CONTRIBUIÇÃO
DA PSICANÁLISE PARA A EDUCAÇÃO - MÁRCIA MARIA
Introdução
"Nenhuma
das aplicações da psicanálise excitou tanto interesse e despertou
tantas esperanças (...) quanto seu emprego na teoria e na prática
da educação" (Freud, 1925).
A
psicanálise é constituída de duas partes: As teorias sobre o
funcionamento humano em termos psicológicos, e as técnicas de
tratamento. Da mesma forma que a anatomia e a fisiologia,
conhecimentos fundamentais, dão uma base sólida a todas aquelas
especialidades acima mencionadas, o conhecimento psicanalítico
também fornece fundamentos para uma série de atividades, tais como
a educação, a psicologia (individual e social), agora a
psicopedagoga, etc. Vamos demonstrar as relações entre psicanálise
e educação, possíveis elementos que ultrapassem a psicologização
dos problemas educacionais essencialmente de origem social, política
e econômica. (…) procuramos mostrar a importância da psicanálise
para a reflexão sobre a produção do conhecimento, sobre a relação
professor-aluno e para a denúncia de posturas pedagógicas meramente
adaptativas e não emancipa tórias. Se a ambigüidade da formação
cultural, e, em sentido estrito, da educação, não pode ser
eliminada simplesmente com um esclarecimento terminológico, é
tarefa de a Teoria Crítica contrapor os conceitos à realidade.
Portanto, formação cultural é a negação do que vivenciamos até
então: semiformação socializada (Halbbildung) possível de ser
apreendida na educação por meio de parâmetros pedagógicos que não
têm aprofundado sua reflexão sobre a cultura e a teoria do
conhecimento, sobre a democratização do ensino, a indústria
cultural e os processos inconscientes existentes na relação
escola-sociedade.
Referencial teórico
A
obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças
emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na
pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado com o
desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico.
Através
das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor
enquanto educadores, como se processa em nossos educando o
desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se
como um todo, razão e emoção.
As
maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se
dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos
processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários
tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de
identificação e dos processos de transferência que ocorrem na
relação professor- aluno.
Segundo
Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar
o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de
ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta
entre suas forças internas, regidas pelo princípio do prazer (id) e
as forças externas que impõem juízos de valor (superego) sobre
esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar esse
equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa
ocorrer de forma eficaz.
Revelando
que o ser humano possui vários tipos de pensamento (prático,
cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que
tem a escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas
dimensões, alargando assim a capacidade do sujeito buscar
alternativo por si próprio e desenvolva o prazer de aprender.
Uma
grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação,
pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram
significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas
sua auto-imagem.
A
teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno.
É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com
seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia,
estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos
psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações
vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a
experiências uma vez reprimidas.
(…)
Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos como
iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e o
professores muitas vezes não conseguem analisar mais profundamente
os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão
ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não
respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas
evolutivas dos educando.
Eric
Hobsbawn, historiador inglês do século XX, escreve que “A
destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que
vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é
um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do
século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de
presente contínua, sem qualquer relação orgânica com o passado
público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo
ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais
importantes que nunca no fim do milênio. Por esse motivo, porém,
eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e
compiladores."(HOBSBAWN:1995,13) A citação de Hobsbawn nos
alerta para os significados da História e da construção
sócio-cultural deste significado, já que cada época pode
rediscutir, ressignificar sua concepção e seu fazer histórico.
Mas, por outro lado nos direciona o olhar sobre os aprendizes da
História, ou seja, os jovens. Quem é nosso jovem adolescente? Como
afetá-lo com as experiências do passado? O fracasso escolar do
aluno e o fracasso da própria escola tem sido objeto de reflexão e
da análise crítica da sociedade e de estudiosos.
A
competência profissional duvidosa dos docentes, o modelo
institucional-autoritário, perverso e ultrapassado, e o indivíduo,
ainda em formação, sujeitado em sua fragilidade a esse meio -
compõe, infelizmente, o retrato da educação em nosso país.
Refletir
sobre esta questão requer, a princípio, uma postura política.
Ideológica e, essencialmente, uma postura de humildade, a saber-se
sempre no papel de aprendiz da construção do conhecimento, de
aprendiz da aquisição dos saberes que fundamentam a relação
ensino-aprendizagem.
