quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Latim - formas verbo-nominais

FORMAS VERBO-NOMINAIS LATINAS
RESSONÂNCIAS EM PORTUGUÊS
Mariza Mencalha de Souza (UFRJ)
INTRODUÇÃO
O latim clássico possuía cinco formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio, gerundivo, particípio e supino. Além de se comportarem como verbo, elas podiam também desempenhar função substantiva e/ou adjetiva e até adverbial, apresentando (com exceção do infinitivo, indeclinável) sistema próprio de declinação e características inerentes ao verbo. No latim vulgar, essa tipologia foi simplificada, tanto em seu aspecto verbal quanto nominal, passando à estrutura morfossintática do português apenas três formas verbo-nominais: infinitivo, gerúndio e particípio passado, a par de alguns vestígios dos particípios presente e futuro e do gerundivo, incorporados à nossa língua com sua feição original ou com novos valores. É desse assunto que iremos tratar neste artigo.

FORMAS VERBO-NOMINAIS LATINAS
RESSONÂNCIAS EM PORTUGUÊS
Infinitivo
O infinitivo latino era um substantivo verbal que recebia esse nome por possuir traços que o identificavam simultaneamente com o verbo e com o substantivo.
Como verbo, podia apresentar, além de um sujeito, a noção de tempo e voz. Seu sujeito era ou o mesmo do verbo principal, ao qual ele se ligava, na condição de objeto direto, ou o próprio acusativo da forma verbal regente. No primeiro caso, construía-se o infinitivo com verbos do tipo possum, debeo, queo, scio, disco, coepi, incipio, soleo, assuesco, uolo, nolo, malo, cupio, desidero, metuo, dubito, statuo, gaudeo, postulo, studeo, laboro, festino, propero, persevero, mitto, abstineo, etc. No segundo, o infinitivo integrava uma oração subordinada substantiva infinitiva, na qual dependia de verbos que tinham como complemento um acusativo que lhe servia de sujeito, idêntico ou não ao da proposição principal. São exemplos das duas construções: continuo meum cor coepit in pectus emicare (Pl., Aul., 626-7) “imediatamente meu coração começou a saltar em (meu) peito”, uolo facere “desejo fazer”, nunc domum properare propero (Pl., Aul., 181) “agora me apresso em voltar correndo para casa”; bona publicari iubet (Cíc., Cat., IV, 8) “ordena que os bens sejam confiscados”, cupio me esse clementem (Cíc., Cat., I, 4) “desejo ser eu clemente”.
Ambas as construções latinas referidas acima passaram para o português, ocorrendo o acusativo com infinitivo, em nossa língua, depois dos verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e causativos “fazer”, “mandar”, “deixar”, com os quais o infinitivo não forma locução verbal. Vejamos alguns exemplos nas obras de Machado de Assis: “vi assomar, à distância, uma mulher esplêndida” (Brás Cubas, L), “Virgília deixou-se estar de pé” (idem, VI), “o cocheiro fez parar o cavalo” (Quincas Borba, LXXXVI), “fez-me aprender em casa primeiras letras, latim e doutrina” (Dom Casmurro, XI).
A estrutura latina do infinitivo desempenhando a função de complemento direto de verbos de possibilidade, obrigação, conhecimento, vontade, temor, etc., passou ao português, mas a tendência entre nossos gramáticos é ver aí um caso de locução verbal, em que o infinitivo é considerado verbo principal e não objeto direto do verbo auxiliar, tido, em latim, como regente. Ex.: “não posso sair amanhã”, “devo partir hoje”, “ele não sabe estudar sozinho”, “quero viajar”, “desejo sair”, “temo sair à noite”.
Havia, além dos já comentados, outros contextos em que o infinitivo podia ter um sujeito. Isso ocorria nas situações em que ele era usado com valor histórico, jussivo e exclamativo, para os quais colhemos, nessa ordem, os seguintes exemplos: tum mater orare, hortari, iubere, quoquo modo fugerem (Plín., Ep., VI, 20, 12) “então (minha) mãe pedia, exortava, mandava-me que eu fugisse de qualquer modo”, tu socios adhibere sacris (Val. Fl.) “reúne tu os companheiros para os sacrifícios”, mene incepto desistere uictam! (Verg., En., I, 37) “eu desistir vencida do começado!”.
Todos os infinitivos citados no parágrafo anterior foram preservados na frase portuguesa, inclusive acompanhados, como no latim, de sujeito. O jussivo ocorre principalmente em ordens militares: “apontar, atirar, fogo!”, “formar! - ordenou o comandante”; o histórico, em narrativas: “o pai nos cabarés, gastando com raparigas. A mãe a fenecer em casa, a ouvir e a obedecer” (Jorge Amado, apud Cunha & Cintra, 1997:474); e o exclamativo, nas exclamações: “eu trair!” (Garret, Catão, 17), “ela aturar crianças!” (Castilho, As sabichonas, 33).
Ainda como verbo, possuía o infinitivo as categorias de tempo e voz, sendo, nesse particular, dividido em três modalidades: presente, perfeito e futuro, empregados com sentido ativo ou passivo.
Dos tempos aqui aludidos, apenas o infinitivo presente ativo, com final -āre,-ēre, -ĕre e -īre, passou para o português, depois de sofrer, no latim vulgar, a apócope do -e: amāre>amar, debēre>dever, venděre>vender, partīre>partir. Entretanto, das quatro conjugações latinas, permaneceram em nossa língua somente três, visto que a segunda se fundiu com a terceira (facěre>facēre>fazer) desde o latim vulgar, sem contar os casos de verbos que mudaram de conjugação: fugěre>fugire>fugir, torrēre>*torrare>torrar.
Como substantivo, podia o infinitivo desempenhar, dentre outras funções, o papel de sujeito, objeto direto e predicativo, casos em que equivalia a um nominativo ou acusativo. E mais: era possível ser construído, à semelhança do substantivo, com adjetivos determinativos e qualificativos, na qualidade de núcleo do sujeito ou do predicado. Tais empregos do infinitivo podem ser observados nos seguintes trechos: uiuere est cogitare (Cíc., Tusc., 5, 111) “viver é pensar”, hic uereri perdidit (Pl., Ba., 158) “ele perdeu o respeito”, meque hoc ipsum nihil agere delectat (Cíc., De or., 2, 24) “e este próprio fazer nada me deleita”, meum intellegere nulla pecunia uendo (Petr., Sat., 52, 3) “não vendo meu saber por nenhum dinheiro”.
O valor nominal do infinitivo, na condição de sujeito, é ainda freqüente nas construções em que ele vem subordinado a verbos impessoais e expressões impessoais: oratorem irasci minime decet (Cíc., Tusc., 4, 54) “de modo algum, convém ao orador irar-se”, mihi necesse est ire (Pl., Amph., 501) “para mim, é necessário partir”. Esse uso do infinitivo equivalendo a um substantivo fica evidente se substituirmos, nas duas frases latinas, as formas irasci e ire pelos seus nomes correspondentes, ira e itus, e lhes dermos esta outra tradução: “de modo algum, convém ao orador a ira”, “para mim, é necessária a partida”.
Todos esses usos do infinitivo latino, com valor de substantivo, foram herdados pela língua portuguesa. Dão-nos testemunho desse fato frases como “comer é bom”, “viver é lutar”, “não ignoro o saber dos filósofos”, “meu pesar é grande”, “o próprio sofrer o incomoda”, “quero levar aos alunos meu saber”, “convém estudar”, “é necessário partir”.
O infinitivo podia igualmente ser empregado para exprimir finalidade. Esse uso era comum com verbos de movimento (īre, mittĕre, etc.) e com as expressões dāre biběre ou ministrāre biběre. Exs.: uenerat aurum petere (Pl., Ba., 631) “tinha vindo para pedir (seu) ouro”, quae iussi ei dari bibere (Ter., And., 484) “aquilo que lhe ordenei que fosse dado para beber”.
