domingo, 6 de dezembro de 2020

Bakhtin - fichamento (Os gêneros do discurso)

 


Os textos bakhtinianos "Os gêneros do discurso" e "O texto na linguística, na filologia e  outras ciências humanas" foram publicados em Estétika sloviésnovo tvórtchestva (Estética da criação verbal, Iskusstvo, 1979),  organizado e notado por Serguei Botcharóv. Também integraram o tomo 5 de Sobránie sotchiniénii (Obras reunidas de Mikhail M. Bakhtin, Moscou, Rússkii Slovari, 1997),  preparado por Botcharov e Liudmila Gogotichvíli e entitulados como "Problemi retchevikh jánrov" ("Problemas dos gêneros do discurso") e "Problema teksta v linguistike, filologii i drugikh gumanitarnikh naukakh" ("O problema do texto na linguística, na filologia e em outras ciências humanas.


"Diálogo I. A questão do discurso dialógico" ("Dialog I. Problema dialogítcheskói riétchi")  e "Diálogo II" ("Dialog II) integram o tomo 5 das Obras reunidas de Bakhtin (1997).


No livro de 1997, "O texto na linguística..." foi dividido em "O problema do texto na linguística..." e em "Apontamentos de 1961" ("1961 god. zametki").


"Os gêneros do discurso" é um texto escrito em Saransk (capital da Mordóvia, distante 630km de Moscou) entre 1952 e 1953). O manuscrito foi publicado na revista Literaturnoi Utchebe (Estudo Literário), n° 1, 1978, pp. 209-19.


Os apontamentos de 1959 a 1961 inicialmente foram publicados com o título "O problema do texto" na revista Vopróssi literaturi (Questões de Literatura), n° 10, 1976, pp. 329-39, dirigida por Vadim Kójinov.

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"Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana (p. 11)"


"[Os] enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional (p. 11-12).


"Todos esses três elementos - o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional estão indissoluvelmente ligados =no conjunto= do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos =relativamente estáveis= de enunciados, os quais denominamos *gêneros do discurso* (p. 12).


"A riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis as possibilidades da multifacetada atividade humana e porque em cada campo dessa atividade vem sendo elaborado todo um repertório de gêneros do discurso, que cresce e se diferencia à medida que tal campo se desenvolve e ganha complexidade. Cabe salientar em especial a extrema =heterogeidade= dos gêneros do discurso (orais e escritos) (p. 12).


"Os gêneros discursivos secundários (complexos - romances, dramas, pesquisas científicas de toda espécie, os grandes gêneros publicísticos, etc.) surgem nas condições de um convívio cultural mais complexo e relativamente muito desenvolvido e organizado (predominantemente o escrito) - ficcional, científico, sociopolítico, etc. No processo de sua formação eles incorporam e reelaboram diversos gêneros primários (simples), que se formaram nas condições da comunicação discursiva imediata" (p. 15).


"[...] a língua passa a integrar a vida através de enunciados concretos (que a realizam)" (p.16).


"O estilo é indissociável de determinadas unidades temáticas e - o que é de especial importância - de determinadas unidades composicionais [...]" (p. 18).



"Os enunciados e seus tipos, isto é, os gêneros discursivos, são correias de transmissão entre a história da sociedade e a história da linguagem" (p. 20).


"Onde há estilo há gênero" (p. 21).


"Toda compreensão da fala viva, do enunciado vivo é de natureza ativamente responsiva [...]" (p. 25)


"O enunciado não é uma unidade convencional, mas uma unidade real, delimitada com precisão pela alternância dos sujeitos do discurso e que termina com a transmissão da palavra ao outro [...]" (p. 29).


"[...] a alternância dos sujeitos do discurso, que emoldura o enunciado e cria para ele a massa firme, rigorosamente delimitada dos outros enunciados a ele vinculados é a primeira peculiaridade constitutiva do enunciado como unidade da comunicação discursiva, que o distingue da unidade da língua. [A] segunda peculiaridade é a =conclusibilidade= específica do enunciado" (p. 35).


"[A] plenitude acabada do enunciado, que assegura a possibilidade de resposta (ou de compreensão responsiva), é determinada por três elementos (ou fatores) intimamente ligados na totalidade orgânica do enunciado: 1) a exauribilidade semântico-objetal; 2) o projeto de discurso ou vontade de discurso do falante; 3) as formas típicas da composição e do acabamento do gênero" (p. 36).


"Quanto mais dominamos os gêneros, maior é a desenvoltura com que os empregamos e mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade" (p. 41).


"[...] conclusibilidade como o enunciado, e ao mesmo tempo comensurabilidade como a oração" (p. 43).


"A oração enquanto unidade da língua é desprovida da resposta capacidade de determinar imediata e ativamente a posição responsiva do falante" (p. 46).


"[...] enunciado suscita resposta" (p. 45).


"Todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva" (p. 46-47).


"A escolha dos meios linguísticos e dos gêneros de discurso é determinada, primeiramente, pelas tarefas (pela ideia) do sujeito do discurso (ou autor) centradas no objeto e no sentido. É o primeiro elemento do enunciado que determina as suas peculiaridades estilístisco-composicionais" (p. 47).


"O segundo elemento do enunciado, que lhe determina a composição e o estilo, é o elemento =expressivo=, isto é, a relação subjetiva emocionalmente valorativa do falante com o conteúdo do objeto e do sentido do seu enunciado" (p. 47).


"[...] só o contato do significado linguístico com a realidade concreta, só o contato da língua com a realidade, contato que se dá no enunciado, gera a centelha da expressão [...]" (p. 51).


"As palavras da língua não são de ninguém [...]" (p. 53).


"[...] o emprego das palavras na comunicação discursiva viva sempre é de índole individual-cotextual. Por isso pode-se dizer que qualquer palavra existe para o falante em três aspectos: como palavra da língua neutra e não petencente a ninguém; como palavra =alheia= dos outros [...] e, por último, como a =minha= palavra [...] em uma situação determinada, com uma intenção discursiva determinada [...] (p. 53).


"[...] o enunciado, seu estilo e sua composição são determinados pelo elemento semântico-objetal e por seu elemento expressivo, isto é, pela relação valorativa do falante com o elemento semântico-objetal do enunciado" (p. 56).


"O enunciado é pleno de =tonalidades dialógicas=, e sem levá-las em conta é impossível entender até o fim o estilo de um enunciado" (p. 59).


"O falante não é um Adão bíblico, só relacionado com objetos virgens ainda não nomeados, aos quais dá nome pela primeira vez" (p. 61).


"[...] o enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva e não pode ser separado dos elos precedentes que o determinam tanto de fora quanto de dentro, gerando nele atitudes responsivas diretas e ressonâncias dialógicas" (p. 62).


"[...] ativa compreensão responsiva do meu enunciado [...]" (p. 64).


"[...] influência do destinatário sobre a construção e o estilo do enunciado" (p. 65).


"[...] a obra mais complexa e pluricomposicional do gênero secundário no seu conjunto (enquanto conjunto) é o enunciado único e real, que tem autor real e destinatários realmente percebidos e representados por esse autor" (p. 68).


