A vida digna no campo é uma saída para os problemas da cidade.
Mas falta vontade politica e organização popular para tornar o campo um lugar viável e fraterno.Por exemplo, Morada Nova vem perdendo grandes contingentes (4.000 habitantes segundo professor Adalberto Saraiva) para a região metropolitana de Fortaleza e outros centros urbanos.
Onde está a reforma agrária?
O que os vaqueiros e criadores podem fazer?
Como as escolas e igrejas podem ajudar?
Quais as atitudes concretas de nossos legislativos e executivos?
Onde e como está a transposição das águas do rio São Francisco diante do colapso do abastecimento da água potável para consumo humano?]
Qual o projeto de geração de emprego e renda para os perímetros de irrigação e para moradores jovens de comunidades rurais como Uiraponga e Roldão, por exemplo?
Professores e alunos das Instituições de Ensino Superior estão realizando ensino, pesquisa e ettensão para ativarem as forças centrípetas ou as forças centrífugas da sociedade?
A promoção de discussões e experiências de ações e reflexões e monitorias sobre Ecologia e meio ambiente, cultura e protagonismo social são relevantes para superar modelos econômicos de concentração de renda e de empobrecimento das relações políticas, discursivas e ideológicas ao redor do cidadão comum.
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Após ouvir o programa do amigo Jorge Brito neste sábado de chuva (01-07-2017), reforcei meu pensamento sobre estratégias para garantir um futuro para meus alunos da escola Egídia Cavalcante Chagas e Egídia Extensão Aruaru. Concordo com as palavras do doutor Luciano Girão de que a ovelha da raça Morada Nova é uma alternativa social, cultural e econômica para o desenvolvimento de Morada Nova com a geração de emprego e renda.
Fundamentalmente precisamos de capital político para produzir e distribuir fraternalmente as riquezas que o suor do trabalhador conseguem extrair de seu ofício.
Precisamos de um espírito mais humano para considerar o próximo como a nós mesmos e estancar o processo de pauperização das condições materiais e cotidianas que fortalecem discursos de opressão impostos aos que apenas conseguem sobreviver com uma acanhada agropecuária bem distante das possibilidades que os grandes latifundiários gozam de maneira egoísta. Para tanto, a organização e união de esforços do poder público, da iniciativa privada e das instituições de ensino superior é basilar.
Assim será possível que a população em idade produtiva possa se estabelecer e prosperar através da criação e do beneficiamento da ovelha Morada Nova. A carne e o couro da ovelha (quando devidamente referenciados por um selo de qualidade) pode evitar ou diminuir as condições que levam nossa população a abandonar a zona rural sob o fantasma de um persistente êxodo rural. Para tanto, valorização ideológica e cultural da ovinocultura é necessária. Além disso é imprescindível escolarização, investimento em práticas de associativismo, segurança no campo, vias de trânsito para escoamento da produção, assistência técnica ampla e linhas de crédito devidamente pouco burocráticas, mas suficientemente fiscalizadas.
Fiat lux.
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