quarta-feira, 29 de abril de 2015

Geografia do IMLTC - 8º ANO

Geografia – espaço e vivência 8º ano
Atual editora
Autores: Levon Boligan, Rogério Martinez, Wanessa Garcia e Andressa Alves
Unidade 1II – A regionalização do mundo contemporâneo
Capítulo V1 – Coo regionalizar o espaço geográfico mundial

Regionalizar significar agrupar as áreas da superfície terrestre por aspectos homogêneos, sejam eles naturais (zonas térmicas do planeta: polares, temperadas e tropicais) ou socioeconômicos (demografia, atividade econômica) ou culturais, para atender ao tipo de estudo que se pretende realizar.
A regionalização do espaço geográfico depende de critérios para definir o nível de detalhamento e de compreensibilidade dos dados.

Primeira forma de regionalização: Primeiro, segundo e terceiro mundo.
Esta forma de regionalização enfatiza as diferenças acentuadas em nível político e socioeconômico. Foi muito empregada durante o período da Guerra Fria e caracterizava o grupo formado pelos países capitalistas de economia desenvolvida (Primeiro Mundo), os socialistas (Segundo Mundo) e os capitalistas menos desenvolvidos economicamente (Terceiro Mundo).

A expressão foi criada pelo economista francês Alfred Sauvy (1898-1990) em 1952 em analogia aos estratos existentes na França anterior à Revolução Francesa (1789) dividida em Primeiro Estado (nobreza), Segundo (Clero) e Terceiro (trabalhadores). A intenção era que os países do Terceiro Mundo se levantassem contra a situação de exploração e de dependência a que estavam historicamente subordinados. Entretanto esta forma de regionalização foi empregada para isentar de responsabilidade a ação das elites existentes no interior dos países de Terceiro Mundo. Com o fim da bipolarização do mundo, esta forma de regionalização entrou em desuso.

Segunda forma de regionalização: Países do Centro e a Países da periferia
Esta forma de regionalização generaliza a existência de um Centro – formado por países com elevado índice de influência geopolítica por causa de seu desenvolvimento econômico, bélico, político ou tecnológico – e uma Periferia – formada por países com menor influência geopolítica, sejam grandes economias como o Brasil, sejam países marginalizados da África ou da Ásia.

Uma terceira forma de regionalização: Países desenvolvidos e subdesenvolvidos
Esta forma de regionalização divide o mundo em Países Desenvolvidos com elevado nível de desenvolvimento (econômico, político, tecnológico e humano) e baixo índice de dependência externa em relação aos Países Subdesenvolvidos que tendem a apresentar uma menor produção de bens e de serviços, uma maior concentração de renda e uma menor influência geopolítica.
Basicamente os desenvolvidos estão no Hemisfério Norte do planeta e compreendem Estados Unidos, Canadá, Europa, Rússia, Japão e Austrália, única exceção) e os subdesenvolvidos estão no Sul. Os indicadores sociais que caracterizam e separam os países desenvolvidos dos subdesenvolvidos envolvem as taxas de mortalidade infantil, o nível de alfabetização, a expectativa de vida e as condições médico-sanitárias da população.




Química para o IMLTC - 8º ano

MANUAL COMPACTO DE QUÍMICA – Editora Rideel
Autores: Carminella Scarpellini e Vinícius Barbosa Andreatta. 2011.

Observação: o volume atômico é o volume ocupado por 6,02 x 1023 átomos de um elemento no estado sólido.

01. As propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas de seu número a__ô__m__c__.

02. O grupo 2A, também chamado de família dos A__c__l__n__s Terrosos, abrange metais com distribuição eletrônica que termina no subnível s2. O número de elétrons da camada de valência é o mesmo, e corresponde a 2. 