"A escolha de =todos= os recursos linguísticos é feita pelo falante sob maior ou menor influência do destinatário e da sua resposta antecipada" (p. 69).


"A atitude humana é um texto em potencial e pode ser compreendida (como atitude humana e não ação física) unicamente no contexto dialógico da própria época (como réplica, como posição semântica, como sistema de motivos)" (p. 78).



"No âmbito de um mesmo enunciado a oração pode repetir-se (a repetição, a citação de si mesma, o involuntário), mas a cada vez ela é sempre uma nova parte do enunciado, pois mudou de lugar e de função na plenitude do enunciado" (p. 79).


"Nenhum fenômeno da natureza tem 'significado', só os signos (inclusive as palavras) têm significado. Por isso, qualquer estudo dos signos [...] começa obrigatoriamente pela compreensão" (p. 86).


"As relações dialógicas entre os enunciados, que atravessam por dentro também enunciados isolados, pertencem à metalinguística" (p. 88-89).


""As =relações dialógicas= são de índole específica: não podem ser reduzidas a relações meramente lógicas (aínda que dialéticas) nem a meramente linguísticas (sintático-composicionais). Elas só são possíveis entre enunciados integrais de diferentes sujeitos do discurso" (p. 91).


"São possíveis variados graus monológicos" (p.92).


"As relações dialógicas são relações (de sentidos) entre toda espécie de enunciados na comunicação discursiva" (p. 92).


"A linguística estuda apenas as relações entre os elementos no interior do sistema da língua, mas não as relações entre os enunciados, nem as relações dos enunciados com a realidade e com a pessoa falante (o autor)" (p. 93).


"É original a natureza das relações dialógicas. A questão do dialogismo interior. O limiar das fronteiras entre os enunciados. A palavra bivocal. A compreensão como diálogo" (p. 95).


"A palavra usada entre aspas, isto é, sentida e empregada como palavra do outro, e a mesma palavra (como alguma palavra do outro) sem aspas. As gradações infinitas no nível da alteridade (ou assimilação) entre as palavras (p. 96).


"A relação com o sentido é sempre dialógica. A própria compreensão já é dialógica" (p. 97).


"A palavra (em geral qualquer signo) é interindividual" (p. 98).


"A compreensão da língua e a compreensão do enunciado (que envolve =responsividade= e, por conseguinte, juízo de valor) (p. 99).


"O enunciado como uma unidade de =sentidos=" (p. 99).


"A compreensão do enunciado pleno é sempre dialógica" (p. 102).


"O enunciado pleno já não é uma unidade da língua (nem uma unidade do "fluxo da língua" ou "cadeia da fala"), mas uma unidade da comunicação discursiva, que não tem significado, mas =sentido=" (Isto é, um sentido pleno, relacionado com o valor - com a verdade, a beleza, etc. - e que requer uma compreensão =responsiva que inclua em si o juízo de valor.) A compreensão responsiva do conjunto discursivo é sempre de índole dialógica" (p. 103).


"Um observador não tem posição =fora= do mundo observado, e sua observação integra, como componente, o objeto observado. [...]. A própria compreensão integra o sistema dialógico como elemento dialógico e de certo modo lhe modifica o sentido total.[...] além desse destinatário (segundo), o autor do enunciado propõe, com maior ou menor consciência, um supradestinatário superior (o terceiro), cuja compreensão responsiva absolutamente justa ele pressupõe quer na distância metafísica, quer no distante tempo histórico" (p. 104).


"Para a palavra (e consequentemente para o homem) não existe nada mais terrível que a =irresponsividade=" (p. 105).


"Os gêneros do discurso são modelos tipológicos de construção da totalidade discursiva" (p. 106).


"As unidades da comunicação discursiva - enunciados integrais - são irreprodutíveis (aínda que possamos citá-las) e estão ligadas entre si por relações dialógicas" (p. 107).


"Discurso é a língua =in actu=. [...] O discurso é tão social quanto a língua. As formas do enunciado também são sociais e, como a língua, são igualmente determinadas pela comunicação" (p. 117).


"Toda compreensão responsiva é, em maior ou menor grau, prenhe de reação responsiva [...]" (p. 121).


"No discurso do cotidiano há uma maneira individual" (p. 124).


"Os gêneros mudam frequentemente de estilo, os estilos se mesclam por campos e gêneros. O estilo, ao passar de um gênero a outro, modificá-lo, transfere para ele peculiaridades do primeiro gênero. A penetração dia estilos falados na literatura dialogizam os gêneros literários" (p. 124).


"O movimento metafórico da linguagem não é dialógico" (p. 133).


"O enunciado já pertence ao campo da ideologia (mas não tem necessariamente caráter de classe)" (p. 134).


"O que determina a seleção dos recursos linguísticos e estilísticos: 1) o conteúdo semântico-objetal [...]; 2) a expressividade; a relação com o ouvinte e com o discurso do outro (de uma terceira pessoa)" (p. 135).


"Frequentemente, o princípio formador do estilo é a tradição do gênero [...]" (p. 138).


"É justamente nos enunciados, isto é, nos gêneros discursivos, que se dá o emprego da língua com fins classistas e grupais (ideológicos, tendenciais, etc.)"  (p. 138).


"Os gêneros primários do discurso refletem de modo imediato e direto uma situação de comunicação, e os gêneros secundários, especializados, refletem uma situação complexa de comunicação cultural organizada" (p. 140).




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Vocabulário russo

Rietchevóie obschênie: comunicação discursiva (p. 17).


BAKHTIN, Mikhail. *Os gêneros  do discurso*. Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. Notas da edição russa de Serguei Botcharov. São Paulo. Editora 34. 2016. (1° ed.). 176 p.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Escola Egídia Cavalcante Chagas - Semana da Cultura Negra 2020

 


Anna Erika Ferreira Lima.

Dra. em Geografia pela Universidade Federal do Ceará. Professora de Geografia no Curso de Bacharelado em Turismo (IFCE-Campus Fortaleza) e do Programa Associado de Pós-Graduação em Ensino e Formação Docente (PPGEF Unilab-IFCE). Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi-Campus Fortaleza) e membro do Consea-CE.

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Francisco Antonio Fereira Lopes conhecido como KIM LOPES.
Coordenador Estadual do Movimento Negro Unificado, ex Coordenador Do Forúm Estadual Permanente De Educação E Diversidade Etnico Racial. Militante Do Movimento Negro Social Desde 1987. (Membro Fundador Do Grupo Filhos Da África e Membro fundador do MNU - Ceará). Atualmente é assessor sindical do Sindicato APEOC. Sind. Dos profissionais da educação do estado do Ceará.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Ferdinand de Saussure - Curso de Linguística Geral

 "Nenhum termo corresponde exatamente a uma das noções fixadas; eis porque toda definição a propósito de um termo é vã; é um mau método partir dos termos para definir as coisas" (p. 46).


