domingo, 26 de fevereiro de 2012

Morada Nova - história da cidade e fotos da varanda da Lagoa da Salina em 1966 e em 2011


















Um pouco sobre nossa história...


Morada Nova teve seu início pela instalação de duas fazendas à margem esquerda do Rio Banabuiú, pertencentes aos irmãos Alferes José de Fontes de Almeida e Capitão Dionísio Matos de Fontes, que aqui se instalaram, remanescentes das plagas pernambucanas.

Os irmãos Alferes e Dionísio, ambos de formação religiosa, solicitaram permissão para o então Bispo de Pernambuco, Dom João da Purificação Marquez Perdigão para a construção de uma capela. Através de uma consulta (plebiscito) aos habitantes da região, a escolha do local foi feita de forma democrática. Assim, pela maioria de votos foi escolhida a Fazenda Morada Nova (casa de José de Fontes) como novo local para a construção da capela, hoje a Igreja da Matriz, cujo padroeiro indicado no pedido foi o Divino Espírito Santo.

A capela foi criada pela Lei Provincial nº 1.561, de 09 de outubro de 1873 e inaugurada no dia 1º de março de 1874, pelo Pe. Francisco Álvares Lima e tendo como o primeiro administrador do patrimônio paroquial Eduardo Henrique Girão. Era uma região formada de “fazendas de criar”, apoiadas no gado e na subsistência. Portanto, se fez Morada Nova, que recebeu esse nome originário da Fazenda Morada Nova, de José de Fontes, localizada ao nascente de uma lagoa. Segundo os antigos, na parte próxima a Fazenda, a lagoa era conhecida como “Lagoa do Garrote” (hoje conhecida como Salina) e na parte de trás, como “Lagoa da Escondida” (onde fica o conhecido Açude Velho).

José de Fontes, orgulhoso por ser construída a capela em sua fazenda, logo levantou uma nova morada, e vindo seu irmão Dionísio fazer-lhe uma visita, ao meio do percurso, ao ser indagado qual o seu destino respondeu: “Vou conhecer a Morada Nova do José de Fontes”, daí então o local ficou conhecido como Morada Nova.

Na Assembléia Legislativa do Estado, em sessão realizada no dia 25 de junho de 1876, foi apresentado um Projeto de Lei elevando a povoação de Morada Nova a categoria de Vila, denominando de Vila de São Crisólogo. Porém, o deputado J. Pauleta apresentou uma emenda a esse projeto, retificando o nome para Vila do Espírito Santo. Por muitos anos, nas documentações, o município de Morada Nova era dado como “cidade do Espírito Santo de Morada Nova”. Só em 1893, uma emenda legal restituiu-lhe o nome de Morada Nova. Assim ergueu-se a cidade de Morada Nova, entre a várzea do Banabuiú e a Lagoa da Salina. A cidade de Morada nova cresceu e se desenvolveu mantendo as tradições: devoção ao Divino Espírito Santo e respeito ao vaqueiro, homem forte que jamais foge à luta. (Fonte: Morada Nova em Revista)

http://www.conhecendomoradanova.com/
26/02/2012, 12:27
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É de 2 de setembro de 1683 a carta que outorgou a primeira sesmaria de terras do Banabuiú. Delas resultaram glebas conhecidas como Danças, Congo, Santa Cruz, Onça, Bento Pereira, patos, Tapera, Juazeiro de Baixo, Juazeiro de Cima e outros. Tais referências – do livro Palestina, uma agulha e a saudade, do historiador Raimundo Girão – mostram quão antigas as formações que deram origem aos distritos e povoados de Morada Nova, alguns deles conhecidos até hoje por seus primitivos nomes. A região foi povoada pelas famílias Correia de Brito, Brito Pereira, Saraiva Leão, Chagas, Evangelista, Bezerra, Borges, Cavalcante, Monteiro Maia, Gomes de Castro, Rabelo, Nogueira, Guerreiro, Correia, Girão, Carneiro de Sousa, Freitas, Castelo Branco Lacerda e Moreira.

A cidade de Morada Nova ergueu-se entre a várzea do Banabuiú e a Lagoa da Salina. Sobre o serrote de pedra, próximo à Salina, morava o alferes José de Fontes Pereira de Almeida, dono da Fazenda Morada Nova e, mais abaixo, morava seu irmão, o capitão Dionísio de Matos Fontes. Ambos pediram ao bispado permissão para construir uma capela consagrada ao Divino Espírito Santo. D. João da Purificação Marques Perdigão, Bispo de Pernambuco – ao qual subordinava-se o Ceará – concedeu a permissão em 2 de agosto de 1831.

Os irmãos divergiam sobre o local para a construção e juntaram os moradores das proximidades para escolher, no voto: ganhou a proposta do Alferes e, em 1833, levantou-se a igrejinha no local onde se situa, hoje, a Matriz do Divino Espírito Santo. A Paróquia foi criada pela Lei nº 1561, de 9 de setembro de 1873, com o Pe. Francisco Álvares Teixeira Lima como primeiro vigário e tendo como primeiro administrador do patrimônio paroquial o major Eduardo Henrique Girão. Era uma região composta de " fazendas de criar ", apoiadas no gado e na cultura de subsistência. A Terra do Vaqueiro se fez assim, sob as bençãos do padroeiro, o Divino Espírito Santo.

Em termos legais, a Villa do Espírito Santo foi emancipada em 1876, pela Assembléia Provincial, que a desmembrou de Russas. Só em 1893, uma emenda legal restituiu-lhe o nome de Morada Nova. A cidade cresceu mantendo tradições que jamais a deixaram: a devoção ao Divino Espírito Santo e o respeito à figura do vaqueiro. A fé religiosa e a tradição cultural fazem da Festa do Divino – no Domingo de Pentecoste – e da Festa do Vaqueiro, em 11 de junho, os principais eventos de seu calendário festivo.

Se os tempos mudaram a caatinga, e a roupa do vaqueiro tornou-se rara nos campos, sua têmpera permaneceu no povo da Terra do Vaqueiro. Sua coragem, forjada na precisão de penetrar a caatinga seca, zelar pelo gado e tirar leite de pedras , permaneceu até hoje, quando a cidade prepara sua infra-estrutura para adentrar no terceiro milênio. (fonte: Revista - Municípios do Ceará Ano III nº 19 Ago/99)

http://www.moradanovaceara.com/historia.html
26/02/2012, 12:30
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Morada Nova nasceu margeando a lagoa do garrote, atual lagoa da salina. Fato é que Zé de Fontes, um dos fundadores de Morada Nova, construiu sua casa perto da referida lagoa. Posteriormente a igreja matriz foi construída perto da morada do Zé de Fontes. Conseqüentemente as casas e ruas foram surgindo.
A lagoa da salina é rodeada por um muro no lado que extrema com a principal avenida, via obrigatória de quem chega de Fortaleza. É neste lado que os casais gostam de namorarem, aproveitando a brisa amena do entardecer.
Recentemente foi construído no meio da lagoa um monumento em homenagem ao Divino Espírito Santo, o padroeiro da cidade. Uma gigantesca pomba de asas abertas para abençoar os filhos que chegam.

http://www.webartigos.com/artigos/lagoa-da-salina/75836/
26/02/2012, 12:34
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vinicius de Moraes

Soneto Do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.






http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/87149/
24/02/2012,16:28

Estratégias de Leitura em Inglês

1. Skimming: Estratégia que consiste em lançar os olhos rapidamente sobre o texto, numa breve leitura para captar o assunto geral apenas, se esse for o objetivo da leitura.
2. Scanning: É uma estratégia de leitura não-linear em que o leitor busca objetivamente localizar as informações em que está interessado. Através do scanning o leitor é objetivo e seletivo e nem sempre precisa ler o texto todo. Exemplo: a procura dos tipos de contágio da AIDS em um texto sobre a doença.
3. Cognates: Muito comuns na língua inglesa, os cognatos são termos de procedência grega ou latina bastante parecidos com o Português tanto na forma escrita como no significado. Seria interessante o aluno notar que os cognatos podem ser: * Idênticos: radio, piano, hospital, nuclear, social, etc... * Bastante parecidos: gasoline, inflation, intelligent, population, history, etc... * Vagamente parecidos: electricity, responsible, infalible, explain, activity, etc...
4. Repeated words: Quando certas palavras se repetem vária vezes no texto, mesmo com formas diferentes ( exemplo: socialism, social, socialist, socialize... ), normalmente são importantes para a compreensão. As palavras repetidas aparecem especialmente na forma de verbos, substantivos e adjetivos e nem sempre são cognatas.
5. Typography: As marcas tipográficas são elementos que, no texto, transmitem informações nem sempre representadas por palavras. Reconhecê-las é um auxílio bastante útil à leitura.
6. Key words: As palavras-chave são aquelas que estão mais de perto associadas especificamente ao assunto do texto, podendo aparecer repetidas e algumas vezes na forma de sinônimos. A identificação das key words através do skimming leva-nos a Ter uma visão geral do texto.
7. Prediction: É a atividade pela qual o aluno é levado a predizer, inferir o conteúdo de um texto através do título ou de outros elementos tipográficos, como ilustrações, por exemplo. Sendo uma atividade do tipo pré-leitura, a PREDICTION contribui para estimular o interesse e a curiosidade do aluno pelo conteúdo de um texto que o tópico sugere.
Quanto mais cultura geral ( background knowledge ) tiver o leitor, mais fácil será a sua prediction. Tomemos como exemplo o título "ecologia". Um leitor com um conhecimento razoável poderia ordinariamente predizer sobre o assunto listando palavras como: Meio-ambiente Poluir desastroso Poluentes Matar Devastação Poluição Florestas tropicais Animais em extinção Proteger Protestos Chuva ácida Produtos químicos : Natureza Reflorestar Envenenar Etc... Estas palavras poderiam até não fazer parte do texto, mas é muito provável que façam. Observe agora o mesmo título em inglês e avalie o grau de dificuldade comparado com aquele em português.
Nominal groups: Grupos nominais são expressões de caráter nominal em que prevalecem os substantivos e adjetivos, cuja ordem na frase ordinariamente não corresponde ao português. Observe os exemplos a seguir e note que a disposição das palavras na tradução não é correspondente ao inglês: A charismatic leader Black Africa Um líder carismático África negra South American Societies Brazil's high cost of living Sociedades da América do Sul O alto custo de vida do Brasil Sempre existe no grupo nominal uma palavra mais importante ( headword ), que normalmente é um substantivo, como você pode ver nos exemplos acima: leader, Africa, societies, cost.

