Estudar História –
Das origens do homem à era digital à expansão da América Portuguesa - Patrícia
Ramos Braick
Editora Moderna -
2011
Capítulo 1 – A
EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
Francisco
Requeña y Herrera, chefe da expedição que demarcou os domínios de Espanha e
Portugal na região amazônica 1780 e 1791, inclusive as corredeiras do rio
Mesay, Caquetá (atual Colômbia).
Os
limites atuai do Brasil foram estabelecidos definitivamente no século XIX,
muito diferente do que previa o Tratado de Tordesilhas.
A expansão para o
interior
Invasões
holandesas, francesas e inglesas a partir da União ibérica (1580-1640) de
Brasil e Espanha.
Atividades
econômicas expandiram as fronteiras do Brasil para o interior.
No
nordeste: a criação do gado.
Minas
Gerais, Mato Grosso e Goiás: Bandeiras
No
sul do Brasil: fundação da Colônia do Sacramento
Ocupação da região
Amazônica
Ordens
religiosas e exploradores das drogas do sertão.
1616
– fundação do forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio na baía do Guajará,
foz do rio Amazonas em Belém.
1621
– fundação do estado do Maranhão e Grão-Pará.
Desenvolvimento da
pecuária
Para
não atrapalhar a plantação canavieira do litoral, a pecuária teve que se
dirigir para o interior do Brasil, para seus sertões.
1701
– Coroa Portuguesa proíbe a criação de gado na faixa litorânea.
Utilização
de trabalhadores assalariados e de escravos nas fazendas
O comércio e a
figura do vaqueiro
Estradas
foram fundadas no rastro do deslocamento dos rebanhos. Por elas circulavam
carne seca e couro.
Apenas
no século XVIII, as autoridades portuguesas começaram a fiscalizar o sertão.
O
trabalhador típico da fazenda nordestina é o vaqueiro vestido em roupas de
couro.
A pecuária no Sul
Semelhante
ao modelo nordestino mas levado a cabo apenas no século XVIII.
AS
fazendas do Sul eram as estâncias que se especializaram em criar animais de
carga, charque (carne curtida e salgada) e couro.
O
papel do Brasil para a limentação mundial
Brasil:
1º lugar na exportação mundial de carne bovina (6,9 milhões de toneladas anuais)
e de frango (8,1 milhões de toneladas). 4º lugar na exportação de carne suína
(2,3 milhões de toneladas).
Ação missionária
dos jesuítas
A
companhia de Jesus, ordem religiosa fundada pelo espanhol Inácio de Loyola em
1534 foi um marco para a expansão da colonização portuguesa no território
brasileiro.
Em
1553, o Brasil correspondia a sexta província de atuação da Companhia nas
colônias Ibéricas.
O
jesuíta Padre Manuel da Nóbrega desembarcou com o primeiro governador-geral do
Brasil, Tomé de Souza na Bahia em 1549.
Em
São Vicente, o padre Leonardo Nunes ficou encarregado de construir a primeira
escola-seminário.
Em
1554, o padre Manuel a Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio de São
Paulo no planalto de Piratininga.
Em
1567, a ação de padre Inácio de Azevedo e Nóbrega foi responsável pela
construção do primeiro colégio jesuíta.
Ação Jesuíta no restante
do país
1576
– Olinda, 1622 – São Luís, 1626 – Belém, 1635 – Jesuítas espanhóis na aldeia
indígena de Caibi, próxima a Porto Alegre, 1655 – Recife.
A catequização dos
nativos
Os
jesuítas fundaram aldeamentos chamados missões ou reduções onde crstianizavam
os indígenas e combatiam certos hábitos como a poligamia, a antropofagia e
condenavam a escravização. Isso gerou atritos com os colonos.
A
expulsão dos jesuítas
Para
conseguir recursos que mantivessem suas atividades porque não eram suficientes
as quantias obtidas com a taxa criada em 1564 e chamada de redizima, os
jesuítas desenvolveram uma próspera atividade econômica que levou o marquês de
Pombal a acusar a ordem religiosa de tentar exercer um poder espiritual e
temporal sobre sua área de atuação e de monopolizar a mão de obra indígena.
Sete
Povos das Missões
Os
aldeamentos indígenas fundados por jesuítas no Sul do país entre o final do
século XVII e início do século XVIII eram relativamente autossuficientes e
foram chamados de São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luís Gonzaga, São
Miguel Arcanjo, São Lourenço, São João Batista e Santo Ângelo Custódio.
As bandeiras
paulistas
As
bandeiras eram expedições bancas pela iniciativa privada.
1560
– São Paulo é elevado à condição de vila. Sua posição entre os rios Tietê e
Paraná contribuiu para o surgimento de Bandeiras, ou seja, a organização de
expedições de captura de índios. Os índios apresados eram chamados “negros da
terra”, escravos que supriam a carência de escravos africanos, especialmente
durante as invasões holandesas.
1620
– As bandeiras alcançaram as regiões das missões jesuíticas, começando pela do
Guairá (1627) situada no território do atual Paraná.
!630
– aumento da procura por escravos indígenas por causa das invasões holandesas
que conquistaram Pernambuco e as principais praças fornecedoras de escravos
para Portugal.
A
situação agravou-se quando a Coroa Portuguesa proibiu a captura de escravos
indígenas exceto quandoocorrese em “guerra justa”, isto é, por iniciativa de
ataque indígena.
Em busca de metais
preciosos
As
linhas do Tratado de Tordesilhas foram desconsideradas por bandeiras de
prospecção em busca de metais preciosos.
As
bandeiras eram expedições numerosas e podiam durar anos por causa das
distâncias e da ausência de estradas de qualquer tipo. A fome era um dos
maiores problemas a serem enfrentados.
Os
bandeirantes tiveram que aprender muitos hábitos indígenas de sobrevivência,
coleta, pesca, caça, deslocamento e alimentação para retornarem de suas
viagens.
As
Bandeiras tinham um líder, um capelão e um grupo formado por portugueses e
mestiços. O facão, o machado, o arcabuz, a corda, a pólvora, o sal e a farinha
eram alguns do itens levados pelos membros da expedição.
Bandeirante
famosos
Antônio
Raposo Tavares chegou à Cordilheira dos Andes entre 1648 e 1652.
Fernão
Dias Paes, Manuel de Borba Gato e Matias Cardoso de Almeida exploraram regiões
do Centro-sul do Brasil durante quase dez anos a partir de 1674.
A colônia
Portuguesa cresceu
Pelo
tratado de Badajoz, Sete Povos das Missões ficou sob domínio português e a
Colônia de Sacramento, com Espanha.
As rebeliões
coloniais
O
conflito comercial e colonizador entre Portugal e Holanda levou a coroa
portuguesa a explorar mais recursos do Brasil.
A Revolta de
Beckman
(1684 – Maranhão): liderados pelos senhores de engenho Manuel e Thomas Beckman,
os comerciantes ocuparam o armazém da Companhia de Comércio do Estado do
Maranhão, depuseram o governador e expulsaram os jesuítas.
A
Guerra dos Mascates (1710-1711 – Pernambuco): os comerciantes de Recife (que
não tinha a condição de vila) se rebelaram contra os senhores de engenho de
Olinda que dominavam a câmara de vereadores e aprovavam leis em seu benefício.
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