"[...] o fonema é a soma das impressões acústicas e dos movimentos articulatórios da unidade ouvida e daunidade falada, das quais uma condiciona a outra [...]" (p. 77)


"Para certas, a língua, reduzida a seu princípio essencial, é uma nomenclatura, vale dizer, uma lista de termos que correspondem a outras tantas coisas" (p. 105)


"O signo linguístico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica. Esta não é o som material, coisa puramente física, mas a impressão (empreinte) psíquica desse som, a representação que dele nos dá o testemunho de nossos sentidos; tal imagem é sensorial e, se chegarmos a a chamá-la "material", é somente nesse sentido, e por oposição ao outro termo da associação, o conceito, geralmente mais abstrato" (p. 106).


"O laço que une o significante ao significado é arbitrário [...]: *o signo linguístico é arbitrário*" (p. 108).


"[...] o significante é *imotivado*, isto é, arbitrário em relação ao significado, com o qual não tem nenhum laço natural na realidade." (p. 109).


"O significante sendo de natureza auditiva, desenvolve-se no tempo, unicamente, e tem as características que toma do tempo: a) *representa uma extensão*, e b) *essa extensão é mensurável numa só dimensão*: é uma linha." (p. 110).


"A sílaba e seu acento constituem apenas um ato fonatório; não existe dualidade no interior desse ato, mas somente oposições diferentes com o que se acha a seu lado" (p. 110).


"[...] a língua aparece sempre como uma herança da época precedente. O ato pelo qual, em dado momento, os nomes teriam sido distribuídos às coisas, pelo qual um contrato teria sido estabelecido entre os conceitos e as imagens acústicas - esse ato podemos imaginá-lo, mas ele jamais foi comprovado" (p. 112).


"Uma língua constitui um sistema" (p. 113).


"A língua forma um todo com a vida da massa social [...]" (p. 114).


"[...] vínculo entre esses dois fatores antinômicos: a convenção arbitrária, em virtude da qual a escolha se faz livre, e o tempo, graças ao qual a escolha se acha fixada" (p. 114).


"A língua é para nós a linguagem menos a fala" (p. 117).


"[...] fora do tempo, a realidade linguística não é completa e nenhuma conclusão se faz possível" (p. 118).


"A língua já não é agora livre, porque o tempo permitirá às forças que atuam sobre ela desenvolver seus efeitos, e chega-se assim ao princípio da continuidade, que anula a liberdade" (p. 119).


"É sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa ciência, diacrônico tudo que diz respeito às evoluções. Do mesmo modo, *sincronia* e *diacronia* designarão respectivamente um estado de língua e uma fase de evolução" (p. 123).

"A Gramática tradicional ignora partes inteiras da língua, como a formação das palavras; é normativa e crê dever promulgar regras em vez de comprovar os fatos; falta-lhe a visão do conjunto; amiúde, ela chega a não distinguir a palavra de escrita da palavra falada. (p. 124).


"A língua é um mecanismo que continua a funcionar, não obstante as deteriorações que lhe são causadas" (p. 128).


"A língua é um sistema no qual todas as partes podem e devem ser consideradas em sua solidariedade sincrônica" (p. 128).


"[...] na língua, cada termo tem seu valor pela oposição aos outros termos" (p. 130).


"[...] os valores dependem também, e sobretudo, de uma convenção imutável: a regra do jogo, que existe antes do início da partida e persiste após cada lance" (p. 130).


"Sendo a língua uma instituição social, pode-se pensar *a priori* que ela esteja regulada por prescrições análogas às que regem as coletividades. Ora, toda lei social apresenta duas características fundamentais: é *imperativa* e é *geral* [...]" (p. 133).


"[...] se se fala de lei em sincronia, é no sentido de ordem, de princípio de regularidade" (p. 135).


"[...] cada alteração fonética, seja qual for ademais a sua extensão, está limitada a um tempo e a um território determinados" (p. 138).


"É na fala que se acha o germe de todas as modificações [...]" (p. 141).


"O objeto da Linguística sincrônica geral é estabelecer os princípios fundamentais de todo sistema idiossincrônico, os fatores constitutivos de todo estado de língua" (p. 145).


"Os signos de que a língua se compõe não são abstrações, mas objetos reais [...]" (p. 147).


"Quando uma ciência não apresenta unidades concretas imediatamente reconhecíveis, é porque elas não são essenciais" (p.151).


"O mecanismo linguístico gira todo ele sobre identidades e diferenças, não sendo estas mais quya contraparte daquelas" (p.154).


"O vínculo entre os dois empregos da mesma palavra não se baseia na identidade material nem na exata semelhança de sentido, mas em elementos que cumprirá investigar e que nos farão chegar bem perto da verdadeira natureza das entidades linguísticas" (p. 155).


"A distinção das palavras em substantivos, verbos, adjetivos etc. não é uma realidade linguística inegável" (p. 155).


"[...] nos sistemas semiológicos, como a língua, nos quais os elementos se mantém reciprocamente em equilíbrio de acordo com regras determinadas, a noção de identidade se confunde com a se valor, e vice-versa" (p. 156).


*[...] a noção de valor recobre as de unidade, de entidade concreta e de realidade" (p. 156).


"A Linguística trabalha, pois, no terreno limítrofe em que os elementos de duas ordens se combinam; *essa combinação produz uma forma, não uma substância*" (p. 160).


"Assim, o valor de qualquer termo que seja está determinado por aquilo que o rodeia" (p. 163).


"Os fonemas são, antes de tudo, entidades opositivas, relativas e negativas" (p. 166).


"[...] *na língua só existem diferenças*" (p. 167).


"[...] *a língua é uma forma e não uma substância*" (p. 170).


"[...] os termos estabelecem entre si, em virtude de seu encadeamento, relações baseadas no caráter linear da língua, que exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo" (p. 171).


"A relação sintagmática existe *in praesentia*; repousa em dois ou mais termos igualmente presentes numa série efetiva" (p. 172).


"A frase é o tipo por excelência de sintagma" (p. 173).


"O todo vale pelas suas partes, as partes valem também em virtude de seu lugar no todo, e eis por que a relação sintagmática da parte com o todo é tão importante quanto a das partes entre si" (p. 177).


"Na língua, tudo se reduz a diferenças, mas tudo se reduz também a agrupamentos" (p. 177).


"Não existe língua em que nada seja motivado; quanto a conceber uma em que tudo o fosse, isso seria impossível por definição. Entre os dois limites extremos - mínimo de organização e mínimo de arbitrariedade -, encontram-se todas as variedades possíveis. Os diversos idiomas encerram sempre elementos das duas ordens - radicalmente arbitrários e relativamente motivados -, mas em proporções as mais variáveis [...]" (p. 182).


"No interior de uma mesma língua, todo o movimento da evolução pode ser assinalado por uma passagem contínua do motivado ao arbitrário e do arbitrário ao motivado [...]" (p. 182).


"A Linguística estática ou descrição de um estado de língua pode ser chamada de *Gramática* [...]" (p. 183).


"A gramática estuda a língua como um sistema de meios de expressão; quem diz gramatical diz sincrônico e significativo [...], não existe, para nós, "Gramática histórica";  aquilo a que se dá tal nome não é, na realidade, mais que a Linguística diacrônica" (p. 183).


