental uma educação que despreze a preparação técnica do homem, como a que, dominada pela ansiedade de especialização, esqueça-se de sua humanização” (p. 62).

 

“[...] o conceito de relações da esfera puramente humana guarda em si conotações de pluralidade, de criticidade, de consequência e de temporalidade” (p. 62).

 

“[...] o homem e somente o homem é capaz de transcender, de discernir, de separar órbitas existenciais diferentes, de distinguir ‘ser’ do ‘não ser’; de travar relações incorpóreas” (p. 63).

 

“Uma época, por outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas resolvidas. E se supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes” (p. 64).

 

“Para o irracionalismo sectário, a humanização representava um perigo” (p. 67).

 

“Posto diante do mundo, o homem estabelece uma relação sujeito-objeto da qual nasce o conhecimento, que ele expressa por uma linguagem” (p. 67).

 

“A compreensão ‘mágica’ resulta de uma certa obliteração que não permite uma visualização translúcida do desafio, cujas conotações são assim confundidas. Esta compreensão é característica de um tipo de consciência que chamamos ‘intransitiva’. A intransitivação da consciência, por sua vez, implica num total enclausuramento do homem em si mesmo, soterrado, se assim se pode dizer, por um tempo e um espaço todo-poderosos” (p. 67). CRONOTOPO.

 

“E que é diálogo? É uma relação horizontal de A com B. Nasce de uma matriz crítica e gera criticidade [...]. Nutre-se de amor, de humanidade, de esperança, de fé, de confiança. Por isso, somente o diálogo comunica” (p. 68).

 

“O antidiálogo, que implica uma relação de A sobre B, é oposto a tudo isso. É desamoroso. Não é humilde. Não é esperançoso; arrogante; auto-suficiente. Quebra-se aquela relação de ‘empatia’ entre seus pólos, que caracteriza o diálogo. Por tudo isso o antidiálogo não comunica. Faz comunicados” (p. 69).

 

“Não se cria aquele que impõe, nem aqueles que recebem; ambos se atrofiam e a educação já não é educação” (p. 69).

 

“[...] a cultura como aquisição sistemática da experiência humana, como uma incorporação [...]” (p. 70).

 

“[...] dignidade no trabalho [...]” (p. 71).

 

“[...] o papel do educador seja fundamentalmente dialogar com o analfabeto sobre situações concretas, oferecendo-lhe simplesmente os meios com os quais possa se alfabetizar” (p. 72).

 

Palavras geradoras no método freireano são “aquelas que, decompostas em seus elementos silábicos, proporcionam pela combinação desses elementos o nascimento de novas palavras” (p. 72).

 

“[...] processo de alfabetização pela conscientização” (p. 73).

 

“[...] experiência existencial, da qual a experiência profissional faz parte” (p. 73).

 

“[...] trata-se de uma atitude dialogal à qual os coordenadores devem converte-se para que façam realmente educação e não domesticação” (p. 78).

 

 

 

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Coleção Educação e Mudança. Volume 1.Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin. 82 páginas.

 

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O diálogo, porém, não pode excluir o conflito, sob pena de ser um diálogo ingênuo (p. 13). Campinas, 7 de agosto de 1979.

 

Numa sociedade de classes toda educação é classista, educar, no único sentido aceitável, significa conscientizar e lutar contra esta ordem, subvertê-la” (p. 13). Campinas, 7 de agosto de 1979.

 

“Pelo contrário, se a educação, notadamente a brasileira, sempre ignorou a política, a política nunca ignorou a educação. Não estamos politizando a educação. Ela sempre foi política. Ela sempre esteve a serviço das classes dominantes” (p. 14) Campinas, 7 de agosto de 1979.

 

GADOTTI, Moacir. Prefácio in FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Coleção Educação e Mudança. Volume 1.Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin. 82 páginas

 

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