Para
além de prédios, de novas tecnologias e de todas as inovações que
o porvir possa incorporar ao processo pedagógico a grande meta é, e
sempre será, o sujeito. A qualidade da pedagogia é uma tarefa
humana que prescinde de uma visão ampla e crítica em constante
evolução, nutrindo-se da interdisciplinaridade e compondo uma visão
holística sobre o ato de ensinar e qualificar o sujeito para ser um
agente de transformações do seu tempo - e, não adaptá-lo
destruindo assim sua subjetividade; qualificando-o, então, a ser
escravo do seu tempo. Portanto, mais que ensinar ou mais que
transmitir conhecimento; ou ainda fazer parte do processo de
construção cognitiva; os que se colocam no lugar da transmissão de
um suposto saber têm a responsabilidade de aceitarem para si o
desafio - do lugar ocupado - vazio por excelência; já que ainda não
concluído (quiçá nunca!),que é preenchido pela expectativa, pela
esperança de ascender-se à esse espaço privilegiado onde se supõe
haver um instrumento, uma ferramenta que abrirá portas - internas e
externas a esse sujeito - Aprendiz por natureza nomeado: Aluno. Até
que todas as grades escolares sejam derrubadas libertando as
diferenças e a subjetividade; até que construir o saber seja
permitido e louvado; até que a afetividade seja um ingrediente
necessário e trabalhado - O professor há de ocupar esse lugar.
Entretanto. Se estiver consciente da impossibilidade de preenchê-lo
(mas da necessidade de ocupá-lo) sua função será com certeza
exercida sem hipocrisia e arrogância, mantos que vestem os espaços
destinados ao poder.
Essa
concepção exige do professor um amplo domínio tanto do conteúdo a
ser ensinado quanto um conhecimento pedagógico para que possa
selecionar estratégias mais adequadas para colaborar com a
reorganização dos conceitos do aluno. Requer, também, um
aprofundamento do saber das relações humanas e suas vicissitudes.
Pois, no processo ensino aprendizagem, acima de métodos e técnicas,
interagem pessoas de diferentes formações, afetos, carências e
demandas. Onde se insere, na maioria das vezes, totalmente
despreparado, a figura do educador como mediador e continente de
todos os possíveis conflitos que surgem nos relacionamentos dessa
natureza.
Esta
visão holística do processo ensino-aprendizagem pressupõe uma
reorganização dos conteúdos a ser trabalhados, exigindo uma visão
mais ampla do conceito de “disciplinas” A interdisciplinaridade
é, sem dúvida, uma meta a ser buscada, na medida em que o
conhecimento não deve ser fragmentado em disciplinas isoladas, mas
sim trabalhado numa visão globalizante e integracional.
Gusdorf
citado por Fazenda (1991), afirma que o que se designa por
interdisciplinaridade é uma atitude epistemológica que ultrapassa
os hábitos intelectuais estabelecidos ou mesmo os programas de
ensino() A idéia de interdisciplinaridade é uma ameaça à
autonomia dos especialistas, vítimas de uma restrição de seu campo
mental. “Eles não ousam suscitar questões estranhas à sua
tecnologia particular, e não lhes é agradável que outros
interfiram em sua área de pesquisa” (p.24).
(…)
a reflexão pedagógica sobre a crise educacional deve voltar-se para
toda importação conceitual que beneficie a abordagem do sujeito
dentro do processo ensino- aprendizagem: e que avalie,
simultaneamente, a posição do educador e sua formação como
indivíduo e técnico.
As
escolas públicas brasileiras apresentam um alto índice de
reprovação, principalmente nas classes de alfabetização: este
fracasso escolar é atribuído aos alunos de baixa renda. E,
justificado pelas suas condições precárias de sobrevivência que
resultavam num grau diferenciado e prejudicado de inteligência. Nas
escolas particulares e nas universidades há um esvaziamento dos
saberes que colabora com o desemprego, com a ignorância e com a
formação de um cidadão de terceira categoria sem autonomia e senso
crítico - Nesse espaço de falência transita- o professor, diante
de uma demanda sem fim, onde ele próprio já é um subproduto
acabado e com poucas chances de alterar o quadro da Educação
Nacional. Mal remunerado, na maioria das vezes sem condições ideais
de produzir - esse sujeito sofre a angústia de estar participando de
uma farsa, sofre a frustração de não ver o resultado de seu
trabalho - solitário por excelência, já que a escola, enquanto tal
é uma instituição impossível.