"[...] formas e funções são solidárias, e é difícil, para não dizer impossível, separá-las. Linguisticamente, a morfologia não tem objeto real e autônomo, não pode constituir uma disciplina distinta da sintaxe" (p. 184).


"Nem todos os fatos da sintagmática se classificam na sintaxe, mas todos os fatos de sintaxe pertencem à sintagmática (p. 185).


"Nenhuma análise gramatical é possível sem uma série de elementos materiais que lhe sirvam de substrato, e é sempre a esses elementos que cumpre voltar, no fim de contas" (p. 188).


"Uma unidade material existe somente pelo sentido, pela função de que se reveste [...]" (p.189).


"A Linguística diacrônica estuda não mais as relações entre os termos coexistentes de um estado de língua, mas entre termos sucessivos que se substituem uns aos outros no tempo" (p. 193).


"[...] o rio da língua corre sem interrupção; que seu curso seja tranquilo ou caudaloso é consideração secundária" (p. 193).


"[...] a mudança fonética não afeta as palavras, e sim os sons. [...] as mudanças fonéticas são absolutamente regulares" (p. 197).


"As línguas atravessam algumas épocas mais movimentadas que outras [...]" (p. 204). 

 

"Uma palavra que eu improvise [...] já existe em potência na língua [...]" (p. 223).


"[...] concepções acerca do arbitrário absoluto e do arbitrário relativo" (p. 223).


"Existem, pois, em toda língua, palavras produtivas e palavras estéreis, mas a proporção de umas e outras varia" (p. 223).


"O latim antigo tinha, portanto, em alto grau, o sentimento das peças da palavra (radicais, sufixos etc) e de sua combinação" (p. 225).


"Nada entra na língua sem ter sido antes experimentado na fala, e todos os fenômenos evolutivos tem sua raiz na esfera do indivíduo" (p. 226).


"A língua retém somente uma parte mínima das criações da fala" (p. 227).


"A língua não cessa de interpretar e de recompor as unidades que lhe são dadas" (p. 227).


"A analogia é, pois, a prova peremptória de que um elemento formativo existe num momento dado como unidade significativa" (p. 228).


"A língua é um traje coberto de remendos feitos de seu próprio tecido" (p. 230).


"[...] a analogia, precisamente porque utiliza sempre a matéria antiga para as suas inovações, é eminentemente conservadora" (p. 230).


"[...] uma palavra é simultaneamente compreendida como unidade e como sintagma e perdura enquanto seus elementos não mudam. Inversamente, sua existência só é comprometida na medida em que tais elementos caiam em desuso" (p. 231).


"A aglutinação consiste em que dois ou mais termos originariamente distintos, mas que se encontram frequentemente em sintagma no seio da frase, se soldem numa unidade absoluta dificilmente analisável. [...] a ausência de vontade é justamente um caráter essencial da aglutinação" (p. 235).


"A análise das unidades da língua, feita a todos os instantes pelas pessoas que falam, pode ser chamada de análise *subjetiva* [...]" (p. 243).


"[...] a diversidade geográfica foi a primeira comprovação feita em Linguística [...]" (p. 254).


"Os idiomas que divergem entre si somente em pequeno grau são chamados *dialetos* [...]" (p. 255).


"[...] a unidade linguística pode ser destruída quando um idioma natural sofre a influência de uma língua literária. Isso se produz infalivelmente todas as vezes que um povo alcança certo grau de civilização" (p. 258).


"Por aí só, o espaço não pode exercer nenhuma ação sobre a língua. [...]. A diversidade geográfica deve traduzir-se em diversidade temporal" (p. 261).


"Assim como não se pode julgar um volume por uma superfície, mas somente com a ajuda de uma terceira dimensão, a profundidade, também o esquema da diferenciação geográfica não fica completo senão quando projetado no tempo" (p. 262). 


"A diversidade geográfica é, pois, um aspecto secundário do fenômeno geral. A unidade de idiomas aparentados só pode ser achada no tempo" (p. 262).


"[...] existem tantos dialetos quanto localidades" (p. 265).


"Uma das vantagens dos altas linguísticos é a de fornecer materiais para os trabalhos de dialectologia [...]" (p. 266).


""É difícil dizer em que consiste a diferença entre uma língua e um dialeto" (p. 268).


"Assim como os dialetos não passam de subdivisões arbitrárias da superfície total da língua, também o limite que se acredita separar duas línguas só pode ser convencional" (p. 268).


"A propagação dos fatos de língua está sujeita às mesmas leis que regem qualquer outro costume, a moda, por exemplo" (p. 271).


"Só quando nos damos conta de que, numa massa unilingue, a coesão varia de acordo com os fenômenos, de que as informações não se generalizam todas, de que a continuidade geográfica não impede diferenciações perpétuas, é que podemos abordar o caso de uma língua que se desenvolve paralelamente em dois territórios separados" (p. 274).


"[...] toda língua é a continuação da que falavam antes dela" (p. 285-286).


"Não acontece às Linguagem o mesmo que à humanidade: a continuidade absoluta de seu desenvolvimento impede distinguir nela gerações [...] a concepção de línguas filhas e línguas mães, porque tal concepção supõe interrupções" (p. 286).


"A comparação linguística não é, portanto, uma operação mecânica; ela implica a confrontação de todos os dados capazes de propiciar uma explicação. [...]; a comparação resultará sempre numa reconstrução de formas" (p. 290).


"[...] nos casos muito numerosos em que os testemunhos da antropologia e da língua não concordam, não é necessário opô-las ou escolher entre ambas; cada uma delas conserva seu valor próprio" (p. 295).


"Embora a língua não forneça muitas informações precisas e autênticas acerca dos costumes e instituições do povo que a usa [...]" (p. 300).


"[...] nada se poderá deduzir com certeza fora do domínio propriamente linguístico" (p. 301).


"[...] a língua não está sujeita diretamente ao espírito dos que a falam [...] nenhuma família de línguas pertence, por direito e para sempre, a um tipo linguístico" (p. 301).


"De modo geral, tudo quanto o tempo fez o tempo pode desfazer ou transformar" (p. 305).


"[...] a *Linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma*" (p. 305).



SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. Org. Charles Bally e Albert Sechehaye. Colab. Albert Riedlinger. Prefácio à edição brasileira de Isaac Nicolau Salum. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes, Izidoro Blikstein. 28° edição. São Paulo. Cultrix, 2012. ISBN: 978.85.316.0102-6

terça-feira, 27 de outubro de 2020

A problemática da violência contra a mulher - questões para o ensino médio

 

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher celebra-se anualmente no 25 de novembro para denunciar a violência contra as mulheres no mundo todo e exigir políticas em todos os países para sua erradicação.