Em português, a herança do infinitivo de finalidade sobrevive também em locuções formadas com verbos de movimento ou fossilizadas, do tipo “dar de” e “dar para”. São exemplos elucidativos: “Pedro veio estudar português”, “a mãe deu de beber/comer/mamar à criança”, “deu-me o filho para criar”. No primeiro exemplo, o valor de finalidade torna-se mais enfático se acrescentarmos a preposição “para”, marcador sintático usado freqüentemente para indicar fim: “Pedro veio para estudar português”.
Gerúndio
O gerúndio caracterizava-se morfologicamente pelo sufixo -nd-. Era um substantivo verbal neutro, de sentido ativo, que apresentava, para as quatro conjugações latinas, apenas as terminações de acusativo, ablativo, dativo e genitivo singular, características dos nomes neutros da segunda declinação. Segue abaixo sua declinação completa:
acus. laudandum, abl. laudando, dat. laudando, gen. laudandi (1ª conj.)
acus. docendum, abl. docendo, dat. docendo, gen. docendi (2ª conj.)
acus. regendum, abl. regendo, dat. regendo, gen. regendi (3ª conj.)
acus. capiendum, abl. capiendo, dat. capiendo, gen. capiendi (3ª conj.)
acus. audiendum, abl. audiendo, dat. audiendo, gen. audiendi (4ª conj.)
Tinha, portanto, o gerúndio, desde sua origem, uma natureza anfíbia: uma voltada para o nome, e outra, para o verbo, identificando-se, nesse particular, com o infinitivo, que podia também, conforme esclarecido há pouco, desempenhar o papel de verbo e de substantivo.
Contudo, como normalmente o infinitivo exercia as funções de sujeito, objeto direto, predicativo do sujeito e do objeto direto, próprias do nominativo e do acusativo, as demais que lhe faltavam, reservadas naturalmente aos outros casos latinos, foram preenchidas, graças a essa identidade, pelo gerúndio ou pelo gerundivo e supino.
Além de suprir as lacunas deixadas pelo infinitivo, o gerúndio servia também para expressar finalidade, caso em que vinha no acusativo, precedido da preposição ad: uenit ad legendum “veio para ler”, ou no genitivo, acompanhado dos substantivos causa ou gratia: conuenerunt ludendi causa/gratia “reuniram-se para jogar”. Acrescente-se que podia ainda funcionar como adjunto adverbial de modo ou meio, quando, então, assumia a forma de ablativo sem preposição: Cato nihil largiundo gloriam adeptus est (Sal., Coniur. Cat., LIV) “Catão alcançou a glória nada deixando impune”, discitur legendo et scribendo “aprende-se lendo e escrevendo”.
A propósito, do antigo gerúndio latino, a única forma preservada em português foi a do ablativo sem preposição. Porém, cumpre lembrar que não ficou o gerúndio português, em sua feição latina, restrito às antigas circunstâncias de modo e de meio, visto que passou a exprimir outras funções adverbiais não expressas pelo gerúndio latino em ablativo. Muito mais amplo que sua matriz latina, o gerúndio português pode expressar, dependendo do contexto, idéia de causa, concessão, condição, conseqüência, finalidade e tempo, sem contar os outros valores que absorveu do particípio presente latino. Essa riqueza do nosso gerúndio, exprimindo as novas e as primitivas circunstâncias de sua antiga forma latina, é atestada nas seguintes passagens: “Custódio interrompeu-o, batendo uma palmada no joelho” (M. de Assis, “O empréstimo”, in: Papéis avulsos), “passava os dias no quarto, chorando” (M. de Assis, Mem. de Aires, 10/2/1888), “temendo não vencer a resistência da moça, dava-me por incapaz de amar” (idem, 25/1/1888), “minha mulher, embora querendo simular descontentamento, não pôde deixar de sorrir” (C. Drummond de Andrade, Contos de aprendiz, 17), “não indo Aguiar, quem há de cuidar dele?” (M. de Assis, idem, 26/5/1889), “os ventos brandamente respiravam, das naus as velas côncavas inchando” (Camões, Lus., I, 19), “Rita escreveu-me pedindo informações de um leiloeiro” (M. de Assis, idem, 18/5/1888), “falando ou calando, tinha intervalos de melancolia” (M. de Assis, idem, 22/5/1888).
Gerundivo
O gerundivo, marcado do mesmo modo pelo sufixo -nd-, era, ao contrário do gerúndio, um adjetivo verbal, de valor passivo, terminado em -us, -a, -um. Declinava-se, portanto, como qualquer adjetivo de primeira classe, em todos os casos do singular e plural, concordando sempre em gênero e número com seu complemento, que, por sua vez, harmonizava-se com ele em caso.
Conhecido ainda como particípio futuro passivo, podia o gerundivo concorrer com o gerúndio, exprimindo também as circunstâncias de meio e de finalidade. Exprimia meio, vindo também, como o gerúndio, no ablativo sem preposição, e finalidade, pondo-se no acusativo, precedido de ad mais complemento, ou, no genitivo, mais causa/gratia. Temos exemplos desses dois usos nas frases latinas omnis loquendi elegantia augetur legendis oratoribus et poetis (Cíc., De or., 3, 39) “eleva-se todo o brilho da palavra lendo-se os oradores e os poetas”; uenit ad urbem condendam “veio para fundar a cidade”, auxilii petendi causa profectus est (Cés., B. G., 6, 12) “partiu para pedir auxílio”.
Além de partilhar com o gerúndio algumas funções e empregos, o que ocorria, sobretudo, quando servia de complemento a adjetivos, substantivos e verbos, o gerundivo tinha um importante papel na sintaxe latina: o de substituir o gerúndio, quando este deveria vir no dativo, acusativo ou ablativo regido de preposição e acompanhado de objeto direto. Se, contudo, o gerúndio viesse no genitivo ou no ablativo sem preposição e com complemento em acusativo, podia ou não ser substituído pelo gerundivo, uma vez que, em tal situação, salvo alguns casos isolados, nos quais exigia-se o emprego do gerúndio, era admissível o uso de uma ou de outra forma, indiferentemente. Nos casos em que era intransitivo, transitivo indireto ou transitivo sem complemento expresso, o verbo assumia geralmente a forma de gerúndio e, preferencialmente, a de gerundivo, se era transitivo direto com complemento expresso. Por fugir aos objetivos deste artigo, dispensamo-nos de apresentar aqui exemplos com a passagem ou não da construção gerundial ativa à passiva.
À semelhança do gerúndio, tinha também o gerundivo o valor primitivo de nomes de ação, mas ao longo da evolução da língua latina foi adquirindo outros sentidos que o distanciaram do gerúndio. Indo além dos limites da construção gerundial, dentro da qual podia ter funções e empregos sintáticos idênticos aos do gerúndio e auxiliá-lo na declinação do infinitivo, passou o gerundivo a expressar, em funções atributiva e predicativa, as noções de atribuição, obrigação, possibilidade, finalidade, chegando, inclusive, a ser usado com valor participial. Tais valores podem ser observados nos seguintes exemplos: asperum et uix ferendum (Cíc.), “duro e difícil de ser suportado”, magna dis immortalibus habenda est gratia (Cíc., Cat., I, 11) “grande graça deve ser rendida aos deuses”, procul uidenda est insula (Ov., Metam., XIV, 244) “pode-se ver a ilha de longe”, mihi litteras legendas dedit (Cíc., Fam., 10,12) “deu-me cartas para serem lidas”, inter labores aut iam exhaustos aut mox exhauriendos (Lív., Praef., 21, 21, 8) “em meio a fadigas já suportadas ou a serem suportadas brevemente”, urbes delendae “cidades que vão (devem) ser destruídas”, uir metuendus de die supplicii (Rhythm.) “homem que teme quanto ao dia de (seu) suplício”, in generatione eorum qui noscendi sunt (Nicodem.) “na geração daqueles que hão de conhecer...”.
O gerundivo não deixou em português nenhum traço de sua antiga acepção verbal. Legou-nos apenas seu valor nominal, representado em nossa língua por substantivos (oferenda, propaganda, agenda, etc.) e adjetivos (nefando, venerando, moribundo, etc.). Coutinho (1969:276) menciona a criação em português de formas terminadas em -ndo, com valor de substantivo verbal, numa série de palavras cultas: “educando”, “graduando”, “doutorando”.
