quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Governo do Estado do Ceará e sua relação com os educadores

Quando um homem é eleito para um cargo eletivo ele deve ter consciência de que o povo que o elegeu é seu "patrão". No Brasil, os eleitos acreditam-se superiores aos reclames populares quanto à saúde, educação, emprego, moradia, lazer...
A atual greve dos professores do estado do Ceará tem uma motivação legal e legítima. Só não aceita quem não quer.
Graças a Deus o Jornal "O povo" publica uma opinião que não fere integridade de ninguém e consegue despertar nossas idéias a respeito do que muitos segmentos da mídia jornalística evitam comentar. Subserviência? Medo? Passividade? Ausência de boa fé?
Sociedade cearense e brasileira, o responsável maior pelos problemas ocasionados pela greve não se encontra do lado dos educadores já que estes são as vítimas de um sistema excludente que se satisfaz com a deficiência de criticidade do povo brasileiro.

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A pichação e o escândalo dos banheiros

O Governo do Estado, a exemplo do que fez a Prefeitura de Fortaleza, meteu os pés pelas mãos na negociação com os professores.


O sempre habilidoso governador Cid Gomes – que costuma atrair os mais díspares para o seu lado – tem-se comportado à desmedida nessa questão, tendo insistido na Justiça em uma causa perdida: o modo de calcular o piso nacional dos professores, no qual ele quer incluir bonificações, o que já foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Talvez porque seu estilo soft não consiga prevalecer nas confrontações diretas, como é o caso do movimento dos professores. Nessas horas costuma revelar-se nele a face Mister Hyde da família Ferreira Gomes.

O fato é que o presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cláudio (PSB), aliado do governo, parece ter embarcado na mesma canoa que, fatalmente, fará água. Ele está dando importância destacada a uma pichação inócua, por suas palavras: “Educação já”, deixada na parede interna da Casa depois da manifestação dos professores, na semana passada. Está certo, foi excesso, ainda mais tratando-se de professores. Mas reconheça-se: de nenhum poder ofensivo, ninguém foi xingado ou ameaçado.

Porém, Roberto Cláudio chamou a Polícia e vai abrir inquérito para tentar punir autor do grafite. O que ele vai conseguir é pôr toda a categoria contra ele, achando ou não (o mais provável é que não encontre) o responsável.

Além do mais, alguém poderia perguntar: por que o presidente investe com tanta sanha para achar um pichador e não usa o mesmo vigor para descobrir os dutos por onde escorreram boa parte dos R$ 17 milhões destinados à construção de banheiros para famílias pobres do interior? Pelo contrário, um dos possíveis envolvidos, por estar sob investigação, foi acarinhado Assembleia.

Pois bem, se alguém fizesse esse questionamento, o que o presidente da Assembleia responderia?

http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/09/08/noticiaopiniaojornal,2294552/a-pichacao-e-o-escandalo-dos-banheiros.shtml

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