 

“Un violador en tu camino” (Um estuprador no seu caminho) – Las Tesis


El patriarcado es un juez, (O patriacado é um juiz)

que nos juzga por nacer (que nos julga ao nascer)

y nuestro castigo es (e nosso castigo é)

la violencia que no ves. (a violência que não se vê)

El patriarcado es un juez, (O patriarcado é um juiz)

que nos juzga por nacer (que nos julga ao nascer)

y nuestro castigo es (e nosso castigo é)

la violencia que ya ves. (a violência que já se vê)

Es feminicidio (É o feminicídio)

Impunidad para el asesino (Impunidade para o assassino)

Es la desaparición (É o desaparecimento)

Es la violación (É a violação)

Y la culpa no era mía, ni dónde estaba, ni cómo vestía (4x) (E a culpa não era minha, nem onde estava, nem como me vestia)

El violador eras tú (2x) (O estuprador é você)

Son los pacos (policías) (São os policiais)

Los jueces (Os juízes)

El estado (O estado)

El presidente (O presidente)

El estado opresor es un macho violador (2x) (O estado opressor é um homem estuprador)

El violador eras tú (2x) (O estuprador é você)

Duerme tranquila niña inocente, (Dorme tranquila, menina inocente)

sin preocuparte del bandolero, (sem se preocupar com o bandido)

que por tus sueños dulce y sonriente (que os seus sonhos, doce e sorridente)

vela tu amante carabinero. (cuida seu querido carabinero (policial) – os quatro últimos versos foram retiradas de um canto da polícia chilena, uma forma de ironizar a letra da canção, segundo declararam as compositoras -)

El violador eres tú (4x) (O estuprador é você)


01. O texto é um exemplo de gênero:

A. narrativo

B. descritivo

C. poético

D. instrucional

E. religioso

…………………...

    02. A partir dos dados do texto, qual a porcentagem de entrevistados que já viu a mãe ser agredida pelo parceiro?

    .............................................. 


    03. Entre 2007 e 2017, qual porcentagem de homens vítimas de violência só possuíam no máximo sete anos de estudo?

    .............................................


     

    04. Dados da segurança pública informam que 61.032 estupros aconteceram em 2017. Isso representa aproximadamente:

    A. 167 mulheres por dia e quase 7 mulheres por hora

    B.170 mulheres por dia e quase 8 mulheres por hora

    C. 175 mulheres por dia e quase 9 mulheres por hora

    D. 180 mulheres por dia e quase 10 mulheres por hora

    E. 185 mulheres por dia e quase 15 mulheres por hora

    ............................................


  • no caso dos feminicídios, as mulheres negras representam 60% do total (198 dos 333 crimes em que a raça está disponível)

  • já nos casos de lesão corporal, as negras compõem 51% das vítimas em que a raça é informada

  • o percentual das mulheres negras vítimas de estupro é de 52% (1.814 de 3.472 registros)

    05. O trecho em destaque é exemplo de uma estratégia argumentativa. Para questionar uma situação, refletir sobre um assunto com dados objetivos ou defender uma tese, uma opinião, um ponto de vista, é comum o emprego de:

    A. verbos

    B. estatísticas

    C. dúvidas

    D. exclamações

    E. predicativos

    ……….

    “Em dois anos e seis meses 74, mulheres foram vítimas do último estágio da violência doméstica no Estado do Ceará. Todas elas morreram em crimes nomeados pela lei como feminicídio, ou seja, foram assassinadas pela condição do seu sexo. Na maioria das vezes, os responsáveis pelas mortes foram seus próprios companheiros, que, em muitos casos, protagonizaram uma sequência de episódios violentos até se tornarem homicidas.”

    06. Emanoela Campelo de Melo, em texto de 27-07-2020 aborda o problema social da violência que destrói vidas femininas no Ceará. “Homicida” é sinônimo de:

    A. ladrão

    B. estelionatário

    C. cangaceiro

    D. profissional

    E. assassino

    …………...

     

      Vídeo

      El violador eres tú - LETRA COMPLETA del HIMNO FEMINISTA Un violador en tu camino

      https://www.youtube.com/watch?v=tB1cWh27rmI

      Referências

    ...............

    https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/09/16/mulheres-negras-sao-as-principais-vitimas-de-homicidios-ja-as-brancas-compoem-quase-metade-dos-casos-de-lesao-corporal-e-estupro.ghtml

    https://www.cartacapital.com.br/diversidade/o-estuprador-e-voce-musica-feminista-contra-violencia-percorre-o-mundo/

    http://crianca.mppr.mp.br/2019/06/135/PUBLICACAO-Divulgado-o-Atlas-da-Violencia-2019.html

    https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/12/entre-as-jovens-78-afirmam-ja-terem-sofrido-assedio-em-espacos-publicos-1702/

    https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/74-mulheres-foram-vitimas-de-feminicidio-em-menos-de-3-anos-no-ceara-1.2970569

terça-feira, 29 de setembro de 2020

VIÑAO FRAGO, Antonio. Historia de la educación y historia cultural – posibilidades, problemas, cuestiones. Revista Brasileira de Educação, Campinas: SBHE, n. 0, 1995, p. 63-82.

 

“La historia cultural cabalga de nuevo. Pero para distinguirse de la que ya existía, de la tradicional historia de la cultura, ahora, una vez remozada, resurge bajo la etiqueta de nueva historia cultural” (p. 63).


“[…] la conexión que se establece entre esta nueva historia cultural, el postestructuralismo — ¿por qué no añadir el postmodernismo? — y la interdisciplinariedad” (p. 63).


“[…] la de mente humana como producto sociohistórico — en el sentido vigostkyano — y la de los sistemas de significados compartidos — en el sentido geertziano” (p. 64).


“[…] la historia social es siempre historia cultural, la historia cultural historia social, y que ambas finalmente son sólo historia” (p. 64).


“Dos son los puntos débiles de la tradicional historia de las ideas: la consideración de estas últimas como “causas incausadas”, sin incoherencias ni fisuras, a modo de “agentes individuales” que determinan el pensamiento y la acción, y su “individualismo metodológico” (64-65).


“Campo intelectual” y “habitus” (Pierre Bourdieu); “posiciones teóricas” y las “suposiciones implícitas” (Fritz Ringer).


“Las disciplinas académicas no son entidades abstractas. Tampoco poseeen una esencia universal o estática. [...]. Son espacios de poder, de un poder a disputar; espacios que agrupan intereses y agentes, acciones y estrategias. Espacios sociales que se configuran en el seno de los sistemas educativos y de las instituciones académicas con un carácter más o menos excluyente, [...], más o menos hegemónico en relación con otras disciplinas y campos. […] Las disciplinas son, pues, fuente de poder y exclusión no sólo profesional sino también social.” (p. 66).


Una disciplina es, en este sentido, el resultado del acotamiento de un campo intelectual por unos

profesionales, una comunidad o grupo académico y científico, que se presentan ante la sociedad y outros grupos como expertos [...]” (p. 66).


“[…] una primera concepción de la distribución del tiempo y del trabajo como medio disciplinario a otras en las que predomina su naturaleza organizativa y didáctica o su consideración como medio de control externo” (p. 68).


“Precisamente porque la escuela es una institución es por lo que podemos hablar de cultura escolar, y viceversa” (p. 68).


“[…] la cultura escolar en cuanto conjunto de aspectos institucionalizados que caracterizan a la escuela como organización, posee varias modalidades o niveles” (p. 68).