Particípio
O particípio latino era também uma forma ambivalente, que participava a um só tempo da natureza do verbo e do adjetivo. Sua natureza verbal residia no fato de poder, à semelhança do verbo, exprimir ações, possuir tempos e vozes e admitir complementos, ao passo que, enquanto adjetivo, sofria flexão de gênero, número, caso e grau. Este último fato ocorre nos dois sintagmas nominais seguintes: amantissimi fratres (Cíc.) e dessideratissima nomina (Plín.).
Suas formas empregadas para expressar tempo denominavam-se particípios presente, passado e futuro. O particípio presente, de índole ativa, mas admitindo eventualmente sentido passivo, caracterizava-se pelo sufixo -nt- e comportava-se como um adjetivo de segunda classe uniforme, ou seja, declinava-se como prudens, seguindo, portanto, a terceira declinação.
O particípio passado, cujas terminações eram, de um modo geral, -tus, -ta, -tum, tinha, ao contrário do particípio presente, basicamente, com exceção de alguns casos isolados, sentido passivo e seguia o paradigma dos adjetivos de primeira classe, declinando-se os finalizados em -tus e -tum, pela segunda, e os terminados em -ta, pela primeira.
O particípio futuro, que passa a ter função participial praticamente a partir do período pós-clássico, constituía, inicialmente, uma conjugação perifrástica e possuía formas ativa e passiva, terminando a primeira, em -urus, -ura, -urum, e a segunda, chamada gerundivo, em -ndus, -nda, -ndum, seguindo, portanto, uma e outra, como o particípio passado, os adjetivos de primeira classe.
Todas essas formas do particípio eram usadas com valor atributivo ou predicativo, isto é, ora vinham determinando um substantivo, no papel de adjunto adnominal, ora, mais comumente, complementando ou qualificando um nome, em função predicativa, formulando-se, por isso, em nominativo ou acusativo. Temos exemplos do primeiro caso em: aqua fervens “água fervente”, amicus exoptatus “amigo desejado”, opinio uenturi boni (Cíc.) “a esperança do bem futuro” e, do segundo, em: miles currens est (Verg.) “o soldado é corredor”, uidi iuuenem maerentem (Tib., El., I, 4, 33-34) “vi um jovem se lamentando”, pons prope effectus nuntiabatur (Lív.) “anunciava-se que a ponte (estava) quase pronta”, uidi saltum obsaeptum (Pl.) “vi o bosque cercado”, cum apes iam euolaturae sunt aut etiam inceperunt... (Varr., R. Rust., 3, 16, 30) “quando as abelhas estão para se reproduzir ou até já o começaram”, si perituraeque addere Troiae teque tuosque iuuat (Verg., En., II, 660-1) “se te agrada te juntares e aos teus à Tróia que há de morrer”.
Em função predicativa, o particípio futuro fazia também a vez de um adjunto adverbial de finalidade: multi accurrere filium arguituri (Sal.) “muitos corriam para atacar o filho”.
Aliás, estas construções do particípio passado, tanto em sua função atributiva quanto predicativa, foram legadas ao português. As do último tipo, deixando suas marcas em frases como “diz-se que o problema está resolvido”, “vi um objeto caído no chão”, “não quero vê-lo solto”, e as do primeiro, refletindo-se em giros como “água purificada”, “alimento estragado”, “problema resolvido”. É preciso esclarecer, no entanto, que, em português, o particípio não exerce o papel de oração subordinada completiva, como ocorria no latim, quando complementava verbos idênticos aos de nossos exemplos ou de natureza diversa.
O particípio passado era ainda empregado em latim, juntamente com o auxiliar esse conjugado (ou não, no caso do infinitivo perfeito passivo), para formar também a voz passiva dos verbos de ação acabada, que compreendiam os seguintes tempos e modos: perfeito, mais-que perfeito e futuro perfeito do indicativo; perfeito e mais-que perfeito do subjuntivo e infinitivo perfeito.
Foi mantido na língua portuguesa, tanto na conjugação passiva quanto na formação dos tempos compostos da ativa, com os auxiliares “ter” ou “haver”. Desse modo, temos, por exemplo, em português, para as terceiras pessoas: “é amado(a)/são amados(as)”, “foi amado(a)/foram amados(as)”, “tenha sido amado(a)/tenham sido amados(as)”, “tivesse amado/tivessem amado”, “havia amado/haviam amado”, correspondendo ao latim clássico: amatur/amantur, amatus(a) est/amati(ae) sunt, amatus(a) sit/amati(ae) sint, amauisset/ amauissent, amauerat/amauerant.
Estabeleceu-se, no entanto, como se percebe, uma diferença entre a formação da passiva em latim e em português: enquanto naquele, a passiva analítica restringia-se aos tempos do perfectum, neste, desde o latim vulgar, estendeu-se também aos tempos de ação inacabada (infectum), passando as noções de tempo e aspecto concluso/inconcluso a serem indicadas unicamente por uma construção analítica e a centralizar-se, sobretudo, no auxiliar “ser”.
A formação da passiva dos tempos compostos em português, com dois particípios do tipo “Pedro tem sido elogiado por todos” e “a lição havia sido estudada pelo aluno”, não é uma herança da sintaxe clássica latina, e sim resultado da conversão para a passiva de perífrases ativas do tipo “todos têm elogiado Pedro”, “o aluno havia estudado a lição”, já encontradas no latim arcaico e clássico, e predominantes no latim vulgar.
O particípio presente, usado com acepção atributiva e predicativa, também passou para o português, o que se observa em sintagmas como: “água corrente”, “luz ofuscante”; “esta situação é preocupante”, “achei Maria intolerante”, etc. Todavia, nas construções desse tipo, preservou apenas seu valor adjetivo, tendo perdido sua função verbal, que acumulava com a adjetiva em sua forma latina. Para Coutinho (1969:275), o particípio presente tinha força verbal somente no português arcaico. O filólogo comprova o fato citando dois exemplos: “temente o dia de mia morte” e “lançantes bom cheiro”.
Aliás, em português, esse duplo papel do antigo particípio presente foi assumido pelo gerúndio, que acumula também, em emprego atributivo ou predicativo, numa única forma, os valores de adjetivo e verbo percebidos, a nosso ver, mais nitidamente na oração adjetiva desenvolvida. Assim, em frases como, “água fervendo” e “vi a flautista tocando”, as funções verbal e adjetiva dos dois gerúndios dão-nos a impressão de acentuar-se quando substituímos suas formas por orações equivalentes desenvolvidas: “que ferve”, “que tocava”.
Os vestígios deixados pelo particípio futuro ativo, com função atributiva, ou melhor, de adjunto adnominal, sobrevivem, em nosso idioma, em alguns torneios do tipo “dias vindouros”, “ação futura”. Contudo, parecem sofrer alguma restrição de uso em função predicativa.