Você também notou que em torno das headwords orbitam outras palavras, como adjetivos, advérbios ou mesmo outros substantivos, que são chamados modificadores ( modifiers ). Vejamos outros exemplos e a posição das headwords e dos modifiers : The economic crisis.Affixation: Como você sabe, existem palavras que são derivadas através de afixos ( prefixos e sufixos ) e que esses afixos podem alteram a classe gramatical das palavras, ou o seu sentido. Por isso, reconhecê-las e saber o seu significado, representa um valioso recurso adicional da compreensão do texto. Então vejamos: Inadequate ( inadequado ) Disconnect ( desligar ) Brazilian ( Brasileiro ) Formation ( formação ) Inconstitucional (inconstitucional) Grande parte dos afixos em Inglês são semelhantes aos Português devido à sua origem grega ou latina, conforme os exemplos acima. Devemos Ter em mente, porém, que muitos outros não possuem a mesma origem e são, por isso, mais difíceis de compreender.
Unhappy (infeliz) Underground (subsolo) Misunderstanding
(desentendimento) Useful (útil) Useless (inútil) Wisdom (Sabedoria) Unforgetable (inesquecível) Quando acrescentamos um sufixo, a palavra geralmente muda sua classe gramatical, sem alterar o significado. Palavra Classe gramatical Significado General Adjetivo Geral Generally advérbio geralmente No caso do prefixo, torna-se uma nova palavra, porém sem alterar a classe gramatical. Palavra Classe gramatical Significado Function substantivo função Disfunction substantivo disfunção Form verbo formar Reform verbo reformar
10. Critical Reading: Ao final de cada leitura, o bom leitor deveria estar atento para tudo o que lhe foi transmitido através do texto, procurando avaliar o conteúdo do mesmo mediante perguntas tais como: O texto é interessante?...por que? A leitura do texto acrescentou algo novo aos seus conhecimentos? O texto foi apresentado de modo objetivo, superficial, profundo, confuso..? Você discorda ou concorda com as idéias do autor? O autor foi imparcial ou tendencioso? Você conseguiu captar alguma Segunda intensão nas entrelinhas do texto? Você acrescentaria algo que não foi mencionado?
11. Contextual Reference: Normalmente existem no texto elementos de referência que são usados para evitar repetições e para interligas as sentenças, tornando a leitura mais compreensível e fluente. Esses elementos aparecem na forma de pronomes diversos: Pessoais: he, she, it, they, etc.. Demonstrativos: this, that, those, such Relativos: who, whom, whose, that, which... Adjetivos possessivos: his, her, our... Veja alguns exemplos abaixo: - I asked my students why they had chosen the ESP course. - This description is very simple. It follows a diagram in numbered stages. - Geologists use explosive charges and seismic refraction to find oil storages. These techniques have proved to be successful in the desert.




http://gilsoncosta.blogspot.com/2008/02/estratgias-de-leitura-2.html
24/02/2012, 16:14
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Ler não é um ato mecânico, e sim um processo ativo. A mente filtra as informações recebidas, interpreta essas informações e seleciona aquelas que são consideradas relevantes. O que se fixa em nossa mente é o significado geral do texto. Portanto, usar o dicionário toda vez que não se conhece uma palavra se torna um processo improdutivo.

Algumas estratégias são bastante difundidas para desenvolver a habilidade de leitura. Dentre elas podem ser citadas:

  • Skimming - leitura rápida que tem por finalidade checar o sentido geral do texto, como ele está estruturado, e qual a intenção e/ou estilo do autor.
  • Scanning - técnica usada para extrair apenas informações específicas do texto. Não requer uma leitura do texto como um todo.
  • Inferência - técnica que permite a partir das informações do texto se chegar a conclusões lógicas.
  • Identificação de cognatos
  • Identificação de falsos cognatos (não se esqueça de criar uma lista de palavras em inglês e de seus correspondentes em português)
  • Identificação de palavras de referência*
  • Identificação dos conectivos ou marcadores lógicos ou textuais.**
  • Associação de palavras
  • Organização das informações: idéia principal, detalhes e conclusão.
http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_id=1161
24/02/2012, 16:18

Jornada Mundial da Juventude

Cruz Peregrina e Ícone de Maria peregrinam pelo Ceará.

A cruz e o ícone de Nossa Senhora chegaram à Paróquia de São Sebastião do Ipu, no dia 18 de fevereiro. No dia seguinte, foi a vez da Paróquia São Manuel, do Marco que ficou com os símbolos até as 17h. Ainda no dia 19, a cruz e o ícone foram a Sobral, onde, desde as 19h, ficaram em vigília. Para cada um desses locais, foi preparado o evento Bote Fé com cantores, celebrações, formação, testemunhos e várias outras iniciativas e atrações, para envolver a juventude, crianças e adultos.

DATAS

Dioceses de Iguatu (26 e 27 de fevereiro), Quixadá (28 de fevereiro a 1º de março), Arquidiocese de Fortaleza (1º a 3 de março), Dioceses de Crateús (4 a 6 de março), Itapipoca (6 a 8 de março) e Tianguá (9 e 10 de março).

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1107390
24/02/2012, 15:48
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Símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a cruz e o ícone de Maria, chegarão a Diocese de Limoeiro do Norte, dia 21, na próxima terça-feira de Carnaval, às 5 horas. Eles entrarão por Russas e serão recepcionados pelos fiéis católicos na Paróquia das Flores, às 12 horas. Depois, seguem para a Catedral de Limoeiro do Norte, onde haverá uma vigilia, começando às 20 horas. No dia seguinte, 22, quarta-feira de Cinzas, serão levados para Nova Jaguaribara, onde terão direito a recepção programada para as 10 horas da manhã. Depois, serão levados para Jaguaribe, onde chegarão por volta das 15 horas, para o encerramento da passagem dos dois simbolos pela Diocese de Limoeiro, que tem à frente dom José Haring.

http://www.portalecclesia.com/2012/02/cruz-peregrina-e-icone-de-nossa-senhora_20.html
24/02/2012, 15:57

Família















LA FAMILIA

Hermano – irmão
Hermana – irmã
Sobrino – sobrinho
Sobrina – sobrinha
Biznieto – bisneto
Biznieta – bisneta
Suegro – sogro
Padre – pai
Suegra – sogra
Madre – mãe
Abuelo – avô
Abuela – avó

http://www.infoescola.com/espanhol/la-casa-y-la-familia/
24/02/2012, 15:40


corpohumano em inglês e em espanhol

sala de aula em inglês e em espanhol



Cores


Inglês: vocabulário jurídico

Para início de conversa anote aí que em inglês eles estudam Law [pronuncia-se ló] o que em português é conhecido como Direito. Lá eles têm "Law School" [Faculdade de Direito]. Lembre-se o termo mais comum para eles é Law School.

Em se tratando de Legal English [Inglês Jurídico] é bom sempre ter em mente que o Legal System [Sistema Jurídico] de um país para outro muda bastante. Logo, para aqueles realmente interessados é aconselhável que se dediquem a aprender os termos desta área de estudos. Aqui no blog não vai dar para abranger tudo de uma vez. Dedicar-me-ei [sempre quis escrever algo assim, minha professora de Português deve estar pulando de alegria] apenas às expressões e termos mais comuns.

Vamos então começar com a palavra "processar" que em inglês é "sue" [su]. Assim você pode dizer,

* I'll sue you. [Vou te processar.]

Acredito que esta também é a forma de se dizer "meter no pau", "meter na justiça", "abrir um processo contra" e outras similares. Ah sim! Tenho de admitir que há também a expressão "bring action against somebody/company", que de certa forma é usada com o sentido de "abrir um processo contra alguém/empresa". E é bem mais formal que "sue".

Dependendo do contexto podemos dizer também :

* have the law on somebody [meter alguém na justiça]
* drag to court [levar ao tribunal]

Falando em court devo alertar vocês de que esta palavrinha no contexto jurídico é bem danadinha. Se você ler "Supreme Court" então saiba que se trata da "Suprema Corte". Mas há ainda "lowest court" [instância inferior, primeira instância] e "highest court" [instância superior, alta instância, terceira instância].

Se alguém falar "go to court" nada de traduzir como "ir para o tribunal". A melhor equivalência poderá ser "recorrer ao judiciário". Para encerra a participação da palavra "court" aqui, anote Court of Appeals, que é parecido com o nosso Tribunal de Justiça.

Outras expressões e combinações interessantes são: "reach a verdict" [chegar a um veredito], "stand a trial" [ser julgado], "your honor" [meritíssimo], "alimony" [pensão], "appeal" [apelação], "be charged with" [ser acusado de] e ainda outras que não vai dar para por aqui por ora.

Quero encerrar falando sobre "sustained" e "overruled". Em um trial [julgamento] um advogado pode não gostar do que ou outro está fazendo, levantar-se e dizer "objection, your honor" [objeção, Meritíssimo]. O judge [juiz] poderá então dizer "sustained" [mantida] ou "overruled" [negado]. Ou seja, "sustained" quer dizer que a objecção foi mantida. Quem pediu a objeção fica feliz com isto; afinal, o colega terá de repensar nos seus atos e palavras. Por outro lado, se o judge diz "overruled", ele estará negando a objeção e tudo continua normalmente.

http://denilsodelima.blogspot.com/2009/07/termos-juridicos-em-ingles.html
24/02/2012, 14:50
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Todo mundo aprende que advogado em inglês é lawyer [clique na palavra e ouça a pronúncia]. Mas você sabia que lawyer é o termo geral para qualquer pessoa que termina o curso de Direito? Sabia que há outras palavras para advogado em inglês?