Elemento
Número atômico
Camada de valência
Be
4  
2s2
Mg
12
3s2
Ca 
20 
4s2
Sr
38
5s2
Ba 
56 
6s2
Ra 
88 
7s2

03. Observe a quantidade de elétrons e a última camada de valência. Descubra qual é o elemento.


Camada
subnível energético
Quantidade máxima de elétrons

s (0)
p (1)
d (2)
f (3)
K (1)
1s2



02
L (2)
2s2
2p6


08
M (3)
3s2
3p6


18
N (4)
4s1



32
1s2-2s2 -2p6 -3s2 -3p6 -4s1
Grupo 1A - elemento químico: P__t__s__i__ (Z = 19)
.........................

Camada
subnível energético
Quantidade máxima de elétrons

s (0)
p (1)
d (2)
f (3)
K (1)
1s2



02
L (2)
2s2
2p6


08
M (3)
3s2
3p6
3d10

18
N (4)
4s2



32
1s2-2s2 -2p6 -3s2 -3p6 -4s2 -3d10
Grupo 2B – elemento químico: Z__n__o (Z = 30)
.........................

Camada
subnível energético
Quantidade máxima de elétrons

s (0)
p (1)
d (2)
f (3)
K (1)
1s2



02
L (2)
2s2
2p5


08
1s2-2s2 -2p5
Grupo 7A – elemento químico: F__ú__r (Z = 09)
.........................

Camada
subnível energético
Quantidade máxima de elétrons

s (0)
p (1)
d (2)
f (3)
K (1)
1s2



02
L (2)
2s2
2p6


08
M (3)
3s2
3p6
3d1

18
N (4)
4s2



32
1s2-2s2 -2p6 -3s2 -3p6 -4s2 -3d1
Grupo IIIB – elemento químico: E__c__ndi__ (Z = 21).

.......................

terça-feira, 28 de abril de 2015

História do Brasil para alunos do fundamental

Estudar História – Das origens do homem à era digital à expansão da América Portuguesa - Patrícia Ramos Braick
Editora Moderna - 2011
Capítulo 1 – A mineração no Brasil
As duas vidas de Ouro Preto
Ouro Preto, antiga Vila Rica, em Minas Gerais:
Elevação à vila – 1711.
Elevação à condição de Capital mineira – 1720.
Recebimento do título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade – 1980.

Crise portuguesa no século XVII quando Portugal perde a condição de potência marítima após o fim da união ibérica e  por causa de duas guerras contra a Espanha (1641) e para expulsar a Holanda do Brasil (1654).

O Palácio Nacional de Mafra, em Portugal, foi construído entre 1717 e 1730 a mandado de Dom João V. Foi inicialmente projetado para abrigar frades franciscanos antes de se tornar a residência oficial de caça da família portuguesa.

O ouro brasileiro foi a solução para a crise portuguesa.

Descoberta de jazidas de Prata em Potosí, Bolívia e no Vice-Reinado do Peru, áreas de domínio da América espanhola, animou a coroa Portuguesa.

O ouro, além de valioso, era o material de constituição das moedas como o dobrão português da época de Dom João V.

As primeiras descobertas de ouro

Séc. XVI. - São Vicente

Entre 1692 1695 -Região de Minas Gerais

No começo do século XVIII houve concentração em São João del-Rei, Vila Rica (atual Ouro Preto), Nossa Senhora do Carmo (atual Mariana) e Nossa Senhora da Conceição do Sabará (atual Sabará)

1719 – mineração levou à fundação da cidade de Cuiabá, no leito do rio de mesmo nome.

1725 – novas minas em Rio Vermelho, Goiás.

A corrida do ouro
Aumento exagerado da população da região das minas com mais de 600.000 portugueses emigrados para a colônia de 1700 a 1760.

Guerra dos emboabas (1707-1709)
Paulistas contra recém-chegados (pejorativamente chamados de emboabas)

O bandeirante Manuel de Borba Gato, superintendente das minas, chefiava os paulistas contra os recém-chegados, liderados pelo português Manuel Nunes Viana.