Os particípios latinos sofreram também um processo de substantivação, processo este presente em formas como amantes, praesentes, legatus, docti, uicti, facta, dicta, gesta, credituri, morituri. A herança de tais particípios, com valor substantivo, é visível em diversas palavras portuguesas, dentre as quais, podem ser citadas: “os sobreviventes”, “o gerente”, “o ouvinte”, “o legado”, “os feitos”, “os ditos”, “o futuro”, “o nascituro”, “o morituro”. Lembremos, a propósito, os substantivos “viventes” e “legado”, o primeiro, presente no título de um dos livros de Graciliano Ramos, Viventes das Alagoas, e o segundo, na célebre frase com que Machado de Assis encerra o seu Brás Cubas: “não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Além desses empregos, os particípios eram usados ainda com valor de oração subordinada adjetiva relativa ou de oração subordinada adverbial exprimindo modo, causa, concessão, condição, finalidade e tempo. Temos exemplos da primeira situação nas frases latinas lex est recta ratio imperans honesta, prohibens contraria (Cíc., Phil., 11, 12, 28) “a lei é a reta razão que determina o que é correto e proíbe o que é incorreto”, Pisistratus qui primus Homeri libros confusos antea sic disposuisse dicitur (Cíc., De or., 3, 137) “Pisístrato, que dizem então ter sido o primeiro a organizar os poemas de Homero, (os quais estavam) antes confusos”; e, da segunda, em infit ibi postulare plorans, eiulans, ut sibi liceret miluum uadarier (Pl., Aul., 318-19) “então, chorando, lamentando, começou a pedir (ao pretor) que lhe fosse permitido citar o milhafre em juízo”, ruinam metuens aquila ramis desidet (Fed., Fab., II, 4, 21-22) “a águia, temendo a queda, mantém-se empoleirada nos ramos”, risus interdum ita repente erumpit, ut eum cupientes tenere nequeamus (Cíc., De or., 2, 58, 235) “às vezes, o riso irrompe tão de repente, que ainda que desejando, não conseguimos contê-lo”, damnatum poenam sequi oportebat (Cés., B. G., 1, 4, 1) “caso fosse condenado, convinha cumprir a pena”, rediit belli casum de integro tentaturus (Lív., 42, 62, 15) “voltou para enfrentar novamente os acasos da guerra”, humana effodiens ossa thesaurum canis inuenit (Fed., Fab., I, 27, 3-4) “um cão, ao desenterrar uma ossada humana, achou um tesouro”.
Os particípios presente e passado latinos, com papel de oração subordinada adjetiva, não sobreviveram em português, porém figuram em determinadas construções, lembrando essa antiga função. Isso se verifica em frases do tipo “ela é uma criança carente de afeto”, “este é o tema referente à minha palestra”, “ela recuperou seus documentos perdidos”, “as histórias escritas por Machado de Assis fascinam os leitores”, nas quais as formas “carente”, “referente”, “perdidos” e “escritas” poderiam ser substituídas por uma oração subordinada adjetiva, sem mudar de sentido.
Com acepção adverbial, somente o particípio passado se manteve em português: “maltratado pelo irmão, começou a chorar”, “embora pintado por um famoso artista, o quadro não me agradou”, “feito com amor e dedicação, tudo agrada”, “depois de expulso da casa paterna, nunca mais voltou”. Já o particípio presente foi, nesse caso, substituído, quase que sempre, pelo gerúndio, infinitivo ou por uma oração desenvolvida. Dão-nos testemunho desse fato as sentenças “entrou em casa sorrindo/a sorrir”, “temendo perder/por temer perder/como temia perder o imóvel, pagou a dívida”, “mesmo ajudando/apesar de ajudar/embora ajude os outros, não é ajudado”, “estudando/ao estudar/caso estudes, passarás no concurso”, “telefonei-lhe solicitando/para solicitar que comparecesse ao jantar”, “saindo/ao sair/quando saíres, fecha a porta”.
As circunstâncias de causa, concessão, condição e tempo podiam ainda vir expressas pelos particípios presente e passado, numa outra construção latina, conhecida como ablativo absoluto, que difere da oração participial subordinada adverbial, pelo fato de não depender de nenhum termo da proposição principal.
Semelhante estrutura, muito comum em latim, está presente nos seguintes trechos colhidos da literatura latina: ut re confecta, omnes curam et diligentiam remittunt (Cés., B. C., 2, 13, 2) “porque (julgam) o caso terminado, todos deixam de lado cuidado e zelo”, id (oppidum)... paucis defendentibus expugnare non potuit (Cés., B. G., 2, 12, 2) “embora poucos defendessem a cidade, não pôde subjugá-la”, maximas uirtutes omnes iacere necesse est, uoluptate dominante (Cíc., Fi., 2, 117) “é inevitável que todas as grandes virtudes fiquem esquecidas, se o prazer domina”, ipse triduo intermisso cum omnibus copiis eos sequi coepit (Cés., B. G., I, XXVI) “passados três dias, ele próprio começou a segui-los com todas as (suas) tropas”.
Aqui também os particípios presente e passado tiveram destino idêntico ao observado na construção precedente, isto é, apenas o particípio passado sobreviveu nas construções de ablativo absoluto legadas ao português, conservando os mesmos valores que tinha em latim. Causa: “fraudados os votos, houve nova eleição”; concessão: “mesmo exauridas as forças, não se renderam”; condição: “aceita a proposta, faremos negócio”; tempo: “começado o filme, a platéia silenciou”.
O particípio presente, mais uma vez, teve seu lugar tomado pelo gerúndio, infinitivo ou por uma oração desenvolvida. Bastam alguns exemplos para que constatemos o fato. Vejamos: “prevalecendo/por prevalecer/como prevaleceu o depoimento da vítima, o réu foi condenado”; “caindo/apesar de cair/ainda que caia neve, sairei”; “saindo/se sair/caso saia o sol, irei à praia”; “nascendo/ao nascer/quando nasceu o dia, ele partiu”.
Supino
O supino, com sufixo em -to ou -so, foi a única forma verbo-nominal latina que se perdeu completamente em português. Auxiliava a declinação do infinitivo e tinha apenas três casos, o acusativo, usado com verbos de movimento para indicar finalidade, e o dativo-ablativo, cujo emprego era comum com adjetivos do tipo facilis, iucundus, fas, etc. Tanto sua forma de acusativo (ex.: pugnatum, doctum, rectum, captum, auditum) quanto de ablativo (ex.: pugnatu, doctu, rectu, captu, auditu) podiam ser substituídas pelo gerúndio antecedido de ad. Ex.: miles uenit pugnatum/ad pugnandum “o soldado veio para lutar”; puer difficilis doctu/ad docendum “criança difícil de ser educada”.
CONCLUSÃO
Concluímos que, do particípio presente e futuro, só passaram para o português suas funções substantiva e adjetiva, ao passo que, do particípio passado, permaneceram seus três valores: adjetivo, verbal e substantivo, o que comprova ser essa forma, em nossa língua, a mais conservadora, uma vez que manteve quase que todos os traços de sua matriz latina. Apesar de haver se conservado no português com uma única tipologia, o infinitivo também preservou grande parte dos valores da forma latina de que se originou, passando a exercer um importante papel na morfossintaxe portuguesa, admitindo inclusive flexão, o que o distingue do seu congênere no latim e nas demais línguas românicas. O gerúndio, não obstante sua origem única, adquiriu também, na língua portuguesa, grande versatilidade, resultante não só dos novos valores que passou a ter, mas também das funções que assumiu do antigo particípio presente latino. Do supino, já vimos não existir nenhum vestígio em nosso idioma, e do gerundivo, só restou seu valor nominal, tendo se perdido seu valor verbal. Seja como for, cada forma verbo-nominal latina deixou suas marcas no sistema morfossintático da língua portuguesa, servindo de ponto de partida para inovações ou conservando, em grau maior ou menor, suas primitivas feições.
BIBLIOGRAFIA
BASSOLS DE CLIMENT, Mariano. Sintaxis latina. Madri: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1956. (2 vols.).
COUTINHO, Ismael de Lima. Pontos de gramática histórica. 6a ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1969.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
ERNOUT, A. & THOMAS, F. Syntaxe latine. 2a ed. Paris: Klincksieck, 1984.
FARIA, Ernesto. Dicionário escolar latino-português. 4a ed. Rio de Janeiro: MEC, 1967.
------. Gramática da língua latina. 2a ed. Brasília: FAE, 1995.
SAID ALI, M. Gramática histórica da língua portuguesa. 7a ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1971.
SARAIVA, F. R. dos Santos. Novíssimo dicionário latino-português. 10a ed. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Garnier, 1993.
TORRINHA, Francisco. Dicionário latino-português. 2a ed. Porto: Porto Ed., 1942.