Na Inglaterra, quando uma pessoa termina o curso de Direito (Law School) ela pode ser chamada de "solicitor". Porém, para ser um "qualified solicitor" é preciso estudar por mais um ano e depois tem de conseguir um contrato de dois anos com alguma Law Firm. É preciso ainda passar no exame da Law Society of England and Wales. O "solicitor" é o advogado que aconselha o cliente e os representa em juizados especiais (pequenas causas).

Caso a coisa seja mais complicada e seja, então, necessário ir para um tribunal (higher court - corte suprema) o processo [lawsuit] vai parar nas mãos de um "barrister". Este camarada aí costuma aconselhar o "solicitor" sobre como proceder em determinados casos. Para ser um "barrister" é preciso ter muita experiência e passar no exame da Bar Council of England and Wales.

Nos Estados Unidos não há esta divisão! Por outro lado, eles tem o "attorney", também chamado de "attorney at law". Para ser um "attorney" é preciso fazer o exame da American Bar Association (a OAB deles). Porém é bom tomar cuidado! Pois, nos Estados Unidos tem o Attorney General que seria o nosso Procurador-Geral da União e o Deputy Attorney General que está a apenas um grau abaixo do Attorney General, ou seja, o DAG é o segundo na linha de comando! Há ainda o State's Attorney [Procurador do Estado] e Prosecuting Attorney [Promotor de Justiça].

Caso alguém esteja se perguntando sobre o juiz (judge), vale dizer que eles - nos EUA e no UK - não têm um exame (concurso público) para juízes. Para ser um juiz por lá, o sujeito precisa ter muita experiência como advogado. Se achar que tem cacife para ser juiz aí o camarada se candidata e espera um tempo para ver se é escolhido para exercer as funções.

http://denilsodelima.blogspot.com/2008/04/advogado-em-ingls.html
24/02/2012, 14:55
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Legal English – Inglês Legal ou Inglês Jurídico?

Esta é a primeira observação que faço aos advogados e tradutores antes de dar início a cada curso de linguagem jurídica em inglês. O adjetivo legal, em inglês, tem origem no substantivo law. Ao contrário do que acontece em línguas como o português, italiano, espanhol, francês, alemão, em que existem duas palavras diferentes para designar dois conceitos distintos (direito e lei), em inglês existe apenas uma: a palavra law.

Assim, para dizer “o Direito inglês”, usamos the English Law; e para dizer “a lei inglesa”, usamos the English law. A mesma palavra designa tanto “o Direito”, enquanto “ordenamento jurídico”, ou “conjunto das leis de um país”, ou ainda “sistema jurídico”, como também designa “lei” ou “leis”, enquanto parte desse todo, ou “diploma sistematizado regulamentador de determinado ramo do Direito”.

Portanto, legal English significa “inglês jurídico”, ou “o inglês empregado no mundo do Direito”. E o mesmo se diga de legal relations, que em português significa “relações jurídicas”, já que denota “as relações disciplinadas pelo mundo do Direito” – o mundo jurídico – e não “relações legais” que seriam relações “entre as leis”. Vejamos outros exemplos:

* supreme_courtlegal drafting
* redação jurídica
* legal assistant
* assessor jurídico
* legal entity
* pessoa jurídica
* legal practice
* prática jurídica
* legal research
* pesquisa jurídica

Por outro lado, devemos estar sempre atentos, pois em vista da duplicidade semântica da palavra law, muitas vezes o adjetivo legal em inglês deriva do substantivo law em sua acepção de “lei”. Sendo assim, legal poderá significar exatamente “legal”, em português. Vejamos alguns exemplos:

* legal duty
* dever legal
* legal age
* idade legal / maioridade
* legal heir
* herdeiro legal
* legal representative
* representante legal

Para complicar, afinal a linguagem jurídica nem sempre é legal com seus usuários, o vocábulo legal, em inglês, pode, ainda, admitir acepções relacionadas com a prestação jurisdicional, como mostram os exemplos a seguir:

* lawlegal aid
* assistência judiciária
* legal action
* ação judicial
* legal evidence
* prova judicialmente admissível
* legal brief
* peça processual (sentido genérico) OU razões de apelação (sentido estrito): primeiro documento apresentado ao tribunal recursal (ou juízo de segunda instância), em que o Recorrente pede a reforma da decisão de primeira instância.

Mas essa é apenas a pontinha do iceberg. Nas próximas semanas daremos um mergulho mais fundo em termos jurídicos de tirar o fôlego!

Marina Bevilacqua de La Touloubre é advogada, tradutora, intérprete e professora de inglês jurídico na Escola Superior de Advocacia da OAB/Paraná, no Instituto dos Advogados de São Paulo, na Associação dos Advogados de São Paulo e na Associação Alumni (SP).


http://www.teclasap.com.br/blog/2009/03/01/legal-english-%E2%80%93-ingles-legal-ou-ingles-juridico/#axzz1nK5zsz7E
24/02/2012, 15:03
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Termos jurídicos de origem diferente
Anglo-saxão.........Francês-normando
bid.................offer
freedom.............liberty
land................country
worth...............value
theft...............larceny

http://xokmax.com/blog/2009/11/18/t1-ingles-juridico-e-common-law/
24/02/2012, 15:10

IInglês: vocabulário comercial

Inglês - Português
account - Conta
accountant - contador
advertising - propaganda
agreement - acordo
Allotment letter - contrato de subscrição de ações
Annuity - anuidade
Aplication form - formulário de solicitação
Assets - ativos
Balance sheet - balanço
Bankruptcy - falência
bargain - negociação
bear - portar
bid - oferta
bill of lading - conhecimento de embarque
blach market - mercado negro
board of directors - diretoria
bond - título
brokerage - corretagem
broker - corretor
budget - orçamento
business - negócio
buying-in - compra
cash-flow - fluxo de caixa
chairman - presidente
CIF (cost, insurance, freight) - CIF (custo-seguro-frete)
Clain - reivindicação
collateral - garantia
commodity - mercadoria
common stokes/shares - ações ordinárias
Company - empresa
consultant - consultor
consumer - consumidor
convertible currency - moeda conversível
conveyance - transmissão de propriedade
cost of living - custo de vida
creditor - credor
currency - moeda corrente
current assets - ativo circulante
currency account - conta corrente
Current liability - passivo circulante
Data processing - processamento de dados
Deal - negócio
Dealer - negociante
Debt - dívida
Debtor - devedor
Defaulter - inadimplente
Deflation - deflação
Delivery - entrega
Delivery date - data de entrega
Deposit account - conta de depósito
devaluation - desvalorização
developing country - país em desenvolvimento
development - desenvolvimento
drawings - saque
dumping - dumping( venda de um produto no exterior abaixo do preço do mercado vigorante no país de origem)
Earnings - ganhos
EEC (European Economic Community) - CEE ( comunidade Econômica Européia)
EFTA (European Free Trade Association) - Associação Européia de Livre Comércio)
Embassy - Embaixada
Employee - Empregado
Engineer - Engenheiro
Equity - Participação acionária
Exchange - Câmbio
Exchange rate - taxa de câmbio
factoring - desconto de títulos
factory - fábrica
finance - finanças
finacial year, fiscal year - ano financeiro, exercício fiscal
fixed assets - ativo fixo
flat yield - rendimento fixo
floating exchange rate - taxa de câmbio flutuante
FOB ( Free on board) - FOB (livre a bordo)
Forecast - previsão
Foreign exchange - Câmbio de moedas estrangeiras
Foreman - chefe
forward market - mercado futuro
free market - mercado livre
free trade - comércio livre
freight - frete
GDP (gross domestic product) - PIB (produto interno bruto)
General manager - Gerente geral
Goodwill - fundo de comércio
gross - bruto
growth rate - taxa de crescimento
holding company - Holding (companhia que detém ações e administra outras)
import license - licença de importação
income - renda
income tax - imposto de renda
indemnity - indenização
installment - prestação
insurance - seguro
interest (money) - juros (dinheiro)
interest rate - taxa de juros
investment (portfolio) - carteira de títulos e ações
Invoice - fatura
Issue - emissão
Issued capital - capital emitido
issuing house - entidade emitente
lease - locação
legal tender - oferta legal
Liability - passivo
limited liability company - Empresa de responsabilidade limitada
Raw materials - matérias-primas
rebate, discount - bonificação, desconto
receipt - recibo
recession - recessão
redemption - reembolso
research - pesquisa
resources - recursos
retail - varejo
revaluation - reavaliação
rights issue - dereito de preferência na subscrição de ações
salary - salário
sale - venda
saving - poupança
saving bank - caixa economica
securities - valores mobiliários
share - ação
share certificate - certificado de ações
shift (work) - turno (trabalho)
short term - curto prazo
social insurance - seguro social
speculation - especulação
spot market - mercado local
stag - especulador de curto prazo
statement of account - extrato de conta
stock control - controle acionário
stock exchange - bolsa de valores
stockbroker - corretor de títulos
stockholder - acionista
strike - greve
subsidiary company - companhia subsidiária
subsidy - subsídio
supplier - fornecedor
supply and demand - oferta e procura
surcharge - sobretaxa
surplus - excedente
tariff - tarifa
tax - importo
trade balance - balança comercial
trade mark - marca registrada
trade union - sindicato dos trabalhadores
transfer deed - escritura de transmissão
trend - tendência
trust - fideicomisso
turnover - receita bruta
underwriter - subscritor
unemployment - desemprego
unquoted securities - títulos não negociáveis
unsecured - descoberto
value added tax (VAT) - imposto de valor agregado
wholesale price - preço por atacado
withholding - retenção na fonte
working capital - capital de giro


http://www.englishexperts.com.br/forum/termos-comerciais-em-ingles-com-traducao-t1510.html
24/02/2012, 14:35

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

As fases do homem

ECC de Morada Nova - Harmonia Conjugal

Harmonia conjugal - Autor: Benedito Francisco Alves.
Morada Nova – Ceará, 21/02/2012, 20:52

