Mais
possibilidade de alterar as condições concretas e contingenciais de vida e
alcançar mais chance de alcançar sucesso e se fazer ouvido tem quem considera a
opinião alheia como uma referencia, mas não como uma prisão.
Na “medida em que o preconceito da razão nos obriga a estabelecer unidade,
identidade, duração, substância, causa, concretude e ser, nos vemos, em certo
sentido, enredados no erro, necessitados do erro (...)” (p. 37).
A distinção entre a idéia de um mundo verdadeiro e um real, aparência e realidade
reside numa ilusão “ótico-moral” (p. 39).
Os limites ente a noção de
mundo verdadeiro e aparente como uma ideia em em estado de vir a ser conhecido
e alcançado (p. 40 e 41)
A luta entre as paixões e a
fraqueza de vontade como possibilidade de vida (p. 42-43).
A paz como imobilismo
espiritualizado e desvinculado das condições da vida concreta (p. 44-45).
A
moral disciplinadora que ignora os instintos da vida e fixa e ensina valores (p.
46-47) se assemelha ao ato de impedir a decisão no terreno do indecidível
derridiano.
A
moral é idiossincrática e as causas são confundidas com as conseqüências (p.
48-49).
Caráter
disciplinador e transvalorativo operado pela religiões e pela moral e o sujeito
encarado como causa primaz de sua própria vontade (p. 50-51).
O
agir como conseqüência de uma vontade o eu como fundamento da causa, a vivência
que desenvolve sentidos (p. 52-53).
A
memória, a interpretação, habituação versus investigação, privilegiamento de
determinadas dentro de um sistema (p. 54-55).
Explicações
como produtos, efeitos do que se toma por verdadeiro. Responsabilização
perseguida pelo desejo de punição. A liberdade como princípio para a punição
(p. 56-57).
O
ser diante do que foi e do será, o sujeito como parte do todo. A liberdade do
mundo não está em Deus. (p. 58-59).
O
juízo (moral ou religiosos) é uma interpretação semoitizante de aspectos da
realidade. Dependendo de seus usos, o juízo pode ser utilizado para domesticar
ou enfraquecer os indivíduos e reinterpretar o mundo natural em mundo da cultura
a fim de criar barreiras e limites morais (p. 60-63).
A
transvaloração de juízos arraigados e responsáveis por certos estados hegemonizados
sobre outros no ambiente da história e da cultura da humanidade (p. 64-65)
Reciprocidade
de deveres, vivacidade do espírito, laboriosidade, vida consagrada, o fazer
científico, humanidades fragmentárias e (p. 66-68), “estiolamento dos instintos
do espírito” (p. 69).
“Deslocamento do centro de gravidade” (p.
70). Adestramento e aprovação (p. 71)
As
tarefas para as quais são necessários educadores, parceiros mais experientes,
são aprender a ver, a pensar e falar e escrever. Trabalhar o sujeito para ser
desconfiado e aceitar a proximidade do novo, relacionar, poder executar
movimentos como em uma dança e questionar a razão corrompida pela cristalização
de pecado original (p. 72-77)
Critério
e consistência da crítica. A máscara da objetividade. O cristianismo é um
sistema abrangente de visão da vida e a moral cristã é transcendente. Instinto
e consciência (p.78-81)
“O
essencial na embriaguez é o sentimento de plenitude e de intensificação da
força” (p. 82-83).
Idealização
“é um colossal transbordar dos traços principais, de modo que os demais
desapareçam” (p. 83).
Descarga
de recursos expressivos, sentimento e expressão do poder, o limite entre o ato
de fé e o ato cético, a relação entre fracos (mais numerosos) e fortes, a busca
por uma sensação de superioridade e de uma posição de observação mais elevada e
cômoda e idéias enganosas. (p. 84-89).
Tolerância
confundida com comodismo. O homem como modelo de beleza e como fator de
humanização da natureza. A vontade de
poder, a negação da vontade, o foco da vontade, a elaboração de teias
conceituais. A importância de um sentimento livre e valente diante das
vicissitudes e do desgaste da palavra enunciada. O valor de uma paixão diante
do adormecimento dos impulsos (p. 90-99).
O
sujeito que deseja e que é desejado (p. 100).
O
indivíduo “é a linha humana inteira que chega até ele e inclusive o ultrapassa”
(p. 101).
A
“pessoa censura aqueles que são diferentes” (p. 102)
O
indivíduo no jogo entre altruísmo e egoísmo, viver e morrer de maneira
voluntária e orgulhosa, tomar o controle de nossa vida e morte, o juízo moral
de uma época, a questão da vitalidade, questões de decadência e de vontade nas
formações da sociedade. (p. 103-109).
O
contrário como base para manter o que a sociedade acredita, a falência das
instituições sociais, partidos políticos e a instituição casamento, o ato de
fazer questões, liberdade e poda do indivíduo, o crime de forçar a adequação
imposto pela moral, tensão nas massas, o caráter involuntário de sacrifícios
tidos como moral superior, domesticação e fatalismo da sociedade, aprovação
pública, o valor do indigno, disciplina de sentimentos e pensamentos, a égide
de certas verdades. Não desligar-se da vida, mas integrar-se, pois “tudo se
redime e se afirma no todo” (p. 110-125).
A
eternidade e o desgaste pelo tempo, o dito e o não dito. Culturas inteiras e
sentidos. Extensão, número e energia dos signos. A razão presente na realidade.
Impulso e vontade de poder. A dialética entre paz e tensão. Engenhosidade na
significação de símbolos e ritos. A função da dor na sutura entre passado e
presente. Negação, vontade e inesgotabilidade de vida, volúpia do devir e da destruição.
A dureza flexível como qualidade (p. 126-137).
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos, ou, como se filosofa com o martelo. Tradução de Renato Zwick – Porto Alegre, RS. L&PM. 2012. 144p. Coleção L&PM POCKET, volume 799).
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