http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno11-08.html

14/02/2013, 20:34

Campanha da Fraternidade em 2013


Oração oficial da CF 2013Tema: Fraternidade e Juventude
Lema: "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6,8)
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.

Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.

Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...
Acesso em 14/02/2013, às 08:25
.................................

ORAÇÃO OFICIAL DA JMJ 2013


Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Amém!
Acesso em 14/02/2013, às 08:27
......................................................

Hino da Campanha da Fraternidade 2013
1 - Sei que perguntas, juventude, de onde veio
Teu belo jeito sempre novo e verdadeiro.
Eu fiz brotar em ti desde o materno seio
Essa vontade de mudar o mundo inteiro.
Refr.:
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Eu tenho fome de justiça e de amor
Quero ajudar a construir um mundo novo.
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Para formar a rede da fraternidade,
E um novo céu, uma nova terra, a tua vontade.
Eis-me aqui, envia-me Senhor!
2 - Levem a todos meu chamado à liberdade
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados.
3 - Para salvar a quem perdeu a esperança
Serei a força, plena luz a te guiar.
Por tua voz eu falarei, tem confiança,
Não tenhas medo, novo Reino a chegar!
Acesso em 14/02/2013, às 08:28

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Campanha da Fraternidade 2013

1. A Campanha da Fraternidade de 2013, que retoma o tema Juventude, se propõe olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social; reavivar-lhes o potencial de participação e transformação.

2. Esta Campanha deseja, no contexto do Ano da Fé, mobilizar a Igreja e, o quanto possível, os segmentos da sociedade, a fim de se solidarizarem com estes jovens, favorecer-lhes espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los a organizarem a própria vida a partir de escolhas fundamentais e de uma construção sólida do projeto pessoal, a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos.

3. Evangelizar, hoje, é uma via de mão dupla. Saem de cena os “públicos” ou “destinatários” da evangelização para dar lugar aos “interlocutores”. Os interlocutores da evangelização são pessoas que, numa relação dialogal, se enriquecem pela troca de experiências. Portanto, “escutando e compreendendo os gritos e clamores dos jovens, a Igreja é chamada não somente a evangelizar, mas também a ser evangelizada na atualidade”. Torna-se imprescindível, cada vez mais, caminhar com os jovens e refazer com eles a experiência de Jesus. Na prática, isso significa que “nas atividades pastorais com a juventude, faz-se necessário oferecer canais de participação e envolvimento nas decisões, que possibilitem uma experiência autêntica de corresponsabilidade, de diálogo, de escuta e o envolvimento no processo de renovação contínua da Igreja. Trata-se de valorizar a participação dos jovens nos conselhos, reuniões de grupo, assembleias, equipes, processo de avaliação e planejamento”.

