domingo, 18 de agosto de 2019

Escola Egídia Cavalcante Chagas e o 25º grito dos excluídos (07-09-2019)


Escola Egídia C. Chagas
25º Grito dos excluídos – 07-09-2019
Lema:  “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”

Leitura do livro de Amós 6, 1-7
1 Ai dos que vivem sossegados em Sião, e dos que estão confiados no monte de Samaria, que têm nome entre as primeiras das nações, e aos quais vem a casa de Israel!
2 Passai a Calne, e vede; e dali ide à grande Hamate; e depois descei a Gate dos filisteus; serão melhores que estes reinos? Ou maior o seu termo do que o vosso termo?
3 Ó vós que afastais o dia mau, e fazeis chegar o assento da violência.
4 Ai dos que dormem em camas de marfim, e se estendem sobre os seus leitos, e comem os cordeiros do rebanho, e os bezerros do meio do curral;
5 Que cantam ao som da viola, e inventam para si instrumentos musicais, assim como Davi;
6 Que bebem vinho em taças, e se ungem com o mais excelente óleo: mas não se afligem pela ruína de José;
7 Portanto agora irão em cativeiro entre os primeiros dos que forem levados cativos, e cessarão os festins dos banqueteadores.
                                                                         
Texto I – sobre o contexto e a pessoa de Amós
Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.
Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.
Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.
Seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade. Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria.
E Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.
…………………….
Texto II – Catilinárias – Cícero
Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?

Música - Brasil – Cazuza (1988)

Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me ofereceram nenhum cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil, mostra a tua cara
Quero ver quem paga pra gente ficar assim
Brasil, qual é teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra meconvencer
Apagar sem ver toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me elegeram a garota do fantástico
Não me subornaram, será que é meu fim
Ver tv a cores na taba de um índio
Programada pra só dizer sim
Brasil mostra tua cara
Quero ver quem paga pra agente ficar assim
Brasil qual e teu negocio
O nome do teu socio confie em mim.
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante eu vou te trair
Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga
Pra gente ficar assim.
Brasil, qual é teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga
Pra gente ficar assim.
Brasil, qual é teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
O meu Brasil!

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Escola Egídia C. Chagas
25º Grito dos excluídos – 07-09-2019
Lema:  “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”

Isaías 10, 1-4
Ai daqueles que fazem leis injustas, que escrevem decretos opressores,
para privar os pobres dos seus direitos e da justiça os oprimidos do meu povo, fazendo das viúvas sua presa e roubando dos órfãos! Que farão vocês no dia do castigo, quando a destruição vier de um lugar distante? Atrás de quem vocês correrão em busca de ajuda? Onde deixarão todas as suas riquezas? Nada poderão fazer, a não ser encolher-se entre os prisioneiros ou cair entre os mortos. Apesar disso tudo, a ira divina não se desviou; sua mão continua erguida.

Texto I - Em julho, governo libera mais de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares, diz levantamento - Por Fábio Amato, G1 — Brasília - 06/08/2019 19h37

O governo federal liberou R$ 3,044 bilhões em emendas parlamentares impositivas em julho, mês no qual a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o projeto de reforma da Previdência, segundo levantamento da ONG Contas Abertas.
Esse valor supera a soma do que foi liberado de janeiro a junho deste ano (R$ 1,7 bilhão). É também a maior liberação de valores em emendas desde abril de 2018 (R$ 3,3 bilhões), ainda no governo do ex-presidente Michel Temer.
O levantamento se refere a valores empenhados, ou seja, reservados pelo governo no Orçamento para posterior pagamento.
Nesta terça-feira (6), segundo informou o blog de Valdo Cruz, o governo mandou para o Congresso projeto que libera para vários ministérios R$ 3,041 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões para emendas parlamentares.
Emendas parlamentares são recursos previstos no Orçamento da União cujas aplicações são indicadas por deputados e senadores. O dinheiro tem de ser empregado em projetos e obras nos estados e municípios.
Com a aprovação do orçamento impositivo, o governo passou a ser obrigado a liberar todo ano a verba prevista para as emendas. No entanto, o Palácio do Planalto pode decidir como fará a distribuição ao longo dos meses.
Votações no Congresso
É comum que emendas sejam liberadas às vésperas de votações no Congresso importantes para governo federal. A medida funciona como uma forma de o governo garantir apoio da maioria dos parlamentares ao projeto.
No começo de julho, o plenário da Câmara aprovou, em primeiro turno, o texto da reforma da Previdência, que muda as regras para acesso à aposentadoria no país.
O projeto é considerado a prioridade do governo Bolsonaro, que defende a reforma como essencial para colocar em dia as contas públicas, que vêm registrando rombos bilionários.
O secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, diz que a liberação de emendas próximo a votações no Congresso "acontece há vários anos, em vários governos", mas criticou a prática.
“As emendas parlamentares continuam a ser um instrumento de barganha entre o Executivo e o Legislativo. As liberações das emendas impositivas às vésperas das votações de interesse do governo, nas ocasiões em que o Executivo deseja afagar os parlamentares, deveriam constranger tanto quem as libera, quanto quem será beneficiado. Essa prática recorrente, apequena o Congresso e desmoraliza o Executivo”, disse Castello Branco.