“Estas tres dimensiones o aspectos — el espacio, el tiempo y el lenguaje o modos de comunicación — afectan al ser humano de lleno, em su misma conciencia interior, en todos sus pensamientos y actividades, de modo individual, grupal y como especie en relación con la naturaleza de la que forma parte. Conforman su mente y sus acciones. Conforman y son conformados, a su vez, por las instituciones educativas” (p. 69).


“[…] el espacio es una construcción social y el espacio escolar una de las modalidades de su conversión en territorio y lugar. De ahí que el espacio no sea jamás neutro sino signo, símbolo y huella de la condición y relaciones de quienes lo habitan. El espacio dice y comunica; por tanto, educa” (p. 69).


“[…] el espacio escolar sería un lugar que tiende a ser acotado como tal y a fragmentarse internamente en una variedad de usos y funciones de índole a la vez productiva, simbólica y disciplinaria (p. 70).


“El análisis histórico de las modalidades de organización y disposición de personas y objetos en el aula, muestra su relación con el sistema o método pedagógico seguidos.”(p. 70)


“[…] la naturaleza negentrópica de la educación.” (p. 71)


“La acotación de espacios específicos — lugares construidos — para las actividades de enseñanza y aprendizaje y su distribución y ordenación interna no son sino una faceta más de esa entropía negativa (negentropía) que es la educación” (p. 71).


“[el tiempo es] Una facultad de síntesis y relación que, junto conla memoria, crea y conecta el espacio de la experiencia y el horizonte de expectativas” (p.72).


“[…] experiencia y conciencia temporales son ampliamente diversas, tanto en su configuración social como en su percepción individual” (p. 72).


“Una de las modalidades temporales es el tiempo escolar, un tiempo también diverso y plural, individual e institucional, condicionante de y condicionado por otros tiempos sociales; un tiempo aprendido que conforma el aprendizaje del tiempo; una construcción, en suma, cultural y pedagógica [...]” (p. 72).


“[…] el tiempo escolar se muestra, al menos formalmente, como un tiempo prescrito y uniforme. Sin embargo, desde una perspectiva individual, es un tiempo plural y diverso. No hay un sólo tiempo, sino una variedad de tiempos. El del profesor y el del alumno, por de pronto. Pero también el de la administración y el de la inspección, el reglado. […] Un tiempo que es organizado y construido social y culturalmente como tal tiempo específico, pero que, a la vez, es vivido no sólo por los profesores y los alumnos sino también por las familias y la comunidad en su conjunto, mediante su inserción y relaciones con el resto de los ritmos y tiempos sociales.” (p. 72).


“El paso del analfabetismo a la alfabetización escolar no implica sólo el aprendizaje de las letras y palabras o el desciframiento de un código escrito, si no, sobre todo, la sustitución de una determinada concepción del espacio-tiempo por otra, la de la lineal cultura escrita y la de la no menos lineal cultura escolar. […] Considerar a alguien alfabetizado, al modo escolar, supone, desde esta perspectiva, haber interiorizado ese sentido lineal e imperativo del tiempo” (p. 73-74).


“Teoría, legalidad y realidad escolar no siempre coincidían” (p. 74).


“[…] la distribución del trabajo escolar como medio disciplinario, mecanismo de organización y racionalidad curricular e instrumento de control externo; es decir, como aspecto básico condicionado por y condicionante de la cultura escolar” (p. 75).


“[…] la mente es un producto socio-histórico y los procesos cognitivos — o lo que sucede dentro de ella — son procesos que pueden ser estudiados desde una perspectiva histórica […] a través de sus productos — lo pensado — y de los medios utilizados para producirlos — los diferentes lenguajes, modos de comunicación y maneras de pensar [...]” (p. 75).


“[…] modos de almacenamiento, conservación, recuperación, acceso, transmisión, recepción y evaluación de la información y del saber” (p. 79).


“[…] la cultura escrita y mentalidad letrada” (p. 79).


VIÑAO FRAGO, Antonio. Historia de la educación y historia cultural – posibilidades, problemas, cuestiones. Revista Brasileira de Educação, Campinas: SBHE, n. 0, 1995, p. 63-82. Disponível em http://educacao.uniso.br/pseletivo/docs/FRAGO.pdf. Acesso em 29 set. 2020.

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 Vídeo adicional

Primera Línea: Entrevista a Antonio Viñao

https://www.youtube.com/watch?v=XHnMgF9UqT4

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Leitura adicional:

A PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO - 

TESTEMUNHO DE UM AUTOR: ENTREVISTA COM

 ANTONIO VIÑAO FRAGO

Hist. Educ.(Online). Porto Alegre. v. 21. n. 51 Jan./abr., 2017. p. 15-31

 https://doi.org/10.1590/2236-3459/69016 

https://www.scielo.br/pdf/heduc/v21n51/2236-3459-heduc-21-51-00015.pdf

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do estado. Coleção Grandes obras do pensamento universal. São Paulo. Lá Fonte. 2017. Tradução Ciro Mioranza.

 "Uma das ideias mais absurdas transmitidas pela filosofia do século XVIII é a de que, nos ínicios da sociedade, a mulher teria sido escrava do homem. Entre todos os selvagens e em todas as tribos que se encontram nas fases inferior, média e até em parte na superior da barbárie, a mulher não só é livre, mas também muito considerada" (p. 69-70).


"A monogamia foi um grande progresso histórico, mas, ao mesmo tempo, inaugura, juntamente com a escravidão e as riquezas privadas, aquele período que dura até nossos dias, no qual cada progresso é simultaneamente um relativo retrocesso e no qual o bem-estar e o desenvolvimento de uns se realizam às custas da dor e da repressão de outros. Ela é a forma celular da sociedade civilizada, na qual já podemos estudar a natureza das oposições e das contradições que atingem seu pleno desenvolvimento nessa sociedade" (p. 89).


"O adultério, proibido e punido rigorosamente, mas irreprimível, tornou-se uma instituição social inevitável, junto da monogamia e do heterismo" (p. 91).


"A família individual moderna está baseada na escravidão doméstica, transparente ou dissimulada, da mulher e a sociedade moderna é uma massa cujas moléculas são compostas exclusivamente por famílias individuais. Hoje em dia é o homem que, na maioria dos casos, tem de ser o suporte, o sustento da família, pelo menos nas classes possuidoras, e isso lhe dá uma posição de dominador que não precisa de nenhum privilégio legal específico. Na família, o homem é o burguês e a mulher representa o proletário" (p. 98).


"O Estado pressupõe u poder público especial, distinto do conjunto dos cidadãos que o compõem" (p. 123).


"São os interesses mais baixos - a vil cobiça, a brutal avidez de prazeres, a sórdida avareza, o roubo egoísta da propriedade comum - que inauguram a nova sociedade civilizada, a sociedade de classes. São os meios mais ignominiosos - roubo, violência, perfídia traição - que minaram e levaram à derrocada a velha sociedade sem as classes das gens. (p. 126-127).