Harmonia é um ideal a ser alcançado. Cada um tem um papel na construção imaterial de algo cujas conseqüências são materiais. Nós somos responsáveis por buscar uma forma ou mecanismo que possibilite a harmonia necessária para vivermos bem conosco mesmos e com nossos e com nossos semelhantes em nossos contextos de particulares de vida material e espiritual.
A maneira mais clara de entender o estabelecimento e a manutenção da harmonia é vivenciar as palavras de Cristo. Devemos amar a Deus e devemos amar o próximo como a nós mesmos. No caso da harmonia conjugal, quando duas pessoas decidem contrair uma relação sacramentada aos pés do altar católico, apostólico, romano, os cônjuges precisam reconhecer que a base harmônica da vida marital é o amor caridoso, a fé, a esperança e o sacrifício.
O verdadeiro matrimônio é uma experiência viva e diária de santificação de seus constituintes. Marido e mulher santificam-se um ao outro na “alegria e na tristeza, na saúde e na doença” em um processo interacional só tornado possível por meio da oração e do diálogo. Tal processo de santificação se assemelha ao caminho de Jesus Cristo pelo calvário porque está repleto de pessoas, de fatos, de fatos, aspectos que ressaltam o valor da superação na adversidade em prol de um bem maior. Em cada um desses aspectos, os cônjuges vão experienciando vivências únicas do amor gratuito de Deus, amor que desenvolve e fortalece a harmonia como fundamento da paz interior e da felicidade, autêntica, sólida e duradoura.
A felicidade, o bem e a salvação só são alcançáveis pela conscientização das pessoas de que viver o amor de Cristo é suportar o peso da cruz. Cruz que cada um deve carregar até a crucificação por amor aos irmãos, no caso amor dos pais aos filhos.
Há uma interrelação entre os opostos que marca a construção da harmonia. Compreender que a luz vem após as trevas, que a bonança vem após a tempestade e que a vitória sucede a queda é prerrogativa para nortear marido e mulher a alcançarem as realizações de seus sonhos conjugais, quais sejam: uma família equilibrada e próspera, saúde, fortuna e felicidade. Tesouros mais valiosos que o ouro e só acessíveis por um trabalho irmanado de doação cristã autêntica ao outro como constituinte do eu.
Cada casal deve procurar os meios mais harmônicos possíveis que se configurem necessários para sua santificação familiar e conjugal. Para tanto, a oração e a participação na vida da igreja, comunidade viva, são caminhos seguros que marido e mulher podem trilhar e construir de maneira adaptável às suas vidas e necessidades singulares neste multifacético mundo contemporâneo, marcado pelo consumismo e pela efemeridade. Não que isso possa ressoar como uma reclamação ao caráter mortal da pessoa humana. Cedo ou tarde, o espírito humano deve abandonar o plano da criação para buscar o plano do criador. É uma mudança processual cuja extensão alcança os limites de uma vida, a vida de cada um de nós.
Brigas, desavenças, inveja, impaciência, infidelidade, preguiça, orgulho vão, negligência e indelicadeza, por exemplo, não constroem harmonia interpessoal e intrapessoal, não conduzem o casal a Deus, não produzem frutos e sementes de santidade porque interferem na relação conjugal. O resultado é o mal-estar, o mau-humor e a má-ação cujos frutos amargos resultam em feridas na alma dos casais e em lares marcados por um sentimento crônico de infelicidade. E no entremeio das boas ou más escolhas afetivas e relacionais, ficam os filhos, face material do amor harmônico de Deus para com os cônjuges.
O amor conjugal harmônico está nas demonstrações públicas e privadas de amor concretizadas pelos cônjuges em meio à realidade histórico-cultural de suas existências singulares. São sorrisos, elogios, toques carinhosos, olhares, carícias e atitudes as quais devem ser orientadas para a harmonia relacional do eu e do outro. Não é difícil aceitar que a felicidade do todo de um casal está vinculada à felicidade de suas partes já que não se trata de átomos cindidos, mas de uma só alma em dois corpos perante Deus. O próprio ato sexual atesta a relação de complementaridade que deve existir entre marido e mulher. Realizado com amor e abençoado por Deus, os cônjuges fundem suas matérias e seus espíritos.
A paternidade e a maternidade são exemplos da força vivificante que só pode surgir do amor harmônico. A vida que se forma no ventre materno carrega elementos de um homem e de uma mulher. A parcialidade das partes se torna totalidade na forma de uma descendência que exige cuidado e carinho de pai e de mãe amorosos. Afinal, só o amor gera vida. Se não houvesse na vida humana um sentido e um sentimento mais profundos, próprios de uma dimensão espiritual divina, as mulheres violentadas sexualmente poderiam buscar meios para exterminar a vida plantada em seus corpos ainda que de maneira violenta e torpe além de esquecerem que a vida alheia é uma responsabilidade que Deus atribui a nós.

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Oração Pela Família (Padre Zezinho)
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois!
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (bis)
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos!
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois!
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,
seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
http://letras.terra.com.br/padre-zezinho/205789/ 21/02/2012, 17:21
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Os dez mandamentos do casal
1 – Nunca irritar-se ao mesmo tempo. Evite a explosão. Quanto mais é complicada a situação, mais a alma é necessária.
2 – Nunca gritar um com o outro, a não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar.
3 – Se alguém deve ganhar na discussão, deixe que seja o outro. Se o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro vença, para que mais rápido ela termine.
4 – Se for inevitável chamar a atenção, faça com caridade. A crítica só é válida quando é construtiva, amorosa, sem acusações e sem condenações.
5 – Nunca jogar na cara do outro os erros do passado. A pessoa é sempre maior do que os seus erros.
6 – A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge. A falta de atenção para com o outro demonstra desprezo. Seja atento ao que o outro diz, aos seus problemas e as aspirações.
7 – Nunca ir dormir sem reconciliar-se. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Ef. 4,26b. Não se pode deixar acumular problema sobre problema.
8 – Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa. Não basta amar o outro. É preciso também expressar com palavras. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: “eu te amo,” você é muito importante para mim…”
9 – Cometendo um erro, saiba rreconhecê-lo e pedir desculpas. Isto é humildade. Agindo assim, eliminamos o conflito e estabelecemos a paz.
10 – Quando um não quer, dois não brigam. A melhor maneira é não por lenha na fogueira. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro.

http://blog.cancaonova.com/conquista/2009/03/24/os-dez-mandamentos-do-casal/ 21/02/2012, 17:19

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (Itabira do Mato Dentro [Itabira] MG, 1902 - Rio de Janeiro RJ, 1987) formou-se em Farmácia, em 1925; no mesmo ano, fundava, com Emílio Moura e outros escritores mineiros, o periódico modernista A Revista. Em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assumiu o cargo de chefe de gabinete de Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde, que ocuparia até 1945. Durante esse período, colaborou, como jornalista literário, para vários periódicos, principalmente o Correio da Manhã. Nos anos de 1950, passaria a dedicar-se cada vez mais integralmente à produção literária, publicando poesia, contos, crônicas, literatura infantil e traduções. Entre suas principais obras poéticas estão os livros Alguma Poesia (1930), Sentimento do Mundo (1940), A Rosa do Povo (1945), Claro Enigma (1951), Poemas (1959), Lição de Coisas (1962), Boitempo (1968), Corpo (1984), além dos póstumos Poesia Errante (1988), Poesia e Prosa (1992) e Farewell (1996). Drummond produziu uma das obras mais significativas da poesia brasileira do século XX. Forte criador de imagens, sua obra tematiza a vida e os acontecimentos do mundo a partir dos problemas pessoais, em versos que ora focalizam o indivíduo, a terra natal, a família e os amigos, ora os embates sociais, o questionamento da existência, e a própria poesia.
http://www.astormentas.com/biografia.aspx?t=autor&id=Carlos+Drummond+de+Andrade
20/02/2012, 10:46

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JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?


http://pensador.uol.com.br/poemas_de_carlos_drummond_de_andrade/
20/02/2012, 10:43

O formato do planeta Terra

A superfície terrestre é totalmente irregular, não existindo, até o momento, definições matemáticas capazes de representá-la sem deformá-la. A forma da Terra se assemelha mais a um elipsóide, o raio equatorial é aproximadamente 23 km maior do que o polar, devido ao movimento de rotação em torno do seu eixo (Figura 1).

O modelo que mais se aproxima da sua forma real, e que pode ser determinado através de medidas gravimétricas, é o geiodal. Neste modelo, a superfície terrestre é definida por uma superfície fictícia determinada pelo prolongamento do nível médio dos mares estendendo-se em direção aos continentes.
Para representar a superfície terrestre em um plano, é necessário que se adote uma superfície de referência, que corresponda a uma figura matematicamente definida. O elipsóide de revolução, gerado por uma eclipse rotacionada em torno de eixo menor, é a figura geométrica que mais se aproxima da forma real da Terra.

Para representações em escalas muito pequenas – menores do que 1:5.000.000, a diferença entre o raio equatorial e o raio polar apresenta um valor insignificante, o que permite representar a forma a Terra, em algumas aplicações, como uma esfera.

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4258/1/A-FORMA-DA-TERRA/Paacutegina1.html
20/02/2012, 10:39

Os Movimentos da Terra

A Terra realiza vários movimentos no espaço e alguns deles são extremamente complexos, vamos citar apenas cinco, que são: Rotação, Translação, Precessão, Nutação e Translação para o Ápex.

No entanto, muitos movimentos da Terra são derivados desses citados, podendo a Terra realizar, segundo alguns teóricos, mais de quinze movimentos, mas há de se notar que todos os movimentos de uma forma ou de outra estão correlacionados e por questões didáticas expomos em separado seus principais movimentos, mais a rigor ainda, a Terra faz um movimento, ou seja, o movimento dela no espaço, nós por razões didáticas derivamos estes movimentos.

Movimento de Rotação: Este movimento se realiza ao redor de um eixo imaginário passando pelos pólos. Tem o sentido direto, isto é, de oeste para leste. Uma rotação completa da Terra dura 24 horas siderais, o que corresponde a 23 h 56 m e 4 s de tempo solar médio. A rotação da Terra causa a sucessão dos dias e das noites. Chama-se "dia sideral" ao tempo que emprega a Terra para a uma rotação completa sobre o seu próprio eixo, e isto corresponde ao intervalo de tempo entre duas passagens sucessivas da mesma estrela pelo mesmo meridiano. O "dia solar" é o tempo gasto pela Terra para fazer uma volta sobre o seu eixo, tornando-se como ponto de referência do Sol.

