quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Claudina Nogueira de Alencar

Caros usuários:

Este é o fichamento que realizei da tese de doutorado de ALENCAR, Claudiana.

O correto é que o original seja verificado.

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2000 - 2005

Doutorado em Lingüística (Conceito CAPES 6) .
Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil.

com período sanduíche em University of Birmingham(Orientador:Michael Toolan e Carmen Coulthard ).

Título: Searle interpretando Austin: a retórica do, Ano de Obtenção: 2005.

Orientador: Kanavillil Rajagopalan.
Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, , .
Palavras-chave: lingüística integracionista; Searle; Austin.

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...”toda prática discursiva envolve processos de produção, distribuição e consumo de textos cuja natureza, depende dos diferentes tipos de discurso”.

(ALENCAR, 2005, 27”)

“... sujeitos tidos como uma posição, um efeito do discurso” (28)

“... os sentidos mobilizados no discurso são constitutivos da realidade social criando e mantendo relações entre pessoas, grupos e instituições.” (28)

Ideologia: “maneiras como o sentido serve para estabelecer e sustentar relações de dominação” (29)

“... as teorias que defendemos refletem os anseios do momento histórico em que propomos e defendemos nossas idéias.” (RAJAGOALAN apud ALENCAR, 2005, 31)

“É na práxis que conferimos sentido para as palavras.” (44)

“Jogos de linguagem podem se considerados, portanto, como atividades lingüísticas em diferentes níveis de generalidade.” (53)

O significado wittgensteiniano como dependente do grau de utilidade e poder explanatório. (57)

O integracionismo lingüístico, permite valorizar as ações integralizadoras na situação comunicacional, na qual estão envolvidos aspectos contextuais, lingüísticos e os tidos como não-lingüísticos. (59)

“... a comunicação lingüística (é) impossível de ser interpretada sem se observar os aspectos morais, políticos e ideológicos...” (62)

“Fatores culturais, sociais, políticos, além dos cognitivos e fisiológicos integram esse processo de constituição de sentidos.” (63)

“... a constituição da prática discursiva do (docente) ao interpretar e elaborar” (64) atos de linguagem e atitudes no trato da questão lúdica em sala.

“... linguagem não pode ser dissociada de comunicação.” (65)

“... não podemos praticar um conhecimento lingüístico segregado de um conhecimento extralingüístico” (66)

“... o estudo da comunicação deve vir primeiro porque somente através dele podemos descobrir que papel o conceito de língua exerce num determinado jogo de linguagem”. (67)

“... a vocalização é somente um componente de uma série de atividades integradas que incluem gesto, olhar, expressão facial e postura...” (68 e 73)

As línguas nacionais como um mito de linguagem (71)

Linguagem como interação social e Comunicação como sucessão de eventos integrados. (73)

Devemos “(t)rabalhar a contingência da linguagem através de uma retórica que rompe com as velhas dicotomias razão versus emoção, conhecimento versus opinião, objetividade versus subjetividade...” (76).

“... em retórica, razão e sentimento são inseparáveis.” (77)

Por causa de um pressuposto já “esgotado”, “de que há possibilidade de representação correta da realidade, a tarefa principal da filosofia tem sido a fundamentação e a legitimação do conhecimento e das teorias científicas.” (78)

“Sofista é pois o filósofo que se volta para o homem, para o desenvolvimento da sociedade e civilização humanas.” (79)

“... a verdade é uma noção pragmática, uma vez que a comunidade seria a fonte da autoridade epistêmica.” (83)

“... um discurso ecoa outros tantos discursos anteriores e posteriores a ele. (90)

“... não há nenhum critério que não tenha sido criado no decorrer de uma prática”. (97)

“... os processos de produção e interpretação são restringidos pelas estruturas histórico-sociais como também mediante as ordens de discurso que por sua vez foram também constituídas na prática discursiva.” (115)

“O contexto é sempre recorte que nunca fala por si mesmo.” (123)

Cuidado com os “encantamentos da linguagem” (139)

“... forma de análise, clássica e formal que lança mão da noção de língua formalizável ao buscar a significação na relação da linguagem com o mundo – relação que se baseia no critério verificacionista (verdade ou falsidade) – caracterizaria o discurso dos formalistas. A outra análise, anti-redacionista ou lingüística – que buscaria, a partir da análise da linguagem ordinária real, defender que os conceitos não são objetos lógicos e sim expressões lingüísticas cujos significados são estabelecidos somente pelo uso dessas expressões – caracterizaria o discurso dos filósofos lingüistas.” (140)

“A linguagem, com a teoria dos atos de fala de Austin, passa (a) ser vista como uma ação ou, (...) uma forma de atuação sobre o real e, portanto de constituição do real e não meramente de representação da realidade.” (143)

“... representação do discurso como uma forma de interxtextualidade ‘manifesta’ na qual ‘partes de outros textos são incorporados a um texto e explicitamente marcadas como tal, com recursos como aspas e orações relatadas.’(FAIRCLOUGH, 2001, 139-140 apud Nogueira, 2005, 155)”

“... práticas lingüístico-sociais...” (176)

“... Linguagem como uma foma de vida, uma ação, uma prática social.” (177)

Searle opera um deslocamento do“sentido performativo-pragmático do ato de fala para um sentido lógico-formal”. (177)

“...as palavras mudam seu sentido de açodo com a posição de quem as usa” (PECHEUX apud FAIRCLOUGH, 2001 apud ALENCAR, 2005, 178)

“... o consumo enfatiza o tipo de trabalho interpretativo que se aplica a um texto e os modos de interpretação disponíveis...” (178)

A prática discursiva se transforma numa prática social específica. “A prática social (de um) domínio institucional (...) é sua própria prática discursiva” (179) capaz de criar de acordo com Foucault novos sujeitos (do conhecimento), técnicas, objetos. (179-180).