4. Para atingir tal intuito, são estes os objetivos da Campanha da Fraternidade de 2013:
Objetivo geral Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

Objetivos específicos

1. Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida;

2. possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada , para que eles possam contribuir com seus dons e talentos;

3. sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

(Introdução do texto-base CF 2013)
http://www.cf2013.org.br/entenda-a-campanha.html
13/02/2013, 18:19.
................................................
A Quarta-Feira de Cinzas é uma data importante para a igreja católica em todo o mundo. As celebrações marcam o início do período da Quaresma, os 40 dias que antecedem a Páscoa. Neste período, os devotos são convidados a um tempo de penitência e reflexão. A data também marca tradicionalmente o lançamento da Campanha da Fraternidade, que este ano traz o tema “Fraternidade e Juventude”.
(...)
“A igreja católica tinha programado a Jornada Mundial da Juventude para o Rio de Janeiro. E daí o motivo da campanha ser sobre a juventude, justamente para que nós tenhamos essa atenção especial á juventude e que a juventude seja chamada a realizar aquilo que está no lema da Campanha da Fraternidade: “Eis-me aqui, envia-me”, afirma o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira.
Para o sacerdote, o objetivo é que a juventude se torne protagonista daquilo que a campanha prega. “Toda Campanha da Fraternidade é uma campanha de opinião pública, durante 40 dias a ideia da fraternidade”, explica Dom Alberto.
Depois de 21 anos, a Campanha da Fraternidade retorna ao tema da juventude. O tema traz à discussão os jovens e a mudança de época vivida atualmente. Em 1992, o tema "Juventude, Caminho Aberto" já havia discutido e refletido sobre a inclusão dos jovens na evangelização.
O arcebispo acredita que hoje há um movimento contrário ao de afastamento dos jovens da igreja. “Um movimento de muita gente que se aproximam. Muitas pessoas que se afastaram, por várias circunstâncias, e agora essas pessoas se aproximam da igreja e de forma muito especial à juventude”, diz o arcebispo.
(...)
Em 2013, a Campanha da Fraternidade completa 50 anos. Coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CF é realizada anualmente para despertar os homens à reflexão e à adesão de valores mais justos e solidários.

http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/02/campanha-da-fraternidade-2013-e-lancada-em-belem.html
13/02/2013, 18:25
.........................................
Queridos irmãos e irmãs,
Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8).
De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.
Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).
Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica
Vaticano, 7 de fevereiro de 2013
Benedictus PP. XVI

http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2013/02/13/bento-16-manda-mensagem-a-jovens-brasileiros-para-a-campanha-da-fraternidade-2013.jhtm
13/02/2013, 18:29.

Latim II


LIÇÃO VII – MAGISTRA MONET DISCIPULAS

Livia, tace! Iulia, labora! Silvia, es bona et sedula! Discipulae, scholam diligenter frequentate, este sedulae, parete magistris! Date mihi tabellas! Recitate fabulam! Puellae, plantas aqua rigate! Servate patriam! Poetas amate, historiam patriae cogitate!

 

VOCABULÁRIO

Aqua = agua

Cogito, - as, -are = cogitar, meditar

Historia = historia

Mihi = me, mim

Moneo, -es, -ere = advertir

Pareo, -es, -ere = obedecer

Patria = patria

Plantu = planta

Rigo, as, -are = regar

Servo, -as, -are = proteger

Tabella = tabela (paraescrever)

Taceo, -es, ere = calar-se

 

*12. Em Latim, o chamado ou interpelação é o caso do vocativo cujas terminações são “a” no singular e “ae” no plural.

*13. Presente do imperativo

Esse – es (sê) / este (sede)

Amare – ama (ama) / ama-te (amai)

Videre – vide ( vê) / vide-te (vede)

 

EXERCÍCIOS

1. Circule o singular do caso vocativo

Poeta, poetae – serva, servae – magistra, magistrae

 

2. Associe:

(a) Sedula serva (b) Sedulis servis (c) sedularum servarum

( ) genitivo  plural ( ) ablativo plural  ( ) nominativo singular

 

3. Associe:

(a) bona domina (b) bonae dominae (c) bonas dominas

( ) ablativo singular ( ) acusativo plural  ( ) dativo singular

 

4. Escreva o plural do presente do imperativo:

a) Cantare (cantar) – canta/cantate

b) Parere (obedecer) – pare/pare___

c) Regnare (reinar) – regna/regna___

d) Laborar (trabalhar) – labora/labora__

e) Tacere (calar-se) – tace/tace__

f) Servare (defender) – serva/serva__

 

5. Associe:

a) Discipulae amant scholam.

b) Discipulae, amate scholam.

c) Nautae, servate patriam.

d) Poeta, historiam nautarum narra puellis.

(_) Alunas, amem a escola.

(_) Poeta, narra a historia dos marinheiros para as meninas.

(_) As alunas amam a escola.

(_) Alunas, amem a escola.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LIÇÃO VIII – MAGISTRA SENTENTIAS LEGIT PUELLIS

Sempronia pulchras sententias poetarum legit discipulis. Puellae sententias describunt et discunt. Ecce sententiae:

I. Non scholae, sed vitae discimus

II. Historia est magistra vitae.

III. Aquila non captat muscas.

IV. Melius est iniuriam accipere quam facere.

Sententiae poetarum placent puellis.

 

VOCAULÁRIO

accipio, -is, -ere = receber, sofrer

Capto, -as, -are = apanhar, capturar

Describo, -is, -ere = copiar

Disco, -is, -ere = aprender

Ecce = eis

facio, -is, ere = fazer

Iniuriam/as = injúria (s)

Lego, -is, -ere = ler

Melius = melhor

Placeo, -es, ere = agradar

Pulchram/as = bonita (s)

quam = (do) que

Vita/ae = vida

 

*14. A TERCEIRA CONJUGAÇÃO tem o infinitivo em ere (e pronunciado brevemente). Um grupo apresenta a 1ª pessoa do singular do presente simples terminando em “o” como em LEGERE (lego). Já o outro finda em “io” como CAPERE (capio).

Modelo LEGERE:

Presente do indicativo:

leg-O, leg-IS, leg-IT, leg-IMUS, leg-ITIS, leg-UNT

Presente do imperativo

lege (lê) /leg-ITE (lede)

------….------…..------…..

Modelo CAPERE:

Presente do indicativo:

capi-O, capi -S, capi -T, capi -MUS, capi -TIS, capi -UNT

Presente do imperativo

cape (prende) / capi -TE (prendei)

*15. Em Latim há muitas terminações repetidas para casos diferentes. Uma análise lógica da sentença é a chave do sucesso.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Conjugar no presente do indicativo e do imperativo:

a) DISCERE: disc-o,

b) PLACERE: place-o,

c) DESCRIBERE: describ-o,

d) ACCIPERE: accipi-o,

e) FACERE: faci-o,

 

2. Associe:

(a) Discipula sedula amicitia magistrarum gaudet.

(b) Magistra sententias dictat puellis.

(c) Dsicipulae scholae recitant fabulas poetarum servae.

(d) Puellae gaudent sententiis.

(e) Amicae, legite historiam aquilae et muscae.

(f) Puella fabulas poetarum pigrarum discit.

(g) Historiae poetae valde placunt puellae et servis.

( ) Amigas, lede a história da águia e da mosca.

( ) As alunas da escola recitam fábulas dos poetas às servas.

( ) As meninas se alegram com as sentenças.

( ) As histórias do poeta agradam muito a menina e as servas.

( ) A aluna atenta se alegra com a amizade das professoras.

( ) Uma menina aprende as fábulas dos poetas preguiçosos.

( ) A professora dita frases para as alunas.

