segunda-feira, 13 de abril de 2015

História para alunos do oitavo ano

Estudar História – Das origens do homem à era digital à expansão da América Portuguesa - Patrícia Ramos Braick
Editora Moderna - 2011
Capítulo 1 – A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
Francisco Requeña y Herrera, chefe da expedição que demarcou os domínios de Espanha e Portugal na região amazônica 1780 e 1791, inclusive as corredeiras do rio Mesay, Caquetá (atual Colômbia).
Os limites atuai do Brasil foram estabelecidos definitivamente no século XIX, muito diferente do que previa o Tratado de Tordesilhas.
A expansão para o interior
Invasões holandesas, francesas e inglesas a partir da União ibérica (1580-1640) de Brasil e Espanha.
Atividades econômicas expandiram as fronteiras do Brasil para  o interior.
No nordeste: a criação do gado.
Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás: Bandeiras
No sul do Brasil: fundação da Colônia do Sacramento
Ocupação da região Amazônica
Ordens religiosas e exploradores das drogas do sertão.
1616 – fundação do forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio na baía do Guajará, foz do rio Amazonas em Belém.
1621 – fundação do estado do Maranhão e Grão-Pará.
Desenvolvimento da pecuária
Para não atrapalhar a plantação canavieira do litoral, a pecuária teve que se dirigir para o interior do Brasil, para seus sertões.
1701 – Coroa Portuguesa proíbe a criação de gado na faixa litorânea.
Utilização de trabalhadores assalariados e de escravos nas fazendas
O comércio e a figura do vaqueiro
Estradas foram fundadas no rastro do deslocamento dos rebanhos. Por elas circulavam carne seca e couro.
Apenas no século XVIII, as autoridades portuguesas começaram a fiscalizar o sertão.
O trabalhador típico da fazenda nordestina é o vaqueiro vestido em roupas de couro.
A pecuária no Sul
Semelhante ao modelo nordestino mas levado a cabo apenas no século XVIII.
AS fazendas do Sul eram as estâncias que se especializaram em criar animais de carga, charque (carne curtida e salgada) e couro.
O papel do Brasil para a limentação mundial
Brasil: 1º lugar na exportação mundial de carne bovina (6,9 milhões de toneladas anuais) e de frango (8,1 milhões de toneladas). 4º lugar na exportação de carne suína (2,3 milhões de toneladas).
Ação missionária dos jesuítas
A companhia de Jesus, ordem religiosa fundada pelo espanhol Inácio de Loyola em 1534 foi um marco para a expansão da colonização portuguesa no território brasileiro.
Em 1553, o Brasil correspondia a sexta província de atuação da Companhia nas colônias Ibéricas.
O jesuíta Padre Manuel da Nóbrega desembarcou com o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza na Bahia em 1549.
Em São Vicente, o padre Leonardo Nunes ficou encarregado de construir a primeira escola-seminário.
Em 1554, o padre Manuel a Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio de São Paulo no planalto de Piratininga.
Em 1567, a ação de padre Inácio de Azevedo e Nóbrega foi responsável pela construção do primeiro colégio jesuíta.
Ação Jesuíta no restante do país
1576 – Olinda, 1622 – São Luís, 1626 – Belém, 1635 – Jesuítas espanhóis na aldeia indígena de Caibi, próxima a Porto Alegre, 1655 – Recife.
A catequização dos nativos
Os jesuítas fundaram aldeamentos chamados missões ou reduções onde crstianizavam os indígenas e combatiam certos hábitos como a poligamia, a antropofagia e condenavam a escravização. Isso gerou atritos com os colonos.
A expulsão dos jesuítas
Para conseguir recursos que mantivessem suas atividades porque não eram suficientes as quantias obtidas com a taxa criada em 1564 e chamada de redizima, os jesuítas desenvolveram uma próspera atividade econômica que levou o marquês de Pombal a acusar a ordem religiosa de tentar exercer um poder espiritual e temporal sobre sua área de atuação e de monopolizar a mão de obra indígena.
Sete Povos das Missões
Os aldeamentos indígenas fundados por jesuítas no Sul do país entre o final do século XVII e início do século XVIII eram relativamente autossuficientes e foram chamados de São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luís Gonzaga, São Miguel Arcanjo, São Lourenço, São João Batista e Santo Ângelo Custódio.
As bandeiras paulistas
As bandeiras eram expedições bancas pela iniciativa privada.
1560 – São Paulo é elevado à condição de vila. Sua posição entre os rios Tietê e Paraná contribuiu para o surgimento de Bandeiras, ou seja, a organização de expedições de captura de índios. Os índios apresados eram chamados “negros da terra”, escravos que supriam a carência de escravos africanos, especialmente durante as invasões holandesas.
1620 – As bandeiras alcançaram as regiões das missões jesuíticas, começando pela do Guairá (1627) situada no território do atual Paraná.
!630 – aumento da procura por escravos indígenas por causa das invasões holandesas que conquistaram Pernambuco e as principais praças fornecedoras de escravos para Portugal.
A situação agravou-se quando a Coroa Portuguesa proibiu a captura de escravos indígenas exceto quandoocorrese em “guerra justa”, isto é, por iniciativa de ataque indígena.
Em busca de metais preciosos
As linhas do Tratado de Tordesilhas foram desconsideradas por bandeiras de prospecção em busca de metais preciosos.
As bandeiras eram expedições numerosas e podiam durar anos por causa das distâncias e da ausência de estradas de qualquer tipo. A fome era um dos maiores problemas a serem enfrentados.
Os bandeirantes tiveram que aprender muitos hábitos indígenas de sobrevivência, coleta, pesca, caça, deslocamento e alimentação para retornarem de suas viagens.
As Bandeiras tinham um líder, um capelão e um grupo formado por portugueses e mestiços. O facão, o machado, o arcabuz, a corda, a pólvora, o sal e a farinha eram alguns do itens levados pelos membros da expedição.
Bandeirante famosos
Antônio Raposo Tavares chegou à Cordilheira dos Andes entre 1648 e 1652.
Fernão Dias Paes, Manuel de Borba Gato e Matias Cardoso de Almeida exploraram regiões do Centro-sul do Brasil durante quase dez anos a partir de 1674.
A colônia Portuguesa cresceu
Pelo tratado de Badajoz, Sete Povos das Missões ficou sob domínio português e a Colônia de Sacramento, com Espanha.
As rebeliões coloniais
O conflito comercial e colonizador entre Portugal e Holanda levou a coroa portuguesa a explorar mais recursos do Brasil.
A Revolta de Beckman (1684 – Maranhão): liderados pelos senhores de engenho Manuel e Thomas Beckman, os comerciantes ocuparam o armazém da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, depuseram o governador e expulsaram os jesuítas.

A Guerra dos Mascates (1710-1711 – Pernambuco): os comerciantes de Recife (que não tinha a condição de vila) se rebelaram contra os senhores de engenho de Olinda que dominavam a câmara de vereadores e aprovavam leis em seu benefício.

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