A Escala de Pauling foi definida por Linus Pauling e tem a função de medir a eletronegatividade dos elementos químicos.
A eletronegatividade está relacionada à atratividade dos átomos e moléculas, ou seja, ao potencial que estes possuem de atrair elétrons.
Na tabela periódica, a eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita e de baixo para cima, ou seja, conforme os períodos aumentam, maior é o número de camadas da eletrosfera dos elementos e, portanto, maior o seu raio, o que influencia diretamente na sua eletronegatividade, já que haverá uma aproximação menor entre os elétrons a serem compartilhados e o núcleo do átomo, que exerce o ponto de atração.
Assim, o elemento mais eletronegativo é o flúor. A ordem de polaridade é, portanto:
A eletronegatividade influencia na ligação entre os átomos, já que haverá a possibilidade de maior ou menor atração.
O átomo com mais eletronegatividade atrai para si mais elétrons. A diferença de eletronegatividade entre os elementos determina se a ligação será polar ou apolar. Se a diferença de eletronegatividade for igual a zero, a ligação será apolar, do contrário a ligação será polar.
A polaridade das ligações químicas explica fatores como o fato de água e óleo não se misturarem. Em razão da polaridade das moléculas da água, uma das ligações mais fortes conhecidas, o óleo permanece em sua superfície, já que, para que pudesse imiscuir-se na água seria necessário o fornecimento de uma quantidade razoável de energia para “quebrar” suas moléculas ou, ainda, que sua ligação fosse, também, polar, o que não ocorre, já que as ligações químicas de óleos e gorduras são apolares. Além disso, os hidrocarbonetos, moléculas formadas por Hidrogênio e Carbono, muitos deles derivados do petróleo, são, também, apolares.
Uma substância polar pode imiscuir-se numa substância polar, da mesma forma que as substâncias apolares podem imiscuir-se entre si.
A eletronegatividade está, portanto, relacionada à força para rompimento de ligações químicas das moléculas.
Numa ligação química, o átomo com maior eletronegatividade, ao atrair os elétrons, fica com a carga negativa. Por outro lado, os átomos com menor eletronegatividade perdem elétrons e, em razão disso, adquirem uma carga positiva.
Além do raio atômico, outro fator que influencia a eletronegatividade é o número de elétrons que o átomo possui em sua última camada. Quanto maior o número de elétrons, mais o átomo deseja atrair elétrons externos para alcançar a estabilidade (8 elétrons na última camada). Porém, tal fator não deve ser considerado como único critério, já que demonstrações práticas sugerem que o Cloro, que possui 7 elétrons na camada de valência, é menos eletronegativo que o Oxigênio, que possui 6 elétrons na camada de valência.
Isso ocorre porque o Oxigênio é consideravelmente menor do que o Cloro, ou seja, seu núcleo está mais próximo dos elétrons externos e exerce uma atração mais forte sobre eles.
Através da Escala de Pauling, é possível prever a característica das ligações químicas e algumas das propriedades das misturas.
Fontes:
http://200.156.70.12/sme/cursos/EQU/EQ20/modulo1/aula0/aula03/04.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Pauling
25/03/2011, 05:53
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A escala de eletronegatividade é uma escala arbitrária que representa a força do átomo para atrair elétrons. Ela se estende do césio, com eletronegatividade 0,7 até o flúor, com 4,0. A eletronegatividade não é um valor absoluto, mas sim relativo. Assim, a eletronegatividade de um elemento só é definida em termos de eletronegatividade de outros elementos. Diversas escalas foram sugeridas, incluindo as de R. S. Mullinken, L. Pauling e R.T. Sanderson. A escala de Pauling, a mais antiga, surgiu da consideração das energias necessárias para romper as ligações químicas nas moléculas. A eletronegatividade aumenta com a diminuição do tamanho atômico, tanto para elementos do mesmo período como para do mesmo grupo. Deve-se observar também que a eletronegatividade cresce com o aumento do número de elétrons de valência para os metais do Grupo I, II e III. Entre os aspectos úteis do conceito de eletronegatividade, está a oportunidade que ela nos proporciona para predizer certas propriedades químicas dos elementos. Podemos predizer o caráter de uma ligação química observando a diferença dos valores de eletronegatividades dos elementos:
Diferença de etronegatividade | 0 | 0.1 | 0.2 | 0.3 | 0.4 | 0.5 | 0.6 | 0.7 | 0.8 | 0.9 | 1.0 | 1.1 | 1.2 | 1.3 | 1.4 | 1.5 | 1.6 | 1.7 | 1.8 | 1.9 | 2.0 | 2.1 | 2.2 | 2.3 | 2.4 | 2.5 | 2.6 | 2.7 | 2.8 | 2.9 | 3.0 | 3.1 | 3.2 |
Porcentagem de caráter iônico | 0 | 0.5 | 1 | 2 | 4 | 6 | 9 | 12 | 15 | 19 | 22 | 26 | 30 | 34 | 39 | 43 | 47 | 51 | 55 | 59 | 63 | 67 | 70 | 74 | 76 | 79 | 82 | 84 | 86 | 88 | 89 | 91 | 92 |
Ligação Covalente Apolar ------> | 0 | Ligação Covalente Polar | Ligação Iônica |
O valor da eletronegatividade cresce na tabela periódica de acordo com esquema:
http://quimica_basica.sites.uol.com.br/eletronega.htm25/03/2011, 05:55
Muito interessante o texto. Precisamos de explicações dessa forma em salas de aulas, pois os alunos têm dificuldades significativas quanto ao assunto.
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