Latim I

Baseado em "Gradus Primus" de Paulo Rónai da editora Cultrix.
Obrigado Padre Pitombeira, meu professor de Latim e de Filologia da FAFIDAM-UECE.
LIÇÃO I – PUELLA CANTAT

Puella Cantat. Magistra educat. Aquila volat.

Puellae cantant. Magistrae educant. Aquilae volant.

Discipula saltat. Poeta recitat. Agricola laborat.

Ranae natant. Reginae regnant. Nautae navigant.

 

VOCABULÁRIO

 

Agricola = agricultor

Aquila = águia

Aquilae = águias

Cantant = cantam

Cantat = canta

Discipula = discípula

Educant = educam

Educat = educa

Laborat = labora, trabalha

Magistra = professora, mestra

Magistrae = professoras, mestras

Natant = nadam

Nautae = navegantes

Navigant = navegam

Poeta = poeta

Puella = menina

Puellae = meninas

Ranae = rãs

Recitat = recita

Reginae = rainhas

Regnant = reinam

Saltat = salta

Volant = voam

Volat = voa

 

*1. Em latim não há artigo

*2. Os sujeitos (aqui formados apenas por substantivos) terminam neste texto em “a” no singular e “ae” (pronuncia-se “é”) no plural. Já os predicados, todos verbos intransitivos neste texto terminam em “at” no singular e “ant” no plural.

 

EXERCÍCIOS

1. Separe sujeito e predicado:

a) Puella Cantat.

b) Magistra educat.

c) Aquila volat.

 

2.Escreva no plural:

a) Discipula saltat.

b) Poeta recitat.

c) Agricola laborat.

 

3. Escreva no singular:

a) Puellae cantant.

b) Magistrae educant.

c) Aquilae volant.

 

4. Substitua os predicados por outros:

a) Ranae natant.

b) Reginae regnant.

c) Nautae navigant.

 

5. Escreva em Latim:

a) Um poeta canta.

b) O poeta canta.

 

 

 

 

 

LIÇÃO II – MAGISTRA ET DISCIPULAE

Sempronia est magistra. Livia est discípula. Discipulae sedulae sunt. Iulia et Silvia quoque discipulae sunt. Discipulae bona semper sedula est. Magistra educat, puellae laborant: Livia cantat. Iulia recitat, Silvia saltat. Discipulae malae non laborant. Magistra severa est.

Colloquium

Sempronia: Es sedula, Livia?

Livia: Sum

Sempronia: Estis sedulae, puellae?

Discipulae: Sumus.

 

VOCABULÁRIO

 

Bona/ae = boa(s)

Colloquium = colóquio, conversação

Discipula/ae = Discípula(s)

Et = e

Mala/ae = má(s)

Non = não

Quoque = também

Sedula/ae = aplicada(s), atenta(s)

Semper = sempre

Severa/ae = severa(s)

 

*3. O predicativo concorda com o sujeito em número e o qualifica. Vem geralmente após o verbo “esse” (ser/estar)

*4. Verbo “ESSE” no presente do indicativo:

1ª pessoa do singular: sum (sou)

2ª pessoa do singular: es (és)

3ª pessoa do singular: est (é)

1ª pessoa do plural: sumus (somos)

2ª pessoa do plural: estis (sois)

3ª pessoa do plural: sunt (são)

 

Como em Português, em Latim não há necessidade de sujeitos explícitos para acompanhar um verbo porque as desinências indicam as pessoas, números, modos e tempos.

 

EXERCÍCIOS

1. Sublinhe os predicativos:

a) Sempronia est magistra.

b) Livia est discípula.

 

2. Acrescente um predicativo:

a) Livia es ___________.

b) Nautae sunt __________.

 

3. Acrescente um sujeito:

a) ________ cantat.

b) ________ sedulae sunt.

 

4. Conjugue o verbo “esse”:

Sum discípula et non sum magistra.

_____ discípula et non ______ magistra.

Est discípula et non ______ magistra.

Sumus discípulae et non ­­­­­______ magistrae.

Estis discípulae et non ­­­­­______ magistrae.

Sunt discípulae et non ­­­­­______ magistrae.

 

5. Circule os verbos:

a) Magistra educat.

b) Puellae laborant.

c) Livia cantat.

 

6. Traduza para o Latim:

a) Eu sou uma aluna aplicada.

b) Não somos poetas.

LIÇÃO III – DOMINA ET SERVAE

Lucretia imperat. Anna, Drusilla et Lucilla obtemperant. Lucretia Domina est. Anna, Drusilla et Lucilla servae sunt.

Servae amant dominam. Hodie Lucretia convivas exspectat. Ideo servae sedulae sunt. Anna Cenam parat, Lucilla mensam ornat, Drusilla portam servat. Domina amat servas.

 

VOCABULÁRIO

 

Amat/amant = ama(m), estima(m)

Cenam = ceia, jantar

Convivam/as = convidado(s)

Domina/ae = senhora(s)

Dominam= senhora(s)

Exspectat = espera

Hodie = hoje

Ideo = por isso

Mensam = mesa

Obtemperant = obedecem

Ornat = orna, enfeita

Parat = prepara

Portam = porta

Serva/ae = escrava(s)

Servam/servas = escrava(s)

Servat = vigia

 

*5. Em Latim, as funções sintáticas de um vocábulo em relação aos demais elementos oracionais são chamadas CASOS.

*6. O nominativo é o caso do sujeito e do predicativo. Suas terrminações são “a” no singular e “ae” no plural. O acusativo é o caso do objeto direto, isto é, do complemento verbal não preposicionado. Suas terminações são “am” no singular e “as” no plural.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Separe entre as palavras:

puella, puellae, ranae, rana, puellam, ranas, ranam, puellas.

a) Nominativo: singular (___________) e plural (____________)

b) Acusativo: singular (__________) e plural (__________)

 

2. Forme o nominativo e o acusativo como no modelo:

serva/servae (nominativo singular e plural)

servam/servas (acusativo singular e plural)

naut__/naut__ (nominativo singular e plural)

naut__/naut__ (acusativo singular e plural)

 

3. Escreva no plural do presente do indicativo:

a) Bona discípula sum.     Bonae discípulae _____

b) Bona discípula es.         Bonae discípulae _____

c) Bona discípula est.        Bonae discípulae _____

 

4. Associe:

(a) As senhoras mandam

(b) As escravas não estimam as senhoras.

(c) O marinheiro espera o conviva.

(d) O conviva não espera o marinheiro.

(e) As professoras são severas.

(f) A aluna não estima as professoras severas.

( ) Magistrae severae sunt.

( ) Nauta exspectat convivam.

( ) Dominae obtemperant

( ) Discipula non amat severas magistras.

( ) Conviva nautam non exspectat.

( ) Servae dominas non estimant.

 

5. identifique o sujeito, o verbo e o objeto:

“Anna Cenam parat”.

LIÇÃO IV – SCHOLA SEMPRONIAE

Schola Semproniae clara est. Discipulae Semproniae amant magistram. Puellae sedulae diligenter frequentant scholam. Magistra saepe fabulas narrat. Fabulae poetarum delectant discipulas.