A
escola passa por um momento grave de transição - onde a falência
do modelo vigente reflete-se no conflito entre o que foi e o que há
de vir. Entre o velho e o novo. Equivocadamente pouco se discute em
profundidade as verdadeiras causas conflitam. No afã de conservar-se
o modelo falido, fala-se em novas tecnologias educacionais. em mais
eficiência, produtividade, adaptação dos sistemas educacionais
para os tempos de intensa competição internacional, da necessidade
do uso do computador como uma nova metodologia redentora de um
passado distante - “ de cartilhas, quadro-negro, giz e palmatória”
- que, contudo, perpetua-se ideologicamente sob a máscara da
modernidade.
Enfim,
corremos o risco de mumificarmos o cadáver com novas tecnologias
(...). Sem tomarmos o rumo da história, assumindo as rédeas de
nosso próprio destino e todas as transformações que realmente
tragam o novo - contanto que o novo seja adequado para o nosso
processo de evolução, sem vivermos o conflito da mudança e suas
vicissitudes em profundidade; não há chance de sairmos do momento
de estagnação e da falência em que nos encontramos enquanto
educadores e instituição. E a escola, enquanto tal, continuará a
produzir, em série, sujeitos aptos à se adaptarem as rodas da
engrenagem - asujeitados e alienados à uma ordem - sem condição de
reflexão e de transformação. Sofremos assim, nos tempos de hoje,
do apelo Faustiniano: mantermos viva a qualquer preço - num pacto
com forças poderosas - o que já se encontra em seu último fôlego
de vida – A escola; eternificando-a com a máscara da modernidade,
mantendo a sua ação destruidora da subjetividade criativa. - “Ou
a deixamos morrer e re-criamos um novo e genuíno sistema de
transmissão do saber e construção do conhecimento”.
(...)
Há,
no entanto, grandes diferenças na maneira de conceber o processo de
desenvolvimento. As principais delas, em resumo, são as seguintes:
A)
QUANTO AO PAPEL DOS FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO DESENVOLVIMENTO
Piaget
privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social,
Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os
externos, postula que o desenvolvimento segue uma seqüência fixa e
universal de estágios. Vygotsky, ao salientar o ambiente social em
que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse ambiente, o
desenvolvimento também variará. Neste sentido, não se pode aceitar
uma visão única, universal, de desenvolvimento humano.
B)
QUANTO À CONSTRUÇÃO REAL
Piaget
acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela
criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se
encontra. A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as
crianças mantêm sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se
da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva. Vygotsky
discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual
para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social
e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através
da interação (...)
C)
QUANTO AO PAPEL DA APRENDIZAGEM
Piaget
acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem
pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação
social. Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e
aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de
modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.
D)
QUANTO AO PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO E Á RELAÇÃO ENTRE
LINGUAGEM E PENSAMENTO
Segundo
Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma
das suas formas de expressão. A formação do pensamento depende,
basicamente, da coordenação dos esquemas sensorimotores e não da
linguagem. Esta só pode ocorrer depois que a criança já alcançou
um determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se, pois,
aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à criança
criar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de
conceitos. Piaget, todavia, estabeleceu uma clara separação entre
as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os
processos que não parecem sofrer qualquer influência dela. Este é
o caso das operações cognitivas que não podem ser trabalhadas por
meio de treinamento específico feito com o auxílio da linguagem.
Por exemplo, não se pode ensinar, apenas
usando
palavras, a classificar, a seriar, a pensar com responsabilidade.
Já
para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos
interdependentes, desde o início da vida. A aquisição da linguagem
pela criança modifica suas funções mental superiores: ela dá uma
forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da
imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste
sentido, a linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula,
sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire
uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os
processos que nele estão em andamento.
Síntese das idéias da Vygotsky
Para
Vygotsky, a cultura molda o psicológico, isto é, Determina a
maneira de pensar. Pessoas de diferentes culturas têm diferentes
perfis psicológicos. As funções psicológicas de uma pessoa são
desenvolvidas ao longo do tempo e mediadas pelo social, através de
símbolos criados pela cultura. A linguagem representa a cultura e
depende do intercâmbio social. Os conceitos são construídos no
processo histórico e o cérebro humano é resultado da evolução.
Em todas as culturas, os símbolos culturais fazem a mediação. Os
conceitos são construídos e internalizados de maneira não linear e
diferente para cada pessoa. Toda abordagem é feita de maneira de
maneira holística (ampla) e o cotidiano é sempre em movimento, em
transformação. È a Dialética. A palavra é o microcosmo, o início
de tudo e tem vários significados, ou seja, é polissêmica; a mente
vai sendo substituída historicamente pala pessoa, que é
sujeito
do seu conhecimento.
