sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Aposentadoria: tempo de contribuição pode aumentar

Há uma imensa massa de trabalhadores em subempregos e/ou em situações de informalidade que não podem ou não se sentem à vontade para contribuir com o INSS.
Não é preciso aumentar o tempo de contribuição. É preciso redistribuir melhor a renda, aumentar a eficiência da máquina pública, gerar novas e melhores vagas no mercado de trabalho e combater a currupção e investir em educação (do nível básico ao superior) e profissionalização/capacitação contínuas.
30 anos de contribuição é o suficiente, independente do aumento na expectativa de vida do traalhador.
Um pouco de princípios cristãos e serenidade são importantes para, por exemplo, um governador ou presidente que trabalha apenas 4 anos e pode se aposentar com seu salário integral.

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O governo quer mudanças no sistema de aposentadoria do brasileiro. Está negociando o apoio das entidades de classe mas ainda não conseguiu um acordo porque a ideia é fazer com que o trabalhador passe mas tempo trabalhando. Ontem o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins, um dos negociadores, disse que uma das propostas para substituir o fator previdenciário é aumentar o tempo de contribuição em sete anos para homens e mulheres que forem se aposentar pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).



Se a proposta for aprovada no Congresso Nacional, o mínimo de contribuições poderá passar de 30 para 37 anos, no caso das mulheres, e para os homens, de 35 para 42 anos. Segundo a Cobap, o governo estuda criar a idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para os homens que forem se aposentar ou aplicar o fator 85/95, que concede aposentadoria integral quando a soma da idade com o tempo de contribuição de 85 para mulheres e 95 para homens.



Martins afirma que a Cobap não aceita nenhuma das propostas apresentadas até agora pelo governo. “Queremos o fim do fator e depois negociar uma coisa melhor para quem está na ativa”, diz, acrescentando que o governo não está querendo negociar com as entidades de classe mas sim impor um projeto “inaceitável”. Está prevista uma rodada de negociações sobre esse assunto na próxima quinta-feira, em Brasília, mas ele acredita que não haverá acordo porque o governo quer “empurrar uma proposta”.



Para o presidente da Cobap os trabalhadores da ativa precisam ajudar na luta pelo fim do fator e melhorias para os que se aposentam. “Ficamos revoltados porque as mulheres que foram à Brasília entregar reivindicações à presidente Dilma Rousseff não falaram nada sobre aposentadoria, não pensaram no futuro”, comenta, ressaltando que é preciso que o trabalhador do Brasil se mobilize nessa questão.



O secretário Leonardo Rolim também disse, na audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, na última terça-feira, que o Executivo não trabalha com a hipótese de extinção do fator. “O fim do fator previdenciário, sem colocar nada para substitui-lo, não está em discussão no governo. Isso porque o fator, até hoje, levou a uma economia de R$ 31 bilhões para a Previdência – só em 2011, estimamos R$ 9 bilhões. Não dá para ficar sem esse recurso, ainda mais pensando no longo prazo”, afirmou.



Quando



ENTENDA A NOTÍCIA



Quando se fala em aposentadoria a questão é polêmica em todo o mundo. No Brasil, as mudanças previstas na Previdência Social visam aumentar o tempo de contribuição. Isso significa trabalhar mais.



SAIBA MAIS



O que é o fator?

É a fórmula para cálculo do benefício. É calculado com base na alíquota de contribuição, na idade do trabalhador, no tempo de contribuição e na expectativa de vida.


Como calcular :

O trabalhador deve considerar o seu fator previdenciário, na tabela do Ministério da Previdência Social, e multiplicar pela média dos 80% maiores salários de contribuição.


Uma pessoa de 58 anos e 29 de contribuição terá um fator de 0,906. Se a média dos salários de contribuição chegar a R$ 2.000, ele poderá se aposentar com um benefício de R$ 1.812 (R$ 2.000 x 0,906). Para não sofrer achatamento, o segurado teria que se aposentar aos 60 anos de idade, com 30 anos de contribuição.




http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2011/08/19/noticiaeconomiajornal,2281861/tempo-de-contribuicao-pode-aumentar.shtml
19/08/2011, 14:42

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