A guerra forçou a criação de vilas, capitanias e de uma estrutura para sedimentar a presença da coroa portuguesa nas zonas auríferas com, por exemplo, câmaras municipais.

Outro resultado da guerra foi a saída dos paulistas derrotados em busca de novas jazidas  em Mato Grosso (1718-1734) e em Goiás (1725)

1709 – criação da capitania de São Paulo, Minas Gerai, Goiás e Mato Grosso.
1711- os núcleos de Nossa Senhora da Conceição do Sabará e Nossa Senhora do Carmo são elevados à condição de vila.

1720 – criação da capitania das Minas Gerais, desligada em definitivo da capitania de São Paulo.

O controle sobre a mineração
1603 – estabelecimento do quinto (20% da extração para a coroa).

1702 – o regimento criou a Intendência das Minas que prestava contas diretamente ao Conselho Ultramarino situado em Lisboa e dividiu as jazidas em lotes chamados datas (uma da coroa, uma do descobridor e duas leiloadas com prioridade para quem possuía mais escravos para extrair mais ouro em menos tempo).

1719 e 1719 – instituição das casas de fundição para recolher o quinto do ouro da coroa, “quintá-lo” (marca-lo). Isso era uma estratégia para impedir a circulação do ouro em pó e evitar o contrabando.

1740 – queda da arrecadação de ouro e instituição da capitação (17 gramas de ouro por escravo maior de 14 anos).

1751 – abolição da capitação e instituição da cobrança de 100 arrobas de ouro anuais ou, em caso extremo, da derrama, uma cobrança forçada dos impostos em atraso.

Revolta de Filipe dos Santos
1720 – Filipe dos Santos e 2.000 mineiros se revoltaram contra os altos impostos. Por isso foi enforcado pela coroa portuguesa na pessoa do Conde de Assumar, governador da capitania entre 1717 e 1721.

1725 – instalação de casas de fundição.

A descoberta de diamantes
1715 descoberta de diamantes na região isolada de Arraial do Tejuco, atual Diamantina.

1734 – criação da Demarcação Diamantina, também chamada Distrito Diamantino e de Intendência dos Diamantes. Nesta área a maior e única autoridade era o intendente.

1740 – instalação do regime de concessão, um contrato de extração autorizado pela Coroa portuguesa.

1771 – criação da Real Extração de diamantes sob o monopólio da Real Fazenda portuguesa.

Especialmente com a escassez de ouro houve um aumento no contrabando de ouro sob meios engenhosos: imagens religiosas ocas (santos do pau oco), falsificação do selo português em barras.

O trabalho de mineração
1700-1740 – o auge da mineração exigia o trabalho de enormes contingentes de escravos.

Lavras - grandes áreas de mineração

Ouro de aluvião – metal extraído à beira dos rios, área que propiciou a formação de grandes quantidades pela ação do tempo.
Ferramentas de mineração: almocrafe (pequena enxada) e bateia (peneira de madeira).

Faiscações – pequenas lavras de ouro operadas por homens livres ou por escravos de ganho que deviam entregar uma porcentagem para a Coroa.

O abastecimento das minas.
O aumento das atividades de extração ocasionou um aumento populacional que demandava um comércio de abastecimento dificultado pela escassez de mão de obra para a agricultura, pelas restrições impostas pela Coroa para o trânsito de comércio e pela dificuldade de locomoção por falta de estradas e de comunicação entre as vilas e localidades.

A falta de estradas e de conhecimento acerca da rota dificultava e atrasava as viagens. O primeiro caminho do ouro já existia desde o século XVII e durava dois meses (do Rio e São Paulo até as minas). A partir de 1698, o segundo foi chamado de Caminho Novo e durava apenas doze dias para o mesmo destino.

1763 – a sede do vice-reino do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. Estrategicamente, esta cidade serviu como ponto de passagem das mercadorias que transitavam entre as regiões das minas, do sul e do nordeste e o continente europeu.