Vygotsky
(…) {t}rabalha com a idéia de zonas de desenvolvimento. Todos têm
uma zona de desenvolvimento real, composta por conceitos que já
dominamos. Vamos imaginar que numa escala de zero a 100, estamos-nos
30; esta é a zona de desenvolvimento real nossa. Para os outros 70,
sendo o nosso potencial, Vygotsky chama de ZONA de DESENVOLVIMENTO
PROXIMAL. Se uma pessoa chega aos 100, a sua Zona de Desenvolvimento
Proximal será ampliada, porque estamos sempre adquirindo conceitos
novos. Estabelece três estágios na aquisição desses conceitos. O
1º é o dos Conceitos Sincréticos, ainda psicológicos evolui em
fases e a escrita acompanha. Uma criança de,aproximadamente, três
anos de idade escreve o nome da mãe ou do pai, praticando a Escrita
Indecifrável, ou seja, se o pai é alto, ela faz um risco grande, se
a mãe é baixa, ela risca algo pequeno.Aproximadamente aos 4 anos de
idade, a criança entra numa nova fase, a Escrita Pré-silábica, que
pode ser Uni gráfica: semelhante ao desenho anterior, mas mais bem
elaborado; Letras Inventadas: não é possível ser entendido, porque
não pertence a nenhum sistema de signo; Letras Convencionais:
jogadas aleatoriamente sem obedecer a nenhuma seqüência lógica de
escrita.
No
desenvolvimento, aos 4 ou 5 anos, a criança entra na fase da Escrita
Silábica, quando as letras convencionais representam sílabas, não
separa vogais e consoantes, faz uma mistura e às vezes só
maiúsculas ou só minúsculas.
Com
aproximadamente 5 anos, a criança entra em outra fase, a Escrita
Silábica Alfabética. Neste momento a escrita é caótica, faltam
letras, mas apresenta evolução em relação
à
fase anterior.
Com
mais ou menos 6 anos de idade, a criança entra na fase da Escrita
Alfabética: já conhece o valor sonoro das letras, mas ainda
erra.Somente com o hábito de ler e escrever que esses erros vão
sendo corrigidos.Ferreiro aconselha não corrigir a escrita da
criança durante as primeiras fases. No início, ela não tem
estrutura e depois vai adquirindo aos poucos. Nesse instante o erro
deve ser trabalhado, porque a criança está adquirindo as estruturas
necessárias.
Sobre
educação de adultos, considera que as fases iniciais já foram
eliminadas, porque mesmo sendo analfabeta, a pessoa conhece números
e letras.
Considera
a Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky, a lei de equilíbrio
e desequilíbrio de Piaget e a internalizarão do conhecimento.
Trabalha com hipóteses, no contexto, com visão de processo,
aceitando a problematização, dentro da visão Dialética holística.
Teoria Piagetiana
A
Psicologia de Piaget está fundamentada na idéia de equilibração e
desequilibração. Quando uma pessoa entra em contato com um novo
conhecimento, há naquele momento um desequilíbrio e surge a
necessidade, de voltar ao equilíbrio. O processo começa com a
assimilação do elemento novo, com a incorporação às estruturas
já esquematizadas, através da interação. Há mudanças no sujeito
e tem início o processo de acomodação, que aos poucos chega à
organização interna. Começa a adaptação externa do sujeito e a
internalização já aconteceu. Um novo desequilíbrio volta a
acontecer e pode ser provocada por carência, curiosidade, dúvida
etc. O movimento é dialético (de movimento constante) e o domínio
afetivo acompanha sempre o cognitivo (habilidades intelectuais), no
processo endógeno.
Piaget
trabalhou o desenvolvimento humano em etapas, períodos, estágios
etc.