"E a nova sociedade, no decorrer desses dois mil e quinhentos anos de sua existência, nunca foi ela própria outra coisa senão o desenvolvimento de uma pequena minoria às custas da grande maioria explorada e oprimida. E continua a sê-lo hoje, mais do que nunca" (p. 127).


"A grandeza, mas também a limitação da organização gentílica está no fato de não admitir em si nem a dominação nem a servidão" (p. 198).


“A primeira grande divisão social do trabalho, ao aumentar a produtividade desse e, em decorrência, a riqueza, e ao alargar o campo da produção, tinha de trazer consigo, nas condições históricas de conjunto, necessariamente a escravidão. Da primeira grande divisão do trabalho, resultou a primeira grande divisão da sociedade em duas classes: senhores e escravos, exploradores e explorados” (p. 201).


“[…] a emancipação da mulher, sua equiparação ao homem, é e continuará sendo impossível, enquanto ela for excluída do trabalho social produtivo e confinada ao trabalho privado doméstico” (p. 202).


“Verificou-se então a segunda grande divisão social do trabalho: as artes e ofícios se separam da agricultura. O constante aumento da produção e com ele da produtividade elevou a força de trabalho do homem. A escravidão, no estágio anterior ainda insipiente e esporádica, converteu-se agora em componente essencial do sistema social. Os escravos deixam de ser meros auxiliares e são levados às dezenas para os trabalhos nos campos e nas oficinas. Com a divisão da produção em dois ramos principais, a agricultura e as artes e ofícios, surge a produção diretamente para a troca, a produção mercantil” (p. 203).


“A diferença entre ricos e pobres veio e passou a se igualar à diferença entre homens livres e escravos. A nova divisão do trabalho acarretou uma nova divisão da sociedade em classes” (p. 203).


“[…] uma terceira divisão do trabalho […]: os comerciantes” (p. 206).


“Após a venda de mercadorias por dinheiro, veio o empréstimo e, com ele, os juros e a usura” (p. 207).


“Além da riqueza em mercadorias e escravos, além da riqueza em dinheiro, surgia agora também a riqueza em terras. […]. A propriedade livre e plena do solo não significava apenas a possibilidade de possuir o solo sem limites e sem restrições, mas também a faculdade de aliená-lo” (p. 207).


“Com a expansão do comércio, o dinheiro e a usura, a propriedade fundiária e a hipoteca, a concentração e a centralização da riqueza nas mãos de uma classe pouco numerosa progrediram rapidamente, de maneira paralela ao crescente empobrecimento das massas e ao aumento numérico dos pobres.” (p. 208)


“Esse poder, surgido da sociedade, mas que se coloca acima dela e que se aliena cada vez mais dela, é o Estado” (p. 211).

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ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do estado. Coleção Grandes obras do pensamento universal. São Paulo. Lá Fonte. 2017. Tradução Ciro Mioranza.

Escola, um contexto de vida

 

Escola, um contexto de vida

Benedito Francisco Alves


O rei Salomão certa vez afirmou que “tudo é vaidade” (Eclesiastes 1, 2). Para longe de um libelo à mesquinharia ou à pequenez, as palavras salomônicas são uma exortação pedagógica para orientar as interações sociais dos homens e das mulheres durante sua passagem pelo contexto da vida

Uma escola é um contexto de vida que depende de comunhão de horizontes, de soma de qualidades; em suma é um ambiente de ambiências subjetivas no qual a arrogância ou o pecado da desunião não deve prosperar “por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Do contrário, nenhum de seus atores pode se desenvolver em plenitude nem pode ajudar ou ser ajudado.

Especialmente no contexto da escola pública, dificuldades de ação e interação são mais letais porque afetam diretamente a vida de alunos oriundos das camadas mais populares do entorno escolar e, por conseguinte, o projeto de futuro dos alunos e de sua sociedade.

Sabendo que o sonho de uma educação pública, gratuita e de qualidade só se efetiva com persistência e resiliência, é um imperativo urgente que o trabalho de excelência seja a meta. Se trabalhos medianos geram frutos medianos, a excelência deve ser a meta por respeito aos alunos que carecem de oportunidades e por respeito ao ofício do magistério.

A educação e a escola sempre foram acossadas por políticas publicas espinhosas. Não é interessante que um trabalho injustificadamente desalinhado, que uma docência cansada, machucada ou desfocada jogue por terra o trabalho coletivo que vem ajudando a pavimentar uma nova estrada que está diminuindo gradualmente a distância entre o mundo da escola pública e o da privada no nível da educação básica.

Neste ponto, vale lembrar que não há sujeitos integral e/ou genuinamente santos nem pecadores. Afinal, são muitas máscaras e atos que um sujeito deve manusear no palco de suas ações nunca resguardadas por um álibi. No contexto de vida da escola, ambos podem falhar e precisar de ajuda, mas os primeiros se incomodam, procuram se corrigir e se apresentam a doar parte de si em prol de um bem coletivo mais duradouro.


Fiat lux!


Morada Nova, 24 de setembro 2020.



quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Escola Egídia - Gênero Discursivo Notícia

Escola Egídia – 03-09-2020


Gênero discursivo notícia


Antônio de Araújo - Estudo do Gênero Discursivo Notícia Como Estratégia de Leitura Para Formação de Leitores Críticos


A notícia é um gênero discursivo que promove a divulgação de um acontecimentos jornalísticos que acabam de acontecer.

Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser notícia se afetarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa.

Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é jornalística.


Fatores de qualidade da notícia:

1. Novidade

2. Proximidade com a vida e o cotidiano do leitor

3. Tamanho adequado para atrair a atenção do público

4. Relevância significativa


Estrutura: Título, Lead, Corpo do texto


Estilo

Predomínio da função referencial da linguagem.

Linguagem impessoal, clara, precisa, objetiva, direta,

Padrão culto da língua, adequado ao vocabulário do leitor.

Verbos na 3ª pessoa em prol da objetividade e credibilidade da informação.

Verbos no presente do indicativo nas manchetes.

Verbos no pretérito no corpo da notícia.

Citação direta entre aspas para gerar sensação mais confiável em apoio a voz do autor da notícia


http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_pdp_port_unespar-paranavai_antoniodearaujo.pdf


EXERCÍCIOS

Ceni diz que gramado seco foi parte da estratégia do Ceará para vencer o Clássico-Rei

Escrito por Redação, 03-09-2020

Apesar das reclamações, o treinador não acredita que esse aspecto tenha sido o grande "culpado" pelo resultado


O técnico Rogério Ceni analisou a derrota ante o Ceará, no primeiro Clássico-Rei pela Série A em 2020, e apontou motivos para o revés. Além da chance perdida por David, ele também considerou que o Vovô usou como estratégia o gramado seco do Castelão.

Para ele, sem ser molhado, o campo não oferece melhores condições para o jogo tricolor.

"O gramado bem seco... não molharam o gramado como deveria ter sido molhado, bola também não rende, não rola um pouquinho mais, diminui a velocidade do jogo. Controlamos o jogo, mais de 600 passes, mas quando não saímos na frente, dificulta."


https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/jogada/ceni-diz-que-gramado-seco-foi-parte-da-estrategia-do-ceara-para-vencer-o-classico-rei-1.2984629

01. O que (Rogério) Ceni faz no título da notícia?

02. "O gramado bem seco... não molharam o gramado como deveria ter sido molhado, bola também não rende, não rola um pouquinho mais, diminui a velocidade do jogo. [...]." A frase é do autor da notícia ou do técnico do Fortaleza?