Tropas e monções
O comércio interno no Brasil no século XVIII abastecia os núcleos urbanos com o que as fazendas não conseguiam suprir. Apesar dos riscos e da demora no deslocamento, graças a esse comércio rotas de contato entre os núcleos populacionais do país foram estabelecidos.

Tropas – comércio realizado por tropeiros em lombo de mulas.

Monções – comércio realizado em batelões (grandes barcos) saídos de São Paulo e que navegavam pelos rios Tietê, Paraná e Rio Grande.

A sociedade mineira

Havia artesãos, profissionais liberais, funcionários da Coroa e senhores de escravos, por exemplo.

As desigualdades socioeconômicas trouxeram problemas: ladrões, prostituição e desocupados.

A abundância de ouro e diamantes permitiu que a sociedade mineira experimentasse manifestações culturais como o barroco mineiro e se engajasse em movimentos de ruptura com a metrópole.

A elite mineira

Proprietários de grandes lavras (possuíam poder econômico e político).
Altos funcionários da Coroa e contratadores de negócio.
Grandes comerciantes.

A camada intermediária
Faiscadores (mineradores sem posse de lavra), padres, profissionais liberais, artistas e artesãos.

A população pobre livre e os escravos

Muitos escravos eram livres, mas diante do abismo socioeconômico da sociedade mineira acabavam ingressando na mendicância, na criminalidade, na marginalidade.

Os escravos correspondiam a 70% da população mineira de 266.000 habitantes em 1742.

A vida útil de um escravo era de 07 a 12 anos porque as condições de trabalho.

Um escravo podia pagar sua liberdade alforriada em parcelas, bem como acumular alguma posse ou riqueza.

Muitos escravos fugiam e formavam Quilombos, comunidades situadas próximas a vilas e arraiais com as quais mantinham um comércio vantajoso em virtude dos produtos quilombolas serem mais baratos por não serem tributados pela coroa.

Escravos oriundos diretamente da África eram alcunhados por sua nação de origem como congo, cabinda, benguela, monjolo e angola.

Vida cotidiana das cidades mineiras
Havia uma imensa maioria de homens em relação às mulheres e uma diminuta quantidade de mulheres brancas em relação às negras.

Essa situação contribuiu para a miscigenação entre homens brancos e mulheres negras.

Casamentos eram uma forma de projeção social. Eram mais comuns entre as camadas mais ricas da sociedade. As camadas mais pobres realizavam a união por meio concubinato (uma relação estável sem oficialização).

Irmandades e ordens terceiras
1705 – a Coroa Portuguesa proíbe as ordens religiosas de entrarem na região das minas sob a acusação de causarem tumulto e incentivarem a população a não pagar impostos e contrabandear ouro e diamantes.

Essa situação levou à formação pela população local de confrarias, ordens terceiras e irmandades para cultuar um santo e prestara auxílio aos congregados (enterros, manutenção de igrejas e outras ações).

Havia grupos frequentados por brancos e grupos frequentados por mulatos, negros, alforriados que veneravam santos negros com Elesbão, Ifigênia e, Benedito).

Era comum haver um oratório (pequeno altar dedicado a um santo ou a Jesus Cristo).

Arte e cultura mineira

O barroco mineiro foi uma expressão artística patrocinada pela riqueza das minas. Utilizava pedra-sabão, abundante na região e misturava o dourado ao colorido do cenário mineiro.

Seus artistas produziram suas obras entre a segunda metade do século XVIII e o começo do século XIX.

O maior artista do brroco mineiro foi Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), filho de arquiteto português e de uma escrava.

Música popular no Brasil do séc. XVIII

O lundu (inicialmente ligado à pratica religiosa dos escravos), a modinha e a cantiga são as expressões dessa época.

Nesta época, Domingos Calda Barbosa (filho de uma angolana e de um portugueês) foi um poeta e compositor que fez sucesso no Rio de Janeiro e na corte durante o reinado de D. Maria I.