Colloquium

Lucretia: Silvia, amas scholam Semproniae?

Silvia: Amo, valde.

Lucretia: Et vos, puellae, amatis magistram?

Livia: Nos quoque amamus et magistram et scholam.

Lucretia: Non est severa magistram?

Iulia: Est severa, sed iusta.

 

VOCABULÁRIO

 

Clara = famosa

delectant = deleitam

 Diligenter = diligentemente, assiduamente

Et ... et = tanto ... como

Fabulam/as = fábula(s)

Frequentant = freqüentam

Iusta = justa

narrat = narra

Nos = nós

Saepe = muitas vezes

Schola/ae = escola

Sed = mas

Valde = muito

Vos = vós

 

*7. Em Latim, o adjetivo (ou adjunto) restritivo é o caso genitivo terminado em “ae” (pronuciar é) no sing. e “arum” no plural.

*8. A PRIMEIRA CONJUGAÇÃO: modelo AMARE (amar)

am-O; ama-S; ama-T; ama-MUS; ama-TIS; ama-NT

 

EXERCÍCIOS

1. Identifique o sujeito, o verbo, e o predicativo de “Schola Semproniae clara est.”.

 

2. Idemtifique o sujeito, o verbo, o adjunto restritivo e o complemento verbal de “Fabulae poetarum delectant discipulas”.

 

3. identifique o caso como nominativo, acusativo ou genitivo:

a) regina, aquila, mensa, schola.

b) reginam, aquilam, mensam, scholam.

c) reginarum, aquilarum, mensarum, scholarum.

d) reginas, aquilas, mensas, scholas

 

4.  Classifique como nominativo plural ou genitivo singular.

a) Iulia portam scholae servat.

b) Scholae sunt clarae.

c) Discipula magistrae sedula est.

d) Magistrae amant discipulas.

 

5. Acrescente as terminações do presente do indicativo:

a) CANTARE:

 cant-___; canta-___; canta-___; canta___; canta-___; canta-____.

b) VOLARE:

vol-___; vola-___; vola-___; vola___; vola-___; vola-____.

c) NATARE:

nat-___; nata-___; nata-___; nata___; nata-___; nata-____.

 

6. “O jantar da escrava” em Latim é;

(a) Cena servarum

(b) Cena servae

(c) Cena servas

(d) Cena servam

 

LIÇÃO V - DISCIPULAE SEDULAE ET PIGRAE

Magistra sententias poetarum dictat puellis. Postea discipulae sedulae sententias recitant magistrae. Discipulae pigrae sententias ignorant. Magistra sedulas laudat, pigras castigat. Sempronia pupam dat Silviae, quia diligenter laborat. Discipulae Semproniam comiter salutant.

 

VOCABULÁRIO

Castigo,-as,-are = castigar

Comiter = delicadamente, afavelmente

Dicto,-as,are = ditar

Do, das, dare = dare

Ignoro,-as-are = ignorar

Laudo,-as,-are = louvar, laudar

Pigra = preguiçosa

Postea = em seguida

Pupa/ae = boneca(s)

Quia = porque

Saluto, -as,-are = cumprimentar, saudar

Sententia = sentença

 

*9. Em Latim, o caso do objeto indireto é o dativo terminado em “ae” no singular e “is” no plural.

 

EXERCÍCIO

1. Circule o dativo (objeto indireto) e subline os verbos:

a) Magistra sententias poetarum dictat puellis.

b) Postea discipulae sedulae sententias recitant magistrae.

 

2. acrescente as terminações de dativo singular e plural:

Exemplo: pupa – pupae/pupis.

a) sententia – sententi__/sententi__

b) schola – schol__/schol__

c) fabula – fabul__/fabul__

 

3. Associe:

(a) Magistra fabulam dictat...

(b) Servae obtemperant...

(c) Poeta cenas dat

( ) dominis

( ) discipulis

( ) amicis

 

4. Identifique em “Magistrae fabulas poetarum narrant  nautis”:

a) verbo:

b) genitivo:

c) nominativo

d) dativo

e) acusativo

 

5. Traduza:

a) Livia fabulam recitat Semproniis.

b) Servae amant bonas dominas.

c) Sedulae puellae obtermperant bonis dominis.

 

6. Marque o certo:

a) Aos poetas: ( ) poetae   ( ) poetis

b)  para a rã: ( ) ranae  ( ) ranis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LIÇÃO VI – DUAE AMICAE

Silvia est amica Iuliae. Amicae semper uma sunt; uma laborant, cantant, rident, pila ludunt. Iulia valde amat amicam: Silvia vehementer gaudet amicitia Iuliae. Hodie amicae aras dearum rosis ornant.

 

VOCABULÁRIO

Amica = amiga

Amicitia = amizade

Ara = altar, ara

Dea = deusa

Duae = duas

Gaudeo, -es, -ere = alegrar-se

Ludunt = brincam, jogam

Pila = bola

Rideo, -es, -ere = rir

Rosa = rosa

Uma = juntas

Vehementer = veementemente, muito

 

*10. Em Latim, o adjunto circunstacial (ou adverbial) é o caso do ablativo. Sua terminação no singular é “a” (vogal longa) e no plural é “is”.Em português é expresso por meio da preposição “com”.

*11. SEGUNDA CONJUGAÇÃO no presente do indicativo– modelo VIDERE (penúltimo “e” pronunciado longo)

vide-O; vide-S; vide-T; vide-MUS; vide-TIS; vide-NT.

 

EXERCÍCIO

1. Sublinhe os adjuntos adverbiais:

a) Silvia vehementer gaudet amicitia Iuliae.

b) Hodie amicae aras dearum rosis ornant.

 

2. Escreva as terminações do ablativo do singular e do plural:

a) fabula/fabul__

b) port__/portis;

c) pil__/pilis

d) corona/coron__

e) cena/cen__

 

3. A única palavra no plural é:

Cena, cenam, cenis

 

4. A única palavra no singular

amica, amicarum, amicas

 

5. Marque a alternativa correta:

a) Discipulae Semproniae (_) ludunt.        (_) pilae   (_) pila.

(A aluna de Semprônia brinca com a bola.)

b) Serva mensam dominarum (_) ornat.   (_) rosis    (_) rosarum.

(A escrava orna a mesa das senhoras com rosas.)

c) Puellae (_) magristae gaudent.           (_) amicitia  (_) amicitiis.

(As meninas alegram-se com a amizade da professora.)

 

6. Complete com as desinências da segunda conjugação no presente simples.

Exemplo: RIDERE

ride-O; ride-S; ride-T; ride-MUS, ride-TIS; ride-NT

b) GAUDERE

gaude-__; gaude-__; gaude-__; gaude-__; gaude-__; gaude-__;

c) PARERE

pare-__; pare-__; pare-__; pare-__; pare-__; pare-__;

d) TACERE

tace-__; tace-__; tace-__; tace-__; tace-__; tace-__;

e) HABERE

habe-__; habe-__; habe-__; habe-__; habe-__; habe-__;

f) DICTERE

dict-o; dicte-__; dicte-__; dicte-__; dicte-__; dicte-__;