Erro na teoria Piagetiana
Se
uma pessoa erra e continua errando, uma das três situações está
ocorrendo: Se a pessoa não tem estrutura suficiente para compreender
determinado conhecimento, deve-se criar um ambiente melhor de
trabalho, clima, diálogo, porque é impossível criar estruturas
necessárias. (…) Se a pessoa possui estruturas em formação, o
professor deve trabalhar com a idéia de que o erro é construtivo,
deve fazer a mediação, ajudando o aluno a superar as dificuldades;
Se a pessoa possui estruturas e não aprende, os procedimentos estão
errados. (...) Em muitos casos quem deve mudar os seus procedimentos
é o professor "Freud concebe a educação bem sucedida como
sendo aquela que luta para dar voz aos sonhos infantis. Trata-se de
uma técnica humana que assegure a permeabilidade entre realidade
psíquica e realidade externa, um processo que substitua os
instintos, que busque o ponto ideal que permita atingir o máximo com
um mínimo de dano. A criação, num sentido genérico."(OLIVEIRA,
2003,10)
Conclusão
Muito
se tem falado sobre os problemas da educação: professores
insatisfeitos, alunos desinteressados, drogas nas escolas, violência
de alunos a colegas e professores, defasagem escolar, índices de
analfabetismo, promessas de melhores salários e muito mais. A que se
deve a instalação desse caos (…) tornando a escola também vítima
da violência? (…) a instituição se apresenta à mercê da
transgressão, do descrédito e desrespeito de discentes e docentes.
Não se pode esquecer que a educação busca ignorar a realidade da
condição humana, quando procura enquadrar o aluno a normas que
acredita o façam aprender, tornar-se um ser ideal. A educação é
por si só normativa, violenta, repressiva porque visa adaptar a
criança à aceitação social, o que vai de encontro a tudo que ela
viveu no ambiente familiar. A relação com a educação é ambígua,
contraditória, antagônica podendo-se falar numa relação de amor e
ódio, uma vez que a amamos porque dela necessitamos e ao mesmo tempo
a odiamos pelo fracasso que às vezes nos traz. Os educadores
deveriam conhecer toda influência que sofre a formação psíquica
da criança desde seus primeiros anos de vida no ambiente familiar
(...). Influências estas que vão se refletir na sua personalidade e
que irão perdurar por toda sua vida adulta. (…) O único ponto que
pode nos articular a psicanálise e educação são a análise do
educador e a análise da criança. Pois a criança em análise
trabalhando seu sintoma terá possibilidade de uma melhor posição
no mundo, melhor aprendizagem na vida. E o educador trabalhando seu
sintoma se desprenderá do poder de seu narcisismo; e não mais fará
da criança seu ideal. O educador reconhecendo a existência do
inconsciente pode renunciar a toda fantasia de domínio e de
adestramento. (...)
Que
a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a
história em suas próprias mãos, (...).
Como?
Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir,
criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as
conseqüências de sua escolha.
Mas
isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizando
com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por
outros para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, com
histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica
de quem aprende. (FUCK, 1994, p. 14 - 15)
(…)
Disponível
em
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artigos/contribuicao-da-psicanalise-para-educacao.php.
Acesso em 19/06/2013, 08:01.
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PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO: UM DIÁLOGO INDISPENSÁVEL - MARCELA DECOURT
Como
sabemos, os laços sociais modernos dispensaram as famílias desta
sua função mais essencial - a transmissão da castração - de modo
que, contemporaneamente, parece não haver mais nenhuma razão
legítima para que uma criança esteja sob a orientação dos pais.
Não há, no discurso social, nada que autorize que os valores de pai
e mãe sejam de fato referenciais para seus próprios filhos. Ora,
aprendemos com Freud que é a intervenção paterna que divide o
sujeito entre desejo e gozo, de modo que todos os sintomas que
decorrem daí são, na realidade, defesas contra este mal-estar
radical. Desse modo, o que fazer quando o pai de família
supostamente não é mais a causa do mal-estar dos sujeitos?
Na
fala da equipe pedagógica, os efeitos experimentados por estes
sujeitos (alunos) diante desta inoperância da função paterna no
âmbito da família se traduzem nas mais diversas manifestações de
fracasso escolar: crianças com dificuldades de trabalhar em
grupo, com rendimento escolar insuficiente, indisciplinadas,
desatentas... Enfim, o fracasso se faz presente em todas as
atividades escolares que exigem destes sujeitos (alunos) autonomia,
divisão de tarefas, disciplina e responsabilidade do sujeito. De
acordo com esta nossa orientação podemos então dizer que o
fracasso escolar pode ser compreendido como uma das novas modalidades
de sintoma de uma cultura marcada pelo fracasso da função paterna.