Texto II – Paulo Freire – Pedagogia do oprimido
“Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado pra entender o significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação? Libertação a que não chegarão pelo acaso, mas pela práxis de sua busca pelo conhecimento e reconhecimento de lutar por ela” (p. 42, 43).
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Música
Que país é este – Legião Urbana (Renato Russo) – 1987)
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia-ia-ia
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, Minas Gerais
E no Nordeste tudo em paz
Na morte, eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis
Documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Refrão
Terceiro mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Refrão

Vídeo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=CqttYsSYA3k










Escola Egídia C. Chagas
25º Grito dos excluídos – 07-09-2019
Lema:  “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”

Juízes 5, 9-13

9. "Meu coração bate pelos chefes de Israel, pelos que se ofereceram voluntariamente entre o povo: bendizei o Senhor! 10.Vós que cavalgais jumentas brancas, sentados sobre tapetes, a galopar pelas estradas, cantai! 11.A voz dos arqueiros, junto dos bebedouros, celebre as vitórias do Senhor, as vitórias dos seus chefes em Israel! Então o povo do Senhor desceu às portas. 12.Desperta, desperta, Débora! Desperta, desperta, canta um hino! Levanta-te, Barac! Toma os teus prisioneiros, filho de Abinoem! 13.E agora descei, sobreviventes do meu povo. Senhor, descei para junto de mim entre estes heróis."
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Suspenso o despejo das famílias do acampamento Zé Maria do Tomé, em Limoeiro - 21/11/18 13:19
Ainda que parcial, uma vitória importante do povo trabalhador. Foi suspenso na manhã desta quarta-feira, 21, o despejo das cerca de 150 famílias que há quatro anos vivem e trabalham no assentamento Zé Maria do Tomé, em Limoeiro do Norte. Uma comissão de negociação formada por representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), membros do Governo do Estado, Polícia Militar, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Federação das Associações do Perímetro Irrigado Jaguaribe Apodi (Fapija) abriu um canal de diálogo sobre a permanência das famílias na terra.
Música
Até Quando? – Gabriel  O Pensador

Não adianta olhar pro céu / Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem / muito protesto pra fazer
e muita greve, você pode /e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão / virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram / numa cruz e só porque
Jesus sofreu não quer dizer / que você tenha que sofrer
Até quando você vai ficar usando rédea?
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea?
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante (bis)
Refrão
A polícia matou um estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário
Refrão
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é mundo que me dá
Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar
Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não!
Refrão
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro
Até quando você vai levando porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?






Escola Egídia C. Chagas
25º Grito dos excluídos – 07-09-2019
Lema:  “Este sistema não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”

Efésios 6, 10-17

"Finalmente, irmãos, fortale­cei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. 11.Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. 12.Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.* 13.Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. 14.Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, 15.e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. 16.Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17.Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus." 

Texto I - I have  dream – Martin L. King

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”
Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Texto II – Paulo Freire - Educação como prática da liberdade
“Tôda relação de dominação, de exploração, de opressão já é, em si, violenta. Não importa que se faça através de meios drásticos ou não. É a um tempo, desamor e óbice ao amor. Óbice ao amor na medida em que dominador e dominado, desumanizando-se o primeiro, por excesso, o segundo, por falta de poder, se fazem coisas. E coisas não se amam. De modo geral, porém, quando o oprimido legitimamente se levanta contra o opressor, em quem identifica a opressão, é a êle (sic) que se chama de violento, de bárbaro, de desumano, de frio. É que, entre os incontáveis direitos que se admite a si a consciência dominadora tem mais estes: o de definir a violência. O de caracterizá-la. O de localizá-la. E se êste (sic) direito lhe assiste, com exclusividade, não será nela mesma que irá encontrar a violência. Não será a si própria que chamará de violenta. Na verdade, a violência do oprimido, ademais de ser mera resposta em que revela o intento de recuperar sua humanidade, é, no fundo, ainda, a lição que recebeu do opressor” (p. 50).

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 9ª edição. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979. 150 páginas.
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Música
Quando o Dia da Paz Renascer – Pe. Zezinho e Zé Vicente

Quando o dia da paz renascer
Quando o sol da esperança brilhar
Eu vou cantar

Quando o povo nas ruas sorrir
E a roseira de novo florir
Eu vou cantar

Quando as cercas caírem no chão
Quando as mesas se encherem de pão
Eu vou sonhar

Quando os muros que cercam os jardins
Destruídos então os jasmins
Vão perfumar

Vai ser tão bonito se ouvir a canção
Cantada, de novo
No olhar da gente a certeza do irmão
Reinado, do povo

Quando as armas da destruição
Destruídas em cada nação
Eu vou sonhar

E o decreto que encerra a opressão
Assinado só no coração
Vai triunfar

Quando a voz da verdade se ouvir
E a mentira não mais existir
Será enfim, tempo novo de eterna justiça
Sem mais ódio, sem sangue ou cobiça, vai ser assim


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