Como em um dia a Terra se translada quase um grau em torno do Sol, os dias solares são mais longos (4 minutos aproximadamente) que os dias siderais. Os dias solares não são iguais entre si. Dois fatores concorrem para essa desigualdade, a excentricidade da órbita da Terra e a obliqüidade da eclíptica. Essas causas fazem com que o Sol, em seu movimento aparente ao longo da eclíptica pareça caminhar mais rapidamente no perigeu que no apogeu, e mais depressa também nos solstícios que nos equinócios.

Chama-se "sol médio" a um Sol fictício que percorre o equador com velocidade constante, à proporção que o Sol verdadeiro percorre a eclíptica em uma ano, com velocidade variável.

A "equação do tempo" é a diferença entre o tempo solar verdadeiro e o tempo solar médio, marcado pelo relógio.

Como prova indireta do movimento de rotação da Terra, pode-se citar o movimento diurno da esfera celeste, operado em sentido retrógrado.

Movimento de Translação: Este movimento se realiza em um ano, é o movimento da Terra ao redor do Sol. Chama-se também movimento orbital ou de revolução.

O eixo da Terra é inclinado em relação ao plano da órbita (plano da eclíptica). A inclinação atual é de 23 graus e 27 minutos. A direção do eixo da Terra, aproximadamente constante, corresponde à posição dos atuais pólos celestes. O pólo celeste norte fica nas proximidades da estrela Alfa da constelação da Ursa Menor (Poláris), enquanto o pólo celeste sul situa-se junto a estrela Sigma, da constelação do Oitante.

O movimento de translação que se realiza no sentido direto e tem a duração de 365 dias 6 horas e 9 minutos, e equivale aproximadamente, à duração do ano sideral.

Não há provas diretas do movimento de translação da terra. Nenhuma das experiências feitas permite evidenciar seu movimento anual em torno do Sol. Um célebre experimento realizado por Michelson e Morley, em fins do século passado, não deu o resultado esperado.

Entre provas indiretas deste movimento citaremos: (a) o deslocamento progressivo das constelações para oeste; (b) o fenômeno da aberração da luz; (c) a paralaxe das estrelas próximas; e (d) o efeito Doppler-Fizeau.

Movimento de Precessão dos equinócios: Foi descoberto por Hiparco no séc. II a. c. Comparando a latitude e a longitude celeste de várias estrelas com resultados obtidos no século anterior, Hiparco verificou que: (a) a latitude celeste não havia variado sensivelmente e (b) a longitude celeste havia aumentado igualmente para todas as estrelas observadas.

Posto isso, concluiu que o aumento de longitude devia ter sua causa no recuo do ponto gama ao longo da eclíptica. Segundo Hiparcos, o ponto gama - origem das longitudes celestes - deve retroceder sobre a eclíptica aproximadamente 50 segundos de arco por ano, percorrendo toda sua extensão em aproximadamente 26.000 anos.

A explicação do fenômeno de precessão dos equinócios foi dada por Newton no séc. XVII. Ele demostrou que a atração unisolar sobre as regiões equatoriais da Terra faz com que o eixo terrestre mude lentamente de direção no espaço. Em virtude disso, cada pólo celeste descreve um pequeno círculo cujo raio é de 23 graus e 27 minutos, ao redor do pólo correspondente da eclíptica. Ao mesmo tempo, os pontos equinociais (gama e libra) deslocam-se ao longo da eclíptica em sentido retrógrado.

Foi devido ao movimento de precessão dos equinócios que o ponto gama retrocedeu da constelação de Áries para a de Peixes, enquanto o ponto libra recuava da constelação da Balança para a de Virgem.

Nutação: Descoberta por Bradley no séc. XVIII, o fenômeno consiste numa leve oscilação do eixo da Terra ao redor de uma posição média. Cada pólo celeste (que devido ao movimento de precessão deveria descrever um pequeno círculo ao redor do pólo correspondente da eclíptica) passa a descrever, em conseqüência da nutação, uma linha ondulada, em períodos de aproximadamente 18 anos.



Movimento de Translação para o Àpex: A Terra, juntamente com os outros astros do sistema solar, apresenta um movimento de translação para um ponto da esfera celeste denominada Àpex. Este ponto fica mais ou menos, entre as constelações de Hércules e Lira. O movimento tem uma velocidade aproximada de 20 km/s.

Como conseqüência, as estrelas pertencentes às constelações de Hércules e da Lira parecem se afastar radialmente a partir do Àpex. Fenômeno oposto ocorre com as estrelas situadas a retaguarda do movimento de translação, que parecem convergir todas para a região do antiápex.

Além desses movimentos ainda podemos citar que o eixo da Terra que tem uma inclinação de 23 graus e 27 minutos, varia positivamente ou negativamente em 1,3 graus em um milhão de anos. Isto pode causar as glaciações.

http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/11_mares/apendice_a.htm
20/02/2012, 10:18

Calvin 20 02 2012

Mafalda 20 02 2012

Teoria social Crítica e Horkheimer

A teoria crítica ultrapassa, assim, o subjetivismo e o realismo da concepção positivista, expressão mais acabada da teoria tradicional. O subjetivismo, segundo Horkheimer, apresenta-se nitidamente quando os positivistas conferem preponderância explícita ao método, desprezando os dados em favor de uma estrutura anterior que os enquadraria. Por outro lado, mesmo quando os positivistas atribuem maior peso aos dados, esses acabam sendo selecionados pela metodologia utilizada. E esta atribui maior relevo a determinados aspectos dos dados, em detrimento de outros.

A teoria crítica, ao contrário, pretende ultrapassar tal subjetivismo, visando a descobrir o conteúdo cognoscitivo da práxis histórica. Os fatos sensíveis, por exemplo, vistos pelos positivistas como possuidores de um valor irredutível, são, para Horkheimer, "pré-formados socialmente de dois modos: pelo caráter histórico de objeto percebido e pelo caráter histórico do órgão que percebe".

Outros elementos de crítica ao positivismo, sobretudo os aspectos políticos nele envolvidos, encontram-se em uma conferência de Horkheimer, em 1951, com o título Sobre o Conceito de Razão. Nessa conferência, ele afirma que o positivismo caracteriza-se por conceber um tipo de razão subjetiva, formal e instrumental, cujo único critério de verdade é seu valor operativo, ou seja, seu papel na dominação do homem e da natureza. Desse ponto de vista, os conceitos não mais expressam, como tais, qualidades das coisas, mas servem apenas para a organização de um material do saber para aqueles que podem dispor habitualmente dele; assim, os conceitos são considerados como meras abreviaturas de muitas coisas singulares, como ficções destinadas a melhor sujeitá-las; já não são subjugados mediante um duro trabalho concreto, teórico e político, mas exemplificados abstrata e sumariamente, através daquilo que se poderia chamar um decreto filosófico. Dentro dessas coordenadas, a razão desembaraça-se da reflexão sobre os fins e torna-se incapaz de dizer que um sistema político ou econômico é irracional. Por cruel e despótico que ele possa ser, contanto que funcione, a razão positivista o aceita e não deixa ao homem outra escolha a não ser a resignação. A teoria justa, ao contrário, escreve Horkheimer, "nasce da consideração dos homens de tempos em tempos, vivendo sob condições determinadas e que conservam sua própria vida com a ajuda dos instrumentos de trabalho". Ao considerar que a existência social age como determinante da consciência, a teoria crítica não está anunciando sua visão do mundo, mas diagnosticando uma situação que deveria ser superada.

Em suma, a teoria crítica de Horkheimer pretende que os homens protestem contra a aceitação resignada da ordem total totalitária. A "razão polêmica" de Horkheimer, ao se opor à razão instrumental e subjetiva dos positivistas, não evidencia somente uma divergência de ordem teórica. Ao tentar superar a razão formal positivista, Horkheimer não visa suprimir a discórdia entre razão subjetiva e objetiva através de um processo puramente teórico. Essa dissociação somente desaparecerá quando as relações entre os seres humanos, e destes com a natureza, vierem á configurar-se de maneira diversa da que se instaura na dominação. A união das duas razões exige o trabalho da totalidade social, ou seja, a práxis histórica.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Horkheimer
20/02/2012, 09:27
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Teoria Crítica da Sociedade é uma abordagem teórica que, contrapondo-se à Teoria Tradicional, de tipo cartesiano, busca unir teoria e prática, ou seja, incorporar ao pensamento tradicional dos filósofos uma tensão com o presente. A Teoria Crítica da Sociedade tem um início definido a partir de um ensaio-manifesto, publicado por Max Horkheimer em 1937, intitulado "Teoria Tradicional e Teoria Crítica". Foi utilizada, criticada e superada por diversos pensadores e cientistas sociais, em face de sua própria construção como teoria, que é autocrítica por definição. A Teoria Crítica é comumente associada à Escola de Frankfurt
Ela propõe a teoria como lugar da autocrítica do esclarecimento e de visualização das ações de dominação social, visando não permitir a reprodução constante desta dominação (na verdade, esta formação crítica a que se propõem os pensadores de Frankfurt pode ser entendida como um alerta à necessidade do esclarecimento da sociedade quanto às ordens instituídas). Neste sentido, a Teoria Crítica visa oferecer um comportamento crítico nos confrontos com a ciência e a cultura, apresentando uma proposta política de reorganização da sociedade, de modo a superar o que eles chamavam de "crise da razão" (nova crítica ao Funcionalismo). Eles entendiam que a razão era o elemento de conformidade e de manutenção do status quo, propondo, então, uma reflexão sobre esta racionalidade.