Assistimos
hoje ao crescimento de famílias que pretendem repassar para a escola
suas funções mais elementares como, por exemplo, a de transmitir a
ética, a moral, as boas regras de convivência social e de
alimentação, bem como o respeito e a integridade. Com este
movimento de terceirização, todavia, uma dicotomia se apresenta. Ao
mesmo tempo em que elas delegam esta função à escola, não
suportam qualquer ação educativa que evidencie a insuficiência e a
inoperância da função paterna na esfera familiar. Desse modo, se
por um lado a família contemporânea elege a escola como sua
representante, por outro recusa frontalmente suas intervenções,
esvaziando desta forma qualquer possibilidade de operatividade da
função paterna terceirizada.
Com
isso, os sujeitos contemporâneos, ao desconhecerem o exercício da
castração no interior da própria família (esfera privada), acabam
esvaziados da função de responsabilidade na esfera pública. Os
efeitos desta des-responsabilização dos sujeitos podem ser
verificados, por exemplo, nas dificuldades que crianças e
adolescentes encontram atualmente em se engajar em qualquer atividade
escolar que exija autonomia (estudar para avaliações, realizar
deveres de casa), divisão de tarefas (trabalhos em grupo) e
disciplina (comportamento em sala de aula, respeito às autoridades).
O
que temos verificado é que os sujeitos contemporâneos (e aqui estão
incluídos pais e filhos) não se responsabilizam por seus deveres,
estando a todo instante exigindo seus direitos. Na realidade, é como
se o mundo estivesse permanentemente em dívida com eles, sem que
eles pudessem reconhecer nesta reivindicação um dos efeitos da
falência da função paterna. Atravessada por esta falência, a
família contemporânea parece não encontrar outra saída na
contemporaneidade que não seja denegar ou terceirizar a sua função
ao preço de produzir sujeitos fracassados.
Disponível
em
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0112.html.
Acesso em 19/06/2013, 08:21
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Subvertendo
o conceito de adolescência - Cecília Coimbra; Fernanda
Bocco; Maria Livia do Nascimento
(…)
Em
suas pesquisas, Margaret Mead (1951) já nos apontava, com sua
experiência em Samoa, que a adolescência nada mais é que um
"fenômeno cultural" produzido pelas práticas sociais em
determinados momentos históricos, manifestando-se de formas
diferentes e nem sequer existindo em alguns lugares. Apesar da
difusão massiva da figura do adolescente como o grande ícone dos
tempos contemporâneos, aprendemos com Mead que ela é totalmente
engendrada pelas práticas sociais. De acordo com Lepre (2005), por
exemplo, foi no século XVIII que surgiram as primeiras tentativas de
definir, claramente, suas características. No século XX, embasado
em pressupostos científicos, o adolescente moderno típico
estabeleceu-se como um objeto natural com características e
atributos psicológicos bem demarcados.
(…)
Dentro
do princípio desenvolvimentista, a adolescência surge como um
objeto exacerbado por uma série de atributos psicologizantes e mesmo
biologizantes. Práticas baseadas nos conhecimentos da medicina e da
biologia, em especial, vêm afirmando, por exemplo, que determinadas
mudanças hormonais, glandulares, corporais e físicas pertencentes a
essa fase seriam responsáveis por algumas características
psicológico-existenciais próprias do adolescente. Tais
características passam a ser percebidas como uma essência, em que
"qualidades" e "defeitos" como rebeldia,
desinteresse, crise, instabilidade afetiva, descontentamento,
melancolia, agressividade, impulsividade, entusiasmo, timidez e
introspecção passam a ser sinônimos do ser adolescente6,
constituindo uma "identidade adolescente".
(…)
Quando
se aceita a construção de uma identidade do sujeito na
adolescência, além da produção de uma "identidade
adolescente" - como referido no início deste artigo -,,
afirma-se um determinado jeito correto de ser e de estar no mundo,
uma natureza intrínseca a essa fase do desenvolvimento humano. Ao
colarmos uma etiqueta referendada por leis previamente fixadas e
embasada nos discursos científico-racionalistas, pode-se criar um
território específico e limitado para o jovem, uma identidade que
pretende aprisioná-lo e localizá-lo, dificultando possíveis
movimentos. Ao se reafirmar a homogeneidade, nega-se a multiplicidade
e a diferença.
(…)
Disponível
em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1809-52672005000100002&script=sci_arttext.