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Quase metade dos estados não divulga raça de mortos pela polícia; dados disponíveis revelam que 3/4 deles são negros

Doze estados não informam a cor das vítimas. Mesmo entre os que têm os dados, categorização racial ainda apresenta falhas: mais de 40% dos mortos estão com raça não informada.

Por Clara Velasco, Felipe Grandin, Gabriela Caesar e Thiago Reis, G1


Dos 898 casos que apresentam, de fato, informações da raça dos envolvidos, 577 são pardos e 101 são pretos. Seguindo classificação do IBGE, juntos, pretos e pardos constituem os negros. Assim, 678 das 898 pessoas mortas pela polícia são negras, ou 75,5% do total.

"É um padrão que se repete. Em qualquer análise de letalidade, a maioria das vítimas é negra. Não é nenhuma surpresa", afirma Pacheco.

[…]

Vale lembrar que discussões sobre racismo e raça ganharam destaque neste ano em todo o mundo, capitaneadas principalmente pela onda de protestos que tomou os Estados Unidos após a morte do ex-segurança negro George Floyd por um policial em Minneapolis, em 25 de maio.


https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/09/03/quase-metade-dos-estados-nao-divulga-raca-de-mortos-pela-policia-dados-disponiveis-revelam-que-34-deles-sao-negros.ghtml


03. Ao estudarmos sobre violência, a palavra “letalidade” é comum. Ele significa vida, morte e/ou assassinato?


04. Nesta notícia, a tragédia da violência é reforçada por causa dos substantivos ou dos numerais?

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A mensagem emocionante de Chadwick Boseman ao produtor de Pantera Negra

Os dois faziam trabalhos sociais realizando desejos de crianças com doenças terminais

Da Redação - Atualizado em 2 set 2020,...


Nate Moore, produtor executivo do filme Pantera Negra, revelou hoje (2) a última mensagem que recebeu de Chadwick Boseman, antes de ele falecer na última sexta-feira (28). Mesmo durante seu tratamento contra o câncer, o ator continuava dedicando boa parte de seu tempo a visitar crianças doentes em hospitais nos Estados Unidos e, junto com Nate, trabalhava com a organização Make-A-Wish, que se dedica a cumprir desejos e sonhos de crianças com doenças graves.

Em entrevista à People, Nate Moore contou que ele e Chadwick haviam se unido para realizar dois desejos de um menino doente, que pediu uma mensagem de voz de T’Challa – o super-herói Pantera Negra, interpretado por Boseman – e alguns brinquedos. Na mensagem de texto que enviou ao amigo, o ator disse: “Aquilo acabou comigo, mas nós temos que fazer isso por eles. Essas pessoas merecem uma vida abundante e momentos especiais e estão passando por um inferno lutando contra essas doenças. Se nós pudermos diminuir o sofrimento dele e trazer pelo menos um pouco de alegria, já fizemos a diferença”.


https://claudia.abril.com.br/famosos/pantera-negra-chadwick-mensagem/


05. Na frase do texto “Nate Moore, produtor executivo do filme Pantera Negra, revelou [...]”, o trecho entre vírgulas é um aposto. Ele explica ou para indefinE o termo “Nate Moore”?


06. A ação dos verbos “pediu uma mensagem” e “última mensagem que recebeu” está no presente, passado ou futuro?


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Ele morreu por falta de paciência, diz mãe de menino morto em Recife

Filho de empregada caiu de uma altura de nove metros; patroa responde em liberdade por homicídio culposo

Portal R7, São Paulo 05/06/2020 às 11h02 - Atualizado


A empregada doméstica Mirtes Renata, que perdeu seu filho de cinco anos vítima de queda de um prédio em Recife (PE), diz que a sua patroa, responsável pela criança pouco antes do acidente, teve culpa na tragédia por não ter tido paciência com a criança.

Eu perdi meu único filho por falta de paciência, paciência que você não teve com meu filho e sempre tive com os seus”, afirmou Renata sobre a atitude da patroa, dizendo ainda que “ela teve culpa porque não era pra ela ter deixado meu filho dentro do elevador”.


https://ndmais.com.br/noticias/ele-morreu-por-falta-de-paciencia-diz-mae-de-menino-morto-em-recife/

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07. Qual a diferença de sentido entre “A empregada doméstica Mirtes Renata” e “Mirtes Renata, a empregada doméstica”?


08. As coisas podem ser reais ou conceituais, isto é, os substantivos podem ser concretos ou abstratos. Classifique os substantivos “prédio”, “culpa”, “filho” e “paciência”.

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Escola Egídia Cavalcante Chagas – 04-09-2020


Gênero Notícia

Morte de homem negro por policiais nos EUA gera protestos

George Floyd, de 40 anos, foi morto por policiais em Minneapolis. Imagens divulgadas nas redes mostram homem imobilizado afirmando que não consegue respirar


A morte de George Floyd, um homem negro de 40 anos, por policiais em Minneapolis, nos Estados Unidos, gerou um protesto com centenas de pessoas na cidade e indignação por todo o país.

Em imagens divulgadas nesta terça-feira (26), Floyd aparece deitado no chão, já imobilizado, com um policial branco ajoelhado em cima dele. Por diversas vezes, ele afirma que não está conseguindo respirar, mas nada é feito. Pouco depois, já imóvel, o norte-americano é colocado em uma maca e segue para uma ambulância.

Os quatro policiais que fizeram a ação foram demitidos ainda ontem. Em entrevista à "CNN", a família de Floyd pediu justiça porque o homem "foi tratado pior que um animal".

A versão dos agentes é que ele morreu após "um incidente médico durante uma operação policial". Mas as imagens divulgadas por testemunhas, em vídeos de até 10 minutos, mostram que o homem relatou que estava sem ar e pediu para não ser morto por diversas vezes.

As pessoas que estavam no local, acompanhando a ação, chegaram a pedir para o policial sair de cima de Floyd, mas nada foi feito. Os agentes foram até o local após uma denúncia de tentativa de compra de mercadorias com cartões falsos.

https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2020-05-27/morte-de-homem-negro-por-policiais-nos-eua-gera-protestos.html

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01. A institucionalização da violência pelos governos e seus agentes pode prejudicar a sociedade de quais formas?

02. Quando a polícia faz uso de força letal (matar), isso significa quais problemas para a sociedade?

03. Por que as instituições da sociedade não combate o preconceito dos brancos sobre os negros?

04. Agora vamos criar uma pequena notícia. Siga as etapas:

a) invente um título com verbo no presente. Ex. “Calango invade cozinha de idosa”

b) faça um subtítulo. Ex: “Pequeno lagarto é visto no fundo da cozinha por volta do meio dia”

c) crie um primeiro parágrafo abordando o problema.

d) escreva a conclusão com uma solução do problema.