Desta forma, há uma severa crítica à fragmentação da ciência em setores na tentativa de explicar a sociedade (ordens funcionais - a sociedade entendida como sistemas e sub-sistemas). Assim, propõem a dialética como método para entender a sociedade, buscando uma investigação analítica dos fenômenos estudados, relacionando estes fenômenos com as forças sociais que os provocam. Para eles, as disciplinas setoriais desviam a compreensão da sociedade como um todo e, assim, todos ficam submetidos à razão instrumental (o próprio status quo) e acabam por desempenhar uma função de manutenção das normas sociais. A dialética se dá no sentido de entender os fenômenos estruturais da sociedade (como a formação do capitalismo e a industrialização, por exemplo), fazendo uma crítica à economia política, buscando na divisão de classes os elementos para explicar a concepção do contexto social (como o desemprego, o terrorismo, o militarismo, etc.). Em resumo, há uma tentativa de interpretar as relações sociais a fim de contextualizar os fenômenos que acontecem na sociedade. Partindo deste pressuposto, as ciências sociais que "reduzem" seus estudos à coleta e classificação de dados (como acontece com a pesquisa norte-americana) estariam vedando a si próprias a verdade, porque estariam ignorando as intervenções que constantemente ocorrem no contexto social.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Cr%C3%ADtica
20/02/2012, 09:22
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Escola de Frankfurt (em alemão: Frankfurter Schule) refere-se a uma escola de teoria social interdisciplinar neo-marxista,[1] particularmente associada com o Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt.
Desde a década de 1960, a teoria crítica da Escola de Frankfurt tem sido crescentemente guiada pelo trabalho de Jürgen Habermas na razão comunicativa,[6][7] intersubjetividade linguística e o que Habermas chama de "discurso filosófico da modernidade".
A tradição filosófica agora referida como "Escola de Frankfurt" é talvez particularmente associada a Max Horkheimer (filósofo, sociólogo e psicólogo social), que se tornou diretor do instituto em 1930 e recrutou muitos dos mais talentosos teóricos da escola, incluindo Theodor Adorno (filósofo, sociólogo, musicólogo), Erich Fromm (psicanalista), Herbert Marcuse (filósofo) e, como membro do "círculo de fora" do instituto, Walter Benjamin (ensaista e crítico literário).
O trabalho da Escola de Frankfurt não pode ser completamente compreendido sem igualmente entender-se as intenções e os objetivos da teoria crítica. Inicialmente delineada por Max Horkheimer no seu "Teoria Tradicional e Teoria Crítica", de 1937, a teoria crítica pode ser definida como uma auto-consciência social crítica que é o objetivada na mudança e na emancipação através do esclarecimento, e não se liga dogmaticamente aos seus próprios pressupostos doutrinais. [15][16]

Horkheimer a opôs à "teoria tradicional", que se refere a teoria no modo positivista, cientificista, ou puramente observacional - isto é, do qual derivam generalizações ou "leis" sobre diferentes aspectos do mundo. Baseando-se em Max Weber, Horkheimer argumentou que as ciências sociais são diferentes das ciências naturais, visto que generalizações não podem ser feitas facilmente supostas experiências, porque o entendimento de uma experiência "social" em si é sempre moldada por ideias que estão nos pesquisadores. O que o pesquisador não percebe é que ele é capturado em um contexto histórico cujas ideologias moldam o pensamento; portanto, a teoria estaria em conformidade com as ideias na mente do pesquisador mais do que na própria experiência:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Frankfurt
20/02/2012, 09:19

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Celibato e virgindade

Celibato e virgindade

Na época da Igreja apostólica, o celibato possui um valor positivo e é reconhecido como estado de vida ao lado do matrimônio. Tanto um como o outro eram vistos como carismas particulares. É possível que tenham havido casos de matrimônios "espirituais", em que homem e mulher viviam juntos como irmãos (Paulo fala de uma situação como esta em sua primeira epístola aos Coríntios, por volta do ano 57). No final do séc. I e no séc. II existem muitos homens e mulheres celibatários (ascetas e virgens) "em honra da carne do Senhor" (Inácio de Antioquia). A princípio, havia uma ambigüidade entre a virgindade e o estado de viuvez permanente. Por volta de 150, Justino se refere a homens e mulheres que se conservaram "incorruptos", alcançando a idade de 60 ou 70 anos. O mesmo diz Atenágoras, em torno do ano 177. Apesar disso, ainda não existe no séc. II uma forma definida para o celibato cristão.

Na virada do segundo para o terceiro século, sob influência da gnose e do encratismo, surgem apologias a favor do celibato como estado de vida melhor do que o matrimônio. Clemente de Alexandria defende a santidade do casamento e ensina que a continência só é virtuosa quando vivida por amor a Deus. Aos poucos começa a se impor um novo ponto de vista, que considera a virgindade como uma forma de matrimônio místico com o Senhor. Após o ano 200, as "virgines Deo devotae" usam véu para indicar suas núpcias espirituais (Tertuliano, Sobre a oração, 22, escrito entre 200 e 206). Mas o voto de virgindade não possui caráter de ordenação, como atesta Hipólito em sua Tradição Apostólica.

Para Orígenes (que havia se castrado depois de ler Mt 19,12, detalhe peculiar) a virgindade supera o matrimônio porque enquanto este é figura da união de Cristo com a Igreja, aquela é sua realização mística e mais perfeita. Novaciano compara a virgindade com o estado angélico e Tertuliano leva ao extremo a sua exaltação, influenciado pelo montanismo. Cipriano vê a consagração virginal como esponsais com Cristo. Ele é o primeiro a usar o termo "virgindade" para se referir ao celibato masculino. Metódio de Olimpo (+311) fala dos celibatários Elias, Eliseu, João Batista, João Evangelista e Paulo, entre outros.

A Igreja síriaca, até o séc. III, conserva o costume do celibato em família (os filhos consagrados permaneciam com os pais). Efrém reagirá contra esta prática. Hilário de Poitiers chamará de caelebs o não casado por razões de fé e de coelibatus o seu estado de vida.

Atanásio (295-373), que conhece o ideal monástico de Santo Antão, define o matrimônio como "via mundana", enquanto a virgindade é o caminho mais eficaz para alcançar a perfeição.

Quando se encerrar o terceiro século, o celibato terá finalmente encontrado seu lugar na vida e na espiritualidade cristãs: estado superior ao casamento, comparado com a condição angélica, esponsais com Cristo, núpcias místicas, oferecimento total e perfeito a Deus. O monaquismo lhe dará forte impulso.

No ano 300, o Concílio de Elvira, na Espanha, determina a obrigatoriedade do celibato para os padres e bispos da província. Com o passar do tempo esta disciplina se estenderá a toda a Igreja.

Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja/30.php#ixzz1mrfbHoX1


http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja/30.php
19/02/2012, 18:14

Amor: entre o humano e o divino

Amor - A fascinante viagem dessa palavra e dos seus múltiplos significados ao longo de 3000 anos de história

O poema de amor mais famoso de todos os tempos é também um dos livros mais enigmáticos da Bíblia. Raros estudiosos acreditam nisto, mas o Cântico dos Cânticos, livro do Antigo Testamento, começa atribuindo sua autoria ao rei Salomão. (Tendo ou não sido o autor do poema, Salomão devia entender do tema – tinha um harém de 700 esposas e 300 concubinas.)

“Beija-me com teus beijos! Tuas carícias são melhores que o vinho!”, são os versos que inauguram o Cântico dos Cânticos, um longo diálogo entre um jovem casal apaixonado. Tanto entre judeus quanto entre cristãos não faltaram polêmicas sobre a inclusão ou não do poema nas Escrituras Sagradas – assim como não faltaram traduções e interpretações que buscavam minimizar, ou até eliminar, seu erotismo elegante mas desinibido.

Na tradução mais moderna – de longe, a mais fácil e agradável de ler –, The Song of Songs – A New Translation (O Cântico dos Cânticos – Uma Nova Tradução), lançada em 1995 nos Estados Unidos, os autores Ariel e Chana Bloch rechaçam definitivamente as antigas leituras de que o fervor retratado no poema fosse, na verdade, uma alegoria do amor entre Deus e Israel (na versão judaica), ou entre Cristo e a Igreja (na versão cristã). A palavra original traduzida acima como “carícias” – ou simplesmente como “amor” em algumas versões – é o hebraico dodim, termo específico para o contato sexual, segundo o casal de tradutores.

Outro estudo clássico sobre o Cântico – The Song of Songs and the Ancient Egyptian Love Songs (O Cântico dos Cânticos e as Antigas Canções de Amor Egípcias), de Michael Fox, lançado em 1985 nos Estados Unidos e ainda inédito no Brasil – se transforma numa fascinante investigação sobre os primeiros registros de poesia romântica na história. Um dos maiores especialistas em línguas e religiões do Oriente Médio, Fox detecta no Cântico a mesma linguagem metafórica das canções de amor do Antigo Egito – um festival de comparações entre partes do corpo do ser amado e frutas, flores, ervas aromáticas e pedras preciosas. Ninguém duvide que, quando ouvimos hoje expressões como “lábios de mel” ou “olhos de jabuticaba”, estamos escutando ecos de uma tradição poética de mais de 3 000 anos, inaugurada, ao que tudo indica, pelos escribas egípcios e, portanto, tão antiga quanto a própria civilização.

Ninguém duvide também que a palavra “amor” sofreu uma metamorfose tremenda com a entrada em cena do Novo Testamento. “Deus é amor”, proclama São João em sua Primeira Epístola, talvez a manifestação mais clara de que o termo antes usado para se referir à atração entre homem e mulher muda de sentido e é adotado como base de toda uma nova religião.

Essa revolução só pode realmente ser compreendida quando descobrimos que nada menos que três palavras diferentes do original grego do Novo Testamento foram traduzidas como “amor”. Vem daí a inspiração de um dos livros mais interessantes e injustamente esquecidos do século XX: The Four Loves (Os Quatro Amores), escrito em 1960 pelo irlandês C.S. Lewis (1898-1963) e inexplicavelmente inédito no Brasil. Professor de literatura medieval e renascentista da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o autor usa quatro termos gregos para classificar tipos distintos de amor. O único não encontrado no Novo Testamento original é justamente o primeiro que costumamos associar à palavra: eros, o amor-paixão, com conotação sexual ou romântica. Os outros termos são philia (amizade), storgé (afeto natural, como o amor entre familiares) e agape (o amor desinteressado, de doação sem espera de recompensa: caridade).

Esse último termo é o utilizado por São João – e também por São Paulo, no célebre capítulo 13 de Coríntios, transformado em balada pop por Renato Russo na canção “Monte Castelo”: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos... e tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda tivesse toda a fé... se não tivesse amor, eu não nada seria”. Assim, dá para entender finalmente porque em várias edições do Novo Testamento esse trecho aparece com a palavra “caridade” no lugar de “amor”.