Acesso em 19/06/2013 08:49
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CULTURA
- PROFESSOR ISRAEL MARTINS - . E. E. F. E M. TANCREDO DE ALMEIDA
NEVES
Para antropólogos e sociólogos, a palavra cultura passou a indicar o conjunto dos modos de vida criados e comunicados de uma geração para outra, entre os membros de determinada sociedade. Nesse sentido, abrange conhecimentos, crenças, artes, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades adquiridas socialmente pelos homens.
A
cultura pode ser considerada, portanto, como amplo conjunto de
conceitos, de símbolos, de valores e de atitudes que modelam uma
sociedade. A cultura engloba o que pensamos, fazemos e temos enquanto
membros e temos enquanto membros de um grupo social.
Nesse
sentido o termo cultura é aplicável tanto a uma civilização
tecnicamente evoluída quanto às formas de vida social mais
rústicas. Todas as sociedades humanas, da pré-história aos dias
atuais, possuem uma cultura. E cada cultura tem seus próprios
valores e sua própria verdade.
Para
a filosofia cultura é a resposta oferecida pelos grupos humanos aos
desafios da existência. Uma resposta que se manifesta em termos de
conhecimento, paixão e comportamento. Ou seja, em termos de razão,
sentimento e ação.
Disponível
em http://israelmartins.blogspot.com.br/. Acesso em 19/06/2013. 08:51
…...........................................................................
TRECHO
DE “A NORMALISTA” DE ADOLFO CAMINHA
A
luzinha da vela de carnaúba agonizava numa poça de cera derretida.
E
essa! Era a segunda vez que sonhava com o Romão, sem quê nem p’ra
quê... Com certeza estava para lhe suceder alguma desgraça. Que
esquisitice! hum, hum,...
A
porta do quarto, que se conservava entreaberta, rangeu nas
dobradiças, como se alguém a empurrasse de manso. Apoderou-se de
Maria um pavor terrível; arrepiaram-se-lhe os cabelos, e uma
extraordinária sensação de frio percorreu-lhe o sangue. Ficou
assombrada, sem se mexer, com o ouvido alerta e os olhos fechados,
numa prostração de quem está sem sentido.
Pareceu-lhe ouvir chamar pelo seu nome e então subiu um ponto o terror que lhe tapava a boca como uma mordaça de ferro. Abriu os olhos para verificar se com efeito estava acordada e tornou a fechá-los mais que depressa. Instintivamente fez um esforço supremo para gritar, para chamar alguém, mas não podia abrir a boca, estarrecida.
Pareceu-lhe ouvir chamar pelo seu nome e então subiu um ponto o terror que lhe tapava a boca como uma mordaça de ferro. Abriu os olhos para verificar se com efeito estava acordada e tornou a fechá-los mais que depressa. Instintivamente fez um esforço supremo para gritar, para chamar alguém, mas não podia abrir a boca, estarrecida.
Maria?
repetiu a mesma voz, que ela julgava ouvir, uma voz fina, mas
abafada, como se saísse das entranhas da terra.
E
logo:
— Sou
eu, Maria. É o padrinho...
Disponível
em
http://www.mundovestibular.com.br/articles/516/1/A-NORMALISTA---Adolfo-Caminha-Resumo/Paacutegina1.html.
Acesso em 19/06/2013.
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A
Carta
Testamento de Getúlio Vargas
é um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio
Vargas horas antes de seu suicídio, em 24 de Agosto de 1954.
Mais
uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e
novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não
me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam
sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não
continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os
humildes.
Sigo
o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e
espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais,
fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de
libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de
renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha
subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos
nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei
de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça
da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis
criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas
através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de
agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o
desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não
querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da
espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os
lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas
declarações de valores do que importávamos existiam fraudes
constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise
do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender
seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa
economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho
lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão
constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo,
renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda
desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as
aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o
povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho
este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis
minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa
porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e
vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a
força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu
nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será
uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração
sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E
aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era
escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo
de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu
sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o
preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei
contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio,
as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha
vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou
o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar
na História.
Disponível
em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta-testamento_de_Get%C3%BAlio_Vargas.
Acesso em 19/06/2013, 09:21.
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O
SERMÃO DA MONTANHA (Mateus 5, 3-12)
Bem-aventurados
os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
Bem-aventurados os Defensores da Paz, porque serão chamados filhos
de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da
justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis
quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente
todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim
perseguiram os profetas que vieram antes de vós.
Disponível
em https://pt.wikipedia.org/wiki/Serm%C3%A3o_da_Montanha. Acesso em
19/06/2013, 09:28
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