“A prática discursiva e social contemporânea é ainda marcada por esta forma de inquérito nas investigações dos fundamentos do conhecimento, movimentando a produção de textos na filosofia da linguagem em cadeias intertextuais que conduzem a modos específicos de interpretação textual.” (180)

“O estudo das técnicas heurísticas diz respeito ao estudo da retórica como a arte do inventar.” (205)

“... aspectos sócio-históricos na produção e interpretação textual que enfatizam o dialogismo, a heterogeneidade discursiva, (...) intertextualidade.” (206)

Tensões entre tendências reprodutivas e transformativas discursivas. (207)

“... as circunstâncias, o contexto, a prática social são fundamentais para a realização dos atos de fala.” (216)

“... as ideologias são naturalizadas em nosso teorizar sobre a linguagem” (221)

Formalismo searliano em S.A.: abstração e idealização da língua próprio de atomistas lógicos. (222-223)

“... técnica retórica de livre variação de modelos...” em S.A. de Searle (223)

Semelhanças entre Chomsky (estruturas superficiais / profundas e ciências cognitivas) e Searle (Força ilocucional/conteúdo proposicional e filosofia da mente) (225 - 227)

“... enunciando o que está previsto na formação discursiva representacionista, Searle prossegue considerando a significação como uma intencionalidade derivada, subordinada à intencionalidade intrínseca da mente/cérebro...” (228 e 232): é o “querer dize é poder dizer” (233)

Ideologia está presente nas práticas discursivas, lingüísticas e filosóficas. (229) nas ordens foucaultianas do discurso, acumuladas, naturalizadas, normatizadas, convencionalizadas. nos eventos discursivos. (230)

Mitos searleanos expressabilidade e telementação (a língua, enquanto “símbolos verbais”, para transmitir idéias entre interlocutores) (231), o ato de fala como sendo literal e o contexto como sendo idealizado. (232)

Reddy e a metáfora do tubo: correspondência entre conteúdos e modos de dizer pela linguagem (um tubo). (234), um modelo mecânico e passivo, um mito searleano ( 235)

“... as regras searleanas aparecem garantindo a perfeição do processo comunicativo...” (236) permitindo que o falante fale o que quer e que o ouvinte receba e compreenda tudo perfeita e literalmente.

“... a conexão entre intenção e convenção garante a literalidade do significado numa versão da tese da telementação...” (237)

O mito da linguagem em Searle “torna a compreensão mútua um fato automático na linguagem” que ocorre como que em um circuito fechado. (238)

A prática de produção discursiva searleana “deixa ecoar as vozes de toda uma tradição de discursos sobre a linguagem”. (239)

“... ordem do discurso, termo usado por Fairclough para designar a totalidade de práticas discursivas dentro de uma instituição ou sociedade e o relacionamento entre elas.” (240)

“... o mito da linguagem como um elemento de uma ordem de discurso específica que tem influenciando as reflexões sobre a linguagem desenvolvidas tanto na chamada ciência da linguagem quanto nas diversas filosofias da linguagem.” (240)

O medo da morte é a “configuração (de) práticas discursivas como referência ao desejo de buscar na linguagem a regularidade, a continuidade...” (248) sob a égide do cientificismo nos estudos da linguagem.

“... perspectiva platônica-aristotélica que tem dominado o pensamento ocidental (filosófico e lingüístico) sobre a linguagem...” (256)

“A partir da resistência, da contestação e da problematização, produtores e intérpretes combinam elementos discursivos de maneira nova, produzindo cumulativamente mudanças estruturais nas ordens do discurso...” (257)

“... uma das formas de provocar mudança discursiva é problematizar as convenções.” (258)

(O integracionismo vê a dicotomia entre o sistema e as ocasiões em que, supostamente os usuários usam este sistema como um equívoco, uma vez que uma perspectiva integracionista considera o ser humano não como um usuário da linguagem, mas como produtor desta.” (262)

“... caráter social, cultural e eminentemente político das questões sobre linguagem.” (263)

“A auto-suficiência da lingüística e a autonomia do seu objeto de estudo são, pois em si mesmas contraditórias, pois nos impedem de trabalhar a própria linguagem em seu aspecto totalizante...” (266)

“... a problematização é o primeiro passo para a mudança em nossa prática discursiva e conseqüentemente para a mudança em nossas práticas sociais...” (268) A problematização gera consciência que pode “desmitologizar a linguagem e desnaturalizar ideologias tradicionais...” (271)

“... todo o processo de mudança envolve formas de transgressão, o cruzamento de fronteiras ou a exploração em situações que geralmente as proíbem. Enfrentar a mudança é enfrentar a solidão do estágio de heresia...” (269) para “problematizar as convenções”. (272)

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