A influência grega nessa espiritualização do conceito de amor não foi pequena. A prova principal está na expressão “amor platônico”, que entrou para o vocabulário popular do mundo todo com seu sentido distorcido. Vale a pena voltar à fonte – O Banquete, escrito por Platão no século IV a.C. – simplesmente porque ela é um dos textos-chaves da cultura clássica ocidental e um dos mais saborosos tratados filosóficos que um leigo como eu e você podemos encarar.

Na estrutura narrativa, O Banquete lembra o Cântico dos Cânticos: a obra é montada em diálogos, pode ser lida como uma peça de teatro. O cenário e os personagens é que são radicalmente diferentes, a começar pelo ambiente – uma aristocrática mansão ateniense onde se realiza um symposium (título original do livro), tradição grega que, de uma forma ou de outra, nunca morreu: debates intelectuais em torno de um jantar regado a vinho. Entre os convivas, Platão coloca duas das figuras mais célebres da Grécia antiga: seu mestre Sócrates e o dramaturgo Aristófanes, o rei da comédia helênica. O tema da noitada é justamente o amor – ou melhor, eros, o desejo sexual, que a mitologia grega representava como uma divindade matreira, o tempo todo flechando o coração da moçada (não precisa nem lembrar que o coração flechado permanece até hoje o símbolo dos apaixonados).

A idéia das “almas gêmeas” e da “cara metade” aparece talvez pela primeira vez na cultura ocidental nesse texto, quando Aristófanes recorre justamente à mitologia para explicar o impulso amoroso. Segundo ele, o ser humano era inicialmente um andrógino de duas cabeças, quatro pernas e quatro braços. Temendo que seu poder ameaçasse os deuses, Zeus dividira essa estranha criatura em duas – e desde então carregamos a sensação de estarmos sempre incompletos, desejando a união com outro. Sócrates, que descartava os mitos como mera superstição, obviamente rejeita a versão de Aristófanes e a discussão progride na direção do conceito original de amor platônico. O helenista José Cavalcanti de Souza, professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo (USP) e autor daquela que é considerada a melhor tradução brasileira de O Banquete, resume a obra assim: “Eros é uma divindade, uma força divina que intervém na vida humana, mas que precisa ser orientada pela inteligência.

O desejo se manifesta primeiro como amor por um corpo bonito, mas evolui para o amor por belas atividades e ocupações. O que é digno de ser amado? Essa é a questão que Platão coloca, como responsabilidade do ser humano, para dar ascensão intelectual e espiritual à força de Eros”.

A idéia que temos hoje de amor platônico é a da afeição sem contato físico. Mas o conceito original não é bem esse. Se você perguntasse a Platão, ele diria que o amor deve ser a afeição elevada a um plano ideal que transcende o contato físico, mas não o exclui. “A distinção entre corpo e alma que herdamos não existia para os gregos. Eles acreditavam numa continuidade, não numa ruptura”, afirma José Cavalcanti. “Mas a ascensão do amor era uma questão de inteligência e, portanto, para eles, essencialmente masculina. Os gregos tinham um grande preconceito contra a mulher.”

Por isso mesmo, muitos lêem em O Banquete de Platão uma apologia do homossexualismo, não só comum entre os gregos da época como considerado parte da relação mestre-discípulo entre os rapazes e os mais velhos. Os anfitriões do jantar narrado pelo filósofo formam um casal masculino e a festa chega a ser interrompida, a certa altura, pelo jovem Alcebíades, que entra bêbado, declarando sua paixão por Sócrates com grande estardalhaço. No fim, porém,é a parceria intelectual que é considerada a união perfeita – entre homens, é claro. Nesse ponto, o contraste com o Cântico dos Cânticos é total e absoluto, já que um dos traços mais marcantes do poema bíblico é apresentar homem e mulher manifestando seu desejo sexual em pé de igualdade. O fato de a sociedade judaica representada na Bíblia ter sido também fortemente patriarcal torna isso mais surpreendente ainda.

As mulheres conquistariam uma posição social um pouco melhor no Império Romano, cujos textos mais representativos sobre o amor são os poemas de Ovídio (43 a.C. – 17 d.C.). Sua estréia literária, com as elegias apaixonadas reunidas em Amores, o transformou instantaneamente em uma das maiores celebridades da alta sociedade romana. A obra seguinte, em compensação, acabou custando seu exílio da capital imperial. Também escrita em versos, A Arte de Amar é um manual de sedução que nada deve aos guias de paquera encontrados nas revistas masculinas de hoje – não falta nem um roteiro dos melhores lugares da cidade para conhecer mulheres. O livro foi considerado o máximo da imoralidade pelo imperador Augusto, que estava tão empenhado em uma campanha contra a luxúria romana que acabara de banir a própria filha por adultério.

Essa história tem uma última volta surpreendente: parece ter havido uma ligação entre a expulsão de Ovídio e a de Júlia, a filha de Augusto, mas ela continua sendo um dos maiores mistérios da história, tema de muita especulação detetivesca.

A vingança do poeta que abalou Roma viria séculos depois, com sua enorme influência sobre os trovadores medievais – que, para a maioria dos estudiosos, seriam os verdadeiros inventores do romantismo que ainda hoje domina a música popular, o cinema e as telenovelas. As Cruzadas haviam levado muitos nobres europeus para longe de casa, o que deu às mulheres da época um poder político inédito na história. Elas se tornaram, então, simultaneamente patronas e musas dos poetas e menestréis responsáveis por uma nova literatura, que abrange dos romances de cavalaria às baladas e madrigais derramados de amor.

A própria palavra “romance”, hoje um termo universal, nasceu com esse movimento, que brotou primeiro no sul da França, no final do século XI. “Essa palavra vem do latim vulgar romanice, em oposição ao latim literário. Transformou-se em romans, no provençal, dialeto da região, designando o gênero narrativo das histórias de cavaleiros e donzelas”, afirma o etimólogo Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos.

O mais interessante é que esse culto ao amor acabou extrapolando a poesia para se transformar num código de ética: o chamado amour courtois (amor cortês) ou fin’amors (amor refinado). Sua grande novidade foi colocar o homem numa posição subalterna à mulher, para cortejar e servir àquela que até então era uma cidadã de segunda classe e mais uma posse masculina em quase todas as culturas. “Comparada a essa revolução, a Renascença parece uma marola”, escreveu o já citado C.S. Lewis em The Allegory of Love (A Alegoria do Amor), de 1936, um dos dois estudos clássicos publicados sobre o tema no século XX. O outro é L’Amour et L’Occident (O Amor e o Ocidente), de 1939, do suíço Denis de Rougemont (1906-1985), que desemboca num curioso manifesto sobre a incompatibilidade entre a paixão romântica e o casamento.

Não por acaso, uma das bases do amor cortês é justificar o adultério, tanto em suas leis de conduta quanto em casais arquetípicos como Tristão e Isolda (ele era primo e ela esposa do rei) e Sir Lancelot e Guinnevere (a esposa do rei Artur e seu guerreiro mais valoroso).

Os historiadores, porém, são os primeiros a alertar que não se deve generalizar o amor cortês. Havia de tudo ali, desde versos apaixonados e debates sobre etiqueta social, até textos que parecem uma versão ocidental do Kama Sutra – como o trecho do famoso poema francês do século XIII Romance da Rosa que ensina a importância de os amantes atingirem o orgasmo em conjunto: “Quando fizerem amor, cada um deve usar toda habilidade para que o prazer seja mútuo e que nenhum dos dois pare de navegar enquanto não chegarem juntos ao porto”.

O fervor amoroso dos trovadores medievais alçou o amor a um patamar de emoção cultuada, prenunciando a adoração casta de poetas renascentistas como os italianos Dante Alighieri e Petrarca às suas musas Beatriz e Laura. O mesmo culto antecipou o romantismo do século XIX, que venerava a agonia do apaixonado acima de qualquer prazer. O significado original de paixão, aliás, é exatamente esse: a conexão inevitável entre o amor e o sofrimento. “Passio é outra palavra latina, que significa sofrer por amor. Isso está até no latim eclesiástico: a expressão Sexta-Feira da Paixão endossa que Jesus morreu por amor à humanidade”, diz Deonísio da Silva.

Também foram os velhos trovadores medievais que espalharam as sementes da visão trágica e fatalista do amor impossível, que une Tristão e Isolda a Romeu e Julieta a Werther, romance do alemão Goethe (1749-1832) que provocou uma epidemia de suicídios na Europa do século XIX. Mas quem melhor define esse movimento literário é uma simples frase do francês Stendhal (1783-1842), em seu tratado Do Amor, autobiografia de uma paixão não correspondida: “Possuir é nada, desejar é tudo”. Aí está, resumida em uma cápsula, uma idéia central entre os artistas da época: o sofrimento intenso é sinal de uma alma sensível e o gozo, apenas frivolidade medíocre.

Existe um outro laço entre as dores dos escritores românticos e a celebração do adultério pelos trovadores medievais. Só no novo mundo inaugurado pela Revolução Francesa no fim do século XVIII é que as pessoas começaram realmente a poder escolher com quem iriam casar. Toda a história anterior do matrimônio é uma sucessão de alianças políticas e econômicas ditadas pelas famílias dos noivos, que muitas vezes só se conheciam no altar. O culto ao amour fou (amor louco), como os franceses batizaram a paixão incontrolável que derruba todas as barreiras e convenções, sempre foi uma resistência à interferência da sociedade na vida afetiva de cada um.

E o que se tornou o amor hoje? O mais difícil é explicar como o romantismo continua vivo em pleno século XXI, mesmo após todas as investidas científicas – da psicologia à antropologia à bioquímica – dispostas a esfriá-lo, dissecá-lo e decifrar o que existe além da atração sexual e do instinto procriativo. As principais teorias psicológicas são conflitantes: enquanto o complexo de Édipo, de Freud, propõe que a escolha amorosa é determinada já na infância pelos modelos paternos e maternos, Jung acredita que homens e mulheres carregam no inconsciente arquétipos ideais do sexo oposto, animus e anima, sempre buscando uma complementariedade. Pessoas mais racionais se sentiriam, assim, atraídas por parceiros mais sentimentais. Mas pelo menos em um ponto a teoria freudiana lembra a espiritualização do amor encontrada nos ideais platônicos e cristãos: o conceito de sublimação, segundo o qual a libido, energia vital e sexual, é desviada para outras atividades.

“O amor passa a ser dirigido a uma idéia, a uma causa, a uma atividade, em vez de a uma pessoa”, afirma o psicanalista Renato Mezan, professor da PUC-SP. Para Freud, toda a civilização foi construída assim, usando como matéria-prima a repressão dos instintos sexuais. Se o velho doutor vienense, tão criticado por reduzir toda nossa existência ao sexo, tiver mesmo razão, fica mais fácil entender por que é impossível fugir do amor. Ele está em toda parte, seja lá o que for esse sentimento que, no final das contas, tem resistido, século após século, a todas as tentativas de explicação.



por José Augusto Lemos

http://super.abril.com.br/tecnologia/amor-442242.shtml
19/02/2012, 17:58
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"O mundo inteiro só foi criado, por assim dizer, por causa do dia em que o Cântico dos Cânticos seria dado a ele. Pois todas as Escrituras são santas, mas o Cântico dos Cânticos é o Santo dos Santos." A frase teria sido dita pelo sábio judeu Rabi Akivá, por volta do ano 100 d.C., e explicaria porque a Bíblia aceita por cristãos e judeus de hoje abriga esse livrinho misterioso. Os oito capítulos do Cântico dos Cânticos estão cheios de sensualidade e erotismo, descrições apaixonadas do corpo de dois jovens amantes, insinuações do ato sexual -- e uma única menção, que soa quase como nota de rodapé, ao nome de Deus. Como explicar, então, seu status nas Sagradas Escrituras judaico-cristãs?
Se a sensibilidade moderna estranha a presença de uma coleção de poemas eróticos no meio da Bíblia, a defesa do Cântico dos Cânticos (expressão hebraica que significa algo como "o maior dos cânticos" ou "o mais belo dos cânticos") pelo Rabi Akivá sugere que o próprio povo judaico teve dificuldade para aceitar a obra. "Houve muitos debates sobre a canonicidade dele [ou seja, sobre sua inclusão no cânon, ou conjunto oficial, da Bíblia]. No fim das contas, os rabinos acabam aceitando o livro, que é o último a ser incluído no cânon hebraico, mas proíbem seu uso como canções seculares, em salões de banquetes", conta Rita de Cácia Ló, professora do curso de extensão em teologia da Universidade São Francisco (SP).



Apesar da inclusão tardia no conjunto das Escrituras, há indícios de que o Cântico tem uma história antiga e complicada. As versões que conhecemos do livro trazem uma espécie de rubrica, dizendo que o livro é "o Cântico dos Cânticos de Salomão", rei de Israel que viveu por volta do ano 950 a.C., mas a maioria dos estudiosos modernos concorda que essa atribuição é fictícia.



"Na Antigüidade era comum que alguns textos fossem atribuídos a personagens famosos, seja por representar uma continuidade dos seus ensinamentos ou por fazer alusão a momentos marcantes de sua vida ou da lenda gerada por eles", explica Humberto Maiztegui Gonçalves, doutor em teologia bíblica e clérigo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil cuja tese versou sobre o Cântico. Como Salomão, segundo a tradição israelita, teria amado inúmeras mulheres e tido grande gosto pela literatura, seu nome teria sido "atraído" para o poema. "Além disso, Salomão nasceu das loucuras de amor entre o rei Davi e Betsabéia, que era uma mulher casada, o que talvez também possa explicar essa idéia", lembra Rita Ló.



Reino do Norte
Apesar da referência aparentemente fictícia ao sábio Salomão, há no texto uma rápida menção à cidade de Tirza, que foi capital do Reino de Israel, ou Reino do Norte, uma das duas monarquias nas quais teria se dividido o território israelita após a morte de Salomão, por volta de 900 a.C. O interessante é que Tirza foi capital durante um brevíssimo período de tempo, logo após a separação dos reinos, o que pode indicar que ao menos parte do poema remonta a quase nove séculos antes de Cristo. No entanto, também há sinais, no hebraico do Cântico, que o texto foi retrabalhado após a destruição de Jerusalém pelos babilônios (século 6 a.C.), ou até perto do período grego, uns três séculos mais tarde.



As teorias sobre a origem do livro são muitas. "Ele poderia ter sido composto de uma só vez, por um único autor, ou o que temos hoje é a composição de vários poemas de amor que 'menestréis' ambulantes cantavam nos casamentos das aldeias que percorriam", afirma Cássio Murilo Dias da Silva, doutor em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma e autor do livro "Leia a Bíblia como Literatura".



Com ou sem a participação de menestréis no surgimento do Cântico, um dos pontos surpreendentes no texto é a ênfase dada à voz feminina: em boa parte do texto, quem fala é uma jovem apaixonada e decidida, que procura seu amado pelas ruas da cidade, trama subterfúgios para fazer com que ele entre em seu quarto e anseia por encontrá-lo em meio à natureza, aos bosques e vinhedos, com descrições que evocam a natureza da terra de Israel na Antigüidade.



"Como a macieira entre as árvores dos bosques/Assim é meu amado entre os moços/À sombra de quem eu tanto desejara me sentei/E seu fruto é doce ao meu paladar/Ele me introduziu na sua adega/E a sua bandeira sobre mim é Amor!", declama a jovem. Em nenhum outro texto bíblico os pensamentos e desejos da mulher ocupam um lugar de tamanho destaque. Aliás, a impressão que o texto passa é que se trata de um casal de jovens namorados, e não que os dois sejam oficialmente casados.



"Para quem tenha uma visão da Bíblia com a masculinidade como centro, isso pode chegar a ser até escandaloso. Os homens participaram, no começo, como complemento", diz Humberto Gonçalves. Para o especialista anglicano, é possível dizer que as mulheres são as principais autoras da coleção de poemas do Cântico. "A pergunta é se sua autoria foi oral ou se chegaram a fixar a poesia por escrito", afirma ele. De fato, era raro que uma mulher do Oriente Médio antigo soubesse ler e escrever.



Amor humano, amor divino
Outra característica marcante do texto são os chamados "wasfs", longas comparações poéticas em que cada parte do corpo da amada ou do amado é comparada a um objeto, animal ou lugar. Trata-se de uma fórmula literária que também aparece na poesia amorosa árabe e do antigo Egito. Nesses trechos é que a sensualidade do poema fica mais explícita. "Tua fronte por trás do véu/É como uma romã aberta/Teu pescoço é como a Torre de Davi/Da qual pendem mil escudos/Teus seios são como dois filhotes gêmeos de gazela/Pastando entre os lírios", diz o amado em certo trecho.



"Sem dúvida, o sentido primeiro [do poema] é o amor humano, com tudo o que ele tem de paixão, crise, atração, desejo etc.", afirma Cássio da Silva. Por que, então, a inclusão do texto sensual no cânon sagrado? A explicação mais provável, sugerem os especialistas, é o fato de que a separação entre amor humano e amor divino que existe na cultura moderna era bem menos rígida na sociedade dos antigos israelitas. "No mundo antigo, tudo, inclusive as técnicas artesanais, o amor, a guerra e até os acordos políticos e diplomáticos tinham a ver com divindades", lembra Humberto Gonçalves.



"Não se pode separar a dimensão religiosa e mística do amor humano, porque, em larga escala, é o mesmo sentimento que Deus tem em relação a nós. O amor de duas pessoas reflete o amor com que Deus nos ama. Isso sem falar que o Cântico foi composto numa sociedade bem menos puritana e hipócrita do que a nossa", acrescenta Silva.



Rita Ló lembra que existia uma antiga tradição na qual o amor de Deus por seu povo escolhido de Israel era visto, de forma metafórica, como o casamento de dois seres humanos, o que impulsionaria essa interpretação mística do Cântico dos Cânticos. Por outro lado, Gonçalves diz que a sensualidade do poema pode refletir uma espiritualidade pagã que influenciou os israelitas nas épocas mais antigas. Afinal, os povos vizinhos, e provavelmente os próprios israelitas, adoravam deusas em rituais de fertilidade, o que explicaria em parte a importância feminina no Cântico. Nesse caso, a sexualidade quase explícita também teria um papel espiritual para os primeiros autores do texto.



Vida longa e próspera
De qualquer maneira, a própria sobrevivência do Cântico em épocas posteriores pode significar que ele teve um papel de "resistência" contra os aspectos mais machistas do judaísmo, diz Ló. "Após o exílio na Babilônia, houve um período de fechamento e o crescimento de uma visão muito negativa sobre o corpo da mulher, visto como fonte de impureza. O livro contraria isso", afirma a especialista.



De certa forma, a argumentação do Rabi Akivá ajudou a superar essa tensão, segundo Cássio da Silva. "Afinal, o amor humano vale ou não vale por si mesmo? É ou não é expressão do amor divino? Os rabinos responderam afirmativamente a essas duas perguntas. Tanto que, no calendário judaico, o Cântico dos Cânticos é lido na festa da Páscoa [a mais importante do judaísmo]. E aí entra a mística: o sentimento do amado pela amada e vice-versa ajuda a compreender o amor de Javé por seu povo, Israel, e
nesse amor Javé desce do céu para tirar seu amado povo do Egito e dar-lhe a vida e a felicidade. De Israel, espera-se que corresponda ao amor de Javé e lhe seja fiel."
O cristianismo atualizou essa visão ao substituir "Javé" e "Israel" por "Cristo" e "Igreja" na equação: o amor do casal no poema virou também o símbolo do amor de Cristo por sua Igreja, vista como sua "noiva". Dessa forma, a influência do Cântico teve vida longa e acabou se estendendo ao último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, na qual a metáfora praticamente conclui a Bíblia cristã.

http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL637343-9982,00-BIBLIA+CONTEM+ANTIGO+POEMA+EROTICO+JUDAICO+CUJA+ORIGEM+DESAFIA+ESPECIALISTA.html
19/02/2012, 18:11